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Epaminondas, Advogado muito reconhecido em sua profissão e que já exerceu cargo de

presidência da Comissão de Cultura e Eventos da OAB, foi eleito vereador no ano de 2020, em
2021 tomou posse do cargo, porém por gostar muito da advocacia, não informou à OAB sobre
o cargo que estava exercendo e continuou à pertencer aos quadros da sociedade de
Advogados que constituiu com seu irmão, desde que tomou posse, não praticou nenhum ato
de advocacia, mas Romeu seu concorrente, também advogado, que perdeu a eleição, ficou
sabendo que Epaminondas não havia informado à OAB sobre sua eleição, e comunicou ao
Tribunal de Ética e Disciplina sobre o caso de Epaminondas.

Assim, com base em seus estudos aponte:

a) se há irregularidades na atitude de Epaminondas? (0,75)


Resposta: Conforme disposição do artigo 30, inciso II do Estatuto da Advocacia e da
OAB Epaminondas na função de vereador está impedido ao exercício da advocacia
perante as pessoas jurídicas de direito público, empresa públicas, sociedades de
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas
concessionarias ou permissionárias de serviço público.

b) Informe se ele pode sofrer processo disciplinar? (0,75)


Resposta: Não, tendo em vista que ele não cometeu infração disciplinar, pois não
exerceu a advocacia contra ou a favor dos entes presentes no artigo 30, inciso II do
Estatuto da Advocacia e da OAB.

c) Quais as infrações cometidas? (0,75)


Resposta: Não houve infração cometida, pois Epaminondas seguiu os ditames
previstos no Estatuto da Advocacia e da OAB, tendo em vista que não exerceu no
momento em que estava impedido a advocacia contra ou a favor dos entes do artigo
30, inciso II do Estatuto da Advocacia e da OAB

d) Quais as sanções aplicáveis? (0,75)


Resposta: Não há sansão a ser aplicada, pois não houve nenhuma infração do artigo 34
do Estatuto da Advocacia e OAB. Mas caso houvesse deveria ser aplicada a penalidade
de censura, conforme previsão do artigo 36, inciso I do Estatuto da Advocacia e da
OAB.

e) E qual deveria ter sido a atitude correta de Epaminondas para a situação? (0,5)

Resposta:

Mévio, advogado recém inscrito, compareceu com seu cliente em audiência virtual que estava
marcada para às 9:00 horas, sendo a primeira audiência agendada na pauta da vara no dia,
Mévio e seu cliente acessaram a audiência pontualmente às 9:00 horas, ao acessarem
verificaram que o advogado e a parte contrária já estavam presentes. As partes e os advogados
aguardavam a entrada do magistrado na audiência, às 9:20 horas o escrevente da vara entrou
na reunião virtual e informou aos advogados que a audiência iria acontecer, porém não estava
conseguindo o contato com o magistrado e não tinha notícias do porquê do atraso. Às 9:30h
Mévio que tinha uma outra audiência às 10:30h questionou o servidor se havia alguma notícia
do magistrado, porém o servidor disse que não havia ainda sido notificado do motivo da
ausência do magistrado, assim, às 9:35h Mévio decidiu deixar a audiência virtual e protocolou
comunicação no processo sobre a ausência do magistrado. Ocorre que o advogado da outra
parte e o servidor permaneceram em audiência aguardando o magistrado que, acessou a sala
de audiência às 10:05h, ao saber que Mévio e seu cliente haviam deixado a sala de audiência
virtual, o magistrado prosseguiu a audiência e aplicou uma multa por litigância de má-fé para o
cliente de Mévio, justificando que ambos deveriam ter aguardado a sua entrada em sala de
audiência. Assim com base em seus estudos discorra se o ato de Mévio está de acordo com os
preceitos que regem a ética na Advocacia.

Resposta: A atitude de Mévio está de acordo com o disposto no artigo 7°, inciso XX do Estatuto
da Advocacia e OAB, pois após de 30 minutos do horário designado para a audiência o juiz não
comparecer e não apresentar justificativa é direito do advogado retirar-se, devendo
apresentar comunicação que será protocolado junto ao processo.

Caio, Advogado de grande renome em causas civis, celebrou contrato de honorários com sua
cliente Maria, nele estava estipulado que Caio entraria com ação de indenização para Maria
por um acidente de trânsito não ressarcido, cujo culpado era Mévio. No contrato estava
estipulado que Maria pagaria a Caio 50% do valor dos honorários na distribuição do processo e
os outros 50% no encerramento da causa. Caio distribuiu o processo, porém Maria não
realizou o pagamento e fez um novo contrato com Caio de que tudo seria adimplido no
encerramento da ação, pois estava em dificuldades financeiras devido ao prejuízo causado.
Caio por sua vez aceitou, e a ação tramitou e conforme o esperado Maria ganhou a causa.

Em um churrasco de amigos, Caio encontrou com a irmã de Maria que lhe confessou a
intenção de Maria em não adimplir os honorários de Caio, assim, Caio antes do início da
execução protocolou no processo o seu contrato de honorários e pediu ao juiz da causa que
lhe reservasse os honorários. Ao saber do ocorrido, Maria ficou indignada e se dirigiu até a
OAB e denunciou a atitude de Caio. Com base em seus estudos responda se houve violação
ética por parte de Caio. Justifique a sua resposta.

Resposta: De acordo com o artigo 22°, §4 do Estatuto da Advocacia e da OAB, Caio não
cometeu infração ética, tendo em vista que é assegurado a ele a apresentação do contrato de
horários antes do mandado de levantamento de valores, devendo o juiz determinar o
pagamento diretamente.

Jorge, bacharel em direito, decide criar um perfil em rede social para se destacar perante os
seus colegas formados em direito, em seu perfil ele coloca seu currículo com todos os cursos
extracurriculares que realizou na faculdade. Com o tempo Jorge começa a fazer publicações de
conteúdos jurídicos, auxiliando muitos dos seus colegas com assuntos do dia a dia da
advocacia, pois é muito aplicado nos assuntos jurídicos. Após 2 meses de rede social, Jorge já é
bastante conhecido pelos usuários da rede, e decide oferecer os seus trabalhos como assessor
e consultor jurídico em meios virtuais. Assim, muitos funcionários de empresas que seguem
Jorge acabam indicando o seu trabalho para as empresas que prestam serviços. Jorge por sua
vez realiza muitos contratos para prestar assessoria jurídica para as empresas, assim, ele inicia
a carreira de assessor e consultor jurídico com 15 clientes. Assim com base em seus estudos
responda se Jorge está agindo conforme os preceitos éticos da profissão? e justifique sua
resposta.
Resposta: A conduta de Jorge não segue preceitos éticos da advocacia, tendo em vista que a
consultoria jurídica é atividade privativa de advogado, não podendo Jorge como bacharel em
direito exercer essa função, como bem determina o artigo 1°, inciso II do Estatuto da
Advocacia e da OAB, sendo que além disso, Jorge não poderia utilizar-se da rede social como
forma para captação de clientes, devendo a publicidade ter caráter exclusivamente
informativo, conforme artigo 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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