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A conversão como cura para alma

Objetivo:
Entender que a cura para as doenças da alma acima de tudo é assunto mais da religião
do que da ciência (psicologia). Mostrar que a praxes teológica cristã é a verdadeira
psicologia, capaz de curar todas as doenças psicossomáticas. Que o método da
conscientização descoberto pelo psicanalista Norberto keppe, é a teoria mais próxima da
fé cristã.

Palavra-chave: inveja – censura – projeção – conscientização – conversão.

Introdução:
Por muitos anos a maioria dos intérpretes do cristianismo viam o evangelho como uma
religião do espirito desprezando o corpo como algo maligno. Outros por não discernir
os aspectos que fundam a natureza humana como razão, sentimento e vontade, negavam
qualquer comportamento subjetivo que não alcançasse o modelo objetivo cristão. Ou
seja, apesar de sabermos que existe um modis vivendis cristão, na maioria das vezes não
conseguimos vive-lo por completo, pelo menos a maioria dos cristão. A prova disso é
que em um País que se diz cristão, deveríamos ver bons comportamentos e o que vemos
na prática é cada vez mais o caos sendo estalado. Isso nos leva a indagar ou o
cristianismo não passa de mais uma ilusão do tipo utopia ou estamos negligenciando o
aspecto mais importante do cristianismo que é a conversão.
Como um método de conscientização que leva-nos a cura. Aqui não se trata de
resolver uma teoria mas, de usar uma metodologia.

É da opinião de muitos que o mundo natural é na verdade uma projeção do mundo


espiritual. Platão chamou este último de mundo ideal e o outro de sombra, o que foi um
ledo erro, pois o mundo natural quanto o espiritual são reais, ou seja, a realidade é a
fusão energia-matéria. Adão representa muito bem isso, feito do barro recebe o sopro
divino. É justamente esta característica que permite a jesus fazer associações do mundo
físico natural para compreensão do mundo espiritual. “o reino dos céus é semelhante a.”
Essa associação faz parte da metodologia que chamamos de dialética, Para entendermos
melhor nossa metodologia vamos analisar a história do filho prodigo.
A história do filho prodigo como um arquétipo de adão que habita em nós.
Adão Realidade/Patologia Filho Prodigo Realidade/Patologia
Gn 1.26, como Realidade – servo - Lc 15.11, Realidade – filho -
imagem dependente dependente
semelhante,
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herdeiro de tudo
Gn 3.4, Patologia – Lc 15.12, Patologia –
megalomania – megalomania –
inveja do criador inveja do Pai
Gn 3.7, Consciência – Lc 15.12, Consciência –
percepção do erro percepção do erro
Gn 3.7, Censura e Lc 15.13, Censura e
racionalização racionalização

Gn 3.10, Sintomas Lc 15.15, Emprego cuidar de


patológicos: medo, porcos, desejo de
vergonha e comer da comida
sentimento de culpa de porco
Gn 3.21, Reparação divina Lc 15.22, Reparação divina

Na história do filho prodigo a realidade está obnubilada1 e sua inveja, ou


desprezo pelo pai surge no pedido da parte da herança. Que na verdade é um disfarce do
seu desejo megalomaníaco, prepotente e arrogante. Talvez você sempre se perguntou: o
que levou o Filho prodigo a sair de sua casa? Alguém que compartilha dos pensamentos
freudiano diria que ele desejava explorar sua natureza libidinosa. Mas na verdade a
promiscuidade não foi a causa, e sim o sintoma, ou melhor o efeito; que tem como causa
sua inveja.
Deus criou o homem perfeito ou seja, em seu estado mental físico emocional
saudável para viver a vida. Contudo este homem foi criado com a possibilidade de
rejeitar este tamanho dom. Essa “liberdade” que chamamos livre-arbítrio, pode ser visto
como um impulso oriundo da psicogenética que é ativado por vontade própria. O
homem é livre para escolher o mal, já que foi criado no bem. Por que Adão rejeitou o
bem (Arvore da vida)? Por que a realidade existe por si, ela vem como um presente para
nós e aceitar isso é ser grato reconhecer o outro (Deus) e isso nos torna contingente, ou
desnecessário. Mas Adão no seu interior não queria ser quem ele era, ele queria ser
mais, ele queria ser Deus. O mesmo pecado de satanás.
Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas
de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais
altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás
precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do
abismo (Is 14.13-15,).
Na realidade não pode existir dois deuses, um teria de destruir o outro (Mt
6.24,). Não pode existir duas verdade! A soberba também conhecido como Orgulho é
o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade (megalomaníaco) sobre as
demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem
fundamento algum em fatos ou variáveis reais. O termo provém do latim superbia.

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Estado de perturbação da consciência, caracterizado por ofuscação da vista e
obscurecimento do pensamento.
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Não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na


condenação do Diabo (1Tm 3.6,).
Este sentimento de soberba tem sua raiz na inveja pai de todos os pecados.
Quando os teólogos nomearam os chamados sete pecados capitais (soberba, ira, avareza,
preguiça, gula, inveja e luxuria). Viram como agindo em arias singulares da vida
humana:
Quando é soberba isola seus pensamento; se sofre de muito
ódio não tem tempo para organizar a vida; se é avarento seu
mundo se torna do tamanho de seu banco; se é preguiçoso não
alcança sucesso; se come demais perde a possibilidade de
trabalhar com algo que não é seu corpo; se fantasia muito com
sexo, entra pelo torpor semelhantes aos drogados; já a inveja
atacará tudo na vida: o psiquismo, bem-estar o trabalho,
dinheiro, amigos, o amor, a inteligência, enfim qualquer coisa
que exista de bom.2
A inveja vê tudo fora, o bem e o mal; (a arvore do bel e do mal era uma
projeção do interior de adão) daí o fato de querer encontrar a felicidade em viagens,
festas, homenagens. O mal também viria de fora. Ele vê tudo invertido!

2
NORBERTO, keppe. A ORIGEM DAS ENFERMIDADES, p.15

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