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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS


COLÉGIO AGRÍCOLA VIDAL DE NEGREIROS
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

MATEUS FELIPE OLÍMPIO MARINHO

PROPOSTA DE PROJETO AGRÍCOLA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


CONSÓRCIO DE MILHO E FEIJÃO NO ASSENTAMENTO VÁRZEA
GRANDE, RIACHÃO – PB

Bananeiras – PB
Novembro/2021

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MATEUS FELIPE OLÍMPIO MARINHO

PROPOSTA DE PROJETO AGRÍCOLA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


CONSÓRCIO DE MILHO E FEIJÃO NO ASSENTAMENTO VÁRZEA
GRANDE, RIACHÃO – PB

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado


àCoordenação do Curso Técnico em Agropecuária
doColégio Agrícola Vidal de Negreiros, Centro de
CiênciasHumanas, Sociais e Agrárias, Campus III da
Universidade Federal da Paraíba, em comprimentoàs
exigências para a obtenção do grau de Técnico em
Agropecuária.

Orientado (a): Alex da Silva Barbosa

Bananeiras – PB
Novembro/2021

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MATEUS FELIPE OLÍMPIO MARINHO

PROPOSTA DE PROJETO AGRÍCOLA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


CONSÓRCIO DE MILHO E FEIJÃO NO ASSENTAMENTO VÁRZEA
GRANDE, RIACHÃO – PB

Aprovado em: 1 de junho de 2021


Conceito: 10,0

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________
Prof. Dr. Alex da Silva Barbosa
CAVN/CCHSA/UFPB
Orientador

__________________________________________________
João Henrique Constantino Sales Silva
PPGCAG/CCHSA/UFPB
1º Examinador

___________________________________________________
Edmilson Costa da Silva
CCHSA/UFPB
2º Examinador

Bananeiras – PB
Junho/2021

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DEDICATÓRIA

Primeiramente a Deus por ser a luz, que me iluminou nessa trajetória e ao


professor Marcelo Luís Gomes Ribeiro por me incentivar a concluir o curso Técnico em
Agropecuária.

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AGRADECIMENTOS

Venho fazer meus agradecimentos a todos que estavam comigo nessa jornada de três
anos, de muitas lutas, sofrimentos, felicidades e principalmente aprendizado. Agradeço
a minha família por ter acreditado em minha capacidade, agradeço a meus amigos por
está do meu lado. A todos que estava comigo na universidade, e dedico esse meu
esforço a minha avó, que hoje se encontra no céu, mais estava todos os dias cuidando de
mim, mesmo à distância. E de alguma forma me dando forças.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................7
2. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES..........................................................9
3.1. Local do estágio......................................................................................................9
3.2. Etapas do plantio.....................................................................................................9
3.2.1. Selecionar o local.............................................................................................9
3.2.2. Preparo do solo...............................................................................................10
3.2.3. Adubação........................................................................................................10
3.2.4. Escolha das sementes.....................................................................................10
3.2.5. Semeadura......................................................................................................11
3.2.6. Espaçamento..................................................................................................11
3.3. Tratos culturais.....................................................................................................12
3.4. Colheita.................................................................................................................12
3.5. Produção estimada................................................................................................12
3.6. Despesas com o plantio.........................................................................................13
3.7. Monitoramento de pragas e doenças.....................................................................13
3.7.1. Lagarta do cartucho........................................................................................13
3.7.2. Percevejo castanho.........................................................................................13
3.7.3. Ferrugem........................................................................................................14
3.7.4. Mancha de fusarium.......................................................................................14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................15
5. REFERÊNCIAS.......................................................................................................15

1. INTRODUÇÃO
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A pesquisa realizada na cidade de Timbaúba-PE, localizado na zona
mata de Pernambuco tem como objetivo desenvolver a produção da
macaxeira, em uma propriedade de 5 hectares, baseado no plantio da
macaxeira.
O espaçamento no cultivo da mandioca depende da fertilidade do solo, do
porte da variedade, do objetivo da produção (raízes ou ramas), dos tratos
culturais e do tipo de colheita (manual ou mecanizada), em solos mais
férteis deve-se aumentar a distância entre fileiras simples para 1,20 m.

QUAL A MELHOR ÉPOCA DE PLANTIO?

A melhor época de plantio é o início do período chuvoso, o que é de


fundamental importância para assegurar uma boa produtividade.

COMO DEVE SER FEITA A ESCOLHA DA VARIEDADE PARA


PLANTIO?
A escolha da variedade é uma decisão muito importante. Deve-se observar bem
as características das diversas variedades recomendadas, porque elas afetam a condução
da lavoura, o rendimento das raízes e até a comercialização. Deve-se ter o cuidado de só
plantar em cada região as variedades para ela

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2. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

3.1.Local do estágio
Este trabalho faz parte de um projeto para a instalação de um consórcio de milho
e feijão que será instalado no assentamento Várzea Grande, Riachão – PB, mais
especificamentena propriedade do senhor Manoel Ribeiro da Silva. Para o cultivo
dessas culturas será necessário fazer o planejamento antes da instalação para saber o
tamanho que o plantio vai ocupar na propriedade, quais variedades vão ser utilizadas,
verificar o tipo de solo da área e saber a melhor época do plantio com base no período
chuvoso da região (Agreste).
O assentamento Várzea Grande, situado no município de Riachão, PB, possui 45
famílias associadas. O assentamento tem 1.423 hectares. A maior parte da produção de
grãos gerada pelas famílias fica guardada para ser utilizada durante todo ano, para o
consumo das famílias e para plantar no ano seguinte, o excedente é vendido em feira
livre domunicípio para complementar a renda das famílias.

3.2. Etapas do plantio

3.2.1. Selecionar o local


Para que as culturas possam se desenvolver bem, o local onde o consórcio será
feito é razoavelmente plano, com uma leve declividade, solo fértil e bem drenado, a área
tem um total de 2 hectares.

3.2.2. Preparo do solo


Para preparar o solo pra receber as sementes vai ser utilizado um trator acoplado
com uma grade para a realização da gradagem (Figura 1).
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Figura 1. Solo pronto para a semeadura após gradagem, Várzea Grande, Riachão – PB,
2021.

3.2.3. Adubação
Na comunidade, os agricultores não tem o hábito de adubar o solo por falta de
conhecimento sobre o desenvolvimento das culturas. Contudo, seria ideal se os
assentados utilizassem esterco bovino curtido. Portanto, como todos os agricultores
criam gado, se eles adotassem a adubação com o esterco bovino curtido não iam ter
acréscimos no custo de produção, e consequentemente, adotando esse método vão ter
maior produtividade.

3.2.4. Escolha das sementes


As sementes da paixão foram escolhidas para o plantio devido ao fato de que
essas quando foram introduzidas pelos primeiros moradores, do assentamento, eles
perceberam que essas sementes tiveram ótima adaptação ao clima e tipo de solo da
localidade. As sementes da paixão são passadas de geração em geração porque
apresentam boa produtividade.

3.2.5. Semeadura
Para a semeaduraserá necessário a participação de no mínimo seis
pessoas.Tendo em vista que na comunidade todos os assentados trabalham com a
agricultura familiar, com a chegada do período chuvoso da região, cada grupo familiar

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se reúne para realizar a semeadura. A semeadura das sementes ocorre a lanço como é de
costume no assentamento (Figura 2).

3.2.6. Espaçamento
O espaçamento será de 0,80m entres as linhas, e 0,80 m entre plantas. Os
agricultores utilizam esse distanciamento entre as plantas e entre as linhas para facilitar
o manejo, sobretudo (capina e colheita).

Figura 2. Escolha das sementes da paixão e semeadura do milho e do feijão (plantio


consorciado)no Assentamento Várzea Grande, Riachão – PB,2021.

3.3. Tratos culturais


Acapina (Figura 3) é realizada uma vez a cada ciclo das culturas para eliminar as
plantas daninhas para que não haja competição de nutrientes, e para facilitar no
momento da colheita. Durante a realização da capina será utilizado vinte trabalhadores
cada qual com uma enxada para realizar o trabalho manualmente da retirada das plantas
espontâneas.

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Figura 3.Espaçamento entre plantas e tratos culturais (capina seletiva),
Assentamento Várzea Grande, Riachão – PB 2021.

3.4. Colheita
A colheita começar quando todas as plantas estiverem secas. Esse processo
ocorre primeiramente com a colheita do feijão, porque o ciclo dessa cultura é mais curto
em relação ao do milho, sendo este colhido em seguida.

3.5. Produção estimada


Estima-se produzir 50 sacos (60k) de milho que serão vendidos por R$ 120,00
reais cada saco, totalizando cerca de R$ 6.000,00 reais. Já o feijão espera-se colher 40
sacos (60k), que serão vendidos por R$ 400,00 reais cada saco, totalizando
aproximadamente de 16.000,00 reais. Portanto, a produção vai gerar um saldo em torno
de R$ 22.000,00reais, cerca de R$ 1.540,00 de despesas e um lucro no valor de R$
20.460,00 reais.

3.6. Despesas com o plantio


Será necessário realizar a gradagem, para isso, vai ser preciso contratar um
tratorista para realizar o trabalho. Também será necessário seis trabalhadores para a
semeadura e vinte trabalhadores para a capina.
 Trabalhadores: 6 trabalhadores; foram utilizados 6 (seis) trabalhadores durante 1 dia
para realizar a semeadura; a diária foi deR$ 50,00 reais cada;
 Trabalhadores: 20 trabalhadores; foram utilizados 20 (vinte) trabalhadores durante 1
dia para realizar a capina, a diária foi de R$ 50,00 cada;

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 Tratorista: 2 (duas) horas de trabalho; cada hora custou R$ 120,00;

Tabela 1. Despesas fixas com materiais e serviços para o plantio.


Materiais e serviços Quant. Valor unitário Subtotal
Trabalhadores 6 pessoas R$ 50,00 R$ 300,00
Trabalhadores 20 pessoas R$ 50,00 R$ 1.000,00
Tratorista 2 horas R$ 120,00 R$ 240,00
Total R$ 1.540,00

3.7. Monitoramento de pragas e doenças

3.7.1. Lagarta do cartucho


Spodopterafrugiperda é a principal praga da cultura do milho no Brasil,
ocorrendo em todas as regiões produtoras, essa espécie ataca preferencialmente o
cartucho, mais também ataca a base da planta, atingindo o crescimento, todos os anos
esse inseto aparece no milho.
Controle: Tratamento de sementes, para controle nas fases iniciais da cultura, e
aplicação de inseticidas sistêmicos, que controlam bem a praga quando as condições de
suprimento de água são satisfatórias. Em condições de déficit hídrico, os tratamentos
anteriores devem ser suplementados com pulverizações direcionadas para a região do
cartucho. Recomenda-se o uso de produtos registrados para as culturas.

3.7.2. Percevejocastanho
A ocorrência doAtarsocorisbrachiariaeé esporádica de manejo para impedir os
danos desta praga no milho.
Danos: As ninfas e os adultos se alimentam nas raízes e sugam a seiva. O ataque
severo causa o definhamento e morte da planta. Os sintomas de ataques variam com a
intensidade e época do ataque e muitas vezes são confundidos com deficiência
nutricional ou doença da planta.
Controle: O controle biológico com o fungo Metarhiziumanisopliae apresenta
bons resultado.

3.7.3. Ferrugem
Danos: Os sintomas na cultura do feijão podem ocorrer nas vagens e hastes, mas
predominam nas folhas, sendo visíveis cerca de 6 dias após a infecção na forma de

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pequenas pontuações esbranquiçadas e levemente salientes. Estas pontuações aumentam
ligeiramente em diâmetro e tornam-se amarelas. Aos 7-9 dias as lesões rompem-se,
formando pústulas pardo-avermelhadas. Cercade 10-12 dias após a infecção, os
sintomas típicos, caracterizados por pústulas de 1-2 mm de diâmetro, com abundante
produção de uredósporos, comumente circundados por halo clorótico.
Controle: Recomenda-se a rotação de cultura, remoção de restos culturais e
eliminação de plantas voluntárias hospedeiras visando à redução do inoculo inicial. O
ajuste da época de plantio de modo a evitar ocorrência de longos períodos de umidade e
temperaturas favoráveis à infecção durante o pré-florescimento ou florescimento tem
reduzido os danos causados pela doença em algumas regiões. O controle da ferrugem
através da resistência genética é prejudicado devido à grande variabilidade patogênica
do agente causal. O controle químico deve ser realizado com o aparecimento das
primeiras pústulas, em regiões de alta incidência. 

3.7.4. Mancha de fusarium


Danos: No campo, observa-se a formação de reboleiras, e quando as plantas são
severamente atacadas, elas secam e morrem. A extensão da área atingida é variável, pois
o patógeno pode afetar algumas plantas ou até 80% da área. A infecção ocorre na fase
inicial da planta e leva a redução de crescimento.O sintoma típico da doença é a murcha
e/ou o amarelecimento, iniciando de baixo para cima na planta, facilmente observados
na fase de pré-florescimento ou enchimento de grãos. Posteriormente, as folhas ganham
coloração amarelo-claro, entrando em senescência prematura. O sistema vascular
apresenta coloração pardo-avermelhado devido à obstrução e colonização do patógeno.
Sobre os ramos das plantas, em fase adiantada da doença, observa-se a presença de uma
massa cotonosa branca ou rosada, constituída de micélio e conídios do patógeno,
principalmente nos locais mais úmidos.As lesões são aquosas, e a contaminação da
semente ocorre superficialmente. No sistema radicular, observa-se a descoloração dos
vasos.
Controle: O controle da referida doença torna-se extremamente difícil e, muitas
vezes, impossibilitado. Para diminuir a quantidade de inoculo e a severidade da doença,
recomenda-se a rotação de cultura com plantas não hospedeiras, queima dos restos de
cultura quando houver presença do patógeno, utilização de sementes sadias e a não
utilização de máquinas e implementos procedentes de áreas infestadas.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O consórcio com milho e feijão é viável economicamente e configura-se como


estratégia para segurança alimentar no Assentamento Várzea Grande, em Riachão – PB.
Durante o estágio remoto coube ao discente elaborar um projeto com base nos
conhecimentos adquiridos longo do curso técnico em agropecuária.
A realização do estágio atendeu as expectativas de forma positiva, pois foi de
suma importância para a capacitação profissional do discente.

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4. REFERÊNCIAS

REVISTA GLOGO RURAL. Disponível em:


<http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Milho/noticia/2017/11/plantio-do-
milho-chegou-812-da-area-ate-o-dia-17.html >. Acessado em: 08 de Abril de 2021.

REHAGRO. Disponível em: <https://rehagro.com.br/blog/feijoeiro-comum-no-brasil-origem-e-


historico-do-cultivo/>. Acessado em 06 de Maio de 2021.

NOTÍCIASAGRÍCOLAS. Disponível em:


<https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/milho/173865-milho-e-uma-das-principais-
fontes-de-alimento-do-brasileiro-com-importancia-estrategica-no-
agronegocio.html#.YJqCK_lKjIU>. Acessado em 11 de Maio de 2021.

CEASAPE. Disponível em: <https://www.ceasape.org.br/noticias/a-importancia-do-feijao-na-


agricultura brasileira#:~:text=O%20Brasil%20%C3%A9%20o%20maior,da%20%C3%8Dndia
%20e%20da%20China.&text=Na%20alimenta%C3%A7%C3%A3o%2C%20o%20feij
%C3%A3o%20%C3%A9,B)%2C%20carboidratos%20e%20fibras>. Acessado em 11 de Maio
de 2021.

EMBRAPA. Disponível em:


<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/57157/1/Circ-4-Consorciacao-
milho.pdf>. Acessado em 11 de Maio de 2021.

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