Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
relacioná-los à interpretação
→ Aliterações e assonâncias
José (C. D. Andrade)
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
→ Palavras-chave
CAPÍTULO 3 – RITMOS
*Simetria: regularidade
Rua 1(1)
torta. 1(1)
Lua 1(1)
morta. 1(1)
Tu a 1(1)
porta. 1(1)
Na valsa 2(2)
Cansaste; 2(2)
Ficaste 2(2)
Prostrada, 2(2)
Tu r b a d a ! 2(2)
Pensavas, 2(2)
Cismavas, 2(2)
E estavas 2(2)
f o r ma 1(1)
r e f o r m a 2(2)
d i s f o r m a 2(2)
t r a n s f o r m a 2(2)
c o n f o r m a 2(2)
i n f o r m a 2(2)
f o r m a 1(1)
Dorme o pensamento. 5 ( 1- 3 - 5 )
Q u e e s p a n t o n o s co n s o m e 6 ( 2- 6 )
de repente, mirando-nos? 6 ( 3- 6 )
( A l m a , co m o é t e u n o m e ?) 6 ( 1- 4 - 6 )
U m n o ve l o z i n h o d e l i n h a …
Para cá, para lá … 6(3-6)
O s c i l a n o a r p e l a m ã o de u m a c r i a n ç a
( Ve m e va i . . . )
Q u e d e l i c a d a m e n t e e qu a s e a ad o r m e c e r o b a l a n ç a
– Psio… –
Para cá e...
– O n o ve l o z i n h o c a i u .
Vi v e r f o r a d a á g u a f r i a ? 7(3-7)
S e m a t u a co m p a n h i a ? 7(3-7)
Tu p e n s a s q u e t u é q u e é s 8 ( 2- 5 - 8)
A m e l h o r m u l h e r d o p l a n e t a, 8 ( 3- 5 - 8)
Tu d o o q u e t e d e r n a v e ne t a . 8 ( 1- 5 - 8)
N ã o s a b e i s o q u e o m o n s t r o pr o c u r a ? 9 ( 3- 6 - 9)
N ã o s a b e i s a q u e v e m , o q ue q u er ? 9 ( 3- 6 - 9)
Ve m m a t a r v o s s o s b r a v o s g u e r r e i r o s , 9 ( 3- 6 - 9)
Ve m r o u b a r - v o s a f i l h a , a m u l h e r ! 9 ( 3- 6 - 9)
O u s e t e m c h u v a e n ã o s e t em s o l 9 ( 4- 9 )
O u s e t e m s o l e n ã o s e t e m c hu v a . 9 ( 4- 9 )
1 M a s já o p l a n e t a q u e n o cé u pr i m e i r o 1 0 ( 4 - 8- 1 0 )
2 H a b i t a , c i n c o v e z e s , a p r e s s a da , 1 0 ( 6 - 1 0)
3 A g o r a m e i o r o s t o , a g or a i n t e i r o , 1 0 ( 6 - 1 0)
4 M o s t r a r a , e n q u a n t o o m a r c o r t a v a a ar m a da , 1 0 ( 6 - 1 0)
5 Q u a n d o d a e t é r e a g á v ea u m m a r i nh e i r o , 1 0 ( 6 - 1 0)
7 S a l t a n o b o r d o a l v o r o ç a da a g e n t e, 1 0 ( 4 - 8- 1 0 )
8 C o ' o s o l h o s n o h o r i zo n t e d o O r i en t e . 1 0 ( 6 - 1 0)
N o m e i o d a s t a b a s d e a m e no s v e r do r e s , 11( 2 - 5- 8 - 11)
S ã o m u i t o s s e u s f i l h o s , n o s â n im o s f o r t e s, 11( 2 - 5- 8 - 11)
Te m í v e i s n a g u e r r a , q u e e m de n s a s c o o r t e s 11( 2 - 5- 8 - 11)
A s s o m b r a m d a s m a t a s a i m e n s a e x t en s ã o . 11( 2 - 5- 8 - 11)
N a s l a r g a s m u t a ç õ e s p e r p é t u a s d o un i v e r s o 1 2 ( 6 - 1 2)
O a m o r é s e m p r e o v i n h o e n é r g i c o , i r r i t a n t e … 12(6-12/4-8-12)
U m l a g o d e l u a r n e r v o s o e pa l p i t a n t e … 1 2 ( 6 - 1 2)
U m s o l d e n t r o d e t u d o a l t i v am e n t e I m er s o . 1 2 ( 6 - 1 2)
CAPÍTULO 5 – VERSO
* Regulares
* Brancos
Não há rimas.
* Polimétricos
* Livres
O e s p e l h o r e f l e t e c e r t o : n ã o e r r a po r q ue n ã o pe n s a . 15(2-7-10-15)
7+7 (2-7)
E r r a r é e s s e n c i a l m e n t e e s t ar c e g o e s ur d o . 11 (2-6-9-11)
(Alberto Caeiro)
“Mas verso livre cem por cento é aquele que não se socorre de nenhum sinal
exterior senão o de volta ao ponto de partida, à esquerda da folha de papel:
verso derivado de vertere, voltar. À primeira vista, parece mais fácil de fazer
do que o verso metrificado. Mas é engano. Basta dizer que no verso livre o
poeta tem de criar seu ritmo sem auxílio de fora. (…) Sem dúvida, não custa
nada escrever um trecho de prosa e depois distribuí-lo em linhas irregulares,
obedecendo tão-somente às pausas do pensamento. Mas isso nunca foi
verso livre. Se fosse, qualquer um poderia pôr em verso até o último relatório
do Ministro da Fazenda.” (Manuel Bandeira, “Poesia e verso”)
inesperado
*Volta aos métodos regulares (a partir de 1945): transfigurados em novos
CAPÍTULO 6 – ESTROFES
* Refrão
Ml vi o teu rosto,
O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se das faces a cor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
(…)
Mas eu te desculpo,
Que o fado tirano
Te obriga a deixar-me;
Pois baste o meu dano
Da sorte, que for.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
* Oitava
* Quadra
MURILO MENDES
Altíssimo poeta puro,
és tu, meu Murilo Mendes,
que estrelas, no céu escuro,
alçando os braços, acendes.
& MARIA DA SAUDADE
Esparsa (alto mistério) eis que a poesia
reconquista, na luz, sua unidade
Ela mora, perfeita alegoria,
em Murilo e Maria da Saudade.
CAPÍTULO 7 – RIMAS
Aliteração x Assonância
Sons semelhantes
Onomatopeia
*Lirismo
Poesia visual
Poesia concreta
mote está contido numa estrofe curta inicial. A seguir, vêm as “voltas”, três ou
*Canção: é uma composição curta, cujo teor pode ser ora melancólico, ora
6 e de 10 sílabas.
melancólicos.
momento especial.
doze sílabas. Aparecem rimas de um tipo nos quartetos (AB), e de outro, nos
tercetos (CD). O soneto costuma conter uma reflexão sobre um tema ligado
à vida humana.
mudanças quanto aos gêneros literários. Em vez dos poemas de forma fixa,
não literária.
*Nível Lexical
*Nível sintático
*Nível semântico
sinestesia.
Enquanto a formiga
Carrega comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.
da cigarra
o trabalho da formiga.