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Por maior que sejam os cuidados que temos com as crianças, em algum momento da
infância eles acabam ficando doentes. O sistema imunológico das crianças está em
processo de amadurecimento e ainda não sabe lidar com vírus e bactérias com eficiência
total, é comum que o organismo seja atacado por doenças infantis que provocam sintomas
como febre, dores no corpo, falta de apetite e indisposição.
Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e
a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um
trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições
médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos.
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1.Doenças mais frequentes em crianças
Além disso, a criança também depende dos adultos quanto ao aprendizado de bons hábitos
de comportamento, tanto à sociedade que o cerca quanto a si mesma - mantendo uma
higiene adequada, por exemplo, lavando as mãos antes de comer, não comer nada que
tenha caído no chão, escovar os dentes diariamente, etc.
Caso os pais não levem as crianças a postos de vacinação, as crianças poderão ser
suspensas da escola, e em casos mais graves, os pais podem perder a guarda da criança.
Algumas destas vacinas requerem reimunização - a aplicação de uma nova dose da
vacina-regularmente.
As doenças na infância assustam muitos pais exigindo atenção quanto aos sintomas,
encaminhamento médico, período para realização de exames e diagnóstico e por fim o
início do tratamento e recuperação da criança.
Conhecer as doenças mais comuns na infância é uma opção para que os pais possam ficar
mais atentos aos sintomas apresentados pelas crianças e com isso iniciar o
encaminhamento médico em menos tempo, minimizando os riscos de agravamento da
condição.
Três por cento das crianças sofrem com quadros alérgicos, segundo a Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP). Os de origem alimentar são normalmente provocados por alguma
proteína, conservante ou corante, causando dores abdominais, coceira, erupções na pele
e até dificuldade respiratória.
Leite de vaca, clara de ovo, soja, trigo e peixe encabeçam a lista dos ingredientes
causadores desses episódios. A alergia ao primeiro é a mais comum na infância e pode
apresentar sangue nas fezes como sintoma adicional. O tratamento consiste em retirar da
dieta o alimento. Em fase de amamentação, pode ser necessário excluir o item da
alimentação materna, já que ele pode passar para o bebê por meio do leite.
Quando se trata de alergia respiratória, ela pode se manifestar tanto como rinite,
caracterizada por coriza, espirros e congestão nasal, quanto em forma de asma, quando
acomete os brônquios, ocasionando dificuldade respiratória, chiado no peito e tosse, entre
outras complicações.
Os agentes promotores dessas crises variam de uma criança para outra, mas, entre os
principais, estão os ácaros, presentes em roupas e cobertores, o pólen das flores, a poeira
e os pelos de animais. A estratégia de prevenção também consiste em manter a criança
longe do gatilho.
Por isso, deixe o ambiente sempre limpo e arejado, evitando bichos de pelúcia e outros
objetos que possam acumular poeira no quarto do seu filho. Um especialista irá orientar
o tratamento com remédios, sejam para os momentos de crise, sejam para uso contínuo.
Picadas de inseto também têm potencial de desencadear alergia, com coceira e
vermelhidão, que duram até dez dias. O pediatra pode prescrever um tratamento com anti-
histamínicos.
1.2 Caxumba
A caxumba (CID 10 - B26) é uma infecção viral contagiosa que afeta principalmente
glândulas que produzem saliva, chamadas de parótidas. A doença também pode afetar
outras glândulas próximas aos ouvidos, além das glândulas submaxilares e sublinguais.
A caxumba é muito mais comum em crianças e pode afetar uma das glândulas ou todas
elas. As complicações são raras e geralmente acontecem quando a pessoa contrai a doença
na vida adulta.
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A transmissão da caxumba ocorre por meio da respiração e a doença provoca a inflamação
das glândulas salivares parótidas, que realizam a produção de saliva. Entre os sintomas
mais frequentes estão dor e inchaço na região abaixo da mandíbula inferior, dificultando
a deglutição e causando mal-estar, rigidez na nuca, náuseas e dor de cabeça.
Causada por vírus, essas doenças são transmitidas por meio da saliva e levam de 5 a 14
dias para entrar em remissão espontânea. O tratamento consiste no alívio dos sintomas,
com analgésicos e antitérmicos, e na prevenção de complicações – como a pneumonia,
no caso do sarampo.
Todas são passíveis de prevenção com a mesma vacina, chamada de tetra viral, aplicada
em dose única, aos 15 meses de vida. Cada problema tem suas particularidades, mas
sintomas como febre, prostração, manchas no corpo, tosse, coriza e falta de apetite devem
ser relatados o quanto antes ao pediatra.
Se houver contágio, restrinja o contato com outras crianças para prevenir a transmissão.
Nesse caso, ofereça ao seu filho bastante água, hortaliças e frutas para aumentar sua
resistência. O repouso também é essencial.
2. Rubéola
A rubéola, do latim rubella, é uma doença infetocontagiosa causada pelo vírus da rubéola
e pode ser transmitida entre seres humanos por via aérea através do contacto direto com
secreções de indivíduos infetados. Em alguns casos, os sintomas desta doença são
ligeiros, o que faz com que os indivíduos infetados não se apercebam de que estão
infetados.
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A rubéola foi descrita pela primeira vez em meados do século XVIII por dois médicos
alemães que a denominaram por roteln, no entanto, a doença ficou globalmente conhecida
como sarampo alemão.
A rubéola está na lista das doenças na infância mais comuns, sendo causada por vírus e
tendo a transmissão também por meio da respiração e contato com pessoas portadoras do
vírus. Entre os sintomas da doença destaca-se o surgimento de pequenas lesões vermelhas
na pele e também febre.
Outro alerta é que a mãe pode transmitir rubéola ao bebê no primeiro trimestre de
gestação. Por isso, mulheres que pretendem engravidar devem fazer exames para detectar
se são imunes ao problema. Se não, precisam tomar vacina. Apesar de ser uma doença
comum, a rubéola apresenta riscos elevados quando contraída por gestantes, podendo
ocasionar a má formação fetal e óbito do feto.
2.1 Sarampo
Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo (Measles
morbillivirus). Os sinais e sintomas iniciais geralmente incluem febre, muitas vezes
superior a 40 ºC, tosse, corrimento nasal e olhos inflamados. Dois ou três dias depois do
início dos sintomas formam-se no interior da boca pequenos pontos brancos,
denominados sinais de Koplik.
Entre três a cinco dias depois do início dos sintomas aparece uma mancha vermelha e
plana que geralmente tem início na face e daí se espalha para o resto do corpo. Os
sintomas começam-se a manifestar entre dez e doze dias depois do contágio e duram entre
sete a dez dias. O sarampo transmite-se facilmente por via aérea através da tosse e espirros
de uma pessoa infetada.
O sarampo tem sintomas mais severos que as demais condições como manchas vermelhas
no corpo, febre, conjuntivite e tosse. O tratamento é realizado com remédio para febre e
repouso.
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A vacina tetraviral deve ser ministrada na criança e combate a catapora, o sarampo, a
caxumba e a rubéola, sendo a melhor opção de prevenção. Ainda que os vírus ainda sejam
comuns, eles estão menos ativos.
Uma ocorrência comum nas crianças é a otite média que ocorre devido ao acúmulo de
secreção no canal auditivo que pode ser ocasionado por gripes, resfriados e também
durante o aleitamento, fazendo com que a região seja favorável à proliferação de
bactérias.
Em geral, as crianças sofrem com a condição pelo menos uma vez até os 5 anos, sendo
que os pais devem ficar atentos a choros e febre injustificados. No caso dos bebês, é
fundamental ficar atento a sinais como choro intenso e febre. Existe ainda um quadro
mais brando, a otite externa, que geralmente ocorre por excesso de umidade.
Secar bem os ouvidos com uma toalha, após o contato com água, é a melhor forma de
diminuir a ocorrência – o uso de cotonetes é contraindicado, porque eles empurram a cera
para os tímpanos e diminuem a proteção do conduto auditivo.
Para se proteger contra as infecções do ouvido, é importante manter o canal auditivo longe
do excesso de umidade. Sempre que a criança tiver contato com a água, seque a região
cuidadosamente com uma toalha. Evite usar cotonetes, que empurram a secreção para
dentro e retiram a proteção da região.
As infecções de garganta estão entre as mais comuns doenças na infância, podendo ser
ocasionada por vírus ou bactéria. O primeiro caso é mais comum até os dois anos e pode
ser tratado com analgésicos indicados pelo pediatra.
Já a infecção bacteriana é mais grave e ocorre principalmente entre os três e seis anos
causando febre e desconforto. Nesses casos o tratamento deverá ser realizado com
antibióticos de acordo com a receita do médico responsável.
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A dor incomoda por três dias e o tratamento, com analgésicos e antitérmicos, visa o alívio
dos sintomas até que a doença regrida espontaneamente. Já as bactérias desencadeiam um
quadro intenso, comum entre 3 e 6 anos, que requer uso de antibióticos. Mas atenção: é
preciso seguir à risca a duração, os intervalos e as doses do remédio, caso contrário, os
micro-organismos podem se tornar resistentes. Episódios muito recorrentes podem exigir
uma cirurgia de extração das amídalas.
3. Fraturas
Fratura óssea é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com
separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo. As fraturas mais
comuns na infância são nos braços, pernas, dedos dos pés, mão e nariz. Entre os sintomas
que podem ser demonstrados pela criança estão dor, desconforto, inchaço e roxidão no
local.
Apesar de parecidos, gripe e resfriado têm características diferentes e são causados por
vírus distintos. Nos dois casos, a principal forma de contágio é a saliva, eliminada durante
tosses e espirros. O resfriado costuma ser mais brando, com coriza e irritação das
mucosas.
Já o pacote da gripe inclui febre, dor muscular e cansaço. Nas duas situações, o tratamento
serve para aliviar os sintomas, uma vez que o problema regride automaticamente. Manter
a hidratação, com chás, água e sucos, acelera a recuperação. Para prevenir os quadros
gripais, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a vacinação a partir dos 6
meses.
A forma de contágio é a mesma da gripe. Por isso, evite levar a criança a locais com
aglomeração de pessoas ou outros bebês doentes. De acordo com a SBP, prematuros
devem receber aplicações mensais de palivizumabe, um remédio à base de anticorpos,
que evita a infecção pelo VSR, especialmente perigosa para essas crianças.
3.2 Refluxo
A boa notícia é que o problema tende a diminuir à medida que ingredientes sólidos forem
incluídos no cardápio. Uma dica para amenizar o desconforto é amamentar em posição
vertical e não exagerar na quantidade de leite. Colocar o bebê para arrotar em pé no colo,
por cerca de 20 minutos, também facilita a digestão. Quadros severos podem exigir o uso
de medicamentos.
A doença é causada por uma disfunção do esfíncter esofágico inferior, a união entre o
estômago e o esófago, que não encerra por completo. Em pessoas que não melhoram com
medidas de tratamento simples, podem ser necessários métodos complementares de
diagnóstico, como endoscopia digestiva alta, radiografias com contraste, phmetria
esofágica ou manometria esofágica.
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3.3 Contaminações
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CONCLUSÃO
Por maior que sejam os cuidados que temos com os pequenos, em algum momento da
infância eles acabam ficando doentes. Como o sistema imunológico das crianças está em
processo de amadurecimento e ainda não sabe lidar com vírus e bactérias com eficiência
total, é comum que o organismo seja atacado por doenças infantis que provocam sintomas
como febre, dores no corpo, falta de apetite e indisposição.
Dentro do útero, o bebê não entra em contato com vírus e bactérias. Portanto, seu
organismo desconhece esses agentes. Entretanto, quando ele vem ao mundo,
abandonando o abrigo uterino, fica à mercê desses micro-organismos. É por isso que
problemas como otite, dor de garganta e outros quadros infecciosos afetam as crianças.
Para superar essa fase sem tanto transtorno, o segredo é ter muita paciência e adotar certos
hábitos. O parto normal é a primeira contribuição que você pode dar à saúde do seu filho,
pois o contato dele com as bactérias do canal vaginal ajuda a desenvolver resistência.
Amamentar também é fundamental. Por meio do leite, a mãe transfere substâncias que
atuam como anticorpos no organismo da criança. É por esse motivo que o aleitamento
deve ser exclusivo até os 6 meses e complementar até os 2 anos, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS).
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