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Pelotas, 25 de novembro de 2021.

Ao conselheiro responsável.

Na data de hoje, o procurador Max dos Passos Palombo do MPF/Pelotas/RS


respondeu com desprovimento de recurso à Manifestação contrária à decisão de
arquivamento para Notícia de Fato número: 1.29.005.000147/2021-19 com as
seguintes justificativas:

"3. Oficiada, a UFPel esclareceu, em síntese, que:

i) o autor da representação não é mais aluno da referida instituição, por estar em


situação de abandono desde o primeiro semestre do ano de 2015;

ii) a suspensão da bolsa de estudo ocorreu a problemas com o ex-aluno,


consistentes na dificuldade de cumprimento e realização de tarefas,
desenvolvimento de trabalho em grupo, desrespeito aos demais bolsistas e na
adoção de uma conduta de enfrentamento com o coordenador do programa e;

iii) prestação de assistência ao aluno, com o apoio necessário da PRAE-


Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, mas que suas atitudes agressivas causaram
um ambiente de insegurança na Unidade Acadêmica;

4. O membro oficiante arquivou o procedimento sob o fundamento de que não há


elementos suficientes para se apurar supostos atos ilegais ocorridos no âmbito da
Ufpel."

● Em contradição, informo ao conselho Nacional do Ministério Público que

i) Não é plausível justificar que não sou aluno da instituição como negação a
seguir a lei;

ii) Solicito através do CNMP que seja discriminada:

a) qual a dificuldade de cumprimento e qual a tarefa não realizada;

b) qual a dificuldade no desenvolvimento de trabalho em grupo;

c) qual foi o desrespeito aos bolsistas e qual foi a atitude de

enfrentamento com o coordenador do programa.

iii) quais foram as atitudes agressivas que causaram um ambiente de


insegurança.

Comentários em relação ao caso:

Episódios de agressão estão sendo a mim imputados para mostrar-me como


opressor. Refuto toda e qualquer alegação de comportamento violento, exigindo
comprovação. Não houve agressão nenhuma na UFPel, pois teria gerado prontuário
médico e boletim de ocorrência. Solicito provas e nego que tenha havido qualquer
tipo de desacato, ameaça ou violência.

O Ministério Público Federal fez o “1º Planejamento Estratégico Institucional


2011-2020” onde há princípios de Missão, Visão e Valores.

A missão do MPF é:

“Promover a realização da justiça, a bem da sociedade e em defesa do Estado


Democrático de Direito”.

Como parte de um Estado Democrático de Direito há o entendimento do Estado


como garantidor de direitos, impedindo realizações onde a ausência do Estado
permite irregularidades de servidores, não sendo plausível que seja mantida
injustiça. A advogada Samara Schulch Bueno, contratada na época, disse somente
que o reclamante deveria procurar o JECRIM.

Como Visão, O MPF define:

“Até 2020, ser reconhecido, nacional e internacionalmente, pela excelência na


promoção da justiça, da cidadania e no combate ao crime e à corrupção.”

Não houve excelência na assistência ao reclamante em 2014. Promover a cidadania


é reconhecer o bem social. Combate à corrupção deve ser efetivo, e abertura de
inquérito já inibe os servidores de libertinagem e abuso de autoridade.

Como dois último Valores, o MPF define:

“Iniciativa: capacidade de agir independentemente de provocação;


e Efetividade: alcance de resultados positivos para a sociedade.”

O MPF não teve capacidade de agir independente da manifestação 63367. Faltou a


eficiência de notar suspeita nos pareceres, e mudar o eixo central para denúncia
de suspensão irregular de bolsa de estudo. O MPF deve vislumbrar a corrupção de
vários servidores e a discordância do reclamante aos pareceres junto à legítima
manifestação 63367, além do acionamento de outras autoridades. O COCEPE não
pode fracassar e aceitar que um doutor em comunicação e semiótica, como o
tutor, desdenhe de regras para a manutenção da instituição que servem à
permanência estudantil que gera o bom funcionamento da sociedade.

O inquérito civil MPF 1.29.005.000353/2014-08 - oficio GR/ufpel n. 492/2014 -


oficio MPF/SOTC nº 29/2015 promovido publicamente através do site da
PRAE/UFPel cita que:

“é falsa a informação que houve reunião entre moradores da casa do estudante e o


signatário”

Há semelhança com a situação do reclamante, caso não tenha havido reunião com
outro estudante da UFPel no período de 2014, há que considerar suspeita de ser
informação ligada ao bolsista reclamante, pois houve reunião entre o procurador e
o beneficiário do auxílio moradia.
“a bolsa deve ser mantida visto que é um direito, e, em caso de não continuidade,
estes deveriam pleitear a garantia desse direito junto ao MPF, QUE A ACOLHERIA”

A Bolsa PET foi suspensa irregularmente, e o direito foi pleiteado na manifestação


63367/2014.
A UFPel desenvolveu o plano de integridade que é valor perpétuo:

“A UFPEL tem como objetivo fundamental, a educação, o ensino, a pesquisa e a


formação profissional e pós-graduada em nível universitário, bem como o
desenvolvimento científico, tecnológico, filosófico e artístico, estruturando-se de
modo a manter a sua natureza orgânica, social e comunitária: Como instituição
comunitária, contribuindo para o estabelecimento de condições de convivência,
segundo os princípios de liberdade, justiça e respeito aos direitos e demais valores
humanos.”

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