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Resíduos gerados no setor de armação

Peças de Aço 
No momento da armazenagem das peças feitas de aço, a principal preocupação se refere à corrosão ou
distorção e, consequentemente, ao comprometimento de suas propriedades mecânicas. 
A separação por tipos – de acordo com o diâmetro, o tratamento térmico e as propriedades mecânicas – é ideal
para manter uma boa organização e evitar cortes desnecessários nas peças.  
É importante que as unidades não fiquem em contato com o solo, por isso devem ser empilhadas no mínimo
150 mm acima do nível do piso. Outra opção é o uso de uma camada de revestimento protetora para evitar
danos, ferrugem e incrustações.  
O aço não pode ter contato constante com a umidade. Pregos, por exemplo, podem enferrujar facilmente, se
tornando um perigo para o profissional e para a estrutura da obra. Por isso é importante atentar-se à forma de
armazenamento de cada uma das peças feitas de aço.     
Dica: Pintar as caixas e as extremidades de cada barra de acordo com a classe ajuda na identificação e
utilização correta do material. 

Cimento 
A especificação de materiais que possam ser utilizados mais de uma vez, ao longo do processo construtivo,
também deve ser incentivada como, por exemplo, utilização de escoramento metálico, formas metálicas, entre
outros, que têm maior durabilidade do que aqueles em madeira.Um fluxo de reutilização de materiais pode ser
desenvolvido pela empresa visando facilitar a identificação dos materiais passíveis de reutilização, tendo
sempre como referência o critério da aplicação com qualidade.

A realização de um diagnóstico das perdas no canteiro de obras, permite à empresa estabelecer indicadores
que ao longo do seu processo de produção, poderão subsidiar decisões para a escolha da melhor tecnologia,
buscando minimizar a geração de resíduo.Após o diagnóstico e a identificação dos focos de perdas no canteiro,
deve-se elaborar um plano para as medidas corretivas a serem implantadas pela empresa visando à melhoria
do processo e à minimização das perdas e consequentemente do volume de resíduos.

Dessa maneira, para reduzir os impactos ambientais, as construtoras podem selecionar e cadastrar
cooperativas e aparistas legalizados nos órgãos municipais. Esses agentes se tornam aptos a
receber o resíduo de construção como doação e, em contrapartida, assumem os custos com o frete.
Essa é, em geral, uma boa decisão na gestão de resíduos na construção civil.

A seguir, confira três cuidados elementares para melhorar a gestão de resíduos


na construção civil:

1. Processo: crie um processo de segregação que facilite a triagem dos resíduos


para posterior reciclagem ou descarte
2. Descarte: defina o local para descarte de cada tipo de resíduo com identificação
por categoria e especificação
3. Dupla confirmação: parte estratégica da gestão de resíduos na construção civil
é, antes de enviar os resíduos para pontos de coleta pela empresa especializada,
confirmar se estes realmente devem ser descartados. Resíduos sólidos da
construção civil de classe A podem ser reutilizados na própria obra ou ainda
podem ser doados para alguma associação ou ONG que o recicle

Como diminuir a geração de resíduos na construção?


Construir de forma mais racional, gerando menos desperdícios, é fundamental
não apenas para diminuir o volume de resíduos gerados. Trata-se de uma
questão financeira e que comprova o porquê de a gestão de resíduos na
construção civil ser uma atividade estratégica.

A seguir, elenco algumas ações simples que podem fazer grande diferença
para reduzir o volume de resíduos gerados nos canteiros de obras.

Atividades estratégicas na gestão de resíduos na construção civil:

 Planejamento: Invista em planejamento. Com um bom planejamento, sua


construtora pode evitar perda de materiais, de recursos financeiros e até mesmo
da mão de obra
 Canteiro de obras: Utilize um layout inteligente de canteiro de obras, que evite
perdas no transporte do depósito ao local de uso
 Qualificação profissional: Aposte no treinamento dos funcionários com relação
ao manejo e à segregação de resíduos
 Armazenamento: Armazene os materiais da forma correta para evitar quebras
 Gestão: Tenha líderes que reportem ao engenheiro da obra as ocorrências
diárias e que auditem a produção de argamassa, por exemplo
 Identificação: Identifique os locais de despejo dos resíduos conforme suas
características
 Tecnologia: Invista em tecnologias construtivas que permitam reduzir os
desperdícios de materiais na obra. Para se ter uma ideia, obras residenciais ou
comerciais que utilizam processos construtivos convencionais (estrutura de
concreto armado e alvenaria com blocos de concreto ou cerâmicos) geram entre
0,10 e 0,15 m³ de resíduos da construção civil (RCC) /m² de área construída. Um
dos exemplos é a construção off site, em que parte da execução se dá fora do
canteiro
 Reutilização: Procure utilizar RCD (resíduos da construção civil) no próprio
canteiro. A fração mineral é a parcela dos RCD com presença mais significativa
e que pode ser reciclada no próprio canteiro de obras

Conclusão
Como pudemos ver ao longo deste texto, a gestão de resíduos na construção
civil vai muito além da decisão sobre onde descartar cada material. A boa
gestão de resíduos na construção civil envolve até mesmo questões de projeto,
de cultura construtiva e parcerias estratégica.

A gestão de resíduos na construção civil é um assunto que não deve ser


tratado apenas como obrigação das construtoras. Pode ser muito vantajoso
financeiramente ter uma gestão de resíduos na construção civil de excelência.

Assim, certamente você vai querer saber mais sobre gestão de resíduos na
construção civil. Afinal, esse assunto é tão complexo quanto importante. Assim,
a dica é baixar o e-book gratuito Desperdício na Construção. Nele você
encontra dicas fundamentais para combater o desperdício nas obras.

Recomendo, também, a leitura do artigo no qual falamos sobre como aplicar a


sustentabilidade na construção em diferentes etapas.

Tabela 6 – Alternati vas de destinação para os diversos tipos de RCC

TIPOS DE RESÍDUO CUIDADOS REQUERIDOS DESTINAÇÃO

Metal (ferro, aço, fiação revestida,

arames etc.)

Não há. Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que


comercializam ou reciclam estes resíduos.

6.1 Informações Gerais


Identificação do empreendedor
• Pessoa Jurídica: Razão social, nome fantasia, endereço, CNPJ, responsável legal pela empresa
(nome,
CPF, telefone, fax, e-mail);
• Pessoa Física: Nome, endereço, CPF, documento de identidade.
Responsável técnico pela obra
• Nome, CPF, endereço, telefone, fax, e-mail e CREA.
Responsável técnico pela elaboração do projeto de RCC
• Nome, endereço, telefone, fax, e-mail e inscrição do CREA;
• Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART no respectivo Conselho
Profissional.
Equipe técnica responsável pela elaboração do projeto
• Nome, formação profissional e inscrição em Conselho Profissional.
Caracterização do empreendimento
• Localização: endereço completo (croquis de localização);
• Caracterização do sistema construtivo;
• Apresentação de planta arquitetônica de implantação da obra, incluindo o canteiro de obras,
área total
do terreno, área de projeção da construção e área total construída;
• Números totais de trabalhadores, incluindo os terceirizados;
• Cronograma de execução da obra.
Obs. No caso de demolições, apresentar licença de demolição, se for o caso.
6.2 Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
a) Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos
Classificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento, adotando a
classificação das
Resoluções CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os resíduos de característica doméstica.
Estimar a geração
média de resíduos sólidos de acordo com o cronograma de execução de obra (em kg ou m 3).
b) Minimização dos resíduos
Descrever os procedimentos que serão adotados para minimização da geração dos resíduos
sólidos, por

classe.

c) Triagem/segregação dos resíduos


Priorizar a segregação na origem, neste caso, descrever os procedimentos a serem adotados para
segregação
dos resíduos sólidos por classe e tipo. Caso a obra não possuir espaço para segregação dos
resíduos, esta
poderá ocorrer em Áreas de Triagem e Transbordo – ATT, devidamente licenciadas, com
identificação da área
e do responsável técnico.
d) Acondicionamento/armazenamento
Descrever os procedimentos a serem adotados para acondicionamento dos resíduos sólidos, por
classe/tipo, de
forma a garantir a integridade dos materiais. Identificar, na planta do canteiro de obras, os locais
destinados à armazenagem
de cada tipo de resíduo. Informar o sistema de armazenamento dos resíduos identificando as
características
construtivas dos equipamentos/abrigos (dimensões, capacidade volumétrica, material
construtivo etc.).
e) Transporte interno
Descrever os procedimentos com relação ao transporte interno, vertical e horizontal dos RCC.
f) Reutilização e reciclagem
Descrever os procedimentos que serão adotados para reutilização e reciclagem dos RCC.
g) Transporte externo
O transporte dos RCC não poderá ser realizado sem o Controle de Transporte de Resíduos CTR.
Este documento
contém a identificação do gerador, do(s) responsável(is) pela execução da coleta e do transporte
dos
resíduos gerados no empreendimento, bem como da unidade de destinação final. Identificar a
empresa licenciada
para a realização do transporte dos RCC, os tipos de veículos e equipamentos a serem
utilizados, bem
como os horários de coleta, frequência e itinerário.
h) Transbordo de Resíduos
Localização: endereço completo (croquis de localização)
i) Destinação dos resíduos
Descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação à destinação dos RCC por
classe de
acordo com a Resolução CONAMA. Apresentar carta de viabilidade de recebimento/destinação
de empresa

licenciada para destinação ou de Área de Triagem e Transbordo – ATT da classe/tipo de


resíduo.

Metal

Acondiciomamento inicial- bombona plástica

Transporte interno-

Transporte com sacos de ráfia , transporte Manual horizontal

Acondiciomamento final

Baias 2 x 2 x 1,12m próximo ao local de carregamento do caminhão

Transporte externo

Caminhão basculante

Destino final

Sucata

Obs: negociar venda de resíduo


Baias de separação dos resíduos) Benefícios foram notados com a implantação do PGRS, por exemplo,
economia de energia e de recursos naturais; minimização dos riscos para a saúde pública; e contribuição
para o aumento da vida útil dos aterros sanitários.

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