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SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do corpo e podem orientar o
diagnostico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico de uma vítima. Os sinais vitais
são:
- Respiração;
- Pulso (Circulação, Pulsação ou Batimentos Cardíacos);
- Temperatura e
- Pressão Arterial.
RESPIRAÇÃO
O termo respiração inclui a entrada de oxigênio na inspiração e eliminação do dióxido
de carbono na expiração. A frequência respiratória varia de crianças para adultos de acordo com
a tabela abaixo:
Alguns fatores podem alterar os valores normais de respiração, como por exemplo:
exercícios físicos, hábito de fumar, medicamentos, fatores emocionais e outros. Os termos
empregados nas alterações dos padrões respiratórios são os seguintes:
• Apneia: cessação intermitente ou persistente da respiração;
• Bradpneia: respiração lenta e regular;
• Taquipnéia: respiração rápida e regular;
• Dispneia: respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios.
PULSO
O pulso nada mais é do que a pressão do sangue contra a parede arterial em cada
batimento cardíaco. Os locais mais comuns para a obtenção de pulso (PONTOS DE PULSO)
são nas artérias carótida (Adulto), radial, femoral e braquial (Bebê). O pulso aferido pela
ausculta cardíaca é denominado de pulso apical.
TEMPERATURA:
A temperatura é influenciada por meios físicos e químicos e o controle é feito através
de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor
produzido e o calor perdido pelo corpo.
Vejamos na tabela abaixo, os índices normais de temperatura corporal em adultos e em
crianças:
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Pontos de aferição Adulto Criança
Oral 37ºc 37,4ºc
Retal 37,5ºc 37,8ºc
Axilar 36,7ºc 37,2ºc
Variações de 0,3ºc a 0,6ºc da média da temperatura são consideradas normais. As
crianças têm temperaturas mais altas que os adultos, pois seu metabolismo é mais acelerado.
A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, medo, ansiedade, etc.
Exposição ao frio, estado de choque, hemorragias, são causas de temperatura abaixo do normal.
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial (ou pressão sanguínea) é resultante da força exercida pelo sangue
contra as paredes da artéria.
A pressão arterial varia de acordo com a idade, porém ocorre o aumento da pressão
arterial devido aos seguintes fatores: esforços físicos, susto, estresse, medo, etc. Embora a
pressão alta, muitas vezes não manifeste sintomas, ela pode ocasionar doenças de hipertensão
como o aneurisma, doenças coronárias, hemorragia cerebral, distúrbios de retina, colapso renal
e outras. A pressão arterial baixa ou hipotensão pode ser ocasionada por hemorragia, estado de
choque, etc.
Para aferir a PA, o manguito do esfigmomanômetro é colocado em qualquer um dos
braços e inflado através da pêra para apertá-lo, interrompendo a pulsação, o que se houve com
o estetoscópio. Então o manguito vai sendo esvaziado, até os batimentos cardíacos voltarem a
serem ouvidos pelo estetoscópio, tem-se aí a pressão sistólica (ou máxima), e quando o som
dos batimentos desaparecerem novamente afere-se a diastólica (ou mínima).
ABORDAGEM PRIMÁRIA
- Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida;
- É feita sem mover a vítima de sua posição inicial, salvo haja necessidade de intervir em alguns
passos, por exemplo: desobstrução de vias aéreas;
- É sempre feita seguindo uma sequencia fixa de passos;
- Só se passa para o passo seguinte depois de concluído o anterior;
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- Muitas vezes, na prática, alguns passos podem ser avaliados simultaneamente.
➢ - Segurança do local
➢ - Identificação/Controle Cervical
(VÍTIMA RESPONSIVA)
➢ X – Hemorragia Exsanguinante;
➢ A - Vias Aéreas com controle da coluna cervical;
➢ B - Respiração (ver, ouvir, sentir);
➢ C – Circulação e Controle de Grandes Hemorragias;
➢ D - Estado Neurológico;
➢ E - Exposição da vítima
Obs.: uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos pulmões e este ar passar pelas cordas vocais.
Portanto, se a vítima responder normalmente, verifica-se que as vias aéreas estão permeáveis e
respiração espontânea e que possui pulso.
ABORDAGEM SECUNDÁRIA
A causa mais frequente de alterações das vias aéreas (obstrução) em vítimas de trauma é
a inconsciência que provoca o relaxamento da língua que se projeta contra a orofaringe (fundo
da garganta), na vítima em decúbito dorsal, impedindo a passagem de ar nas vias aéreas
superiores para as vias aéreas inferiores. Avaliar e controlar as vias aéreas são condutas rápidas
e simples, e não necessitam inicialmente de qualquer equipamento, bastando para tal a aplicação
de técnicas manuais de controle e desobstrução de vias aéreas que não devem ser retardadas na
espera de equipamento ou de pessoal.
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Métodos de desobstrução de vias aéreas:
1. Obstrução por LÍQUIDOS:
- Realizar o rolamento 90º;
- Aspiração
2. Obstrução por SÓLIDOS:
- Realizar a remoção manual;
- Aplicar a manobra de Heimlich.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
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TÉCNICA COM UM OU DOIS SOCORRISTAS
RESSUCITAÇÃO CARDIO PULMONAR (RCP)
1)Chegada do Socorro;
2)Reanimação da vítima;
3)Exaustão do Socorrista.
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HEMORRAGIAS
É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos de uma ruptura de suas paredes.
Podem ser classificadas em hemorragia INTERNA (quando o sangue extravasa para o interior
do corpo), e EXTERNA (quando o sangue é extravasado para o meio ambiente).
Tipos de Hemorragias
1) Hemorragia arterial: é a perda de sangue por uma artéria. (Esguicha)
2) Hemorragia venosa: é a perda de sangue por uma veia. (Escorre)
3) Hemorragia capilar: sangramento por um vaso capilar. (Superficial)
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Atendimento à vítima de queimadura:
a. Verificação da segurança do local.
b. Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas.
c. Remover a vitima do ambiente hostil.
d. Remover as roupas que não estejam aderidas ao corpo da vitima.
e. Promover a hidratação da área afetada e remoção de fragmentos de roupas ou
substâncias que não estejam aderidas ao corpo da vitima.
f. Realizar o exame primário.
TRAUMATISMOS SUPERFICIAIS
São lesões ou perturbações produzidas em qualquer tecido pôr um agente externo, podendo este
ser físico ou químico.
Podemos definir uma fratura como sendo a perda da continuidade óssea. Quanto ao traço
ela pode ser completa (total) ou incompleta (parcial), quanto ao foco pode ser simples (fechada)
ou exposta (aberta), quanto a lesões associadas pode ser simples (uma lesão) ou complicada
(duas ou mais lesões). Nas fraturas fechadas não há o rompimento da pele sobre a lesão, já nas
expostas ocorre tal rompimento, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente,
possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção.
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Cuidados específicos para fratura exposta
• Coloque uma gaze, chumaço ou um pano limpo sobre o ferimento;
• Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem ou atadura;
• No caso de hemorragia grave, utilize as técnicas de hemostasia (prioridade);
• Mantenha o controle cervical e mantenha a vítima consciente;
• Transporte à vítima somente após imobilizar a parte fraturada;
• Em caso de amputação, coloque a parte seccionada dentro de um saco plástico que não tenha
sido usado. Acondicione o saco com a parte amputada em uma vasilha com gelo e ENVIE COM
A VÍTIMA para um hospital.
Sinais e Sintomas de Fraturas
Lesões de Articulações
Articulação (Junta) é o local onde dois ossos se tocam. Algumas são fixas (ex.: crânio),
onde os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas, chamadas articulações, os
ossos são móveis, permitindo ao esqueleto realizar movimentos. Há vários tipos de articulações:
Luxações
A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma articulação ficam
deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si, é caracterizada pela perda da
congruência articular, ou seja, “um osso que sai do seu encaixe normal”. O desencaixe de um
osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso
numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. Com isto, poderá
haver uma ruptura dos ligamentos.
Entorses
Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao
nível da articulação, também conhecida por torção, é provocada pela movimentação de uma
articulação além dos seus limites (capacidade) fisiológicos, porém não perde a congruência
articular, mantendo-se em seu encaixe. A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente
produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e os tendões
podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e violentos. Uma lesão
muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou contusão profunda.
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CRISE CONVULSIVA
Atendimento
• Manter-se calmo e procurar acalmar os demais;
• Colocar algo macio sob a cabeça da vítima;
• Remover da área objetos que possam vir a ferir o paciente;
• Afrouxar as roupas, deixando a vítima confortável;
• Girar a cabeça do paciente para o lado para que a saliva e o relaxamento da língua não
dificulte a respiração, desde que não haja qualquer suspeita de trauma raquimedular;
• Não introduzir nada pela boca, também não prenda a língua com colher ou com qualquer
outro objeto, pois não existe o perigo da vítima engolir a língua;
• Não tentar fazê-lo voltar a si, lançando-lhe água ou obrigando-o a tomá-la;
• Não o agarrar na tentativa de mantê-lo quieto;
• Ficar ao seu lado até que sua respiração volte ao normal e ele se levante;
Caso a crise demore indefinidamente, ou seja, ataques sucessivos, ou a pessoa não recupere a
consciência, reporte ao atendimento médico.
SÍNCOPE
Qualquer tipo de perda de consciência de curta duração que não necessite de manobras
especifica para recuperação. O termo lipotímia tem sido utilizado para designar episódio de
perda incompleta da consciência. A causa fundamental da síncope é a diminuição da atividade
cerebral, e pode ser classificada em:
A. Síncope Vasogênica - é a mais frequente. Queda súbita da P.A., cuja causa pode ser
emocional, dor súbita, esforço físico, ambiente lotado, cena de sangue, calor excessivo.
O episódio sincope surge geralmente quando a vítima esta em pé. O paciente pode apresentar-
se pálido, frio, com respiração suspirosa – após alguns minutos ocorre tontura, visão
embaraçada e súbita perda de consciência.
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C. Síncope Neurogênica - Agressão direta ao encéfalo como no trauma, intoxicações,
hipertensão intracraniana, etc.
Atendimento de Emergência
TIPOS DE MOVIMENTAÇÕES:
➢ Rolamento a 90 graus;
➢ Rolamento a 180 graus;
➢ Elevação a cavaleiro;
➢ Elevação com apoio lateral;
➢ Elevação sem prancha (bloco)
As vítimas que estiverem em locais de risco iminente (incêndio com risco de explosão,
veículo a beira de um penhasco, ambiente tomado por fumaça, etc) deverão ser removidas
imediatamente pelo método da chave de Rauteck, ou por outras formas, dentro das
possibilidades físicas do socorrista, puxando-se a vítima para fora do local de risco e
deslizando-a até um local seguro.
PARTO NORMAL
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são as contrações do útero, que fazem com que o colo se dilate de 0 (zero) a 10 (dez)
centímetros.
As contrações uterinas são reconhecidas pela dor tipo cólica referida pela gestante e pelo
endurecimento do útero, perceptível à palpação do abdome.
Cuidados de Emergência
Tranquilize a gestante. Demonstre uma atitude alegre, simpática e encorajadora para
com ela. Observe e anote as características das contrações: frequência, duração e intensidade.
A presença do “sinal” (tampão mucoso sanguinolento, sem sangramento vivo em quantidade
substancial) sugere estar havendo rápido desenvolvimento para o parto, particularmente se
associado a frequentes e fortes contrações.
Insista para que a paciente não faça força e, em vez disso, encoraje-a para que respire
ofegantemente durante as contrações (respiração de “cachorrinho cansado”). Durante o
primeiro período do trabalho, as contrações uterinas são involuntárias e destinam-se a dilatar o
colo uterino e não a expulsar o feto. Fazer força, além de ser inútil, leva à exaustão e pode rasgar
(dilacerar) partes do canal do parto. Se você reconhecer que a mãe está no primeiro período do
trabalho de parto, prepare-a para transporte ao hospital.
b)Período de Expulsão
A paciente começa a fazer força espontaneamente. Há repentino aumento nas descargas
vaginais. Algumas vezes os líquidos são claros, com leve sangramento. Isso indica que a cabeça
da criança está passando através do canal do parto, já completamente dilatado.
A paciente tema sensação de necessidade de evacuar, sintoma decorrente da pressão
exercida pela cabeça do feto no períneo e, consequentemente, contra o reto.
As membranas rompem-se e extravasam líquido amniótico.
Embora a “bolsa” possa romper-se a qualquer hora, é mais frequente seu rompimento
no começo do segundo período.
A abertura vaginal começa a abaular-se e o orifício anal a dilatar-se. Esses são sinais
tardios e anunciam que o aparecimento da criança poderá ser observado a qualquer nova
contração.
Episódios de vômito a essa altura são frequentes. Caso haja vômito, cuide para não
ocorrer aspiração e obstrução da via aérea. Coroamento: a abertura vaginal ficará abaulada e o
pólo cefálico da criança poderá ser visto. Isso é o coroamento, o último sinal antes que a cabeça
e o resto da criança nasçam.
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Cuidados de Emergência
O coroamento significa que a criança pode nascer imediatamente. Portanto, adie o
transporte para o hospital e prepare-se para dar assistência ao parto. Na fase que antecede o
coroamento é possível que haja tempo de se chegar a um hospital. Neste caso, inicie o
transporte, mas esteja preparado para estacionar o veículo e completar o parto a caminho caso
o coroamento se consume.
Se o coroamento é observado:
Providencie o material necessário para a assistência ao parto:
- Compressas esterilizadas;
-Máscara para oxigenação;
- Cilindro portátil de oxigênio.
Organize o ambiente para o parto, posicionando a gestante de preferência sobre uma
superfície dura, despida e com membros inferiores semifletidos, com espaço suficiente para
acolher o bebê entre a vulva e a extremidade da superfície. Calce luvas esterilizadas e aguarde
a saída do bebê.
Num parto normal, a cabeça é normalmente liberada com a face voltada para baixo e
roda espontaneamente em direção a uma das pernas da mãe. Espere isto acontecer antes de
segurar a cabeça com uma das suas mãos. Enquanto segura a cabeça, verifique se o cordão
umbilical não está enrolado no pescoço da criança. Se isto estiver acontecendo, corra seus dedos
entre o cordão e o pescoço para afrouxá-lo. Se o cordão estiver muito apertado, provavelmente
estará impedindo a progressão do nascimento.
Depois que nasceu a cabeça, as contrações uterinas continuam até as passagem dos
ombros que pode ser demorada. Não puxe a criança. O ombro superior é normalmente o
primeiro a apresentar-se. Uma leve tração da cabeça na direção do chão facilitará a passagem
do ombro inferior. Continue a segurar a criança e esteja pronto para a sua saída repentina.
Depois dos ombros nascerem, o resto do corpo vem rapidamente em seguida. Segure o cordão
umbilical de forma que não se rompa da placenta. Lembre-se que o bebê é muito escorregadio.
Segure com firmeza e delicadeza.
Deixe o bebê sobre o abdome da mãe, em decúbito lateral, com a cabeça rebaixada, para
drenar fluidos contidos na via aérea.
Limpeza das vias aéreas: limpe a boca por fora, com compressas de gaze; enrole a gaze
no dedo indicador para limpar por dentro da boca do recém-nascido (RN), sempre
delicadamente, tentando retirar corpos estranhos e muco. Para aspirar líquidos, utilizar uma
seringa (sem agulha). Certifique-se de retirar previamente todo o ar da seringa a ser introduzida
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na boca ou no nariz do RN. Observe que o RN respira primeiramente pelo nariz, daí ser sua
desobstrução tão importante quanto a da boca. As manobras de desobstrução da via aérea devem
ser feitas sempre, independentemente de o RN conseguir respirar de imediato ou não.
Estimule a criança, friccionando-a com a mão. Não bata na criança. Pode fazer cócegas
nas plantas dos pés, com o dedo indicador. Manter a criança em decúbito lateral esquerdo para
as manobras de estimulação.
Quando a criança começar a respirar, volte sua atenção para a mãe e o cordão umbilical.
Caso as vias aéreas tenham sido desobstruídas e o RN não tenha começado a respirar, inicie
manobras de ressuscitação.
Faça respiração artificial sem equipamentos: respiração boca-a -boca ou boca-nariz-
boca. Faça uma ou duas ventilações. Caso a criança consiga respirar sozinha, deixe que o faça.
Caso contrário, institua RCP. Continuar até que a criança comece a respirar ou que um médico
ateste o óbito. Transporte a criança a um hospital o quanto antes. Depois que a criança estiver
respirando, concentre sua atenção no cordão umbilical.
Amarre (clampeie) o cordão com cadarço (fio) estéril ou pinça hemostática, a
aproximadamente 15 a 20 cm do abdome do RN. Os cordões para a ligadura devem ser feitos
de algodão. A aproximadamente 2,5 cm do primeiro cordão, amarre o segundo. Use nós de
marinheiro (anti-deslizantes) e ponha no final três nós de segurança.
Corte o cordão umbilical entre os dois clamps, usando material estéril (tesoura ou
bisturi). Envolva a criança em lençol limpo e cobertores e passe-a ao cuidado de um colega. A
criança deve ser mantida em decúbito lateral, com a cabeça levemente mais baixa que o resto
do corpo.
Dequitação Placentária
O terceiro período estende-se desde a hora em que a criança nasce até a eliminação da
placenta, que normalmente acontece em até 30 minutos. Junto com ela vem uma a duas xícaras
de sangue. Não se alarme, porque é normal. Não puxe a placenta: aguarde sua expulsão natural.
Retirada, guardar a placenta numa cuba ou envolta em papel ou compressa, e levá-la ao hospital,
juntamente coma mãe e a criança, para ser examinada quanto à possibilidade de algum pedaço
ter ficado na cavidade uterina. Uma compressa estéril pode ser colocada na abertura vaginal
após a saída da placenta.
Período de Greemberg
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É o quarto período, que ocorre após a dequitação placentária e compreende a interrupção
da hemorragia vaginal. Para isso, palpe o útero pela parede abdominal, se ele estiver muito
frouxo e relaxado e houver sangramento vaginal, massageie suavemente o abdome da
parturiente, comprimindo suavemente o útero. Isto ocasionará a sua contração e retardará a
saída de sangue. Continue a massagear o útero até senti-lo firme, como uma bola de futebol.
Atropelamentos
• Adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantendo
o fluxo de veículos na pista livre. Orientando para que curiosos não parem na área de
fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via.
• Isolar o local do acidente e evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando
auxílio e distribuindo tarefas entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas
precisem ser orientadas.
Incêndio
• Sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre vazamento
de combustível. Nesses casos é importante adotar os seguintes procedimentos:
• Afastar os curiosos;
• Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
• Orientar para que não fumem no local;
• Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura do
local de risco.
Eletricidade
• Em ocorrências onde envolva eletricidade, cabos elétricos energizados, Jamais tenha
contato com esses cabos, mesmo que ache que eles não estão energizados.
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• Mesmo não havendo esses riscos, não se deve mexer nos cabos, apenas isolar o local e
afastar os curiosos.
• Caso exista qualquer dos riscos citados ou alguém eletrocutado, recomenda- se usar um
cano longo de plástico ou uma madeira seca e, num movimento brusco, afastar o cabo.
Não se pode fazer isso com bambu, metal ou madeira molhada. Nem nunca imaginar
que o cabo já esteja desligado.
Doenças infecto-contagiosas
• É necessário evitar qualquer contato com o sangue ou secreções das vítimas nos
acidentes. Por isso, tenha sempre na viatura um par de luvas de borracha para tais
situações. Podem ser luvas de procedimentos usadas pelos profissionais ou simples
luvas de borracha para uso doméstico.
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ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR EM COMBATE
PROTOCOLO MARC 1
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TORNIQUETE
APLICAÇAO DO TORNIQUETE
A Aplicação do torniquete em combate será preferencialmente na modalidade
emergencial, ou seja, alto e apertado.
O mais alto que conseguir pois podem existir outros ferimentos naquele membro que o
operador que está realizando o atendimento não tenha percebido, o tempo de aplicação deve ser
entre 60 a 120 segundos, pois uma aplicação rápida e eficaz, minimiza os danos causados pela
lesão, o torniquete deverá ser apertado até parar o sangramento massivo.
Importante ressaltar que o torniquete improvisado ou torniquete falsificado, ao
contrário do que se imagina, não é eficiente, ou seja, não é confiável, devendo ser utilizado
somente equipamentos certificados.
Com o PM ferido no local abrigado, aplicar o protocolo MARC, iniciando pelo sangramento
Massivo (M), avaliando as extremidades (membros inferiores e superiores) e as areas
juncionais, em busca de sangramento massivo, que se caracteriza por fardamento empapado de
sangue, poça de sangue ao solo ou ferimento “pulsando” sangue, havendo o sangramento,
realizar a aplicação de torniquete nos membros superiores e inferiores, gazes com agente
coagulante nas areas juncionais, a bandagem de combate para fixar a gaze com agente
coagulante e ou proteger pequenos ferimentos.
Garantir a desobstrução das vias Areas (A), realizando a busca tátil e visual de particulas
sólidas no interior da boca, bem como, de fluidos (sangue e vomito), havendo, rotacionar o
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policial ferido lateralmente, realizar a manobra de elevação da mandíbula.
Verificar a respiração (R), devendo expor o toráx do policial ferido, removendo vestes
balisticas frontal e seu fardamento, avaliar visualmente e com as mãos o torax a procura de
perfurações tanto na região anterior como na posterior, havendo, limpar o excesso de sangue e
tampar o ferimento com selo de tórax.
Evitar a perda de calor (C) corporal, retirando peças do fardamento que estejam umidas,
impedir o contato do corpo do PM ferido com o solo, envolve-lo em manta aluminizada, para
que não acelere a perda da temperatura corporal.
Manobra de Burp: Poderá ocorrer no PM ferido, mesmo após o fechamento da perfuração
no torax, dificuldade respiratória (pneumotórax). Caso isso ocorra, deverá ser realizado a
manobra conhecida como “BURP”. Remova o selo de tórax até que o orifício fique exposto,
limpe o orifício, removendo possíveis coágulos, tape a boca e o nariz da vítima e aplique
pressão no lado cujo pneumotórax esteja e recoloque o selo de tórax no lugar.
Manobras e procedimentos do protocolo MARC1 serão aplicadas por Policial Militar
devidamente habilitado em curso APH em Combate, protocolo Mac1, curso este já é uma
realidade na PMMS, onde recebe instruções para diante de um policial ferido tenha capacidade
de em um ambiente hostil (ambiente operacional), nas atividades policiais, com o emprego das
técnicas e procedimentos emergenciais, para serem aplicados nas vítimas ou em si mesmos,
com o objetivo de salvaguardar a vida humana e prover a estabilização para a evacuação até o
suporte médico adequado.
Reavaliação constante do protocolo MARC durante a remoção do PM ferido.
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Referências:
• PRE-HOSPITALAR TRAUMA LIFE SUPPORT. (PHTLS) 8a Edição.
• AMERICAN HEART ASSOACIATION (U.s.a.) (Org.). Protocolo de Reanimação
CardioPulmonar. São Paulo: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2015.
• MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR, Corpo de Bombeiros do Mato
Grosso do Sul, 2014.
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