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TRABALHO DISCENTE EFETIVO

O TRABALHO PODERÁ SER FEITO EM DUPLA E DEVERÁ TRAZER COMO


FUNDAMENTAÇÃO UMA JURISPRUDÊNCIA ATUAL E ARGUMENTAÇÕES
PAUTADAS EM ENTENDIMENTOS RECENTES DA DOUTRINA E DOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. FOCAR EM NORMAS JURÍDICAS QUE
REGULAMENTAM O DIREITO DE FAMÍLIA.

ENTREGA DIA 25 de Novembro de 2021 – As apresentações do caso e


discussões ocorrerão nesta data no horário da aula.

CASO 01 – Luciano Ribas, um renomado empresário do ramo de bares e


restaurantes do Rio de Janeiro com 54 anos, casou-se com a chef de
cozinha Marizete Riberio, de apenas 24 anos. O casamento durou apenas
4 anos, terminando em dezembro de 2015, tendo ocorrido o divórcio do
casal. Ocorre que em dezembro de 2014, nasceu Beatrice, um linda
menina de cabelos encaracolados, que foi registrada como filha do casal.
Passados dois anos Luciano Ribas conheceu Manoelita e iniciaram uma
união estável. O sonho de Manoelita era ser mãe e ante a demora na
concretização de tal sonho decidiram procurar um médico especialista e
descobriram que Luciano era portador de uma doença rara que o impedia
de procriar. Diante da dura revelação, Luciano concluiu que não era o pai
de Beatrice e ante a decepção resolveu buscar a justiça para questionar a
paternidade da menina, contratando para tanto um conhecido advogado
do Rio de Janeiro-RJ. Ressalta-se que a guarda de Beatrice era de
Marizete. Considerando o caso em questão, na qualidade de advogado(a)
de Luciano, responda;
a) Qual a medida judicial a ser proposta por Luciano?
b) Qual o fundamento legal a ser abordado em tal processo?
c) Considerando a doutrina atual majoritária, o magistrado julgaria tal
ação procedente? O que seria objeto de fundamentação da sentença?
CASO 02 – Marisa Beroldo Dias, uma renomada e bem sucedida
empresária de São Paulo-SP, casada com um médico famoso conhecido
como Dr. Vida, já que trabalha com técnicas de reprodução assistida há
mais de 30 anos e tem conseguido grande êxito no exercício de sua
profissão, há mais de 10 anos vem tentando engravidar de forma natural.
No início do ano de 2013, iniciou as tentativas de reprodução assistida e
teve três abortos espontâneos deixando congelados outros 6 embriões
para o caso de decidir retomar o procedimento. Ocorre que atualmente
Marisa se encontra com 55 anos e passados oito anos da última tentativa
decidiu se submeter a outra fertilização in vitro, ficando grávida e gerando
duas meninas lindas Manuela e Maria, gêmeas idênticas. Diante do
sucesso da fertilização e considerando a idade da paciente, a notícia
correu o mundo e trouxe à tona novas discussões junto ao Conselho
Federal de Medicina que decidiu criar uma Resolução e proibir
expressamente aos médicos especializados em reprodução assistida a
utilizarem tais técnicas de fertilização in vitro e inseminação em pacientes
mulheres com mais de 50 anos. Diante de tal caso concreto pergunta-se,
tal vedação feita pela Resolução é legal? Explique e justifique baseando
em princípios constitucionais e direito de família.

Caso 03 - Um humilde lavrador morador da cidade de Pedra Azul,


conheceu uma linda moça da mercearia na estrada rural que dá acesso á
sua propriedade rural e em pouco mais de três meses casou-se com a
mesma sob o regime de comunhão universal de bens. Os amigos ficaram
inconformados com o casamento, vez que tomaram conhecimento que o
regime de casamento foi sugerido pela moça e que a mesma é muito
interesseira, tendo ludibriado o lavrador. Após três meses do casamento a
bela moça decidiu abandonar o lar, sob o argumento de que o marido era
mesquinho e lhe negava dinheiro para comprar roupas novas. Tamanha a
má-fé da moça, que ao longo desses três meses, só mantinha relações
sexuais com o marido se o mesmo lhe pagasse o valor exigido. Chateado
com toda situação, o lavrador procurou alguns amigos para desabafar e
descobriu que a bela moça somente casou por puro interesse econômico,
visando ter uma vida boa e ainda passar a ser proprietária da metade da
fazenda, grande produtora de mel e pães caseiros. Considerando o caso
concreto acima, pergunta-se;

a) O casamento é válido?
b) Caso você fosse o advogado(a) do caso, que tipo de ação você
aconselharia a ser interposta e sob qual fundamento legal? Justifique,
explique e fundamente sua resposta. Apresente uma jurisprudência
referente a um caso análogo.

Caso 04 - Haroldo e Edith, casaram-se e após dois anos tiveram uma filha
linda chamada Clarisse. Ressalta-se que após o casamento foram morar na
casa dos avós paternos. Infelizmente na véspera de Natal de 2016,
Haroldo sofreu um terrível acidente e veio a falecer. Diante do ocorrido,
Edith resolve ir morar com sua filha Clarisse na casa dos seus pais. Dois
meses depois, os pais de Edith percebem que a mesma teve mudança
drástica de comportamento e além da depressão está fazendo uso
imoderado de cocaína. Ante ao agravamento da situação, Edith é
internada em clínica de reabilitação, permanecendo a filha Clarisse aos
cuidados dos avós maternos. Após 30 dias da alta da clínica de
reabilitação, após 9 meses de internação, Edith, decide alugar uma casa e
levar sua filha para morar com a mesma. Ante a tal decisão, os avós muito
preocupados, resolvem ingressar com ação de guarda da neta Clarisse,
alegando que sempre prestaram assistência material e moral a neta e que
a convivência existe desde que a mesma perdeu o pai com apenas dois
anos de idade. Após a citação Edith apresentou contestação, alegando que
está curada da depressão e que não faz mais uso de qualquer substância
ilícita. Juntou aos autos comprovante de que está empregada e que
conseguiu uma vaga para filha em uma escola municipal. Os avós
maternos, em impugnação a contestação, alegaram que a criança sempre
foi muito bem cuidada pelos mesmos e que arcam com todas as despesas
da mesma e que com a guarda poderiam incluí-la no plano de saúde do
qual são titulares. Considerando a situação hipotética ora criada e como
juiz da causa, a quem deveria ser atribuída a guarda da menor? Explique,
justifique e fundamente.

Caso 5 - Kátia Diniz casou-se no ano de 2002 com Jorge Fernando e foram
morar em uma linda fazenda a 30 km da cidade de Belo Horizonte-MG. O
casamento durou oito anos, até que em 2010 Jorge Fernando, decidiu
pedir o divórcio, ante ao desgaste natural do casamento. Da união não
tiveram filhos. Inconformada com a situação e muito triste passou a ser
visitada constantemente pelo seu ex- sogro, Sr. Arnaldo, sempre
preocupado com o bem estar da mesma. Ante a essa proximidade e
considerando que Kátia Diniz estava muito fragilizada, passados alguns
meses, viu-se apaixonada por Arnaldo. A paixão foi avassaladora que em
menos de seis meses foram morar juntos, até que infelizmente em 2018,
Arnaldo faleceu vítima de um aneurisma. Kátia Diniz após um tratamento
de depressão para superar a dor da perda, procurou um advogado e deu
entrada junto ao INSS no benefício de pensão por morte, já que viveu em
união estável pelo período de oito anos, união essa demonstrada por um
contrato particular firmado entre as partes no ano de 2011. Ressalta-se
que no INSS Kátia Diniz constava como dependente do mesmo, todavia tal
instituto negou o pagamento do benefício sustentando que entre eles
havia concubinato e não união estável. Ante a tal caso concreto, pergunta-
se;

a) Agiu o INSS de maneira correta, explique, justifique e fundamente sua


resposta.

b) Apresente uma jurisprudência referente a um caso análogo.

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