Você está na página 1de 3

AUDITORIA DO CONTAS A RECEBER

Objetivos:
• determinar sua existência;
• determinar se é de propriedade da companhia;
• determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos, em
bases uniformes;
• determinar a existência de restrições de uso, de vinculações em garantia ou de
contingências;
• determinar que esta corretamente classificada nas demonstrações financeiras e que as
divulgações aplicáveis foram expostas por notas explicativas;
• apurar se os valores a receber declarados são realizáveis;
• apurar se as operações de vendas foram adequadamente escrituradas durante o
período.

Procedimentos:

• Exame físico;
• Confirmação (circularização): das duplicatas a receber, adiantamentos concedidos;
• Documentos originais: exame documental das vendas realizadas, dos recebimentos das
contas a receber, atas de assembléia e de reuniões, contratos;
• Cálculos: soma das duplicatas a receber, cálculo dos juros a receber, soma dos
adiantamentos concedidos;
• Escrituração: exame da conta razão: de duplicatas a receber, adiantamentos a
empregados, contabilização no período de competência;
• Investigação: exame detalhado da documentação de venda, contratos de venda,
aprovação das vendas;
• Inquérito: variação do saldo de contas a receber; explicação para as duplicatas
incobráveis ou em atraso;
• Registros auxiliares;
• Correlação;
• Observação.

Caso esteja se referindo a auditoria externa, os procedimentos mais utilizados na prática


são os seguintes:

Confirmação Externa:
A confirmação externa ou carta de circularização é a principal validação de um saldo à
receber ou a pagar, pois parte de uma fonte externa e independente de informação. As
auditorias não são obrigadas por lei de enviar cartas de circularização, tampouco a
empresa auditada poderá ser obrigada a fornecer essa carta à auditoria. No entanto, via
de regra, as auditoria sempre enviam essas cartas, pois como dito anteriormente, é a
melhor forma de validação de um saldo. Caso o cliente se negue a fornecer essas cartas
à auditoria, redobre os procedimentos alternativos, pois alguma coisa o cliente poderá
estar escondendo.

Validação da Base:
Certifique-se as bases contabilizadas são as mesmas composições da cobrança (contas a
receber) e as mesmas do contas a pagar.
Pela ótica da cobrança, quem quer dinheiro quer receber e portanto, os saldos da base do
contas a receber deverá ser o mesmo contabilizado. Caso haja algum saldo relevante de
alguma parte relacionada, presume-se que a entidade auditada possua forte influência
significativa e portanto a continuidade dessa empresa poderá ser afetada, caso a outra
empresa esteja mal das pernas.
Caso esteja auditanto algum banco, verifique se as taxas cobradas estão em linha com as
praticadas no mercado.
Em relação ao contas a pagar, caso haja algum saldo relevante com partes relacionadas
ou com pouquíssimos fornecedores, presume-se também que a entidade possua forte
inflência significativa e portanto, a continuidade da empresa auditada também poderá
ser afetada.

Recálculo (Contas a Receber e a Pagar)


Os saldos deverão sempre ser registrados no valor presente da operação. Deve-se
verificar se os montantes que entraram no período estão em linha com o registrado no
resultado.

Recálculo da PCLD (Contas a Receber)


Deve-se tomar cuidado com o "Gerenciamento de Resultado", pois algumas
empresas costumam aumentar os valores provisionados em épocas boas e reverter os
saldos provisionados em épocas ruins. Atenção! Se for alguma entidade regulamentada,
verificar se os saldos estão contabilizados conforme requisitos das autarquias
reguladoras.

Os procedimentos poderão variar conforme a metodologia de cada auditoria, a


materialidade de cada empresa auditada, ramo da entidade e níveis de controles
internos.

Você também pode gostar