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Proposta de trabalho
Na sequência do 1º trabalho prático, o exercício que agora se inicia aprofundará à temática da habitação
colectiva enquanto factor de desenvolvimento e transformação urbanos.
O exercício consistirá, por um lado, na reabilitação de um edifício industrial na periferia de Coimbra e, por
outro, na estruturação da zona envolvente onde se procurará compreender o fenómeno urbano local pela
ordenamento de volumetrias e espaços, integrando habitação, equipamentos e serviços e espaços públicos
exteriores.
Os espaços e edifícios a projectar, devem criar as condições para uma vida urbana diversificada e
multifuncional com diferentes regimes de uso, ou seja, devem criar cidade, privilegiando as relações entre
estrutura e morfologia urbana e tipologia arquitectónica. Deve também considerar a caracterização sócio-
demográfica do local a fim de dar resposta às questões concretas que aí se colocam.
Por outro lado, a reabilitação de um edifício existente envolve matérias e pensamento próprios, que obrigam
a um exercício rigoroso de análise e interpretação, de sentido prospectivo, a fim de integrar coerentemente
as diferentes temporalidades e materialidades.
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Departamento de Arquitectura. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Projecto III e Construção V e VI | Ano lectivo 2021/2022
Programa
O programa funcional para o edifício a reabilitar incidirá na criação de um conjunto mínimo de 36 células de
habitação, ou seja, 18 pares compostos por um T1 e um T3, combinados em igual número, bem como
acessos comuns e espaços de uso colectivo.
A célula maior será destinada a uma família ou um grupo de 4 pessoas e terá uma área de 150m².
A célula menor terá apenas 1 sítio de dormir e ocupará uma área de 75m².
As células deverão conter todos os espaços funcionais necessários ao uso adequado da habitação,
considerando a articulação dos espaços de utilização íntima, como sejam os de higiene ou de
repouso/dormir, com os espaços de utilização comum que englobam as ações de cuidar da roupa, cozinhar,
comer, estar, trabalhar e socializar.
Ambas as células devem incluir um espaço suplementar (+1), flexível e sem uso definido, que permita
reconfigurar a casa adaptando-a a condições variáveis. Devem também integrar áreas exteriores, tais como
varandas, pátios ou terraços, que proporcionem a fruição da natureza.
A formulação da casa deverá questionar a forma de habitar e proporcionar respostas para modos de vida
diferenciadores, associados, por exemplo, a inovações tecnológicas tais como as novas formas de trabalho
e ensino, mas também a requisitos de mobilidade e sustentabilidade.
Complementarmente, a proposta terá de incluir espaços de utilização coletiva para os habitantes, com área
mínima de 40m², 1 lugar de estacionamento por cada par de fogos, no mínimo de 18 lugares, que poderão
ser integrados nos edifícios de habitação ou em estrutura independente.
Devem prever-se espaços destinados a serviços públicos cuja natureza e programa funcional serão
definidos após a fase de diagnóstico, mediante os dados apurados e a interpretação crítica do lugar. Deve
ainda ser tido em conta o tratamento dos espaços exteriores, numa perspectiva de uso predominantemente
público.
Faseamento e metodologia
O projecto durará até ao final do ano lectivo e será desenvolvido em fases sequenciais, segundo diferentes
escalas e temáticas.
A apresentação do trabalho, em cada fase, será feita por meio de desenhos técnicos, maquetas (ou modelos
3D) e painéis síntese. Os painéis devem representar uma síntese do projecto e incluir desenhos (finais e de
pesquisa), fotomontagens, diagramas, textos e memória descritiva e justificativa.
O tipo, escala e formato dos materiais a apresentar serão particularizados para cada entrega, consoante a
fase em questão.
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Departamento de Arquitectura. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Projecto III e Construção V e VI | Ano lectivo 2021/2022
A estratégia urbana consiste na definição de princípios e regras que coordenam futuras intervenções e será
construída a partir do diagnóstico.
Os resultados do diagnóstico e proposta de estratégia urbana serão apresentados em formato digital (vídeo
ou slideshow).
Para além do trabalho de campo, esta fase inclui também o tratamento dos desenhos de levantamento
(plantas e perfis) e a construção de uma maqueta, que constituirão as bases do projecto.
Nesta fase, os trabalhos serão elaborados em grupos de 4 estudantes.
Objectivos
Interpretar os elementos que caraterizam a cidade e o território onde terá lugar a intervenção, através de
uma abordagem rigorosa e inclusiva do contexto.
Explorar a articulação entre a arquitetura e a cidade, a partir das condicionantes e oportunidades do sítio,
como premissa fundamental para modelar as condições existentes e dar forma ao projeto, à luz de novos
nexos e interpretações. A conceptualização e desenvolvimento do projeto deverão refletir a convergência
destas duas dimensões e escalas de pensamento - arquitetura e cidade.
Criar competências em relação aos elementos e meios de registo e representação da arquitetura. Através do
desenvolvimento e representação das suas propostas arquitetónicas e das suas opções construtivas e
materiais, os alunos tomarão consciência da ligação estreita entre o processo de desenho e resultado
arquitetónico obtido; o que deverá estimular o uso de distintos instrumentos e ferramentas de modo a melhor
desenvolver e comunicar os conceitos e exprimir a forma de os concretizar.
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Departamento de Arquitectura. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Projecto III e Construção V e VI | Ano lectivo 2021/2022
A apresentação dos projectos terá lugar em sessão de avaliação colectiva a realizar em Fevereiro de 2022.
Em cada fase, a entrega dos elementos do projecto em suporte físico será, obrigatoriamente, acompanhada
pela submissão dos mesmos em formato digital (pdf), através da plataforma inforestudante / ucstudent.
Os docentes,
João Mendes Ribeiro, Catarina Fortuna, Nuno Correia, Pedro Brígida (Projecto III)
Jorge Carvalho, Guilherme Machado Vaz, Rob De Maat (Construção V)
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