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Bíblica Ministerial
Volume IX - Lições 17 e 18
- História eclesiástica
- Soteriologia
ÍNDICE
VOLUME IX – LIÇÃO 17
ASPECTOS GERAIS DA HISTÓRIA DA IGREJA
Apontou Jesus como o cordeiro de Deus que tira pecado do mundo e que batiza
no Espírito Santo e com fogo. João Batista foi preso por criticar a vida íntima do governador
(Herodes), meses depois, decapitado. Alguns de seus discípulos seguiram a Jesus e outros levaram
uma vida independente, sendo encontrados por Paulo, mais tarde, em Éfeso.
O Fundador Jesus Cristo de Nazaré, quanto ao nascimento de Jesus, é muito
improvável a data de 25 de dezembro, pois os pastores levavam suas ovelhas para pastarem entre
abril e outubro, por causa do inverno. Jesus nasceu em Belém da Judéia. O ministério de Jesus
deve ter abrangido uns três anos e meio, escolheu entre a multidão de seus discípulos alguns
homens para que através deles alcançasse um maior número de homens. Estes receberam ainda
um treinamento especial para continuarem sua obra após sua ascensão aos céus. A parte final do
seu ministério foi dedicada quase que exclusivamente a este trabalho.
Jesus funda a sua igreja, assim como no Velho Testamento. Deus havia fundado a
nação judaica, para receber, praticar e difundir o Judaísmo. Cristo fundou a igreja para receber,
praticar e difundir o Cristianismo. Cristo não prescreveu ordens fixas de culto, mas instituiu os
ritos e doutrinas fundamentais tais como: os sacramentos, regeneração e Novo Testamento, os
frutos do Espírito Santo, o seu advento.
A IGREJA APOSTÓLICA
Muito se tem questionado acerca do início da igreja e várias opiniões têm surgido:
Uns afirmam que a igreja teve o seu início com o nascimento de Cristo, outros afirmam que a
igreja teve seu início com o batismo de Cristo e ainda outros dizem que a fundação da Igreja se
deu quando Jesus convocou os seus discípulos. Outro ponto de vista afirma que a Igreja
começou no dia de Pentecostes com a descida do Espírito Santo.
A extensão da Igreja que começou com a missão destinada única e exclusivamente
aos judeus, e por dois ou três anos as igrejas cristãs eram limitadas aos judeus de Jerusalém e
estendendo-se pela Palestina. A perseguição foi o meio eu levou a Igreja a ampliar sua missão. O
discurso de Estêvão provocou uma tremenda, violenta, selvagem e sistemática campanha contra a
igreja, dissolvendo e espalhando a comunidade de Jerusalém. Consequente da perseguição os
crentes foram espalhados, e onde quer que chegavam levavam a mensagem do Evangelho. Na
cidade de Antioquia os Cristãos foram chamados pela primeira vez de “ cristãos”, como escárnio.
A igreja de Antioquia foi a responsável direta pela universalização do
Cristianismo, pois dela saíram os primeiros missionários – Barnabé e Paulo – que estenderam as
fronteiras do Cristianismo, pregando a todos os homens, sem distinção de classe, cor, raça, nação,
tribo, etc.
Como fruto do trabalho missionário foram estabelecidos comunicados cristãos na
Ásia Menor e Europa. Outras missões foram estendidas a outras regiões do mundo naquela
época.
As características dos Cristãos se manifestavam e eram conhecidos pelo forte
amor fraternal. Este veio a ser o instrumento mais poderoso na conversão e transformação de
indivíduos da sociedade greco-romana. O zelo e a pureza eram outro distintivo dos crentes.
Pregavam e viviam de acordo com as normas pregadas por eles mesmos e ensinadas por Cristo.
Surgiram as perseguições imperiais causadas pelo fato dos cristãos serem muito
leais ao seu Senhor e entravam em choque com as instituições e leis romanas. Os crentes não
prestavam culto ao imperador nem aos deuses protetores de Roma. Quando ocorria alguma
calamidade como: pestes, fome, secas, incêndios e inundações, os pagãos as atribuíam à ira dos
deuses contra os cristãos. Os cristãos se opunham às instruções imperiais e automaticamente
rejeitavam seus costumes e tradições. O culto dos cristãos era reservado para membros. Existiam
cultos que os pagãos não podiam entrar, isto provocou uma grande suspeita, e a maioria dos
crentes eram escravos ou pobres. As revoltas de escravos eram muito frequentes naquela época, e
por esta causa o culto dos crentes era visto como um movimento subversivo. Um outro motivo é
que os romanos precisavam de elementos para os espetáculos com animais e gladiadores nas
arenas. As perseguições eram contínuas, dependia do conceito que o imperador tinha do
cristianismo.
Imperadores perseguidores deste período: Nero (54-68). Domiciano (81-96).
Vários foram martirizados por estes governadores e suas atrocidades.
Tiago: irmão do Senhor. Tiago era ancião da igreja em Jerusalém. Foi atirado de
um edifício abaixo, como não morreu, o apedrejaram até a morte.
Paulo: no ano 61, foi preso à Roma e ali ficou numa casa alugada aonde era
visitado pelos irmãos de diversos lugares. No ano 63, foi solto da prisão e, possivelmente, neste
período foi à Espanha. Com a perseguição de Nero, Paulo, líder do cristianismo, foi condenado a
morte. Prenderam-no e levaram para fora da cidade onde o decapitaram. Provavelmente seu
martírio deu-se no ano 67.
Pedro – o apóstolo: não viveu 25 anos em Roma, como afirma a igreja papal.
Pedro foi martirizado no mesmo ano que o apóstolo Paulo. Segundo a tradição foi crucificado de
cabeça para baixo para não morrer como o seu mestre.
João: o apóslolo, foi exilado em Patmos, como o imperador Domiciliano foi
assassinado por seu mordsomo. João pôde voltar para Éfeso.
Timóteo: um dos principais líderes do cristianismo, foi morto também pelas
perseguições vorazes.
O culto na igreja primitiva eram reuniões feitas em casas particulares por não
poderem construir templos, devido a pobreza dos crentes. Os cultos eram dirigidos conforme o
Espírito Santo movesse na hora. Não existiam regras para celebração dos sacramentos. Havia
dois tipos de cultos: o culto de oração e os cultos de festa de amor ou da fraternidade.
No 1º século não havia credos ou declarações formais de fé. O credo dos
Apóstolos só apareceu no 2º século. Eles criam em: Deus o pai, em Jesus como Filho de Deus, o
salvador, no Espírito Santo de cuja presença estavam cônscios. Criam no perdão dos pecados. A
base ideal moral era o ensino de Jesus sobre o amor a todos os homens.
Criam na volta de Jesus
Infelizmente haviam influências que influenciavam igreja primitiva e os conduziu
a alguns erros. Os judaizantes queriam unir a lei com a graça e ensinavam que todos deveriam
guardar a Lei. Os Gnósticos (doutrinas judaicas, cristãs e pagãs) sua doutrina principal: Negavam
que Cristo houvesse vindo à terra em pessoa; negavam a sua humanidade, criam que Cristo tinha
vindo como um ser celestial e acreditavam que a salvação era adquirida através do conhecimento.
O governo da igreja primitiva era assim distribuído: os apóstolos constituíam
pastores, presbíteros e anciãos nas igrejas locais, os assuntos doutrinários eram resolvidos pelas
assembléias ou pelos apóstolos, os assuntos de ordens administrativas eram resolvidos na igreja
local, quando estes eram locais.
O ministério da pregação e do ensino era feito pelos profetas e mestres ou
doutores. Os apóstolos pregavam, ensinavam e criavam igrejas, entre os profetas e mestres
haviam algumas mulheres. Os anciãos ou bispos tinham o encargo do pastorado local, da
disciplina e dos negócios econômicos. Os diáconos cuidavam da beneficência, filantropia, etc. Os
presbíteros cuidavam da mesa do Senhor e pregavam na ausência do apóstolo, profeta ou mestre.
Eram escolhidos pelas igrejas e reconhecidos pelos apóstolos.
Décio Trajano ( 249-251) era um soldado italiano que foi levado ao trono pelo
exército. Tomou como norma política a reabilitação da religião do Estado e a supressão do
cristianismo pelo extermínio de seus líderes. Decretou que os cristãos se conformassem com a
religião do Estado e participassem de seus ritos e cerimônias. Os fiéis sofreram os mais
diversificados tipos de perseguição: confisco de seus bens, exílio, prisões, trabalho forçado nas
minas, execução pelo fogo, devorados por animais ferozes, mortos pelo fio de uma espada.
Valeriano (253-260) no princípio de seu governo foi benevolente aos cristãos.
Devido a certas calamidades que ocorreram no reino decretou um édito mais rogoroso do que o
de Décio.
Cipriano, bispo de Cártago. Sixto, bispo de Roma e outros de grande influência,
foram mortos e muitas igrejas foram destruídas.
Galiano (260-268) favoreceu aos cristãos, restituiu seus propriedades, fez voltar os
exilados e proibiu as perseguições. Neste período de paz os cristãos procuraram recompor suas
forças e aperfeiçoaram a organização da igreja, porém, neste tempo entrou na igreja o
mundanismo com o seu cortejo de calamidade e ruínas. Entraram muitos pagãos com suas
doutrinas e hábitos que causaram divergência e fraqueza no seio da igreja.
Diocleciano (284-305) subiu ao trono por proezas militares. Sustentou para fins
políticos a religião do Estado insuflando uma cruel perseguição aos cristãos, não obstante terem
sido cristãs, ao que tudo indica, Orisca e Valéria, sua esposa e filha.
O palácio de Nicomédia foi incendiado por duas vezes e os cristãos foram
acusados de incendiários como de costume, por todas as partes do império foi divulgado um
édito real que ordenava: derrubar os templos, queimar as Escrituras, desprestigiar os que
ocupavam posições honrosas, privar da liberdade os que insistissem em ser fiéis ao cristianismo.
Constantino (306-337) auxiliou e protegeu os cristãos sem prejudicar suas
conveniências, promoveu a liberdade cristã do culto para todos os que desejassem, tendo o seu
completo apoio. Constantino venceu a outros imperadores concorrentes com ele e decretou a
vitória a favor do Deus dos cristãos. Em 313, ele e Licino, seu companheiro, estabeleceu a
liberdade religiosa, colocando o cristianismo com os mesmos direitos das demais religiões dentro
do império. Constantino se mostrou favorável fazendo ofertas, ajudando na construção de
templos, mantendo alguns ministros da igreja, chegou a professar o cristianismo e procurava
viver vida cristã, porém somente na véspera de sua morte aceitou o batismo.
na segunda parte quando seria ministrado os sacramentos, a participação era exclusiva aos
crentes.
No fim do século II e começo do III, começaram a aparecer algumas formas
litúrgicas. Surgiram fórmulas para orações, Liturgias ou expressões, gestos e ordens de culto.
Ao final do segundo século, o batismo já era realizado com um ritual elaborado.
Surgiu a crença de que o batismo lava pecado. A Ceia do Senhor era celebrada com certa forma
litúrgica. No terceiro século a Ceia tomou um duplo significado: A Ceia era considerada um
sacramento em que Cristo estava presente, de sorte que o comugante tinha uma comunhão
pessoal com Ele. Era considerada como um sacrifício que movia o sentimento de Deus a favor
dos comugantes e daqueles por quem estes orassem.
A reforma protestante foi feita pelos:
1. Os montanistas (135-160), na Frígia, fundado por Montano. Não era uma nova
doutrina e sim a volta à igreja primitiva, em oposição à corrupção, em seus princípios básicos ou
às raízes doutrinárias. Se opuseram à hierarquia e sustentavam o sacerdócio universal de todo o
crente. Combateram as inovações na igreja produzidas pelas escolas heréticas, todavia eles
mesmos foram inovadores introduzindo o ascetismo. Suas doutrinas proeminentes: abstinência
absoluta do casamento, rejeitavam o segundo casamento, prática diária de jejuns, santificação pela
proximidade do fim do mundo.
2. Os Novacianos: seguiam o mesmo sistema do montanismo, com a diferença
quie reijeitavam as manifestações espirituais como o falar línguas, profetizar, ministério dos
milagres, etc. Ensinavam que aqueles pessoas que negavam a fé por causa das perseguiições
teriam que ser rebatizadas para demonstrarem o arrependimento. Apesar de serem
excomungados os novacianos expandiram-se no império, dividindo igrejas e fundando outras.
3. Os Donatistas: seguiam a mesma linha que os montanistas e novacianos
seguiram. Surgiram em Cártaga, África, durante a perseguição de Diocleciano. Soferam penosa e
cruel perseguição por parte da igreja. Agostinho os combateu aconselhando sua supressão.
Argumentos dos donatistas: Argumentavam que o caráter do ministro não afeta os seus atos
oficiais. Todos os atos da igreja são válidos, ainda que seus ministros sejam indignos. Persistiram
até o sétimo século quando foram extintos juntamente com grande parte do cristianismo pela
invasão dos maometanos.
pessoas se eram ensinadas quanto ao dever depois de estarem na igreja e muitos não estavam
dispostos a pagar o preço exigido na época, pois havia confissões públicas, penitenciais, jejuns,
orações e excomunhão para as faltas mais graves, etc.
MONAQUISMO
Nesta época o monaquismo já estava em pleno desenvolvimento, pois os cristãos
sinceros e zelosos estavam insatisfeitos com a vida espiritual que levavam e nos mosteiros parecia
que achariam a solução. Era uma forma de vida que estava destinada a se tornar uma das mais
poderosas forças na história do cristianismo. O que levou milhares de homens a se tornarem
monges foi o imenso desejo de salvação. Criam que encontrariam a salvação através:
Separação da sociedade. Fugir à vida comum, pois a mesma nos leva a corrupção
moral. Acreditavam que havia maldade dentro da igreja, por este motivo sopravam-se no
mosteiros. Para fugir das basbaridades do mundo, como a guerra, destituições e outros, e ainda
levar uma vida espiritual, o único caminho era o da vida monástica: era o pensamento da época.
Abnegação: deveriam negar os desejos tais como: comer, dormir, casar, etc. No
oriente a vida era bastante ascética. Os monges vivam como ermitões. Moravam em lugares
extremamente desertos e levavam uma vida solitária. Viviam em pobreza e eram considerados
santos. No ocidente, a vida monástica tomou forma um pouco diferente e não era tão ascética
quanto no oriente, tendo acesso inclusive às mulheres. No oriente o monge era solitário, no
ocidente os monges viviam em comunidades e nos mosteiros.
Geralmente a vida monástica era social, uma vida de irmandade, de fraternidade,
em que todos os bens eram distribuidos uniformemente e quase todas as coisas eram feitas em
comum.
A REGRA BENEDITINA
Em 529, em Monte Cassino, Itália, Bento de Nursia organizava a primeira ordem
a ser aplicada nos mosteiros que ficou conhecida como Regra Beneditinma. Como muitas
pessoas entravam para os mosteiro e neles não havia uma ordem que os regulamentassem, e os
excessos começaram a aparecer, esta regra veio a levantar a moral dos monges que tinham se
degradado. Era um sistema de ordenações para os mosteiros, sendo usado por quase todos eles.
Os principais elementos de regra eram: O voto de ser monge era perpétuo. O
iniciante tinha que abandonar todas as propriedades e bens para levar uma vida pobre. Juravam
obediência absoluta aos superiores. Faziam voto de viver em silêncio.
CONTROVÉRSIA ARIANA
Ario era presbítero de Alexandria, onde gozava grande influência por sua vida
ascética. Foi educado em Antióquia. Os arianos sustentavam que o Logos foi a criação de Deus, e
que existiu antes da encarnação, embora não fosse eterno, criou tudo (inclusive o Espírito Santo),
tornando-se por isso digno de adoração ainda que não fosse Deus e nem revelasse perfeição.
Cristo não era Deus e nem homem, e sim um intermediário entre Deus e o
homem. Esta controvérsia cristológica promovida por Ário, perdurou por quase um século,
sendo debatida em Alexandria, Nicéia, etc. O principal oponente de Ário, foi um jovem diácono
de Alexandria, Atanásio, que por sua influência e partido ortodoxo vence o arianismo em 325.
No Concílio de Nicéia, em 325, foi declarado que o Cristo era da mesma essência do Pai. Houve
ainda muitas divergências acerca desta controvérsia, porém ficou estabelecido que Cristo é divino
e não meramente um ser criado e eterno.
JERÔNIMO
Nasceu em Dalmácia, por volta de 340, filho de pais cristãos. Em 325 converteu-
se e foi batizado pelo bispo de Roma. Tornando-se monge dirigiu-se para um deserto perto de
Antióquia, depois voltou à Roma, onde exerceu grande influência no cristianismo romano. Era
um entusiasta da vida monástica e influenciou várias mulheres ricas a se emquadrarem na vida
monástica, deixando suas posições. No ano 385 foi viver na sela do mosteiro em Belém e nesta
cidade fundou vários conventos para mulheres e um para homens, permanecendo ali até o ano
420, quando morreu. Sua principal obra foi a tradução da Bíblia do hebraico para o latim,
aparecendo assim a primeira tradução no latim da Bíblia. Foi a versão mais usada na Idade Média,
é conhecida como a “Vulgata”. Jerônimo escreveu ainda vários tratados sobre: Teologia, vida
monástica, apologias, etc.
AGOSTINHO
Nascido a 13 de novembro de 354, em Tagasta, Argélia, África. Sua mãe Mônica,
era uma crente fiel e seu pai Patrício, pagão. Em sua juventude, Agostinho levou uma vida moral
muito desequilibrada, sendo que aos 17 anos já vivia com uma jovem, da qual teve um filho.
Encontramos Agostinho aos 30 anos como professor de oratória e retórica na faculdade de
Cártaga, demosntrando o grau de sua inteligência, cuja característica herdou de sua mãe. Saiu da
África rumo a Roma, afim de ensinar em Milão, e neste lugar foi tremendamente abalado pelas
pregações de Ambrósio, bispo de Milão. Movido pela pregação, Agostinho começou a estudar a
Bíblia. Certo dia uma criança do vizinho pegou um livro e deu-lhe, e ele leu em Rm. 13:13-14. A
leitura falou-lhe diretamente em seu problema, e deste momento em diante começou a se dedicar
a Deus. No ano de 37, Agostinho foi batizado por Ambrósio e tornou-se um grande mestre da
igreja ocidental, destacando-se muito nos campos tecnológicos e filosóficos. Foi o primeiro a
desenvolver certos pensamentos teológicos. Deu início a doutrina da predestinação, que mais
tarde foi esquematizada e sistematizada por Calvino.
Alguns pensamentos filosóficos de Agostinho: A expectação das coisas futuras
estão em nossa alma, logo o futuro é presente. As coisas passadas ainda são, pois sua recordação
dura em nossa alma.
Obras escritas por Agostinho:
Confissões – uma exposição de sua vida, especialmente de sua juventude.
Cidade de Deus – aproveitou-se de acontecimentos com a queda de Roma para
ilustrar este livro. A falha dos deuses protetores de Roma por ter deixado o império cair. Ele
envolve o reino de Deus em conflito com o reino do Diabo e a vitória final de Deus e seu reino
ou cidade.
No ano de 395 tornou-se bispo de Hipena, uma das cidades mais importantes da
África, onde passou 35 anos. Agostinho é conhecido como um dos maiores teólogos da Igreja
Católica, sendo canonizado após sua morte.
PELÁGIO
Era um moge britânico que por volta do ano 400 foi morar em Roma. Se
destacou por sua heresia a respeito do pecado original. Sua teologia baseava-se em: Não existe o
pecado original, apenas uma imitação do pecado de Adão. Todo o homem agora tem poder e
dever de viver sem pecar. A justificação é somente por meio da fé. O pecado de Adão prejudicou
somente a ele e não ao gênero humano. O homem pode ser salvo tanto pela lei como pelo
Evangelho e que a necessidade de um novo nascimento é simplesmente uma imaginação piedosa.
COLÉSTO
Coléstio foi o discípulo imediato de Pelágio e ele sistematizou de uma maneira
mais categórica a doutrina pelagiana, da seguinte forma:
Adão foi criado mortal e de qualquer modo morreria, mesmo que não tivesse
pecado.
O pecado de Adão só fez dano a ele e não ao gênero humano, As criancinhas
estão no mesmo estado de Adão antes de pecar. Nem pela morte, nem pelo pecado de Adão
morre todo gênero humano, assim como, nem pela morte a ressureição de Cristo todos
ressuscitam.
A lei conduz ao Reino de Deus tanto quanto a graça. Mesmo antes da vinda do
Cristo, haviam pessoas salvas na terra.
OS BISPOS METROPOLITANOS
Por volta do ano 400, os bispos das capitais províncias da Itália se tornaram mais
importantes do que os demais bispos. Os bispos dos principais centros foram chamados de
metropolitanos e exerciam a superintendência em suas dioceses sobre os demais bispos. Os
bispos metropolitanos eram os bispos de Roma, de Constantinopla, de Alexandria, de Antióquia,
de Jerusalém. Somente uim bispo era do Ocidente, os demais eram do Oriente. O bispo de Roma
mais tarde recebeu o título de Papa, e os demais de Patriarcas.
Os bispos de Roma e Constantinopla se sobressaíram sobre os outros,
estabelecendo dois centros eclesiástico: Roma e Constantinopla. Geralmente a igreja acreditava
que os primeiros bispos foram escolhidos pelos apóstolos. Esses receberam o Espírito Santo e
dom de cuidarem da igreja e por esta razão só eles tinham a fé pura e original. Ensinaram que
somente na igreja existia salvação.
Os fatos que contribuíram para o fortalecimento do bispo de Roma era que ele
era o bispo da capital do mundo. Nas disputas eclesiásticas sempre se apelava para o bispo de
Roma, o que tornara um costume. Todos estavam crentes da sucessão petrina: O bispo de Roma
era o sucessor de Pedro.
A IGREJA NESTORIANA
O movimento chamado nestoriano surgiu em Constantinopla em 428, tendo
como fundador o patriarca de Constantinopla. Nestório que combateu o termo “mãe de Deus”
aplicado a Maria e entrou em disputa quanto a natureza de Cristo. Afirmava que as naturezas de
Cristo agiram com harmonia e tão distintas como uma personalidade dupla. Declarava que Cristo
era Deus e homem e não Deus-homem. No século V, por volta do ano 433, foi excomungado e
banido como herege. Organizou a Igreja Nestoriana e no ano 498, recebeu o título de patriarca
do oriente. A princípio esta igreja desenvolveu-se tremendamente na Ásia.
A IGREJA MONOFISISTA
Foi um movimento reacionário contra o nestorianismo. Eutiques, de
Constantinopla, pregou a divindade de Cristo, negando que ele tivesse duas naturezas. No
concílio de Calcedônia foi debatido a idéia de Eutiques e ficou resolvido que Cristo possuía duas
naturezas completas e sem mistura em uma pessoa, porém inseparáveis. Foi ordenada uma
perseguição aos seguidores de Eutiques para que fossem banidos e suas obras queimadas. Uma
última oportunidade de reconciliação entre os partidos nestorianos e monofisistas, resultou no
cisma entre os bispos de Roma e Constantinopla.
JOÃO CRISÓSTOMO (345-407)
No ano de 376 foi eleito presbítero de Antióquia, e em 398 foi nomeado
arcebispo de Constantinopla. Proibiu a confraternização entre fiéis e eclesiástico, os monges
ociosos eram severamente repreendidos. Foi muito perseguido por suas atitudes, chegando
mesmo a comparacer diante dos tribunais eclesiástico e civis. Quando pretendiam matar em um
deserto, morre na viagem. Ficou conhecido como o “Boca de Ouro” por causa de sua
eloquência.
A IGREJA NO INÍCIO DA IDADE MÉDIA (590-1073)
Consquista na Europa Ocidental. Um período cheio de guerras, barbarismos,
confusões, etc. O norte da Itália foi conquistado por uma das tribos mais rudes entre as
germânicas, os lombardos. Os piratas escandinavos, normandos e os dinamarqueses assaltavam
as costas do Mediterrâneo e do Atlântico. Os normandos apoderaram-se de territórios na França
e no sul da Itália e em 1066, conquistaram a Inglaterra. Os franco aumentaram os seus domínios
no norte da França e no oeste da Alemanha.
Conquistas Muçulmanas. Os árabes, inspirados por sua nova religião,
avançavam destemidamente numa arracanda incrível. O maometanismo teve como fundador a
Maomé (371-632). A expansão maometana tinha o caráter religioso e militar. Maomé ensinou que
a religião de Alá deve ser implantada ainda que seja através das armas, pois a espada é a chave do
céu e do inferno e por ele se alcança e se impõe a salvação da humanidade. As igrejas do oriente
sofreram muito com as conquistas maometanas tendo enormes prejuízos que nunca conseguiram
recuperar. Os maometanos avançaram pelo Oriente e conquistaram vastas áreas da Europa,
como Portugal e Espanha. A investida maometana foi barrada em Tours, na França, por Carlos
Martel. Apesar da resistência feita por Carlos, os maometanos ainda sustentavam grande parte da
Europa sob seu domínio, inclusive o tráfego do Mediterrâneo. Seguiu-se na Europa um período
de anarquia e de desordem. Dirigidos por homens incapazes de manter a ordem e a justiça.
O Império de Carlos Magno. Com a morte de Carlos Martel, ficou em seu lugar
seu filho Pepino, o Bravo. Pepino foi favorável a igreja com a morte de Pepino império foi
dividido em duas partes: Carlos Man e Carlos Magno. No ano 771, morre Carlos Man,
começando o grande inpério de Carlos Magno, cujo esplendor durou até 814. Carlos Magno era
chamado de diferentes modos: pelos francos de Carlos Magno, pelos germanos de Carlos, o
grande, foi coroado com o nome de Carlos Augustos. Coroado no ano 800, na cidade de Roma,
em dia de Natal, pelo Papa Leão X. Carlos conquistou quase toda Europa e com suas conquistas
e coroação foi considerada a restauração do império romano caido desde 476. Carlos Magno se
destacou como: legislador, conquistador, reformador, protetor do Cristianismo. Após sua morte
o império começou a decair. Ludovico Pio, seu filho, era um bom homem, porém sem
capacidade administrativa e dividiu o reino entre seus três filhos: Lotario, Luiz e Carlos, o Calvo.
O império foi dividido em três partes através do tratado de Verdum.
O Santo Império Romano. Com a divisão do império entre os descendentes de
Carlos Magno, o império desapareceu, seguindo uma série de lutas internas, civis e eclesiásticas.
No século X, surgiu um grande imperador germânico, Oto I e conquistou grande parte do
Império Romano. O Império fundado por Oto I foi chamado de o Santo Império Romano. Este
Império viria a ser a maior expressão do poder político da Idade Média. Recebeu o nome de
Santo Império porque tinha características políticas e religiosas. Segundo a mentalidade da época,
o reino de Deus na terra tinha dois representantes: o imperador para os negócios seculares, o
Papa para reger os negócios eclesiásticos.
A IGREJA
1. Sua Extensão.
O Papa Gregório I, enviou 40 missionários italianos para a Inglaterra, depois
enviou outro grupo para a Escócia. Com a prática de enviar missionários a locais ainda não
cristianizados, a igreja tomou um grande impulso.
2. Bonifácio.
Foi um monge enviado como missionário a Alemanha e a Turquia, por seu grande
trabalho de reconquista realizado por ele na Alemanha ficou conhecido como o “Apóstolo da
Alemanha”, em Roma foi nomeado como missionário papal, jurando fidelidade ao Papa e a
Igreja. Através de seu trabalho milhares de pagãos se converteram e os monges da Irlanda
aceitaram a autoridade papal que haviam rejeitado. Seu ministério foi atacado com muita força as
atividades mundanas e aplicado uma severa disciplina ao clero. No ano de 754, se dirigiu aos
francos numa viagem missionária e em meio ao caminho foi assassinado.
3. Ansgar.
Nasceu em 801, numa diocese de Amiens, França. Entrou para a vida manástica
ainda muito jovem e procurou viver uma vida exemplar. Em 826, Haroldo, rei dos dinamarqueses
e sua esposa visitaram o imperador Luiz, o Pio e foram batizados com muita pompa. De volta ao
seu país, este rei leva consigo dois monges: Ansgar e Amberto. O segundo ficou doente e teve
que voltar a França. O rei dinamarques, por ter abraçado o Cristianismo, perde os eu apoio e logo
á deposto, tendo que se refugiar na França. Ansgar evangelizou a Dinamarca e a Suécia e dentro
de dois séculos ambas se tornaram nominalmente cristãs. Ansgar recebeu o título de “Apóstolo
do Norte”.
4. Oe métodos missionários católicos, diferentes dos métodos protestantes nos
seguintes aspectos:
Conceitos da Igreja: missionário católico é considerado igreja; aonde ele chega,
chega a igreja, enquanto que o missionário protestante vai para formar a igreja.
Conceito quanto ao ensino: os missionários católicos preocupam-se em ensinar a
tradição romana, enquanto que os missionários protestantes preocupam-se em ensinar aos
membros da igreja a Palavra de Deus.
Conceito quanto a conversão: os missionários católicos batizam os indivíduos
crendo que o batismo salva, daí batizarem crianças para não morrerem pagãs. Já os missionários
protestantes batizam as pessoas quando estas dão testemunho de uma pessoa realmente salva por
Cristo.
5. O Feudalismo.
Dá-se o nome de Feudalismo, ao governo político da Idade Média, cujo poder se
encerra nas mãos dos reis, dos grandes vassalos e nos pequenos senhorios. Este sistema político
social desenvolvido na Idade Média, consistia em que o rei outorgava territórios aos seus vassalos
e esses por sua vez podiam transferir e repartir as terras a senhores menores que nelas
trabalhavam. Era também um sistema militar. Os vassalos tinham que mandar os jovens para
prestar serviço militar, como preparo a fim de previnir ataque de um país vizinho ou mesmo de
um outro feudo. Nominalmente o rei era o soberano de todos, porém na prática havia uma
independência e poucos eram os que prestavam obediência ao rei. A Igreja nesta época
conquistou vários territórios, o que veio muito a contribuir para o fortalecimento da igreja
posteriormente, tornando-se a mais soberana da Europa.
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
O soerguimento do papado se deu com Gregório I. Conhecido como Gregório, o
Grande, foi um dos maiores papas que a igreja já teve. Era um homem muito intelectual e de uma
capacidade administrativa extraordinária, cheio de sonhos para o cristianismo. Se destacou muito
na escritura de tratados religiosos, conseguiu o reconhecimento da superioridade de Roma sobre
toda a igreja. Desenvolveu a obra missionária entre os pagãos enviando diversos missionários a
locais a serem cristianizados. Reconhecia o direito do bispo de Roma, porém recusou ser
chamado bispo universal ou papas. Fez com que o culto segusse o ritual romano.
Causas do desenvolvimento do papado em Roma foram pelo fato de ser o único
poder na Europa Ocidental. O Papa era o único representante de um governo permanente. Os
Papas exerciam a justiça. Muitos deles (bispos e papas) governavam política e eclesisásticamente,
sustentavam o império, defendiam cidades, ampliaram os territórios, etc. Os falsos decretos eram
uma coleção de documentos que davam autoridade aos bispos de Roma. Os bispos de Roma,
segundo estes documentos, sempre tiveram o exercício do poder em toda a igreja. Nicolau foi o
primeiro a fazer uso destes documentos para fortalecer o seu império papal. Os falsos decretos
foram mais tarde incorporados nos dogmas de igreja romana. As missões contribuíram em
grande parte para o soerguimento do poder de Roma. Os missionários eram encarregados de
tornar as terras conquistadas obedientes a Roma. Assim como conquista para o cristianismo era
uma conquista para o Papa se fortalecer mais e mais.
O avanço do Islamismo se deu. As conquistas islâmicas muito contribuíram para
o fortalecimento do império papal com suas conquistas na Ásia e no Oriente.
Com a chegado dos maometanos, três dos grande bispos cairam: de Alexandria,
Jerusalém e Antióquia. A religião maometana, inimiga tremenda do cristianismo, ajudou a
enfraquece-lo no oriente, abalando toda a sua estrutura. Enquanto isso no Ocidente a igreja se
fortaleceu por meio de missões e outros.
A separação do Oriente e do Ocidente, as causas desta separação foi a diferença
de raça, cultura, tradição, etc. Estabelecimento de dois governos: um em Roma e outro em
Constantinopla. A pretensão crescente do Bispo de Roma, não era reconhecida deplo Patriarca
de Cosntantinopla. O primeiro rompimento deu-se no ano 867, quando por causa de uma
desavença entre o papa e o patriarca, sendo que o segundo declarou o primeiro deposto. Esta
veio a ser a causa imediata da separação. Deste momento em diante surgiu a Igreja Grega e a
Romana.
O CRISTIANISMO EM LUTA CONTRA O PAGANISMO
A atitude do simperadores de tornar o cristianismo religião da moda. O decreto de
Teodósio, que obrigava a todos os seus súditos a prefessarem o cristianismo. Automaticamente a
igreja ficou cheia de cristãos pagãos, que com o passar do tempo, veio a corromper e a declinar a
igreja moral e espiritualmente, inclusive o próprio clero degenerou-se. A maioria dos sacerdotes
era constituída de criminosos e foragidos e alguns subiram ao clero sem ordenança.
Os bispados eram cosiderados propriedades particulares. Desenvolveu-se a
simonia (venda de cargos eclesiásticos), estabelecendo em alguns casos, preços fixos.
A corrupção do clero com embriaguez e adultério eram os maiores pecados de um
clero que tinha apodrecido até a medula. Alguns ocupantes da cadeira papal foram cúmplices de
toda sorte de crimes. Durante anos uma família de mulhers prostitutas dominou a cadeira papal,
colocando e depondo a quem queria. Nesta época subiu ao trono papal uma mulher do nome
Joana que se denominou João. Descobriu-se o fato porque ela contraiu uma gravidez,
desmaiando em frente a multidão na praça de S. Pedro. Nos mosteiros, monges e freiras foram
arrastados pela decadência moral desta época.
A vida monástica possuía dos lados: um lado positivo e um lado negativo. O lado
positivo contava com heroismo, negação de si mesmo, zelo pelos conhecimentos sacros, cultivo
de letras, simplicidade de vida, entusiasmo missionário, virtude religiosa, moralidade, etc. O lado
negativo era composto por indolência, luxo, torpeza, vícios, ignorância, imoralidade,
licenciosidade, prostituição, nascimentos ilícitos, infanticídios, etc.
O culto refletia a influência pagã. O Deus revelado por Cristo já não era o único
objeto de adoração, o culto era agora, um culto pagão.
Surgiu a mariolatria. Desde o início Maria era considerada a mais honrada das
mulheres. Nas controvérsias sobre a divindade de Cristo, quando ficou provada a sua divindade,
aumentou ainda mais o conceito de Maria acerca de sua superioridade. O culto a Maria tinha
caráter de paganismo: o culto à grande mãe iniciou-se na Mesopotâmia (Jr. 7:18), nos tempos
primitivos da história humana e desenvolveu-se até a cidade de Roma, sendo absorvido pelos
cidadãos romanos. Com os decretos dos imperadores, obrigando-os a aderirem ao cristianismo,
introduziu-se na igreja o culto a grande mãe. Este culto foi tomando forma com o tempo e no IV
século estava no seu auge. Maria era mais venerada do que o próprio Jesus e ultrapassou a todos
verdadeira igreja de Cristo se ela não pode escolher seus próprios dirigentes ou mestres. Com
estas medidas foi reduzida à nada ou a quase nada a influência imperial neste assunto.
Henrique IV levantou-se contra Hidelbrando e contra os princípios adotados por
ele, oferecendo resistência de várias maneiras. Depois de muitas discussões Hidelbrando
excomunga Henrique, o qual foi obrigado a sujeitar-se às condições impostas pelos nobres da
Alemanha. Um avez deposto do trono, Henrique procura o Papa no castelo de Canossa e depois
de muita humilhação e de dormir algumas noites no portão do castelo, promete submeter-se à
autoridade do Papa. Os resultados da luta entre o papa e Henrique IV depois de alguns anos de
luta. Hidelbrando venceu por meio de um compromisso moral: os bispos seriam eleitos pelo
clero e os papas os investiram em seus ofícios espirituais. O imperador simplesmente exerceria
domínio nos bispos dentro de suas propriedades com a autoridade de chefe temporal.
Hidelbrando aboliu o casamento na igreja para os clérigos, pois julgava que um
sacerdote casado deixaria em segundo plano os interesses da igreja. Temia perder as propriedades
da igreja que estavam na mão dos sacerdotes casados, pois caso estes viessem a falecer, os seus
filhos poderiam herdá-las. Queria uma vida cristã verdadeira e para isto acreditava que o celibato
era o melhor caminho. Por meio de perseguições cruéis desfez muitos casamentos. Os monges
levantaram opinião pública contra os sacerdotes casados. Hidelbrando tornou o papa com poder
absoluto e com poder sobre a igreja no mundo inteiro. Valeu-se das declarações de que era
sucessor de São Pedro. Utilizou a excomunhão como arma. O Papa deveria ser o supremo
dominador da igreja e o supremo governador do mundo.
Tornou a Igreja a Senhora do mundo. Planejou livrar a igreja do domínio do
mundo para fazê-la senhora deste. A ela todos os demais poderes deveriam se sujeitar. O Papa
seria o representante e o cabeça da igreja e todos os reis e governadores receberiam suas ordens e
só receberiam autoridade mediante supevisão dos papas. O papa teria o deireito de depô-los e de
dominar sobre os seus súditos. A igreja culminou o seu poderio no papado de Inocêncio III, que:
fez e desfez imperadores e governadores. Obrigou o rei Felipe da França e o rei João da
Inglaterra a obedecê-lo, usando os seguintes métodos: excomunhão e suspendeu os ofícios
religiosos: sacramentos. Os mortos ficaram sem ser sepultados.
A IGREJA GOVERNA O MUNDO OCIDENTAL
Nos séculos XII e XIII a igreja dominou em todos os aspectos, a Europa
Ocidental: Era uma comunidade internacional, estendendo os seus tabernáculos nos reinos e
sobre os reinos, dominando-os. A igreja ligava e desligava a quem queria, e segundo a crença
popular, aquele que fosse ligado ou desligado pela igreja, seria igualmente ligado ou desligado no
céu. Um outro motivo para o fortalecimento da igreja era que esta se encontrava unida e
organizada.
Nenhuma organização na história da humanidade, jamais exerceu um domínio,
uma escravidão tão completa sobre as coisas, sobre os homens e sobre as suas consciências.
AS CRUZADAS
As cruzadas surgiram para conquista dos territórios sob o poder dos maometanos.
Moveu-se uma guerra de dois sécilos (1096-1291), com fins religiosos e políticos esta luta
influenciou a vida religiosa, política, comercial e intelectual do spovos. As peregrinações À Terra
Santa com a finalidade de libertar os lugares considerados sagrados. Com o avanço do Islamismo
estavam conquistando vários territórios e já estavam dominando parte da Europa, Impunham sua
religião em todos os territórios tomados, conforme ensinava Maomé. Outra causa para as cruzdas
foi o amor ao combate, amor as aventuras guerreiras e heróicas, busca da fama, de riqueza, etc. O
reavivamento religioso.
A convocação para a primeira ruzada foi feita em 1095, pelo Papa Urbano II. O
imperador Aleixo, do Oriente, pediu ajuda ao Ocidente por causa das conquistas dos turcos.
Num discurso em Clerment, Urbano lançou um apelo à toda Europa para se organizar em
batalhões, com a finalidade de libertar o Santo Sepulcro das mãos dos infiéis. O apelo foi levado
adiante e espalhado por todos os lados, por pregadores ambulantes, chefiados por Pedro, o
erimita. Fundaram o reino Latino de Jerusalém e o primeiro rei foi o conde Balduíno de Flandes.
Houve uma Cruzada Infantil (1212) e com as cruzadas, Jerusalém ficou sob o domínio dos
maometanos desde o fim do século II até 1919.
Os resultados das cruzadas foram: fortaleceu o poder religioso, unificou a Europa,
fortaleceu o papado, aumentou o espírito de intolerância para com os infiéis e para com as
heresias.
AS RIQUEZAS DA IGREJA
As propriedades da igreja e sua riqueza consistia em terras (grande extensões),
edifícios religiosos, ricos mobiliários, ornamentos caríssimos e construções dos mais variados
tipos. Recebiam doações dos devotos (geralmente estas doações eram grandes extensões de terras
ou territórios) que ofertavam em busca de uma graça do céu. Direitos feudatários. Domínio sobre
quase toda a Europa. Sobre a frança, Inglaterra e Alemanha. Dominavam sobre a quarta parte,
sobre a Itália e a Espanha muito mais.
As rendas da Igreja Romana é quase incalculável, pois entrava dinheiro por todos
os lados: renda das propriedades, renda das taxas eclesiásticas (dízimas), tributos de serviços
religiosos, venda de indulgências, impostos dos Estados papais.
A igreja mantinha algumas instituições de caridade, com o fim de explicar onde
estavam aplicando o dinheiro. As pessoas ou famílias beneficiadas pelas instituições deveriam
(dependendo da pessoa ou fampilia) contribuir com grandes somas de dinheiro ou pelo menos
conforme as posses.
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
O papa era o monarca absoluto da igreja, dominava sobre toda casta sacerdotal ou
eclesiástica. Os decretos do papa eram aceitos com a mesma autoridade das decisões dos
Conscílios Eclesiásticos (Congresso de bispos, cardeais, etc), sendo este o supremo tribunal com
direitos a legislarem, judiciarem e executarem com plena autoridade da igreja.
Os poderes cos bispos estavam um pouco abaixo do papa, governavam as
províncias e exerciam a superintendência do clero, instituições de caridade e escolas.
Os párocos tinham poderes sobre o povo e representavam a igreja junto a estes.
Dominavam com grande influência, pois retinham os sacramentos que segundo o pensamento da
época eram necessários a salvação. Através do confessionário conheciam e controlavam a vida do
povo. Os padres ministravam a educação religiosa e secular.
Ordens Monásticas: os cistercienses. O Monarquismo e papado. Os monges.
Corrupção nos mosteiros. Embora houvesse tido muitas reformas nos mosteiros
com o fim de purificá-los, existiu, sem dúvida muita corrupção. O testemunho de muitos monges
e freiras não era dos mais ilustres, demonstrando uma vida de castidade e santidade, antes pelo
contrário. A ambição tomara conta dos mosteiros e dos monges, que a princípio levavam uma
vida pobre, porém agora buscavam a glória e a riqueza. Os mosteiros adquiriram ricas e extensas
propriedades, cujo lucro era revertido em benefícios próprios. Começaram a acumular tesouros e
a pensar mais no conforto do que nas necessidades alheias. Entre outras práticas errôneas, talvez
a mais aparente fosse a da prostituição entre os clérigos.
A DISCIPLINA E A LEI DA IGREJA ROMANA
Todos eram obrigados a confessarem pelo menos uma vez por ano. Os que
confessassem tinham que fazer penitência de acordo com a gravidade da falta. As penitências
consistiam em ações diversas, tais como: jejuns, flagelações, peregrinações, etc. Realizados os
feitos acima, os sacerdotes absolviam os súditos de seus pecados. Desenvolveu-se a doutrina do
purgatório, que é um estado de sofrimento purificador antes da pessoa entrar nas bem
aventuranças. Para se diminuir as penas do purgatório a igreja introduziu a venda das
indulgências, sendo que de acordo com o preço pago aos sacerdotes, passariam menos tempo
neste lugar, se uma quantia muito alta saía-se de lá imediatasmente. Uma outra prática adotada foi
a da excomunhão para os obstinados. As leis da igreja. Na Idade Média as pessoas debaixo tanto
da lei civil como canônicas ou eclesiásticas. Como nos governos civis a igreja possuía leis que
consistiam nas decisões dos papas e dos concílios. Tinham seus próprios tribunais: o dos bispos,
o do arcebispo, o do papa. Certos casos, principalmente quando envolve clérigos, eram
considerados nos tribunais eclesiásticos e o alvo era tornar os tribunais tão fortes como o civil.
A Inquisição era ummecanismo importantíssimo na igreja e um dos principais
meios para controlar a vida humana, era um aorganização eclesiástica destinada a indagar,
descobrir e punir o que a igreja considerava heresia ou discordância de seus ensinos. Todas as
pessoas taxadas como heréticas ou pregadores de falsos ensinos, segundo a igreja, estavam
sujeitas a pena da inquisição que variava em grau. Houve diversas lutas contra estes dissidentes.
Criou-se leis diversas contra as heresias, pois criam que heresia era rebelião e como tal deveria ser
esmagada, surgindo então diversas perseguições, sendo algumas delas catastróficas. Em 1224, o
imperador Frederico II, tornava a inquisição passível de morte. A inquisição era uma combinação
de uma força policial e de sistema judicial, operada em toda parte secreta, vigilante, paciente e
desumanemente. Nos tribunais de inquisição os acusados não tinham meios de defesa contra as
acusações e nunca eram absolvidos. A inquisição tinha o apoio da opinião pública, era auxiliada
pelo governo civil na caça ao herege e aplicada sentenças de morte.
O CULTO NA IGREJA
Os Sacramentos: batismo, confirmação, eucaristia, penitência, extrema unção,
ordem e matrimônio. A missa: cerimônias, movimentos, vestimentas riquissimas, músicas
solenes, belos templos. A pregação. O culto dos santos e relíquias. Criou-se diversos relicários
como o de Tomas Bechet, em CAntuária. Veneravam mais a virgem Maria do que ao próprio
Deus.
O lugar da Igreja na religião: a igreja única mediadora entre Deus e o homem.
Outorgava salvação por meio dos sacramentos. Ministrava por seus ensinos o conhecimento de
Deus. Por meio de seus intercessores apresentava as necessidades dos homens a Deus. Os padres
tinham poderes terríveis concedidos por Cristo. Podiam praguejar, amaldiçoar, etc. Os dons
divinos vinham aos homens por intermédio dos sacerdotes. Nada subia a Deus senão através da
igreja e de seus sacerdotes, assim como nada vinha de Deus aos homens senão por este canal.
O QUE A IGREJA MEDIEVAL FEZ PELO MUNDO
1. Preservou a fé cristã. Produziu homens e mulheres, que por sua vida,
assemelhavam-se ao caráter de Cristo. Um aárvore totalmente corrompida não produziria frutos
desta natureza.
2. Conservou a Europa unida. O Império Romano tinha se dissolvido, acabando
assim o governo centralizado, embora houvesse tido várias tentativas de reorganizá-lo. Os reinos
estavam em mãos de povos independentes. Havia o perigo dos povos se tornarem bárbaros e
guerrearem constantemente. Com o surgimento de grandes nobres na Europa surgia outro
perigo, o de retalhar reinos pequenos governados por estes nobres. A igreja correspondeu às
necessidades da época.
3. Cristianizou os bárbaros.
IGREJA: DECADÊNCIA E CONTESTAÇÃO DO
CATOLICISMO (1294-1517)
A. AS CONDIÇÕES POLÍTICAS
Por muitos anos a igreja dominou as nações, porém agora as nações despertam-se
e se unificam internamente, fortificando suas bases por meio de governos sábios e forte.
Desenvolveu-se um forte espírito nacionalista, começando a aparecer sintomas de revolta contra
o domínio da igreja sobre as nações exercido por um estrangeiro, o Papa. Os primeiros a se
despertarem para esta nova realidade foram os franceses e os ingleses.
B. ONDE A IGREJA FALHOU
1. A corrupção do clero. Causas da corrupção: o que um dia foi motivo de
grandeza para o sacerdócio, tornou motivo de fracasso, isto é, tremenda autoridade do sacerdócio
que veio a prejudicar a posterior o caráter e a vida espiritual do clero. A enorme riqueza
pertencente ao clero e usufruida por eles, os levou ao egoísmo e a avareza. A imoralidade estava
bastante generalizada e a mais baixa impureza sexual era coisa comum dentro do clero. A
degradação aprofundou com o passar dos séculos e embora as ordens manásticas tentassem
resistir a essa queda moral, foram atingidas e vemos com tristeza que monges e freiras eram
objetos de escárnio público, por causa de seus próprios vícios. O secretário do papa Benedito
XIII, disse destes clérigos: “Raramente encontra-se um em mil, que faça honestamente o que a
profissão exige”.
o que tinha de fazer para alcançar o reino de Deus. Ao ler Mateus capítulo 10, começou a repartir
o seu dinheiro: deu a metade à sua mulher que não participava de sua inquietação pela salvação,
deu ricos dotes às suas duas filhas, dividiu os restante com os pobres, tornou-se pregador
ambulante. Logo o movimento cresceu e atraiu grande número de pessoas, chamando a atenção
das autoridades da igreja católica, que o proibiram, por sua decisão de continuar a obra, pois dizia
que convinha que se obedecesse a Deus do que a homens, foi chamado do Vaticano a
conferenciar-se com o papa Alexandre III. Pedro Valdo, insistindo na sua forma de anunciar a
cristo como o salvador único e suficiente, foi excomumgado juntamente com os seus adeptos
pelo concílio de verona em 1184. Apartar à excomunhão os seguidores de Valdo sofreram toda
espécie de perseguições.
Os valdenses eram de natureza humilde, seus maiores mestres eram sapateiros ou
profissão humilde. Eram grandes estudiosos da Bíblia, chegando a haver entre eles quem sobesse
o Novo testamento de cor. Regozijavam-se com as perseguições, porque criam que estavam
recebendo o mesmo tratamento predito por Cristo e sofrido pelos apóstolos. Rejeitavam os
milagres eclesiásticos, os festivais, as ordens e as bênçãos da Igreja Romana.Os seus adeptos
tinham que batizar-se novamente e não ensinavam o batismo para crianças. Não aceitavam a
transubstituição.
Os irmãos. Semelhantes aos valdenses, as si mesmo designavam irmãos. Tinham
uma fé muito simples e eram conhecidos pela vida de piedade, bondade e pureza incomum. Não
pretendiam tornar-se independentes, porém formar um grêmio pio e fraternal, embora nada
tivessem com a igreja ou com o seu clero. Os irmãos realizavam os seus cultos na língua comum
do povo, de sorte que estes entendiam a mensagem e a preferiam em contraposição a romana que
era em latim. Possuíam cópias das Escrituras em língua comum do povo o que facilitava o
trabalho tanto na pregação como no ensinamento. As sociedades dos irmãos se espalharam por
toda a Europa e como os valdenses mantinham um trabalho missionário ativo, mas em segredo
por causa da inquisição.
No ano de 1294, depois de uma sucesão de papas fracos e incapazes, Bonifácio
VIII sobe ao trono papal. Bonifácil possuia os ideais e o espírito de Hidelbrando e Inocêncio III,
na ambição. Tinha o propósito de ser o governador supremo da Europa. O seu maior desejo era
o de ser imperador e papa. No ano de 1300, Bonifácio fez questãode ser visto sentado em um
trono, coroado e com a espada de Constantinopla na mão dizendo: “Sou César, sou o
Imperador”. Morreu em 1303, com 86 anos de idade.
escreveu um livro sobre a Lei de cristo, após sua excomunhão foi condenado à morte na fogueira
em Constantinopla onde sofreu o martírio. Com sua morte os irmãos Boêmios se empolgaram e
levaram avante os princípios de Huss por toda a Boêmia e Morávia. Este movimento cresceu
tremendamente, o movimento dos irmãos Boêmios foi bastante perseguido pela igreja, que tinha
a intenção de exterminá-los de vez.
3. Gerolando Savonarola (1452-1498). Considerado um dos reformadores da
igreja, embora nunca houvesse deixado a igreja católica, nasceu em 1452 na cidade de Ferrara,
Itália, em 1475 entrou para um convento de frades dominicanos. Pregador hábil, foi chamado
para Florença onde execeu um grande ministério e para lá iam grandes multidões para ouvi-lo
pregar, foi preso, condenado à morte e queimado em praça pública pelo papa da época.
VOLUME IX – LIÇÃO 18
JUSTIFICAÇÃO
INTRODUÇÃO
Caro aluno! Queremos parabenizá-lo por ter chegado até aqui. Vencemos a
primeira etapa do Curso que corresponde ao estudo das Sagradas Escrituras. Você tem agora um
conhecimento geral de toda a B´blia, que lhe dará condiçõesd para trabalhar em sua igreja com
mais confiança.
A partir deste número estaremos estudando outras matérias muito necessárias ao
preparo intelectual do obreiro. Algumas são de teor bíblico, outras se relacionam com o trabalho
prático.
A nossa oração é que Deus continue a lhe abençoar como tem abençoado até
aqui.
A despeito das dificuldades você não deve desanimar, mas persistir.
O NOVO NASCIMENTO E SUAS BÊNÇÃOS
Quando falamos de SER NASCIDOS DE NOVO podemos usar alguns dos
seguintes termos, para designar grandes experiências fundamentais.
1. JUSTIFICAÇÃO
2. ARREPENDIMENTO
3. REGENERAÇÃO
4. ADOÇÃO
5. TESTEMUNHAS DO ESPÍRITO
6. CONVERSÃO
É verdade que estas bênçãos são inseparáveis, mas não podem ser tomadas com o
mesmo significado. As estudaremos separadamente.
Todas estas expressãos são usadas para expressar a troca (transformação,
mudança) completa efetuada no pecador, “das trevas para a luz”, “do poder do diabo a Deus”.
JUSTIFICAÇÃO
Num sentido teológico, a justificação é, por certo, legal ou evangélica. É
importante que esta distinção seja observada.
3. O céu é um lugar santo e ninguém que não seja santo, está capacitado para
desfrutar de qualquer de suas felicidades e ofícios. Sal. 24:3-4; Heb. 12:14.
4. A Escritura declara que unicamente os regenerados podem ser salvos. Mat.
18:3; Jo. 3:3-7; Rom. 8:7-8; Gal. 6:15; Heb. 12:14.
ADOÇÃO
Este é um ato pelo qual alguém toma a outra pessoa dentro de sua família, a
recebe como filho e a nomeia herdeira. A adoção, num sentido teológico, é um ato de mercê
gratuita de Deus, pelo qual, sendo justificados e renovados pela fé em Cristo, somos recebidos
dentro da família de Deus, chamando-nos seus filhos e somos feitos herdeiros do patrimônio
celestial. Ef. 1:3-14; I Ped. 1:2-5.
TESTEMUNHOS DO ESPÍRITO
Um justo privilégio de cada filho adotado, é o ter certo conhecimento de dita
adoção, de sua nova relação com Deus, como único fundamento de verdade, de conforto e de
esperança. Isa. 26:3; 32:17; Sal. 119:165; Rom. 5:1-5; 8:1; Fil. 4:1; Ef. 1:3-14; I Tes. 1:4-5; I Ped.
2:9.
Esta bênção consiste no testemunho do Espírito Santo aos espíritos dos crentes,
de sua nova relação como filho de Deus. I Jo. 5:10. Isto é chamado o espírito de adoção, Rom.
8:15; 16:16; Gal. 4:6, o ardente selo do Espírito, II Cor. 1:22; 5:5; Ef. 1:13-14; 4:30, e completa
segurança, Col. 2:2; I Tes. 1:5; Heb. 6:11; 10:22. Este testemunho interior é chamado algumas
vezes, o “direto testemunho do Espírito” para distingui-lo do indireto ou exterior testemunho,
cjamado “fruto do espírito”. Gal. 5:22-23; Ef. 5:9.
As duas classes de testemunhos devem seguir juntas: a primeira, como defesa
contra alguma dúvida; a segunda, para guardar-nos do erro e da presunção. Isa. 26:3; Rom. 8:14.
Este ardente selo do Espírito implica absoluta segurança de uma salvação real. Por
meio desta eficácia do Espírito é, em si mesmo, suficiente para assegurar salvação eterna. Cada
crente é deixado em liberdade, tanto para reter ou afligir a este Espírito selador, como para causar
seu retiro final, para sempre. Isa. 63:10; Ef. 4:30; Heb. 3:7-19; 6:5-6; 1026-19; II Ped. 2:20.
CONVERSÃO
Este termo, em seu estrito sentido, descreve a parte humana dessa troca, chamada
REGENERAÇÃO, pela qual, o pecador é trazido adentro do reino dos céus. Mat. 18:3. Num
sentido mais amplo,a conversão é a troca nos pensmentos, nos desejos, nas disposições, na vida
inteira do pecador, no qual se leva a cabo quando ele é renovado pelo Espírito, como resultado
do abandono do pecado e aproximação de Deus, pela fé em Jesus Cristo. Ez. 18:21-23; 30:32; At.
9:35; 11:21; 15:3-19; 26:20.
Assim, o novo nascimento é de suma importância, pois se trata da vida de Deus
para a alma que estava morta pelo pecado; é a formação de uma nova criatura, o nasciemnto de
uma nova vida.
Se tudo o que foi exposto for considerado devidamente e todas as escrituras ou
citações bíblicas lidas profundamente, em oração e meditação, não haverá razão nenhuma de falta
de entendimento acerca deste tema essencial.
A SANTIFICAÇÃO
Algumas Declarações Preliminares
A completa santificação, como doutrina e como experiência da graça divina, é o
mais odiado e persistentemente rechaçado de todos os princípios expostos a nós pelas Sagradas
Escrituras. Qualquer pessoa, com certo grau normal de um desejo veementemente pela
admiração mundana e influenciada por este mesmo sentimento público, deve abster-se de apoiar
aquela grande verdade fundamental.
Estamos escrevendo sobre este assunto, deixando fora qualquer motivo particular
de ambição mundana. Uma razão muito profunda urge em nossa alma, cujo último fundamento a
mantém por si mesmo. Assim, pois, escrevemos com uma profunda convicção de que estamos
fazendo o que Deus nos permite e exige que façamos. O Espírito Santo é o que dirige. O amor
de Deus é o que impulsiona, ante o sofrimento do povo seu, os cristãos – por cujo motivo nos
vemos obrigados a escrever este presente artigo.
Através dos séculos, os homens tem forçados e esticados passagens da Escritura,
num esforço por estabelecer suas arriscadas teorias e desta maneira argumentar contra
oposicionistas. Tal satisfação é muito perversa, se não é que seja blasfema. O diligente estudante
da Bíblia e de literaturas cristãs não pode ser surpreendido, nem miseravelmente impressionado,
pelo que parece ser um escrupuloso esforço da parte de algusn escritores muito populares, para
trocar idéias sãs. Não é pois, necessário, alargar nem enfatizar demasiado esta verdade. A verdade
somente precisa ser corretamente traçada: então, cada parte brilhará como uma jóia à luz do sol.
Faremos referências, ainda que poucas, ao hebraico ou ao grego. Mil observações
tem sido feitas, que tais referências não se usam, pelo regular, para aclamar a verdade, mas para
derrotar aos oponentes no debate. Por exemplo: se você trata de aclamar passagens das
Escrituras que contradigam a teoria de alguém, este tomará imediatamente como arma e refúgio o
original grego e insistirá que os tradutores lhes faltou dar o sentido próprio do original,
começando então a citar as definições gregas.
Para ilustrar o que quero dizer com estes declarações, chamaremos vossa atenção
para Marcos 16:9-20. Nisto me parece que o diabo às vezes se esquece de ser sábio. Isto é tão
certo que nem sempre usa sua lógica, - se é que tem alguma. O mais cuidadoso leitor não pode
menos que o dito capitula, percebe a maneira que o apóstolo expressa alguns dos eventos
relatados por Mateus, no capítulo 28. Começa com a Ressurreição e termina com a grande
comissão. Marcos 16 estava nos manuscritos originais, cujo assunto jamais foi discutido nem
posto em dúvida até o IV século. Este capítulo de Marcos nunca foi atacado por nenhum
professor espiritual ou de escola. Os profesores da igreja apostata tem atacado este Evangelho
porque são incapazes de produzir sinais semelhantes aos mencionados nele. É assombroso ver
até que grau vão os homens para derrotar aos seus oponentes!
Nossas orações irão em cada página, para que o ???. Nosso propósito é estar mais
apegados à Bíblia e sermos lógicos aos pensamentos que apresentamos.
Nossas orações irão em cada página, para que o estudante possa ser grandemente
iluminado e ajudado em sua conquista da vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Deus.
Nas páginas seguintes trataremos de provar a completa santificação da experiência
cristã, como uma segunda e instantânea obra da graça divina, obtida pela fé por parte dos crentes
plenamente justificados.
Todos os verdadeiros crentes são nascidos de Deus. I Jo. 5:1. Assim mesmo, a
santificação é só para os que têm nascido de novo.
Como uma introdução adequada acerca desta proposição, é necessário referimo-
nos ao pecado e a relação que tem as obras da graça com este último.
Há duas obras da graça, necessárias para a salvação da alma humana, porque o
pecado é duplo em sua natureza, consistindo estas em: 1. a transgressão da lei de Deus e 2. o
estado de perdição e depravação, o qual existe na antureza humana herdada da Adão a todos os
membros de sua raça. Todo aquele que professa a religião cristã, admite quie o pecado está na
transgressão da lei de Deus. Este conhecimento universal de dita verdade nos exclui de toda carga
de prova. Há, como sempre, alguns inexperientes escritores e professores que põem em dúvida a
existência da depravação humana natural. Nem os teólogos cristãos ortodoxos, de proeminência,
tem negado que o pecado existe no ser humano, num estado de corrupção moral, desde seu
nascimento.
DEPRAVAÇÃO NATURAL
Toda criatura da raça de Adão não somente é depravada desde seu nascimento,
como também durante todo o desenrolar de sua existência. As seguintes escrituras declaram que
o homem é pecador por natureza e também na prática: Jr. 17:9; Gen. 6:5; 8:21. O coração é a
fonte de onde fluem todos os pensamentos da vida. E, este, está completamente depravado. O
termo “intenções”, inclui os pensamentos, problemas e inclinações. Esta condição é corrigida
unicamente pelo sangue de Cristo.
Salmo 51:5 – O homem em sua primeira existência, é envenenado pelo princípio
de pecado que existe desde a queda no jardim. O homem não deve ver somente aos atos que
praticou, mas também a disposição que o dirige a violar os Mandamentos de Deus.
Jó 14:4 – Como a palavra “imundo” é universalmente compreendida, pois se
refere a pessoa, então pode entender-se que é impossível a um menino santo ser nascido de pais
não santos. Comentando a este respeito, o Dr. Adam Clark disse: “Todo homem que nasce
dentro deste mundo vem em estado corrupto, em um estado de pecado. Isto é chamado pecado
original, e procede, desde a queda de Adão, cuja raiz alcança, até a última ramificação da família
humana. Nenhum espírito humano é nascido no mundo sem esta corrupção já de natureza.
Todos são impuros e sem santidade”.
Rom. 7:17 – Aqui o apóstolo se refre ao pecado que mora dentro de nós, não aos
que estão anotados no céu. É bom notar a diferença entre os pecados anotados e o pecado por
natureza. O pecado por natureza é imputado. Não fomos nós que o praticamos, mas estamos
condenados por ele. Não é anotado contra nós, mas mora em nós. Não é um fato, é um estado.
Sirva-se de notar o que diz a doutrina metodista acerca disto: O pecado original
não é imposto pelo fato se seguir a Adão na queda. (como os pelagianos falam): é a corrupção da
naturaza de cada homem, – que é naturalmente engendrado da semente de Adão, pelo qual o
homem tem deixado a justificação original, – e sua natureza cega inclinada a pecar, isso
continuamente. Nisto estão se acordo todas as denominações cristãs. Não é razoável,
verdadeiramente, pensar que todos os grandes mestres cristãos, e organizações, têm errado no
assunto da depravação total, e que temos tido de esperar a uns pensadores modernos para
aliarmo-nos a esta questão de tanta importância.
Rom. 6:20 – Aqui o apóstolo está dizendo: “Quando fostes servos do pecado, a
justiça estava completamente ausente de vós, que não estáveis mortos em delitos, como também
em pecado”. A presença do pecado é um estado de morte.
purificado ou alheio ao pecado, o estado de ser purificado. Por favor não esqueça estas
definições.
2. DICIONÁRIO DO SÉCULO
Santificar: fazer santo ou limpo, cerimonial ou moral e espiritualmente; purificar
ou libertar de pecado... Em teologia: o ato da graça de Deus pelo qual as afeições são purificadas
e a alma limpa do pecado e consagrada a Ele. Conformidade do coração e vida à vontade de
Deus. Note que isto é um ato da graça divina, de tal maneira que não pode ser obtido por obras,
nem por crerscimento: é um ato de Deus que limpa de pecado. O perdão e a limpeza não são
idênticos; não podemos dar-lhes o mesmo significado de raciocínio.
3. DICIONÁRIO IMPERIAL
Santificar: fazer santo ou sagrado, separar, dedicar para um uso santo, sagrado ou
religioso. Purificar para preparar-se para um serviço divino e para participar em coisas santas.
Purificar de pecado, fazer santo.
“Santificar”, sempre quer dizer “purificar de pecado”. Nunca quer dizer “crescer
em graça”.
O crente pode abarcar esta experiência gradualmente e pode progredir mais
rapidamente em sua vida cristã depois de haver obtido esta bênção; mas o ato em si é instatâneo
e pode ser obtido a qualquer momento. Em toda a Bíblia não há um versículo que ensine que
somos santificados por meio do crescimento.
4. DICIONÁRIO WORCESTER
Santificar: libertar de pecado, limpar de corrupção, fazer santo.
5. UMA DEFINIÇÃO GERAL
Santificar: fazer-se santo ou sagrado, consagrado, fazer-se piedoso, purificar-se de
pecado. A palavra “piedoso” quer dizer: “ser santo como Deus é santo”. Como pode-se ter amor
para Deus, quem é a essência e expressão as santidades e ser antagonista a santificação a qual nos
faz piedosos ou santos?
6. DICIONÁRIO STANDARD
Santificar: fazer santo, sagrado, moral ou espiritualmente rendido, puro, limpo de
pecado. Santificação especialmente em Teologia: o trabalho bondoso do Espírito Santo pelo qual,
o crente, é livre de pecado e exaltado a uma piedade de coração e vida.
De acordo com esta definição de santificação, é dever do crente recebê-la e por
ela fazer-se puro e limpo de pecado. Este é o “trabalho do Espíriro Santo”, não por obras, ou por
crescimento, ou por morte, ou por purgatório, mas pela obra divinamente realizada em nós pelo
Espírito Santo, mediante a aplicação do sangue de Cristo.
7. DICIONÁRIO LAROUSSE
Santificar: fazer santo, a graça divina santifica. Dedicar a Deus uma coisa.
8. ENCICLOPÉDIA AMERICANA
Santificar: fazer santo ou sagrado, consagrar ou dedicar, purificar de pecado.
Santificação: Tecnicamente um aoperação do Espírito de Deus. Rom. 15:16; Tes. 2:13; I Ped. 1:2.
Eles estão em Jesus, unidos com Ele por fé, (I Cor. 1:2), pelo qual estão rendidos cada vez mais,
santificados, morrendo ao pecado e vivendo para Deus, para a justiça e para a santidade. Rom.
6:6, 11, 13, 19; I Tes. 5:22; I Ped. 2:4, de acordo com esta enciclopédia a experiência de
santificação é recebida pelos que estão já em Jesus. Se isto é verdade, isto é, uma segunda bênção
e obra da graça.
Adam Clark disse, em seu comentário sobre João: “ A palavra “verdade” tem dois
sentidos: 1. significa consagrar, separar-se da terra e do uso comum e dedicar-se a Deus e a seu
serviço. 2. significa fazer santo ou puro. A oração de Cristo pode ser entendida em ambos os
sentidos”.
9. CATECISMO EPISCOPAL METODISTA
“ O ato da graça divina pelo qual fomos feitos santos...” Não é uma experiência
que possa ser alcançada por crescimento, mas por um ato de graça divina”.
10. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
“Todos os que são efetivamente chamados e regenerados, tendo um coração novo
e um espírito novo criado neles, são santificados verdadeira e pessoalmente pela virtude da morte
e ressurreição de cristo, por sua palavra e espírito morando neles.” Aqui outra vez se declara que
a santificação é somente para os chamados e para os regenerados. Se esta experiência é só para os
regenerados, deve ser uma segunda obra de graça.
11. DE JOÃO WESLEY
“A santificação, em seu verdadeiro sentido, é a liberdade instantânea de todo o
pecado, o inclui um poder instantâneo dado para sempre nos aproximarmos de Deus”. O Dr.
Wesley reconheceu que há um aproximamento gradual da bênção, segundo a consagração
humana, mas que a obra divina de liberdade, de todo pecado, é instantânea. Os eruditos mais
proeminentes da fé cristã tem e pregam que esta liberdade não toma o lugar na regeneração.
Cremos em uma liberdade completa de todo o pecado, nesta vida? Bom, então dita liberdade
deve tomar lugar subseqüente a regeneração. Estas bênçãos são para todos os filhos de Deus e
não podem ser recebidas pelo mundo.
12. TEOLOGIA DO DR. POPE
A santificação, em seus princípios e em seus processos e terminação final, é a
extirpação total do mesmo pecado, o qual, havendo reinado no não regenerado, e co-existindo na
nova vida do regenerado, é abolido na pessoa inteiramente santificada.
O Dr. Pope foi um grande teólogo, que é e foi aceito pelos metodistas como um
dos mestres maiores desta denominação.
O Ver. W. T. Mallalier, bispo na igreja metodista, disse: “Desde os primeiros anos
do meu ministério eu tenho sustentado, como Adam Clark, Ricardo Watson, João Feecher e João
Wesley, que a regeneração e santificação completa são separadas e distintas uma da outra, e assim
recebida em diferentes ocasiões, – as duas recebidas pela fé, a última como um privilégio do
crente, como a primeira o é de cada penitente. Isto é claramente possível. Quem entre nós se
atreve a discutir com tais mestres, como esta honorável bispo? Você pode dizer: “ Eles não
foram inspirados”. Tão pouco nós. Eles foram eruditos profundos e muitos de nós não o somos.
Eles amaram a verdade como nós.
13. COMENTÁRIO DE MATHEW HENRY
A oração de Cristo, por todos nós, os que somos dele, é: “Que sejam santos”. São
os filhos de Deus os que tem que ser santificados, não os que não regenerados. Não esqueçamos
que Jesus orou para que fossem santificados seus discípulos. Deus tem que santificá-los pelo
meio provido no sacrifício de Cristo. Não é um processo gradual de obediência e perseverança,
mas um ato de Deus feito pelo sangue de seu unigênito filho.
14. DE SAMUEL RUTHFORD
Este santo presbiteriano escocês admirável, disse: “Devemos amar mais a Cristo
para dar-nos a santificação mais que a justificação”. Isto, em alguns respeitos, significa que maior
é o santificar que o justificar, porque Ele nos faz como ele mesmo, em sua essência representação
e imagem, na santificação. Nos temos referido a este grande mestre, porque ele conhece que a
santificação é uma obra distinta de graça para ser recebida pelo crente inteiramente justificado.
Santificação e Santificar, são palavras derivadas do latim “Sanctus” que significa
“Santo”, - do verbo latino facere que significa “fazer” e a terminação “ion” que significa
claramente “o ato de”. Assim que, a raiz da palavra significa claramente “o ato de fazer-se santo”.
Isto é um ato feito pelo Espírito Santo como sangue da graça. É um ato e não um processo
esquecido em nós.
Muitos outros nomes poderiam ser citados aqui. Não podemos ignorar estes
testemunhos. Que diremos frente a esta coisa?
Sem termos de contradição lógica ou escritural, asseguramos que a natureza
humana está em pecado, especialmente como no princípio de maldade, dentro da natureza do
homem, como um ato de desobediência exterior e transgressão a lei de Deus, tem que haver
obras de graça divina para reconciliação do pecado. O homem nasce em um estado de inocência
diante de Deus, mas com uma natureza que deseja pecar. “Eram por natureza filhos da ira”. Ef.
2:3. O indivíduo não é nenhuma maneira responsável por sua natureza pecaminosa. Não pode
trazer culpa a seu coração porque dita natureza lhe foi imposta sobre ele; daí, não pode
arrepender-se disto.
O perdão e a justificação não tem nada que ver com depravação. O novo
nascimento ou regeneração não a quita da natureza humana. Nunca soubemos de alguém que
tenha ensinado que o princípio de pecado é quitado com o novo nascimento.
Os eruditos do mundo estão de acordo que as palavras “nascer” e “santificar” tem
distintos sentidos. Não podem ser consideradas sinônimos.
A justificação é um ato judicial e é tão instantâneo quanto o ato de firmar
documentos legais. Há processos desenrolando-se para chegar ao novo nascimento, os quais são
lentos e graduais, porém chega o tempo em que a criatura nasce. Na ordem natural podemos
dizer a nossos amigos, o ano, o mês, o dia e a hora em que nossos filhos nasceram. Assim
também é quando temos nascido de Deus, ainda que através de um ato diferente. A imposição da
vida divina, a alma que estava morta na transgressão e em pecado, é imediata ou instantânea. O
novo nascimento não extirpa, mas divide. Não é uma obra negativa, mas uma obra positiva da
graça divina. A santificação é sempre obra negativa, pois quita tudo o que prejudica a nova vida.
Isto está claramente expressado em João 15:2. Leia-o.
Escrituras que provam que a santificação é uma obra instantânea de graça que
deve ser recebida pelos filhos de Deus. Não é para os pecadores, mas para os nascidos de novo:
Jó 15:2; 17:17; At. 26:18; Rom. 5:2; 6:6; 7:24, 25; Ef. 1:4; Heb. 9:13, 14; 13:12 e 10:20.
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12. A natureza humana é completamente depravada ou não?
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13. A santificação é uma obra positiva ou negativa? Por que?
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