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RESUMO

A razão desse encontro não é arranjar casamentos já que não somos


cupidos, nem acreditamos que exista esse ministério. Nosso objetivo é
orientar os jovens solteiros sobre a verdadeira motivação que devem
possuir para contrair o casamento, para isso vamos na primeira parte
contrastar o sentimento da paixão com o verdadeiro amor.
Na segunda parte queremos desmistificar o casamento como uma válvula
de escape para a felicidade. E por fim buscar compreender o verdadeiro
significado do casamento segundo o padrão estabelecido por DEUS em
sua palavra.

Palavra-chave: paixão, Amor. Mito, Satisfação, Felicidade. Casamento


real.

INTRODUÇÃO:
Conta-se que em um determinado reino quando sua majestade prevendo
o fim de seu tempo por sua velhice e enfermidade, chama seu filho mais
velho para realizar um baile com todas as donzelas do reino e escolher
entre elas a sua futura esposa e rainha.
No dia da festa todas as donzelas compareceram inclusive a jovem que
sempre lhe admirou. Nesse dia o filho do Rei sofreu um acidente antes de
chegar ao baile e ficou sego. Logo festa foi cancelada e todas as moças
voltaram revoltadas, todas desejavam ansiosas para saber qual seria a
rainha. Então foi decidido pelo Rei que seu filho mais novo deveria
assumir seu trono, já que era inadmissível um rei cego. Novamente todas
as virgens foram convidadas a outra festa e com um entusiasmo ainda
maior todas compareceram menos a moça que nutria um sentimento pelo
primeiro filho.
Na festa tudo corria muito bem, cada uma mais bonita que a outra o
jovem príncipe não sabia quem escolher devida a tanta beleza. As moças
sonhavam que a exuberância de ser a rainha de todo o reino. Quando uma
surpresa toma a todos o primeiro filho recupera a visão e assume sua
primazia por direito e no momento de escolher sua futura esposa

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descobre que uma não veio a festa, ao descobrir o motivo resolve que ela
é a mulher ideal para estar do seu lado.
Moral da história: o príncipe descobriu seu verdadeiro amor quando
esteve cego para a aparência externa.
Estaria eu longe da realidade ao negar que uma vida cômoda
financeiramente não seja levada em conta pelas mulheres ou a beleza
física pelos homens, o problema é quando esses fatores se tornam o
ponto principal para escolher a pessoa que ficará ao nosso lado para
sempre.
Qual deve ser a verdadeira motivação na hora de escolher a pessoa ideal
que estará ao meu lado para sempre?

I. O AMOR VERDADEIRO.
Quando eu digo o amor verdadeiro é porque quero contrastar com o
sentimento falso; conhecido como paixão.

Apesar de muitos acreditarem em amor à primeira vista, o tempo nos


revelou que isso
tudo não passava
de uma ilusão ou
de um
sentimento
egoísta. Por quê?
Porque o amor
não é
simplesmente
uma excitação
romântica, o
amor vai além da
intensa atração
sexual. Ele excede a alegria de ter conquistado um prêmio socialmente
desejado e cobiçado por todos(as).
A paixão é um sentimento motivado pela nossa própria gratificação,
por isso é uma emoção egoísta. A paixão está baseada na idealização
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que a própria pessoa faz, e depois projeta essa imagem em outra
pessoa, desejando-a ardentemente, depois, quando percebe que tudo
não passava de uma ilusão essa paixão se transforma em decepção ou
ódio. “infelizmente, a eternidade da paixão é uma ficção, e não um
fato.”

O autor do livro “as cinco linguagens do Amor”, Gary Chapman falando


sobre esse assunto cita a psicóloga Dorothy Tennoy que desenvolveu
longos estudos sobre este fenômeno e concluiu que:
O tempo médio de extensão da obsessão romântica é
de dois anos. Se a paixão foi um fruto proibido, talvez
dure um pouco mais. (CHAPMAN, p 21).

O dr James Dobson em seu livro “Emoções”, ao qual eu tomo como


base nesse assunto fez uma análise nas músicas populares revelando a
fragilidade da paixão.
Um sucesso inesquecível assegura: “Antes que a dança terminasse, eu
sabia que estava te amando”. Dobson diz que ficou pensando se o
cantor estará tão seguro amanhã de manhã. Uma outra canção
confessa: “Não sabia exatamente o que fazer, assim eu sussurrei ‘Eu te
amo!’” aqui chegamos ao absurdo! Imagine alguém basear um
compromisso por toda sua vida numa simples confusão de sentimento.
O conjunto Dó-Ré-Mi gravou uma canção que também revela uma falta
de entendimento do amor real. Ela diz: “Acordei hoje amando, porque
fui dormir com você em minha mente”. Neste caso o amor não é mais
que um estado da mente – e é tão durável quanto isso. Por fim para
tristeza geral, um grupo de Rok da década de 60 (The Rok Doors) ganha
o prêmio com a letra: “Alo, eu amo você, não quer me dizer o seu
nome?” (DOBSON, p 53).
O amor é um ato da vontade; por isso que é uma virtude, e não um
sentimento que brota sem que esperávamos; como a paixão.
O meu amor por minha esposa foi é um processo, que leva tempo e
deve ser cultivado. Tive de conhecê-la antes, familiarizar-me com sua

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personalidade que agora amo. Tudo isso não aconteceu do dia para a
noite.
Como distinguir o amor verdadeiro da paixão temporária? Como saber
que estou amando e não apaixonado?
Só há uma resposta a todas essas perguntas: isso leva tempo. O melhor
conselho que o Dr. Dobson dá é que um casal que está pensando em
casamento não tome nenhuma decisão importante, que venha mudar
sua vida para sempre de modo rápido ou impulsivo, e quando tiver
dúvida, dê tempo ao tempo.

II DESMISTIFICANDO O CASAMENTO COMO UMA VÁLVULA DE


ESCAPE PARA A FELICIDADE.
Muitas pessoas sentem um verdadeiro terror quando falamos em
casamento devido a experiencias terríveis que vivenciou observando
seu pai e sua mãe. Sabemos que a vida envolve problemas, qualquer
que seja a sua escolha, se casado ou solteiro. Tem um ditado popular
que diz: “É melhor viver sozinho que mal acompanhado” isso pode ser
uma verdade, mas existe outro conselho que li em um livro de
perguntas e resposta ao Dr. James Dobson quanto ao dever de casar-
se, vou oferecer-lhe o mesmo conselho que foi dado a ele quando
tinha tenra idade:
Não se case com a pessoa com quem você pensa que
pode viver; case-se com aquela sem a qual não pode
viver... se alguém assim aparecer em sua vida.
(DOBSON, p 91)
De qualquer maneira é bom saber que o casamento não é a solução para
seu vazio existencial ou o significado da vida. Quando alguém busca no
casamento algo que ele nunca pretendeu dar, está condenado a sentir-se
frustrado. Em seu livro “O mito da grama mais verde” J.Allan Pertesen,
desmistifica o casamento como um escape dos problemas existenciais
desconstruído três falácias que compõem esse mito.
1. O casamento compensará os fracassos do passado

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Muitos buscam no casamento um novo começo de um passado
sombrio. É claro que o casamento será um novo momento, mas o
passado o perseguirá como um cão de caça. Fugir de um lar
desajustado, tirar desforra, provar algo. Os problemas do
casamento trarão de volta o passado, e o passado determinará
como nos haveremos com os problemas.
O seu passado influenciará o seu casamento mais do que o seu
casamento irá alterar o seu passado.
O casamento não modifica o passado, ele o revela. Nem Deus pode
mudar o passado; ele aconteceu; é imutável. Mas DEUS pode nos
livrar de sua tirania.
E então podemos aprender e usá-lo como plataforma, da qual
lançaremos contra-ataques positivos.

2. O meu cônjuge propiciará o que preciso


Se eu crer nisso, criarei uma
dependência controladora.
Tornar-me-ei um aleijado
emocional. A qualidade de minha vida é dependência pelos outros.
Não pertenço a mim mesmo.
O casamento não pode tornar você uma pessoa pela metade.
Você não pode depender de outro para ser feliz. A verdadeira
liberação significa você encontrar a sua própria felicidade em si
mesma, através do poder de DEUS.
O Casamento não é feito de duas metades tentando se tronarem
um todo: pelo contrário, o casamento consiste em duas pessoas
inteiras, que são unidas pelo Espírito Santo. Essa dependência pelos
outros está Intimamente ligada está a terceira falácia deste mito:

3. A felicidade é um resultado – o amor, um sentimento.


Muitos quando dizem que
precisam casar parece
que ouvimos eles gritar
dizendo: “satisfaçam as

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minhas necessidades!” eu quero um homem ou uma mulher que
me faça feliz!

A grande verdade segundo o autor do livro é que a felicidade é uma


escolha. Você não pode primeiro sentir para agir, não. Primeiro
você deve agir para depois sentir. Temos pouco controle sobre
nossas emoções, mas tremendo controle sobre nossas ações.
Erich Fromm disse: “O amor não é uma vítima de minhas emoções,
mas um servo de minha vontade”. A prática relaciona-se com as
ações. Portanto o amor é algo que você faz. Eric Hoffer acrescenta:
“Amor é uma atividade direcionada para outra pessoa”. Visto que é
ação, é uma decisão – um ato consciente da vontade.
Assim um solteiro infeliz será um casado infeliz, nenhum cônjuge
poderá fazer por mim o que eu decidir desejar.
A sua felicidade é uma escolha sua, e não a obrigação de outro (a)

III. POR FIM VAMOS BUSCAR COMPREENDER O


VERDADEIRO SIGNIFICADO DO CASAMENTO SEGUNDO O
PADRÃO ESTABELECIDO POR DEUS EM SUA PALAVRA.
Qual deve ser minha verdadeira motivação para o casamento?
Para responder a essa pergunta, precisamos saber qual foi a intenção
de Deus quando criou a mulher para o homem. muitos líderes
tentando responder a necessidade do casamento argumentam
erroneamente sobre o proposito primordial do casamento. Que a
procriação é seu proposito fundamental.
1- A procriação é uma função do casamento mais não o foco
principal. Na verdade o pr. Myles Munroe em seu livro; “O
proposito e o poder do amor e do casamento”, declara que:
Ao contrário da ideia comum o casamento na verdade
serve como uma forma de contenção de uma
reprodução exagerada. (MUNROE, p. 19)
Se não fosse pela instituição do casamento, os seres humanos seriam
ainda mais “reprodutores” do que são. E teríamos muitos mais abortos do
que temos agora.

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2 – O sexo não é o proposito primordial do casamento.
Muitos buscam no casamento apenas uma satisfação sexual. A união
sexual não é e nunca foi a mesma coisa que união conjugal.
O casamento é uma união que implica e envolve
união sexual como o estabelecimento de uma aliança
de sangue, um comprometimento central e um prazer
(1Co 7.3-5,), mas os três não são a mesma coisa. (p 20)
O sexo por si só não transforma um relacionamento em um casamento.
Por isso não deve ser o proposito principal para arranjar casamento.
Como então deveríamos definir o casamento?
Se o casamento não tem como proposito principal nem o sexo nem a
procriação, então para que existe?
O CASAMENTO É O NÚCLEO SOCIAL QUE PROPORCIONA AO HOMEM
EXPERIMENTAR TODAS AS NUANÇAS DO AMOR.
Conhecedor da natureza humana, Deus, instituiu a unidade macho-fêmea
para suprir todas as necessidades física, emocional.
O amor como um fruto é constituído de vários gomes, que são
desfrutados legitimamente no casamento. O idioma grego nos revela a
amplitude do amor com suas várias nuanças.
Amor Epithumia
Esse tipo de amor refrete um forte desejo, cobiça e pode enveredar para
sentimento positivos ou negativos. No casamento está inserido na atração
e desejo sexual.
Amor Eros
Ele também tem a conotação sexual, mas se refere mais especialmente a
romantismo, paixão, atração física, sentimento. Se a base de um
casamento for o eros certamente irá naufragar, porem todo
relacionamento precisa de uma paixão.
Amor Storge

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Ele preenche a grande necessidade que a criatura humana tem de se
sentir participante, aceita numa família. É saber que tem refúgio diante
das tempestades do dia-a-dia.
Amor Phileo
Esse amor se concentra na amizade. Implica em duas pessoas dividirem,
num clima de sincera camaradagem, alegrias, tristezas, sonhos, alvos,
julgamentos, decepções. Sem esse amor um casamento não tem colorido
algum.
Amor Agape
Não contém qualquer sentimento egoísta. Ao invés disso, dá de si sem
esperar nenhuma retribuição.
Perceba então que o casamento é o núcleo social que proporciona ao
homem experimentar todas as nuanças do amor.
O propósito de DEUS no casamento é a promoção do máximo bem;
tanto pessoal como social e universal.

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