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Na introdução, Bloch discorre sobre o que lhe motivou a escrever o livro, que foi a

pergunta feita pelo seu filho. Partindo desse questionamento, o despertar para uma
explicação tão lúcida e impactante, no sentido da magnitude da qual a obra se
tornou. E mais adiante, expõe o fato de que a ciência será incompleta se não tiver
algo a fornecer como melhora. A própria expressão " legitimidade da história "
empregada por Marc Bloch desde as primeiras linhas, mostra que pra ele o
problema epistemológico não é apenas um problema intelectual e científico, mas
também um problema cívico e mesmo moral. O historiador tem responsabilidade e
deve " prestar contas " . Com o compromisso do pesquisador em buscar
desvendar a verdade dos fatos, depende de uma atitude de fé. Escutamos bem
Marc Bloch. Ele não diz : a história é uma arte, a história é literatura. A história é
uma ciência, mas uma ciência que tem como uma de suas características, o que
pode significar sua fraqueza sua virtude, ser poética, pois não pode ser reduzida a
abstração, a leis, a estrutura. Visa contribuir para a capacitação de pessoal da área
e fornecer subsídios para a prática científica da história no meio acadêmico. A
prática do compromisso com uma escrita verificável desenvolve o raciocínio lógico,
a capacidade de criar, analisar, relacionar, elaborar, contribuindo para a formação do
indivíduo capaz de fazer juízo próprio da realidade e de agir com eficácia. "O bom
historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali
está sua caça." Marc Bloch é um faminto, um faminto de história, um faminto de
homens dentro da história. Ou seja, a história, para Bloch, é por sua vez, a história
dos homens no tempo, e não apenas de fatos estanques e impermeáveis.
A importância das fontes e do conhecimento dos arquivos foi estudada sob a
perspectiva da identificação e o uso das fontes de informação, como meio de
geração de conhecimento organizacional, objetivou analisar a gestão da informação
por meio do estudo do uso das fontes de informação em um centro de
pesquisa.para o autor não basta ter os documentos para a realização da pesquisa, é
fundamental que o pesquisador saiba fazê-los falar, interrogando-os de forma a
extrair pontos que não se encontram tão evidentes num determinado fato. Dessa
forma o leitor irá perceber que a problematização proposta pela Escola dos Annales,
é a todo momento transportada para os escritos de Marc Bloch, de forma a
fundamentar o presente trabalho. O autor discorre sobre outra temática que é da
diversidade dos fatos humanos à unidade da consciência. Onde procura evidenciar
com fatos históricos e pesquisas, a multiplicidades que o historiador irá encontrar
pela frente. Além de fazer criticas as formas fragmentadas de conhecimento, a
importância do arquivo de documentos e da história é exatamente porque eles
representam um patrimônio único, precioso e insubstituível, transmitido de geração
em geração contribuindo com a democracia e com a qualidade de vida dos
cidadãos.
As fontes históricas são os itens materiais e imateriais (ou seus vestígios) que são
produzidos pela ação humana. As fontes históricas são fundamentais para que o
historiador possa realizar o seu trabalho de investigação do passado humano. Os
historiadores entendem atualmente que tudo que é produzido pelo ser humano pode
ser considerado uma fonte histórica, portanto, não só o texto escrito deve ser
entendido como tal. Assim, pinturas, esculturas, construções, fotos, vídeos e relatos
orais também são úteis para o historiador.
O caráter interdisciplinar da História da Ciência não aniquila o caráter
necessariamente disciplinar do conhecimento científico, mas completa-o,
estimulando a percepção entre os fenômenos, fundamental para grande parte das
tecnologias e para o desenvolvimento de uma visão articulada do ser humano em
seu meio natural. Seu último capítulo, curto, porém, tão essencial quanto os
anteriores, seguirá com a mesma magnitude, quando levará o leitor a seguir
compreendendo o tratado metodológico, que percorreu todo o livro. Então inicia
fazendo uma crítica ao positivismo. Com isso, subentende-se que a ciência não
pode tirar dos fatos ocorridos, seja ele qual for, sua causas, assim como também
não podem excluir, como já fora mencionado pelo autor no começo do livro, os
homens na história. Bloch, reforça no final deste capítulo que as causas são
buscadas, uma mensagem para que o historiador não se acomode diante dos fatos
que lhe são visíveis, este deverá ir além, e a pesquisa é o caminho.
A partir da constatação de que ninguém escapa do passado e da importância da
relação que as pessoas estabelecem com o passado. Nesse sentido, temas como a
importância da História para a validação do passado, a relevância das evidências, a
problemática das leis e generalizações, bem como o significado da experiência
vicária para a construção da aprendizagem histórica, foram objetos de análise, no
sentido de se mostrar por que é importante aprender História. "Historicidade", ou
abrindo o passado e o futuro, é central para a compreensão do que é aprender
história. Mas historicidade é uma coisa, e história outra. Falar que os seres
humanos são no tempo e estas ações referem-se a eventos do passado não é dizer
que tipo de passado está em questão. Nós não podemos escapar de um tipo de
passado. Mas nós podemos estar em condições de escolher que tipo de passado
nós teremos.

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