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Equilíbrio de fases
O equilíbrio de fases acontece quando as fases presentes em algum sistema apresentam
potenciais químico iguais, já que a variação de energia livre de Gibbs é igual a zero. Nessa
condição as propriedades do material não variam com o tempo.
Em um sistema em que duas ou mais fases coexistem, sem que espontaneamente ocorra
transferência de massa entre as fases, diz se que o sistema se encontra em equilíbrio.
Para um sistema que apenas faz trabalho pV , e como dU = dqrev + dwrev , temos dU
= TdS ̶ pdV, logo a equação acima torna-se:
dG = Vdp ̶ SdT
Esta é uma das mais importantes equações termodinâmicas para descrição se sistemas
químicos e ela nos diz como a energia livre de Gibbs, e, portanto, a posição de equilíbrio,
varia com a pressão e temperatura.
A equação dG = Vdp ̶ SdT implica as variáveis naturais, T e p, de modo que a
condição de espontaneidade é:
(dG)T, p ≤ 0
Assim, a variação de energia de Gibbs, representa o trabalho útil máximo que pode se obter
em uma transformação efetuada a temperatura e pressão constantes.
Para uma possível transformação efetuada a temperatura e pressão constantes, temos:
a) Se ∆G < 0 o processo é espontâneo;
b) Se ∆G > 0 o processo não é espontâneo;
c) Se ∆G = 0 o sistema esta em equilíbrio.
2.1. Dependência da energia livre de Gibbs com a pressão e com a
temperatura
a) Dependência com pressão
A uma dada temperatura constante dT = 0 e
dG = Vdp ou (∂ G/∂ P¿ T = V
Para n mols de um gás perfeito PV = nRT, logo:
dG = nRT. dp/p
para uma mudança na pressão de PA para PB, temos:
∆G = GB ̶ GA = nRT. ∫ dp/ p
∆G = GB ̶ GA = nRT. ∫ P B/ PA
Usualmente nós nos referimos a energia livre de um gás como energia livre padrão, G˚. Esta
é definida como a energia livre de um mol de um gás a uma pressão atmosférica, então:
G = G˚ + RT ln p/p˚
Como p˚ tem valor 1 atmosfera, podemos escrever:
G = G˚ + RT ln p
A fim de que diferentes fases estejam em equilíbrio, muitas condições devem ser satisfeitas,
sendo estas condições estabelecidas em termos de temperatura, pressão e número de mols.
A demonstração a seguir é válida.
Para se obter equilíbrio na fase é necessário que dμi=0 em condições de T, P e nj
constantes em toda a extensão da fase.
Por meio desta equação é possível localizar os limites das fases através de P e T, nas quais
as fases podem coexistir. A condição de equilíbrio entre duas fases α e β é:
Explicitando cada dμ em termos de dT e dP é possível estabelecer a equação do limite de
fase
É uma fórmula matemática que nos permite calcular a variação ou grau de liberdade de um
sistema:
Grau de liberdade (F) é o número de variáveis de estado intensivas que podem ser
variadas independentemente, sem perturbar o número de fases em equilíbrio.
4.1. Obtenção da equação de grau de liberdade
O estado de um sistema constituído por P fases e C componentes tem seus graus de
liberdade (F) obtidos da seguinte forma:
Determina-se o número de variáveis intensivas necessárias para a descrição do
estado do sistema.
Determina-se o número total de relações entre as variáveis.
6.2.1.Uma fase
F = 3 – P = 2 (T e P)
A pressão e a temperatura podem variar independentemente sem modificar o número de
fases, ou seja, uma fase simples é representada por uma área no diagrama de fases.
6.2.2.Duas fases
F = 3 –P = 1 (T ou P univariante)
Se houver variação de temperatura, a pressão é constante; se houver variação de pressão, a
temperatura é constante.
6.2.3.Três fases
F=3 – P =0 (invariante)
É representada pelo ponto tríplice
6.2.4.Quatro fases
Não é possível estabelecer o equilíbrio entre quatro fases quando houver apenas um
componente, ou seja, o número de graus de liberdade (F) não pode ser negativo.
Exemplo:
Os exemplos clássicos de diagramas de fases para sistemas de 1 componente e várias fases
são: H2O (pressões moderadas) (Fig. 5.9) e CO2.
F=C – P +2=1-1+2=2
Áreas (3) – necessita de duas propriedades intensivas para descrever o sistema (temperatura
e pressão).
Linhas (3) – F = 1
Ponto tríplice – F = 0
5. Referências bibliográficas
ATKINS, P. W. Físico-Química. Vol. 1. 6a Ed. Rio de Janeiro: L. T. C. Editora
S.A., 1999;
ATKINS, P. W. Físico-Química. Vol. 2. 6a Ed. Rio de Janeiro: L. T. C. Editora
S.A., 1999;
CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: L. T.
C.Editora S.A., 1986;
Disponivel em <<https//www.infoescola.com/equilibrio de fases, fisico-quimico,
acesso em 09/03/2019 as 11h e 51min.
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