UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE ARTES VISUAIS

Disciplina: História da Educação

TÍTULO D A ATIVIDADE ESTRUTRADA: REVISITANDO A HISTÓRIA DA

EDUCAÇÃO E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS

Aluna: Thaynara Mendes Teixeira

Matrícula: 202003578797

Belo Horisonte, 2020

Revisitand
o a História Da Educação e Projetando Perspectivas Futuras
 O presente relatório tem como objetivo fazer uma análise do passado da
educação no mundo estabelecendo uma relação com os dias atuais e formulando
concepções sobre a posterioridade dos sistemas e práticas de ensino.
Foi analisado o livro “Por dentro da História” do 9º. Ano do Ensino
Fundamental dos autores Pedro Santiago, Célia Cerqueira e Maria Aparecida
Pontes.

Introdução Teórica

A Educação na Pré-história

Na idade primitiva, não havia divisões sociais para o acesso às informações

que eram compartilhadas com todos do grupo. Naturalmente, as crianças eram
educadas pelos demais integrantes da comunidade pela tradição oral afim de
adequar a criança ao seu ambiente social e físico e os conhecimentos eram
concebidos de forma empírica baseadas nas experiências dos indivíduos daquele
grupo social, especialmente dos chefes de família, .

Antiguidade

Hoje compreende-se a Idade Antiga como o período compreendido entre 4

000 a.C. a 3 500 a.C, com a invenção da escrita, até a queda do Império Romano do
Ocidente (476 d.C.), mas os conhecimentos a respeitos das sociedades antigas dos
outros continentes que não a Europa ainda hoje são insuficientes em salas de aula.
Com isso perde-se a oportunidade de conhecer e discutir mais amplamente
sobre os demais povos como africanos - já que temos heranças de diversos outros
povos da África - árabes, judeus, asiáticos e nossos antepassados americanos que
foram extremamente relevantes para o conhecimento de hoje.
Na Idade Antiga, houve transformações culturais essenciais para nós na
atualidade de forma a tornar o conhecimento mais científico diferenciando-se em
seus métodos e objetivos educacionais de acordo com o momento histórico
correspondente e a localização geográfica. (ARANHA, 1989)
O conhecimento da época era reservado aos altos funcionários do Estado,
sacerdotes, militares ou integrantes das elites sociais. “As propostas pedagógicas
orientais da antiguidade baseiam-se nos livros sagrados, possuem o objetivo da
educação moral de acordo com a vida religiosa, impostos por cada civilização”.
(Pereira, 2020).

Antiguidade Clássica

No contexto da Grécia Antiga, com as mudanças culturais, sociais e políticas

temos os surgimentos das cidades-Estado, das classes sociais, do comércio e da
moeda. Tais mudanças trouxeram o pensamento filosófico de onde surgiu a ideia de
se formar cidadãos perfeitos e completos, capazes de cumprir papéis positivos para
a sociedade através da pedagogia revolucionando todo o futuro da educação no
Ocidente. Como resultado, segundo (Elisabeth et al, 2017)

“Surgem as ciências como astronomia, geometria e

matemática. O homem busca uma explicação racional que explique
a origem, o primeiro princípio de todas as coisas; é dada a
 supremacia à razão. A educação tem como princípio a formação do
cidadão, completo e virtuoso, para tanto é necessário um modelo
que abranja corpo e mente; concomitantemente com o surgimento
do pensamento filosófico surge a palavra Paidéia.” (ARANHA, 1989)

Logo depois temos Sócrates e Platão propondo ensinar a pensar através da

lógica. Como herança, temos a valorização do conhecimento e experiências prévios
do aluno no processo de aprendizagem como estratégia de sucesso na
contemporaneidade. (ARANHA, 1989)

Idade Média

Na Idade Média, inicialmente o ensino era rigoroso, restrito principalmente ao

clero e a alta nobreza, de caráter religioso e conservador católico. Surgem as
universidades, onde se concentravam toda a produção de conhecimento, baseado
no teocentrismo, inicialmente, e surge o modelo de sala de aula onde o professor
transmite as informações para os alunos. (ARANHA, 1989)

Idade Moderna

Após o Renascimento e da Reforma Protestante, a Igreja reagiu com os

padres jesuítas, missionários que catequisavam ensinando dogmas religiosos e
outras habilidades baseados na escolástica. As universidades, embora católicas,
foram se tornando cada vez mais científicas e os discursos atenienses voltaram à
tona para discutir os propósitos da educação baseadas no indivíduo, portanto,
antropocêntricos. (Elisabeth et al, 2017)
Posteriormente, o ensino se torna laico e volta-se para a prática e baseava-se
na compreensão das coisas de forma realista. Impulsionados pela Revolução
Industrial, urbanização e aumento demográfico, o modelo de professor como figura
transmissora do conhecimento e mantenedora da ordem e disciplina se expande
rapidamente. A educação é voltada para formar cidadãos sob os novos conceitos de
cidadania, liberdade e igualdade e voltadas para criar indivíduos funcionais e
racionais.

Idade Contemporânea

Com a aceleração da industrialização, dos avanços tecnológicos, ciência e

globalização da nossa era atual, a educação tem um papel importante para suprir as
necessidades de um povo:

“Surgem preocupações com a formação da consciência nacional e com a

metodologia, salientando a formação da criança para a vida em sociedade.
A Educação associa-se ao bem-estar social, ao progresso e à
transformação. A psicologia passa a influenciar a educação infantil,
procurando uma metodologia adequada ao seu processo de aquisição do
conhecimento.” (Elisabeth et al, 2017)

Brasil
 No Brasil, inicialmente, a educação era reservada aos altos funcionários do
Estado e a alguns aristocratas da época colonial. E permaneceu sendo privilégio de
poucos até o século XIX. na época do império. Só no final daquele século começou
a difundir o ideário de educação para todos os cidadãos.
No início do século XX, vislumbrava-se uma educação voltada para formação
cidadã, voltada para a justiça social e o país fazia algum avanço. Na ditadura militar,
um método de ensino voltado à alfabetização e a civilidade chamado MOBRAL foi
implantado. Temos autores muito empenhados na promoção da educação para o
bem-estar social, como exemplo de Paulo Freire.

Procedimentos Metodológicos

Com base no exposto anteriormente sobre as influências dos modelos de

ensino das sociedades antigas nos modelos educacionais que temos atualmente, foi
feita uma análise sobre os métodos e os objetivos propostos pelos autores do livro
do 9º Ano e feita uma comparação para entender na prática com as demandas dos
alunos atuais.
Será observada a qualidade da dialética passado-presente, ideais para a
concepção contemporânea de cidadania e pedagogia.

Resultados e discussões

Conforme analisado, o livro foi escrito de maneira acessível e apropriada a

idade e conhecimentos anteriores dos alunos, visando um ensino crítico e dinâmico.
As atividades foram formuladas para estimular o debate, a reflexão, a criatividade e
a pesquisa.
Contribuindo para a formação do sujeito e, consequentemente, da sociedade,
a mencionada obra é um instrumento para produção de conhecimentos,
desenvolvendo autonomia intelectual para o aluno estimulando-o a participar da
realidade social ativamente.
Como exemplo de introdução do tema educação no Brasil, o autor destaca os
nossos autores literários que têm importância para os historiadores de hoje por
retratarem a realidade da época. Com esse método, o autor explicita a relevância da
educação para análise do passado através da literatura.
A obra também destaca o diálogo interétnico, ou seja, a relação de trocas
entre os nossos antepassados, sejam indígenas, negros, ou asiáticos. Propõe
discussões a respeito do papel da mulher, das minorias e dos trabalhadores na
promoção educação e na sociedade. Sobre isso destaco a exposição do autor da
sobre a multiculturalidade do Brasil que foi construído por diferentes povos, em
diversos modelos de sociedades específicos.
O livro também traça todo um histórico dos processos sociais de constituição
das sociedades que culminaram no conceito de sujeito e de sociedade que se tem
hoje, sempre traçando paralelos entre o passado e o presente, como no exposto
sobre a importância dos indígenas na constituição da nossa sociedade ao mesmo
tempo em que propõe reflexões sobre as condições em que vivem muitos indígenas
de hoje e discutindo sobre as leis e os processos históricos de “aceitação” ou
integração - e o devido respeito - do índio a sociedade brasileira.
Concluí que a obra atende as nossas demandas de estímulo ao debate,
reflexão, trabalho coletivo, ampliando a consciência sobre si e sobre os outros afim
de transformar a nossa realidade.
Referências:

Lucília Pereira. História da Educação. Disponível em:

https://www.infoescola.com/pedagogia/historia-da-educacao/. Acesso em 06/06/2020

Elisabete da Silveira Ribeiro et al. BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. Revista

Gestão Universitária. 2017. Disponível em
http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/breve-historia-da-educacao

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1989