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Desenvolvimento do bebe 5 a 8 meses

Lesão do plexo braquial:


É caracterizada por uma incapacidade que ocorre no período perinatal e resulta em
paralisia e/ou paresia flácida associada ou não à perda da sensibilidade no membro
afetado

- O principal fator associado à distócia de ombro é o peso fetal, haja vista que fetos
macrossômicos com peso superior a 4,5kg apresentam risco aumentado em dez vezes
para lesões no plexo. São fatores de risco também a utilização de forceps, apresentação
pélvica (lesão bilateral decorrente de hiperextensão cervical), baixo Apgar, anestesia epidu-
ral e parto prolongado4,7,10 . Outros fatores de risco estão relacionados com o histórico
materno e incluem: obe-sidade, diabetes mellitus, baixa estatura, multiparidade, idade
materna (> 35 anos), anatomia pélvica e distócia de ombro em parto anterior

- A maioria dos autores acredita que a PBP seja produzida por estiramento do plexo
durante o trabalho de parto. Esse es-tiramento seria habitualmente causado pela
dificuldade de desprendimento do ombro, a chamada distócia de ombro. Na distócia, o
ombro do feto permanece preso na sínfise púbica, abrindo o ângulo entre a clavícula e a
parte cervi-cal da medula espinhal, distendendo as raízes (em razão do maior gradiente de
tensão na parte superior), justificando a alta incidência de lesões da parte superior do
plexo bra-quial (Figura 9.2B)11 . Embora essa teoria seja amplamente difundida, há
controvérsias quanto à fisiopatologia da PBP, tendo em vista sua ocorrência em partos
não traumáticos, o que leva alguns autores a sugerirem que forças propulsivas maternas
ou rotação deficiente do feto poderiam contribuir para o mecanismo de lesão

 Lesão de nível superior

- A paralisia de Erb é decorrente da lesão nas raízes C5 e C6, sendo C7 também


afetada em 50% dos casos, O paciente apresenta déficit dos movimentos de
protração e retração escapular, abdução e rotação externa do ombro, flexão do
cotovelo, supinação do antebraço e flexão do punho e dos dedos. Os recém-
nascidos apresentam reflexo de Moro as-simétrico, mantendo o membro
comprometido junto ao corpo. Um sinal clássico da paralisia de Erb é a mão em
gorjeta

A paralisia de Erb-Duchene é a forma mais comum de lesão. Caracteriza-se


por dano às raízes nervosas superiores (C5 e C6) do plexo braquial, onde ocorrerá
paralisia de todos os músculos inervados por essas raízes, como: deltóide,
braquial, braquiorradial, supra-espinhoso,
infra-espinhoso e bíceps (devido ao
comprometimento dos nn. axilar, musculocutâneo, supra-escapular e fibras do
radial). Se os músculos rombóides, elevador da escápula e serrátil anterior
estiverem envolvidos é mau sinal de prognóstico, visto que esses músculos são
inervados por nervos que saem diretamente das raízes nervosas (n. escapular
dorsal e n. torácico longo).

Nesta o membro superior encontra-se hipotônico, pendente ao lado do corpo


em adução, rodado medialmente, com o antebraço pronado e estendido. A função
da mão encontra-se preservada. O reflexo bicipital é perdido. A perda sensitiva é
mínima.
As causas mais comuns são tração da cabeça ou ombros, quedas contra a cabeça
do úmero e injúrias obstétricas.

 Lesão do nivel inferior

-A paralisia inferior, também conhecida como paralisia de Klumpke, acomete o


tronco inferior do plexo braquial (C8-T1) e é rara, correspondendo a 2% de todas as
PBP15 . A princi-pal característica clínica da paralisia de Klumpke é a pobre função
manual, haja vista que os músculos proximais estão intactos. Adicionalmente,
observa-se abolição do reflexo de preensão palmar. A mão, apesar de plégica,
mantém a se-miflexão das articulações interfalangianas e a extensão das
metacarpofalangianas, o que evolui para a deformidade em garra vista na Figura
9.5. Além disso, a postura nos segmen-tos mais proximais se caracteriza por
flexão e supinação do antebraço e extensão do punho

A paralisia de Klumpke ocorre com menor freqüência. Trata-se de danos as


raízes nervosas inferiores (C8 e T1) do plexo braquial. Corresponde a uma lesão de
nn. Mediano e Ulnar no nível da mão, já que estes são mais acometidos, e que na
mão chegam quase que somente fibras de C8 e T1. Nesse caso, os músculos
afetados são os flexor ulnar do carpo e os flexores dos dedos e os músculos
intrínsecos da mão (região tenar e hipotenar e mm interósseos). Assim, há perda
da flexão do punho e dos dedos, e perda também da capacidade de realizar
movimentos finos com as mãos, além de trofismo das eminências tenar e
hipotenar. O déficit sensitivo é na porção medial do antebraço (acometimento do n.
cutâneo medial do antebraço)
Observa-se que a motricidade do braço e antebraço é mantida.
As causas mais comuns são: - tumores ou outra patologia expansiva do ápice
pulmonar, - fratura da clavícula, - síndrome da costela cervical (os processos
transversos da vértebra C7 desenvolvem-se além do normal, formando-se um novo
par de costelas, que pressionam as raízes ventrais dos nn C8 e T1), - aneurisma do
arco da aorta, - ato de puxar o braço subitamente, principalmente em RN e crianças
menores, - metástases malignas para linfonodos cervicais, - queda de altura com
tentativa de paralisação com os braços.

De acordo com as características motoras o RN apresenta a lesão a nível superior( paralisia de


Erb) por apresentar a extensão ao lado do corpo e adução de ombro rodado medialmente que
é uma característica desse tipo de lesão, que também é caracterizado por afetar as raízes C6 e
C7 de modo a ter déficits das regiões mais proximais, oque exclui a possibilidade para a lesão a
níveis inferiores

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