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LINGUAGEM NA
anúncios possuem o fenômeno da perda da
autoria, pois acabam parecendo um discurso
do próprio produto ou marca.
Neste processo de comunicação da pro-
PROPAGANDA
paganda, o receptor é o leitor/consumidor,
J
akobson (1987) revolucionou o mundo ções, mas normalmente há a predominância minantemente os indivíduos que já conso-
da linguística ao apresentar seis fun- de uma. É importante dizer que por função, mem o produto ou serviço anunciado e/ou
ções da linguagem, baseadas nos seis entende-se: a finalidade que aquele texto o contingente de seus potenciais consumido-
fatores envolvidos na comunicação. Não há possui. A seguir trataremos de cada função res” (CARRASCOZA, 2004, p. 15).
melhor maneira de apresentá-las senão nas individualmente.
palavras do próprio. Palavras estas que são O processo de comunicação da propagan- A função referencial
repetidas por inúmeras obras que tem como da possui uma pequena variação no esque- Um texto possui esta função quando está
objeto de estudo a comunicação social: ma de Jakobson (1987), pois o emissor não orientado para o contexto, ou referente. É a
é quem aparenta ser. Se não se soubesse mais presente na maioria dos textos, normal-
O REMETENTE envia uma MENSAGEM nada a respeito do processo de ‘fabricação’ mente acompanhada de alguma outra. Pode
ao DESTINATÁRIO. Para ser eficaz, a men- de uma propaganda, poder-se-ia facilmente também ser chamada de linguagem denota-
sagem requer um CONTEXTO a que se re- imaginar que o autor daquele anúncio é a tiva, que traz uma aproximação maior entre
fere (ou “referente”, em outra nomenclatura empresa anunciante, quando na verdade é o o termo utilizado e o objeto ao qual se refere.
algo ambígua), apreensível pelo destinatário, redator de propaganda. Os redatores são es- Chalhub (2002, p. 10), que também escreve
e que seja verbal ou suscetível de verbali- pecialmente contratados para compor textos sobre as funções da linguagem diz: “A idéia
zação; um CÓDIGO, total ou parcialmente para anúncios publicitários, e normalmente aqui é de transparência entre o nome e a coi-
comum ao remetente e ao destinatário (ou, são especialistas em psicolinguística da pu- sa (entre o signo e o objeto), de equivalência,
em outras palavras, ao codificador e ao de- blicidade e possuem formação psicológica, de colagem: a linguagem denotativa referen-
codificador da mensagem); e, finalmente, um linguística e publicitária (LADEIRA, 1987, p. cial reflete o mundo”. É a função normalmen-
CONTACTO, um canal físico e uma conexão 82). Essa relação entre o redator e a empresa te utilizada em textos científicos, que colo-
psicológica entre o remetente e o destinatá- anunciante pode ser expressa graficamente: cam os fatos em evidência, e são baseados
rio, que os capacite a ambos a entrarem e na terceira pessoa, voz passiva. Exemplo de
permanecerem em comunicação. Todos es- frase na função referencial: O comportamen-
tes fatores inalienavelmente envolvidos na to do lagarto-de-língua-azul é bastante pecu-
comunicação verbal podem ser esquematiza- liar. A função referencial está mais do que
dos como segue: E R presente no texto publicitário, visto que é
A
a função predominante nos textos em geral.
REMETENTE CONTEXTO DESTINATÁRIO Um anúncio normalmente faz referência a
MENSAGEM produtos, serviços ou idéias.
A – Anunciante E – Emissor R – Receptor
CONTACTO A função emotiva
CÓDIGO A função emotiva, ou expressiva, é cen-
Ilustração 1 – Relação anunciante, redator e
(JAKOBSON, 1987, p. 123). emissor. trada diretamente no remetente, sendo uma