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- O principal fator associado à distócia de ombro é o peso fetal, haja vista que fetos
macrossômicos com peso superior a 4,5kg apresentam risco aumentado em dez vezes
para lesões no plexo. São fatores de risco também a utilização de forceps, apresentação
pélvica (lesão bilateral decorrente de hiperextensão cervical), baixo Apgar, anestesia epidu-
ral e parto prolongado4,7,10 . Outros fatores de risco estão relacionados com o histórico
materno e incluem: obe-sidade, diabetes mellitus, baixa estatura, multiparidade, idade
materna (> 35 anos), anatomia pélvica e distócia de ombro em parto anterior
- A maioria dos autores acredita que a PBP seja produzida por estiramento do plexo
durante o trabalho de parto. Esse es-tiramento seria habitualmente causado pela
dificuldade de desprendimento do ombro, a chamada distócia de ombro. Na distócia, o
ombro do feto permanece preso na sínfise púbica, abrindo o ângulo entre a clavícula e a
parte cervi-cal da medula espinhal, distendendo as raízes (em razão do maior gradiente de
tensão na parte superior), justificando a alta incidência de lesões da parte superior do
plexo bra-quial (Figura 9.2B)11 . Embora essa teoria seja amplamente difundida, há
controvérsias quanto à fisiopatologia da PBP, tendo em vista sua ocorrência em partos
não traumáticos, o que leva alguns autores a sugerirem que forças propulsivas maternas
ou rotação deficiente do feto poderiam contribuir para o mecanismo de lesão