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Decreto da autorresponsabilidade:

Escolho não colocar o peso de meu abandono infantil


em meu relacionamento afetivo.

Escolho não deixar a rejeição cortante da infância


desfazer o laço do amor.

Se a relação está feliz ou triste, vou lidar com meu


lado adulto, são coisas da vida.

Minha criança ferida não chorará suas lágrimas por


cima de meu bem. Chorará em meu colo de
acolhimento em momentos apropriados.

Escolho não ser dominado pela ganância faminta de


minha criança no momento de usar o dinheiro que
ganho com meu trabalho.
Já sei que essa fome não cessa, que não há medida de
satisfação.
Aprendi que dinheiro é minha colheita e é sagrado, e
não desvalorizo mais o valor do que dou ao mundo
com meu serviço e ofício. Criança não trabalha e não
lida com dinheiro.
Escolho não deixar nas mãos de minha criança ferida
a decisão do quê e quando comer, me alimentar.
Sei que ela sente que açúcar e álcool vão finalmente
preencher seu vazio de não ter sido vista, ouvida e
considerada.

Já compreendi que o que alimenta esse buraco é


sentir plenamente minha dor, tomando essa
responsabilidade em minhas mãos, com pulso firme e
de forma amorosa.
No entanto, escolho comer com prazer, desde que
seja comer sabores para comer sabores, e não para
entorpecer o desespero da solidão.

Escolho não fazer sexo e dar meu corpo para receber


segurança de qualquer tipo, atenção ou aprovação.
Essas são as necessidades infantis não satisfeitas, e
não são razão para fazer sexo.
Compreendi que criança não faz sexo e escolho fazê-
lo para compartilhar de mim e de meu prazer, sem
trocas escusas e camufladas.
Sexo é poder, energia vital e felicidade. Eu dou, sou,
estou e, assim também recebo de quem tem o mesmo
tamanho que eu.
Dou quando escolho dar, recebo quando me abro,
determino e ponho em ação o meu ser objetivamente
no mundo.
Escolho parar de reclamar e dar de mim para a vida.
E o passo fundamental é a autorresponsabilidade que
tomo pelas minhas faltas e meus ais.

Admito que já recebi tudo de meus pais, e o que ainda


me falta, eu mesma vou buscar. O que é de meu pai e
o que é de minha mãe, deixo com eles. Fico com o que
é meu. Essa é a valiosa tarefa de discernir.

Vou para a Vida de mãos dadas com minha criança e


sou a melhor mãe/pai que ela poderia ter.
Aceito as dificuldades da vida e escolho crescer com
elas.
Assim é.

Texto: Andrea Quirino de Luca


DATA:

ESCRITA TERAPÊUTICA
O que você está sentindo?

Escreva seus sentimentos e questionamentos sem críticas ou


julgamentos. Deixe que suas emoções falem. Apenas escreva,
não volte para reler. Desabafe e guarde. Só volte para ler no dia
seguinte. Então faça com critério, percebendo o que se
manifesta na sua escrita.
Planejamento

Segunda Terça

Quarta Quinta

Sexta Sábado

Prioridades Afirmação

Cancelamento

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