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Abdurremane Victor Armando

Fibras, Plásticos e Elásticos.

Química Técnica

Licenciatura em Ensino de Química e Habilitações Em Laboratório

4º Ano

Universidade Licungo

Beira

2021
Abdurremane Victor Armando

Fibras, Plásticos e Elásticos.

Licenciatura em Ensino de Química e Habilitações Em Laboratório

4º Ano

Trabalho a ser entregue na Faculdade


de Ciências Naturais e Tecnologias, no
Departamento de Química na cadeira
de Química Técnica, com fins
avaliativos.

Mcs: Ana Dailda Felizardo.

Universidade Licungo

Beira

2021
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4

1. Fibras têxteis ........................................................................................................................... 5

1.1. Tipos de Fibras .................................................................................................................... 5

1.1.1. Desenvolvimento Industrial das fibras químicas no mundo ............................................. 6

2. Plásticos .................................................................................................................................. 6

2.1. Principais Plásticos .............................................................................................................. 6

2.2. Métodos técnicos da produção dos plásticos ....................................................................... 9

3. Elásticos ................................................................................................................................ 10

3.1. Tendências da produção do Elástico ................................................................................. 10

3.1.1. Peças oferecidas pela indústria de elásticos e suas especificidades ............................... 10

Conclusão ................................................................................................................................. 11

Bibliografia ............................................................................................................................... 12
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Introdução

O papel das fibras químicas como um dos elementos estratégicos para a melhoria da
competitividade da indústria têxtil brasileira no mercado nacional e mundial é analisado neste
trabalho. Uma descrição técnica sucinta das fibras químicas mais utilizadas na indústria têxtil
no mercado internacional e brasileiro é realizada. O confronto fibras químicas globalização da
economia e transferência de tecnologia. Demonstra-se que o mercado de fibras químicas é
extremamente interessante para a investigação dos efeitos de globalização da economia.
Conclui-se que uma considerável redução da produção brasileira de fibras químicas como
consequência direta da ação da concorrência asiática pode tornar a indústria têxtil brasileira
refém de oscilações de preço no mercado internacional de fibras químicas, e na prática
constituir mais um entrave à sua competitividade internacional.
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1. Fibras têxteis

Entende-se por fibra têxtil qualquer substância, natural ou química, que possua um
comprimento muito superior a sua espessura, com características adequadas para a fiação e
posterior tecelagem. Podem ser contínuas ou descontínuas. As fibras contínuas possuem um
comprimento grande como, por exemplo, a seda (fibra natural) e o não naturais (ou sintéticas)
que são desenvolvidas de acordo com a necessidade do fabricante. Logo, as fibras
descontínuas são as que possuem comprimento limitado a alguns centímetros. (ARAÚJO;
MELO E CASTRO, 1984).
1.1. Tipos de Fibras

É comum agruparem-se as propriedades das fibras em três classes, designadamente, em


propriedades morfológicas e geométricas, propriedades físicas e propriedades químicas.
Classificadas quanto à sua origem, podem ser naturais ou químicas (PEZZOLO, 2007):
 Fibras naturais
Podem ser de origem vegetal, (semente, caule, folha e fruto), animal (derme ou secreção) ou
mineral (asbesto);
 Fibras químicas
As fibras químicas foram desenvolvidas inicialmente com o objetivo de copiar e melhorar as
características e propriedades das fibras naturais. À medida que suas aplicações foram se
desenvolvendo, elas se tornaram uma necessidade, principalmente porque o crescimento da
população mundial passou a demandar vestuários confeccionados com rapidez e a um custo
mais baixo, reduzindo, ao mesmo tempo, a vulnerabilidade da indústria têxtil tis eventuais
dificuldades da produção agrícola.
Nenhuma fibra isoladamente, seja química ou natural, preenche todas as necessidades da
indústria têxtil, mas a mistura de ambas, notadamente o algodão, proporciona melhor
desempenho, resistência, durabilidade e apresentação.
Classificam-se em regeneradas (viscose, modal e liocel), modificadas (acetato), sintéticas
(poliamida ou náilon, poliéster, polipropileno, acrílico e poliuretano) e inorgânicas (fibra de
vidro, carbono, etc).
As fibras produzidas pelo homem são fabricadas por meio de polímeros naturais ou sintéticos,
diluídas em um solvente apropriado ou fundidas. As sintéticas são obtidas por meio de
polímeros originados da cadeia petroquímica. As fibras regeneradas são desenvolvidas a partir
da celulose, que é um polímero existente na natureza, como é o caso da viscose (ou seda
artificial) (KUASNE, 2008).
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1.1.1. Desenvolvimento Industrial das fibras químicas no mundo

Em termos gerais, o crescimento da produção das fibras químicas a nível mundial tem sido
pouco significativo e com tendências a decrescer. De fato, em 1995 o crescimento mundial foi
de apenas 3%, inferior ao de anos precedentes. Enquanto a produção da Europa Ocidental
decresceu de 3%, a dos Estados Unidos aumentou de apenas 1% e a do Japão de 2%, a
produção nas “outras regiões” foi cerca de 5% superior a de anos anteriores, uma
consequência da estratégia de mundialização atual das empresas produtoras de fibras químicas
(ver nota de rodapé 2). No entanto, a América Latina, que faz parte das “outras regiões”,
apresentou um aumento da produção de apenas 2%, de onde pode se inferir que o crescimento
de produção mais significativo ocorre em países asiáticos [NOBEL (1996)].
Atualmente, o fato mais marcante no mercado de fibras químicas tem sido a crescente
participação dos países asiáticos na produção mundial. Em 1991, a produção mundial de 19,3
milhões de toneladas de fibras químicas tinha participação preponderante dos Estados Unidos,
Japão e CEE (ver Fig. 4); nos dias atuais a China, a Coréia do Sul e Taiwan são responsáveis
por cerca de 30% do total da produção mundial de fibras químicas. O nível de produção nos
Estados Unidos (EUA) tem se mantido estável, enquanto o do Japão tem registrado um
pequeno declínio (hoje sua produção é de cerca de 8% da produção mundial).
2. Plásticos

A palavra plástico deriva do grego plastikos, “próprio para ser moldado ou modelado”. De
acordo com o Dicionário de Polímeros (Andrade et al., 2001), plástico é o “termo geral dado
a materiais macromoleculares que podem ser moldados por ação de calor e/ou pressão”. Os
plásticos possuem unidades químicas ligadas covalentemente, repetidas regularmente ao
longo da cadeia, denominadas meros.
Os plásticos são materiais orgânicos poliméricos sintéticos, de constituição macrocelular,
dotada de grande maleabilidade, facilmente transformável mediante o emprego de calor e
pressão, e que serve de matéria-prima para a fabricação dos mais variados objetos. A matéria-
prima dos plásticos geralmente é o petróleo. Este é formado por uma complexa mistura de
compostos.
2.1. Principais Plásticos

2.1.1. Polietilenos – PE
 Frascos, tampas, filmes agrícolas
 Recobrimento de fios e cabos, revestimento de Tetra Pak
 Filmes para empacotamento automático de leite, suco, iogurte.
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 Filmes para alimentos, filmes termo contráteis, sacarias em geral.


 Utilidades domésticas, brinquedos.
2.1.1.1. Polietileno de alta densidade – PEAD (HDPE).
 Sacolas, bobinas picotadas, sacarias em geral
 Back sheet de absorventes higiênicos e fraldas
 Tampas para bebidas, caixas de uso geral, coletores de lixo
 Frascos para alimentos, cosméticos, higiene e limpeza
 Garrafeiras, peças técnicas, recipientes para alimentos, brinquedos
2.1.2. Polipropilenos – PP
 Peças de parede fina, caixas de DVD, brinquedos, eletrodomésticos.
 Tampas com lacre, flip-top, utilidades domésticas de parede fina.
 Embalagens transparentes para alimentos e cosméticos
 Frascos; copos e pratos descartáveis; chapas planas e corrugadas.
 Fibras para tapetes, filmes para balas e bombons.
2.1.3. Poliestirenos – PS e seus derivados
 Faróis e lanternas
 Lentes para semáforos
 Embalagens
 DVDs
 Chapas
 Telhas
 Escudos para policiais
 Capacetes
2.1.4. Policloreto de Vinila – PVC
 Filmes para embalar alimentos
 “Couro” sintético para confecção de bolsas, revestimentos de estofados
 Calçados/solados
 Brinquedos: bolas, bonecos, piscinas (infláveis em geral)
 Móveis
 Revestimentos de fios e cabos
 Construção civil: pisos laminados, perfis, tubos e conexões, forros, esquadrias de
portas e janelas.
 Medicina: cateteres, bolsas para sangue, mangueiras.
 Lonas
 Cartões magnéticos
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 Mangueiras para líquidos diversos e gases


 Frascos
 Indústria automobilística
2.1.5. Polimetacrilato de metila – PMMA
 Faróis, lanternas, triângulos de segurança (automobilística)
 Construção civil: pias, cubas, tampas de vasos sanitários,
 peças decorativas
 Lentes de contato
 Lentes de óculos
 Displays para propaganda
 Luminosos para propaganda
 Aquários
 Próteses dentárias
 Visores em máquinas e equipamento
2.1.6. Polietileno tereftalato – PET
 Garrafas para bebidas em geral
 Frascos para alimentos, cosméticos e produtos de limpeza
 Peças para eletrodomésticos e eletrônicos
2.1.7. Poliamidas – PA
 Eletrônicos
 Peças técnicas: bombas, válvulas, polias, engrenagens.
 Automobilística: tampas do tanque de combustível, do radiador, dos reservatórios de
água, óleo e fluido de freio, mangueiras para transporte de combustível, filtros,
calotas, hélices de ventilador, painéis, coletor de ar, sistema de combustível.
 Têxtil: tecidos sintéticos, tapetes.
 Monofilamentos: cerdas, fios para pesca, cabelo para boneca,
 Cabelo para peruca
 Indústria aeroespacial
 Coletes à prova de balas
2.1.8. Polibutileno tereftalato – PBT~
 Automobilística: peças do sistema de freio, peças do cinto de segurança, painéis etc.
 Eletrônicos: interruptores, teclados, comutadores, soquetes, tomadas.
 Eletrodomésticos: cabos, peças de aspiradores de pó, de liquidificadores,
processadores, mixers, cafeteiras etc.
]
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2.1.9. Policarbonatos – PC
 Faróis e lanternas
 Lentes para semáforos
 Embalagens
 DVDs
 Chapas
 Telhas
 Escudos para policiais
 Capacetes
2.1.10. Polioximetilenos (Poliacetais) – POM
 Peças para cinto de segurança
 Engrenagens
 Válvulas
 Peças técnicas
 Peças do sistema de combustível
2.2. Métodos técnicos da produção dos plásticos

Entretanto, vale lembrar que o plástico tem sua origem na indústria petroquímica, que
transforma a nafta2 em insumos petroquímicos, que por sua vez são polimerizados em resinas
(polietileno, polipropileno, poliestireno, policloreto de vinila, tereftalato de polietileno,
copolímero de etileno, acetato de vinila, etc), sendo estas utilizadas como materia-prima
principal no processo de transformação do plástico (ABIPLAST, 2014a).
Os principais processos produtivos utilizados na produção de transformados plásticos são a
 Extrusão,
 Injeção,
 Rotomoldagem,
 Emulsão e
 Transformagem a vácuo.
De forma geral, no caso das resinas termoplásticas, todos esses processos relacionados
consistem basicamente de fundir as resinas, e transformá-las em um produto, a partir de um
molde/matriz.
Segundo o IBGE (BRASIL, 2012), somente os processos de extrusão e injeção respondem
por mais de 80% da produção de artigos plásticos no Brasil. A extrusão é um processo
executado especialmente para fabricação de perfis para esquadrias de janelas e tubos
(construção civil), tanques de combustível, fios e cabos elétricos recobertos (indústria
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automobilística). O processo de injeção é destinado para produtos mais nobres, que


necessitam de detalhes específicos, como roscas, furos e encaixes perfeitos, a exemplo de
peças automobilísticas e aeroespaciais. Os processos de industrialização do plástico estão em
constante evolução, com máquinas cada vez mais precisas moldes elaborados e tecnologias
mais sofisticadas.
3. Elásticos

Os elásticos intermaxilares são utilizados há muito tempo na prática clínica, para correção da
relação intermaxilar de Classe II ou III. As maiorias dos utilizados são do tipo sintético, ou
seja, um polímero quimicamente desenvolvido que supre a possibilidade de ser colorido, de
fabricação facilitada e também evita à hipersensibilidade de pacientes ao látex.
Há diversas marcas, com variações em diâmetro e espessura. As variações em diâmetro
atendem à necessidade de se utilizar os elásticos em diferentes indicações, em que as
extremidades de apoio têm diferentes distâncias, trazendo versatilidade de força para a
aplicabilidade clínica .
3.1. Tendências da produção do Elástico

A indústria de elásticos é um setor de atendimento muito amplo, porém, seus principais


produtos são direcionados para aplicação em: pastas organizatórias, caixas de presente,
agendas, amarração de Tag ou outros itens geralmente encontrados em papelarias.
Como essas peças devem combinar com a aplicação desejada, uma das garantias pela
indústria de elásticos é a produção personalizada e variada. Assim, o cliente pode equilibrar
qualidade física nos produtos com o tipo de design desejado.
3.1.1. Peças oferecidas pela indústria de elásticos e suas especificidades

Como exemplo dos produtos produzidos da indústria de elásticos há os cordões de elástico e


silicone. Os cordões de elástico são compostos de 70% látex e 30% poliéster, com
acabamentos diversos em ponteira metálica, elástico com Lurex, enrolado em carretéis,
tubinho ou tubão. Esses acabamentos elaboram os principais modelos pela indústria de
elásticos, como:
 Fino;
 Fininho;
 Intermediário;
 Roletes em números 1, 2, 3, 4 e 5
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Conclusão

As fibras têxteis são elementos filiformes caracterizados pela flexibilidade, finura e grande
comprimento em relação à dimensão transversal máxima sendo aptas para aplicações têxteis. Existem
fibras descontínuas e contínuas. As primeiras possuem o comprimento limitado a alguns centímetros,
enquanto as contínuas têm um comprimento muito grande, sendo esse comprimento limitado devido a
razões de ordem técnica. Tanto o aspecto das fibras como o brilho e o toque são dependentes da sua
forma e da superfície. As fibras com seção quase circular, como é o caso da lã, têm um toque mais
agradável, conferindo uma melhor sensação de conforto do que uma fibra como o algodão, que
apresenta uma seção chata como uma fita. Uma seção em osso de cão, como a que apresenta a fibra de
Orlon (fibra acrílica) confere igualmente um toque muito agradável.O futuro dos plásticos se
mistura um pouco com o próprio futuro da humanidade, e com certeza ainda teremos muitos
capítulos nessa história.

O que se pode dizer é que, tendo em vista o interesse despertado pelos plásticos
biodegradáveis, e pressionadas por apelos populares para a redução da utilização dos plásticos
convencionais, as indústrias terão que viabilizar o plástico biodegradável no mercado, e quem
sabe conviveremos um pouco mais em harmonia com nosso meio ambiente.
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Bibliografia

ANDRADE, C.T.; COUTINHO, F.M.B.; DIAS, M.L.; LUCAS, E.F.; OLIVEIRA, C.M.F. e TABAK,
D. Dicionário de polí- meros. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2001. p. 116. BAKER OIL CO.
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BENN, F.R. e McAULIFFE, C.A. Quí- mica e poluição. Trad. L.R.M. Pitombo e S. Massaro. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1981. p. 28-31
PROCESSOS TÊXTEIS. Fibras Têxteis. Disponível em: http://www.troficolor.pt/. Acesso em:
dez/2012.
QUEIROZ, R. S. Aplicabilidade de Fibras Vegetais Alternativas Brasileiras na
Produção de Materiais Têxteis. 2007. 51 p. Monografia (Iniciação Científica CNPq - Escola de Artes,
Ciências e Humanidades) - Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), 2007.
WIEBECK, H.; HARADA, J. Plásticos de engenharia: tecnologia e aplicações. São
Paulo: Editora Artiber, 2005. 349 p.

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