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Diário Espiritual para o tempo do Natal

Padre Mario Augusto Sartori


Como usar este e-book?

A cada dia você terá o Evangelho do dia para refletir e rezar. Vou propor uma
pequena reflexão e algumas perguntas para facilitar a meditação da Palavra. Interaja
com as perguntas respondendo a cada uma, de preferência por escrito. Vale a pena
você imprimir e encadernar este e-book para depois guarda-lo como um caderno de
oração.
É interessante ter um lugar e um horário fixo para este momento de oração.
Monte um altar, um cantinho de oração, coloque uma música que te ajude a rezar enfim,
seja dócil ao Espírito Santo que nos inspira!

Como rezar com a palavra de Deus?


Ler a Bíblia é se encontrar com uma pessoa! Você estará a sós com Aquele que
se fez carne e habitou entre nós! Acalme seu coração, respire, faça silêncio dentro e
fora de você, invoque o Espírito Santo e leia com atenção o texto até você entender o
que o texto Sagrado diz em si mesmo. Repare nas palavras e nos personagens.
Depois medite e reflita sobre as coisas que você entendeu, sobre as verdades
que o texto nos ensina, é momento de reflexão, de esforço intelectual. Para isso você
terá uma breve meditação que eu escrevi e também vale a pena acompanhar a homilia
diária no meu canal no YouTube.
Em seguida você tem algumas perguntas para responder. Elas não esgotam o
texto. Estão ali como provocações para você encaixar a Palavra no cotidiano da sua
vida. Respondida as perguntas temos um momento chamado “OREMOS” onde escrevi
uma breve oração para inspirar a sua, mas você pode ir muito além do que esta ali!
.
Vamos rezar juntos?

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01 de dezembro, quarta-feira
1ª Semana do Advento

Evangelho: Mt 15,29-37

Naquele tempo, Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha, e sentou-
se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos,
mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O
povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos
andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel.

Jesus chamou seus discípulos e disse: “Tenho compaixão da multidão, porque já faz três
dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome,
para que não desmaiem pelo caminho”.

Os discípulos disseram: “Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão
grande multidão?” Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete, e
alguns peixinhos”. E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou
os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos,
às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os
pedaços que sobraram.

— Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

Para meditar:

O evangelho de hoje nos fala sobre o banquete eucarístico. Essa é a segunda


narração da multiplicação dos pães, desta vez, no livro de São Mateus. Jesus se
compadece da multidão e nos ensina a missão da igreja e aquilo que Ele quer ser para
nós.
Em um primeiro momento, temos o Jesus mestre, misericordioso, que cura e
ensina, acolhendo uma numerosa multidão de necessitados que buscam nEle suas curas e
libertações. “Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou.” Aos pés de Jesus é
onde tudo acontece.
Em segundo momento, Jesus quer dividir com seus discípulos o seu coração.
“Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para
comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho”.
Ao testemunharem tantos sinais e prodígios, Jesus se esforça para que os discípulos
entendam e deixem crescer dentro deles um coração semelhante ao seu. Muitas vezes nós
só “assistimos” Deus, “assistimos” a religião, mas o nosso coração não se assemelha ao
coração de Jesus, quando diz respeito ao próximo.
Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?”. A pergunta de Jesus para você e para
mim hoje é: O que você tem? A solução das coisas não começa no que nós gostaríamos
de ter e sim naquilo que temos. O nosso pouco nas mãos certas produz milagre. O nosso
pouco, desde que seja dado a Cristo, sem reservas, é capaz de ser multiplicado.
O evangelho também nos traz a imagem e a importância da igreja, do sacerdócio,
dos sacramentos. “(...) pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava

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aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Veja, passa primeiro pelos discípulos aquilo
que vai chegar ao povo, ou seja, passa pela igreja, pelo sacerdote, pelos sacramentos. E o
pão, que é Cristo, o Cristo palavra, o Cristo Eucaristia é para todos os povos e nações.
Nós precisamos ter abertura de coração para nos colocarmos aos pés do Senhor,
mas também para ajudar àqueles que hoje estão coxos, aleijados, cegos, mudos, doentes.
Apresentar-nos ao Jesus que proclama, ensina, toca, cura e que se dá em alimento a cada
um de nós pelo pão eucarístico.

Para refletir:

1- No início do Evangelho de hoje, notamos que as pessoas iam até Jesus e levando
consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Fazer a
experiência do Diário Espiritual, de ouvir a homilia diária e, sobretudo, de
participar da Santa Missa é um modo de ir até Jesus. Mas vimos que as pessoas
que iam até Jesus não iam sozinhas. E você, tem levado até Jesus os “coxos”,
“aleijados”, “cegos” ou você tem vivido essa experiência sozinho (a)? Quantas
vezes você buscou em Jesus a cura para os seus problemas, mas quando o
problema é com o outro você foi indiferente? Você tem sido alguém que leva as
pessoas até Jesus?
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2- Para que o milagre da multiplicação fosse realizado, Jesus quis contar com a
participação dos discípulos. “Jesus perguntou: ‘Quantos pães tendes?’”. Assim
como nas bodas de Caná, a água se transformou em vinho, porque alguém encheu
as talhas. Muitas vezes para que o milagre aconteça em nossa vida, na nossa
família é preciso que eu tenha algo para oferecer: a minha fé, a minha força de
vontade, o meu estudo sobre a doutrina e fé católica, minhas orações diárias.
Muitas vezes queremos que Deus faça tudo sozinho e, claro, Ele pode. Mas o
evangelho de hoje nos deixa muito claro que algumas vezes precisamos ter algo a
oferecer para que o milagre aconteça. Se Jesus precisasse contar com você hoje
para realizar um milagre na vida de alguém, o que você teria a oferecer para ser
multiplicado? Você tem sido mero ouvinte e participante ou tem colocado em
prática os ensinamentos, tem buscado conhecer mais sobre a nossa Igreja para
colaborar com os milagres de Jesus na sua vida ou na vida do próximo?
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3- Vimos no evangelho que Jesus é aquele que ensina, que cura e que alimenta
fisicamente e espiritualmente. Jesus faz o milagre por completo. Qual é a sua
maior preocupação? Com suas curas físicas ou com a cura espiritual? Você anda
mais preocupado (a) com aquilo que é passageiro ou com aquilo que dura para
sempre?
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Oremos: Senhor, quero te pedir a graça de poder colaborar com a sua obra, de ser
um instrumento, imperfeito, em suas mãos perfeitas. Que eu consiga notar as
dificuldades e paralisias do próximo e leva-lo até seus pés para que seja curado.
Que nesse tempo de Advento eu possa buscar verdadeiramente as coisas que
duram para sempre, o verdadeiro Pão que vem do céu, que alimenta a alma e
fortalece a vida, para que o Senhor possa encontrar em mim um coração
disponível, corajoso e amoroso. Senhor, dai-me um coração semelhante ao Vosso.
Amém.

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02 de dezembro, quinta-feira
1ª Semana do Advento

Evangelho: Mt 7,21.24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que
está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um
homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as
enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída
sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática,
é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram
as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi
completa!”

— Palavra da Salvação.

Para meditar:

O evangelho de hoje fala sobre o nosso “blábláblá”. Às vezes há muita conversa


e pouca obediência. A nossa vida já aqui na terra não se mantém de pé se nós ficarmos só
falando, tampouco se vai para o céu assim. A fé precisa ser praticada.
Nós somos capazes de conhecer a vontade do Pai através da palavra, da sagrada
escritura, que no dia a dia da vida somos convidados a conhecer. O Pai do céu é aquele
que educa, que dá direção, comando, limite.
A vida cristã, em seu equilíbrio, precisa ter oração, contemplação, obras de
caridade, momentos de espiritualidade, comunhão eucarística na santa missa, mas a vida
cristã precisa desse momento catequético com a Palavra de Deus. Nós precisamos
conhecer a vontade de Deus através da Palavra e da doutrina da igreja.
Muitos de nós temos muitas devoções, que, claro, são importantes e necessárias
para a nossa caminhada de fé, mas quantas pessoas passam a vida somente vivendo
momentos de devoção e não evoluem no conhecimento da sagrada escritura e na vontade
do Pai sobre a própria vida. É preciso pôr em prática a vontade do Pai que está nos céus.
A rocha, pelo qual nós construímos a vida, é a fé, a espiritualidade. E construir
sobre a rocha não é da noite para o dia. Fé não se improvisa. É preciso o esforço diário
da fé para sermos alguém que aguenta as intempéries da vida. Por outro lado, quem só
fica dizendo “Senhor, Senhor”, mas não põe em prática por preguiça, por desobediência,
vai ser alguém que depois de construir, vai ver tudo cair. Chuvas, enchentes, ventos e
tempestades vão acontecer na vida de todos nós. A grande diferença da fé é fazer meu
alicerce aguentar a vida como ela é.
Quem fica dizendo “Senhor, Senhor”, mas não conhece a vontade do Pai e não a
coloca em prática, não entra no Reino dos Céus e não colhe da paz que Cristo veio nos
trazer.

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Para refletir:

1- Seja honesto com você: a experiência do diário espiritual será só “fogo de palha”
ou é o início de uma fé construída sobre a rocha?
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2- Você tem buscado fortalecer e amadurecer a sua fé de qual maneira? Ou ainda


vive na “infantilidade” da fé buscando sensações, momentos e arrepios? Você
estabeleceu uma rotina para sua espiritualidade e estudo da palavra?
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3- Algo ainda seria capaz de abalar a sua fé? Você se considera uma pessoa com uma
fé madura, que confia e conhece a vontade de Deus ou ainda vive uma fé de pura
conveniência? Se as coisas saírem do seu controle ou da sua vontade isso pode
abalar o seu relacionamento com Deus?

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Oremos: Senhor, hoje eu te peço que aumente a minha fé, que coloque em meu
coração o profundo desejo pela busca da verdade, de conhecer os seus
ensinamentos, a doutrina da nossa Santa Igreja, para que eu possa ter uma fé sólida
e madura. Que nada seja capaz de abalar o meu amor e confiança no Senhor. Que
eu saiba confiar na sua providência, mas que eu construa diariamente a minha casa
sobre a rocha que é sua Igreja, a sua Palavra, a Eucaristia. Amém.

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03 de dezembro, sexta-feira
1ª Semana do Advento

Evangelho: Mt 9,27-31

Naquele tempo, partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós,
filho de Davi!” Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus
perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?”

Eles responderam: “Sim, Senhor”. Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se
conforme a vossa fé”. E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai
cuidado para que ninguém fique sabendo”. Mas eles saíram, e espalharam sua fama por
toda aquela região.

— Palavra da Salvação.

Para meditar:

No evangelho de hoje, Jesus cura dois cegos. Este tempo do Advento que nos
prepara para a vinda do menino Jesus no Natal está diante de nós para também nos curar
da cegueira, a fim de que enxergarmos verdadeiramente quem é o Cristo.
Estes dois cegos já enxergavam, pela fé, que o Jesus de Nazaré era o messias, o
esperado. E de onde é que vinha esta visão espiritual a respeito de uma pessoa que eles
não podiam ver fisicamente? Eles ouviam falar a respeito de Jesus. Aqui, então, vemos a
importância da palavra de Deus em nossa vida. A fé vem do ouvir a Palavra.
Deus conta com a nossa fé. “Então Jesus perguntou-lhes: ‘Vós acreditais que eu
posso fazer isso?’” Às vezes as nossas orações são tão duvidosas, sem expectativas.
Muita gente tem enxergado em Jesus um psicólogo, um coach, um sociólogo, mas Jesus
é muito mais do que isso. Ele pode aquilo que ninguém é capaz de fazer em seu favor.
Para isso, nós precisamos ir até o Senhor. O milagre passa pelo toque de Jesus,
pelo poder da palavra e pelo gesto dos cegos de se aproximarem. Veja, Jesus quer nos
tocar, mas nós precisamos nos aproximar. Nós precisamos ouvir coisas que movimentem
a nossa fé. Jesus mesmo nos diz no evangelho: “Faça-se conforme a vossa fé”. E é pela
palavra de Deus, pela oração diária e pela força da Eucaristia comungada que nós somos
tomados por essa fé, que pode nos levar a viver coisas extraordinárias.

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Para refletir:

1- “Então Jesus perguntou-lhes: ‘Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Você
acredita mesmo que Jesus pode mudar a sua vida, que Ele pode fazer um
verdadeiro milagre em você? Ou quando Deus “demora”, quando a vontade de
Deus não é a mesma que a sua, você tenta resolver tudo do seu jeito?
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2- Vimos no evangelho dois cegos que seguiam Jesus. Nas horas mais difíceis da sua
vida, quando parece que você está sozinho, quando parece que nada vai bem, que
os problemas e dificuldades te cegam, você ainda é capaz de ir ao encontro de
Jesus ou as dificuldades da vida ainda têm o poder de te paralisar?
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3- “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Suas orações diárias são simplesmente
pela força do hábito ou você de fato acredita no poder da oração?
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Oremos: Senhor, quero te pedir a graça de te enxergar no meio das dificuldades


da vida. Quando tudo silenciar, quando tudo parecer perdido, que ainda assim eu
não perca a minha fé. Que eu saiba te buscar mesmo em meio a escuridão e
reconhecer que só tu podes tudo, que só o Senhor tem o poder de me curar. Amém.

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04 de dezembro, sábado
1ª Semana do Advento

Evangelho: Mt 9,35–10,1.6-8

Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas


sinagogas, pregando o evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.

Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas,


como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “A Messe é grande, mas
os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a
sua colheita!”

E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e
para curarem todo tipo de doença e enfermidade.

Enviou-os com as seguintes recomendações: “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de


Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes,
ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes,
de graça deveis dar!”

— Palavra da Salvação.

Para meditar:

Um Jesus que se compadece e que quer nos incluir na sua dor, em seu desejo de
salvar, em sua aflição de ver tantas pessoas que são como ovelhas sem pastor. No
evangelho de hoje, há um mandamento de Jesus a respeito da oração pelas vocações.
Quantos trabalhadores faltam na messe! Nós precisamos orar por todas as vocações, mas
sobretudo, por santas, numerosas e generosas vocações ao sacerdócio. Nós necessitamos
de sacerdotes para que Jesus continue a habitar no meio de nós, percorrendo cidades e
povoados.
Cada um de nós pode cooperar com isso, não só rezando nesta intenção, mas
oferecendo a vida a Deus. Todo batizado recebe no batismo o dom de ser profeta, rei e
sacerdote. E como isso vai acontecer se não existirem pessoas que digam “Eis-me aqui”
para que o ressuscitado habite na terra de novo? Deus precisa de almas generosas para o
serviço do Reino. Ele quer continuar ensinando, pregando, curando, libertando e
realizando prodígios em nós, mas precisa de mãos que trabalhem.
Jesus quer nos enviar, encorajar e nos ungir para expulsar espíritos maus, curar
doenças, resgatar as ovelhas perdidas. Portanto, meus irmãos, nos abramos para receber
de Cristo a cura, a ressureição, a purificação, a força e a salvação para poder ter o que
oferecer ao próximo, pois ele nos envia como trabalhadores da messe para enfrentar os
males deste mundo.

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Para refletir:

1- O que você tem feito para colaborar com a obra de Deus? Ou só tem esperado e
cobrado que sua Paróquia e o seu pároco façam algo?
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2- Você já sentiu o chamado de Deus para que você trabalhe na messe? Como
catequista, agente pastoral, pregador, músico... Como você respondeu a esse
chamado? Caso você já faça parte de algum ministério dentro da sua Paróquia,
como está sua dedicação?
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3- Você tem rezado para que Deus fortaleça as vocações, principalmente a do seu
Pároco? Quantas vezes você julgou, condenou ou ofendeu algum padre ou bispo?
Faça o propósito, hoje, de rezar todos os dias por novas vocações, mas para que
Deus sustente e fortaleça na caminhada os nossos padres, bispos e consagrados.
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Oremos: Senhor Deus, hoje te peço a graça de ser uma pessoa atenta ao seu
chamado, que o Senhor possa encontrar em mim um coração disponível e disposto
para colaborar com o anúncio do Evangelho, seja em alguma pastoral ou
simplesmente através da minha vida, do meu testemunho, para que as pessoas
sintam a sua presença através de mim. Te peço, Senhor, pela vida de todos os
padres, bispos e do nosso Santo Padre o Papa Francisco. Que o Senhor vá em
auxílio de suas fraquezas e que eu possa amá-los e jamais ofendê-los. Amém.

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05 de dezembro
2º Domingo do Advento

Evangelho: Lc 3,1-6
No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador
da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e
Traconítide, e Lisânias a Abilene; quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então
que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão
dos pecados, como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz
daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.
Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas
ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados.
E todas as pessoas verão a salvação de Deus’".

— Palavra da Salvação.

Para meditar:

Uma voz que ecoa em meio ao deserto clamando por conversão e arrependimento.
Uma voz que se levanta em meio aos poderosos desse mundo.
Queridos, o Advento é um tempo de preparação para a chegada do Cristo em
nossas vidas; e para que essa chegada não seja apenas simbólica é preciso preparar os
caminhos, ou seja, ter mudança de vida e conversão. Assim como o evangelista narra no
evangelho, o mundo estava tomado pelos poderes humanos e uma voz em meio ao deserto
clama por conversão. Nós não podemos permitir que o mundo roube o verdadeiro sentido
do Natal. É justo e bonito que enfeitemos nossas casas com árvore de Natal, luzes e
presépios. Tudo isso é válido, é um sinal de carinho para com Jesus. Mas nada disso será
válido se for mera vaidade, luxo e se o nosso coração continuar sem conversão.
É preciso, em meio a tantas preocupações de final de ano, festas, viagens,
presentes, ouvir a voz que clama por conversão. É preciso preparar os caminhos do nosso
coração para que Jesus encontre em nós um lugar digno de recebê-lo. É preciso fazer um
bom exame de consciência e uma boa confissão. É bom que façamos um jantar ou almoço
para confraternizar, mas é preciso que a Santa Missa e as nossas orações estejam em
primeiro lugar.
Tenhamos cuidado para que o mundo, as preocupações não roubem a cena.
Tenhamos em mente que o processo de conversão é diário e que Cristo precisa encontrar
um lugar digno para nascer, crescer e viver em nós. Ouçamos o grito de João Batista.

Para refletir:

1- Há quanto tempo você não se confessa? Ou há quanto tempo você não faz uma
boa confissão? Qual é a sua maior dificuldade em confessar?

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2- Qual tem sido a sua maior preocupação nesse final de ano? Você tem separado
um tempo para preparar o seu coração para a vinda do Senhor?
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3- Você entende que preparar a sua casa com alguma imagem, árvore, por mais
simples e humilde que seja, também é sinal de carinho e preparação para o Natal?
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Oremos: Senhor, coloque em meu coração um desejo de conversão, de


arrependimento e mudança de vida. O Senhor conhece meu coração e sabe que
talvez hoje ele não esteja em condições de te receber. Ajude-me, através da sua
graça, a purificar o meu interior, para que o Senhor encontre m lugar digno de
nascer, crescer e viver em mim. Amém.

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06 de dezembro – segunda-feira
2º Semana do Advento

Evangelho: Lucas 5, 17-26

Um dia Jesus estava ensinando. À sua volta estavam sentados fariseus e doutores da Lei,
vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judéia e de Jerusalém. E a virtude do Senhor o
levava a curar. Uns homens traziam um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar
para apresentá-lo. Mas, nóo achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram
ao telhado e por entre as telhas o desceram com o leito no meio da assembleia diante de
Jesus. Vendo-lhes a fé, ele disse: Homem, teus pecados estão perdoados. Os escribas e
fariseus começaram a murmurar, dizendo: Quem é este que assim blasfema? Quem pode
perdoar os pecados senão Deus? Conhecendo-lhes os pensamentos, Jesus respondeu,
dizendo: 'Por que murmurais em vossos corações? O que é mais fácil dizer: 'teus pecados
estão perdoados', ou dizer: 'levanta-te e anda'? Pois, para que saibais que o Filho do
homem tem na terra poder de perdoar os pecados - disse ao paralítico - eu te digo: levanta-
te, pega o leito e vai para casa'. Imediatamente, diante deles, ele se levantou, tomou o leito
e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram fora de si, glorificavam a Deus e cheios
de temor diziam: 'Hoje vimos coisas maravilhosas!'
- Palavra da Salvação, Glória a Vós, Senhor.

Para meditar:

Preparando o coração para Jesus que vai chegar, a cada dia somos convidados a
entender a liturgia à luz do Natal. No evangelho de hoje nós entendemos que aquele que
vamos celebrar no Natal é quem perdoa pecados, aquele que vem trazer o perdão de Deus
à terra, que tem o poder de libertar o ser humano da enfermidade mais triste, profunda e
perigosa, que é o pecado.
O perdão dos pecados causava escândalo na época, tanto quanto hoje. “Quem é
este que assim blasfema? Quem pode perdoar os pecados senão Deus?”. Sim, só Deus
perdoa pecados, mas Ele se fez homem e por isso pode perdoar pecados. Nós cristãos
católicos podemos receber o perdão dos pecados através de outro ser humano por
mediação sacerdotal de Cristo. Cristo é o sumo, eterno, único e verdadeiro sacerdote, mas
que deixou na terra, através da igreja, homens eleitos e consagrados a Ele para perdoar
pecados através do sacramento da confissão.
Com certeza você conhece alguém que diz que se confessa direto com Deus e não
com o padre, que é outro pecador. Veja, quem absolve os pecados não é a virtude do
padre, mas sim a sua participação no sacerdócio de Cristo. Isso causa murmuração, pois
a confissão vai de encontro com a ferida mais profunda do ser humano, que é o orgulho.
Por que se confessar é tão difícil? Porque na confissão nós já precisamos enfrentar o
pecado que está na raiz de tudo: o orgulho.
A fé precisa nos mover até Jesus, assim como moveu aqueles amigos a levarem o
paralítico para ser curado. Para apontar a realidade mais profunda deste fato, que não são
as pernas paralisadas, mas a alma escravizada pelo pecado, Ele diz o que todos achavam
que era o mais difícil: “levanta-te, pega o leito e vai para casa”. Então, todos puderam
entender que se Jesus toca no corpo, também pode tocar na alma.

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Portanto, preparemos o coração para o Natal do Senhor, pois está chegando aquele
que cura o corpo e liberta a alma.

Para refletir:

1- Meditando o evangelho de hoje, onde eu me encontro nessa cena? Sou aquele que
carrega o paralitico até Jesus, o paralítico ou um dos escribas e fariseus que
estavam aos pés de Jesus e mesmo assim, no fundo, ainda tinham algum tipo de
desconfiança no poder d’Ele?
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2- Se hoje você tivesse a oportunidade de estar frente a frente com o Cristo, assim
como o paralítico, qual seria o seu pedido?
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3- O nosso Deus é o Deus que cura as nossas paralisias físicas, mas também
espirituais. No evangelho de hoje, ficou claro pra você que apesar d’Ele ter o
poder de curar tudo, a maior preocupação de Jesus é com a cura da paralisia da
alma? O que tem te paralisado espiritualmente?
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Oremos: Senhor, dai-me a graça de entender que a sua maior preocupação é com
a cura da minha alma, pois nada adianta ter as paralisias físicas curadas, e
continuar com o coração paralisado pelo pecado, ódio, rancor, mágoas. Dai-me a
graça de entender que sim, o Senhor pode tudo, mas o Senhor quer me ver entrar

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no céu, ainda que com as minhas dores físicas, minhas doenças, mas que para isso
é preciso que o meu coração esteja limpo. Senhor, curai-me definitivamente de
tudo aquilo que me paralisa e me impede de te buscar. Amém.

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07 de dezembro – terça-feira
2º Semana do Advento

Evangelho: Mateus 18, 12-14


Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: Que vos parece? Se um homem tem cem
ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para
procurar aquela que se perdeu?
Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa
e nove que não se perderam. Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se
perca nenhum desses pequeninos.

- Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor.

Para meditar:

Hoje Jesus nos coloca uma pergunta para explicar a alegria do coração de Deus.
“Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove
nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?” O menino Jesus que estamos nos
preparando para celebrar no Natal é o bom pastor, a manifestação de um Deus que se
alegra por um perdido que é encontrado.
Jesus diz no evangelho: “O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum
desses pequeninos.” Nesse contexto, Ele fala sobre os pobres, desvalidos, que não tinham
o que comer. Mas pequeninos aqui também eram os pecadores. Veja, à luz do Natal, o
evangelho de hoje é um convite a nós que nos consideramos, ou até somos mesmo, por
graça de Deus, justos e gente boa, a refletirmos como tratamos os que se encontram
perdidos. Jesus os chamava de pequeninos. E você, como os chama?
Quanto ódio, ira, agressividade ainda existe dentro de nós quando se trata de
alguém que se desgarrou do rebanho. Como é difícil para nós olhar para a ovelha perdida
e chama-la de pequenina. Assim como Deus quer a conversão do pecador perdido, Ele
também quer que eu e você, que nos consideramos como parte do rebanho, sejamos
misericordiosos como Ele é. Deus Pai nos olha com amor, compaixão e misericórdia e
nós também precisamos olhar o nosso próximo dessa forma.

Para refletir:

1- Jesus os chamava amorosamente os perdidos de pequeninos. E você, como os


chama aqueles que estão perdidos no mundo?
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2- Você ainda tem olhos “preconceituosos” com aqueles que não professam a fé em
Jesus ou tem rezado pela conversão deles?

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3- As pessoas que convivem com você e que são desgarradas, ao olhar o seu
testemunho de vida sentem-se atraídas a voltarem para o rebanho ou se afastam
ainda mais?
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Oremos: Senhor Jesus, molda o meu coração assim como o Teu. Não permita,
Jesus, que eu me desvie do seu rebanho pelos meus pecados e más inclinações.
Que eu tenha um coração manso, humilde e misericordioso como o Teu, para que
eu possa ser a mão estendida ao próximo para ajudá-lo a voltar ao rebanho quando
estiver perdido e não a voz que julga. Espírito Santo, neste tempo do Advento,
abra o meu coração para a caridade e para as boas obras com os pequeninos e mais
necessitados. Amém.

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08 de dezembro – quarta-feira
Solenidade da Imaculada Conceição
Evangelho: Lucas 1, 26-38

Naquele tempo: no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da
Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado
José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela
estava e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' Maria ficou perturbada
com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo,
então, disse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis
que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande,
será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele
reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. Maria
perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' O anjo
respondeu: 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.
Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel,
tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era
considerada estéril, porque para Deus nada é impossível'. Maria, então, disse: 'Eis aqui a
serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' E o anjo retirou-se.

- Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor.

Para meditar:

Hoje celebramos a Imaculada Conceição de Maria, concebida sem a mancha do


pecado original. Essa solenidade nos ajuda a manter o clima do Advento, que é um tempo
de reflexão, convite à vigilância, penitência e conversão para a vinda do Senhor.
Deus visitou a terra através do sim de Maria, do “faça-se em mim”. Nós já
sabemos que Maria Santíssima não é uma mulher qualquer. Isso não quer dizer que ela é
divina, deusa, mas ela não é igual a nós, afinal, não fomos visitados pelo anjo e nem
recebemos um elogio como este: “Ave cheia de graça”. Maria encontrou graça diante de
Deus. Ninguém foi santa como ela, portanto, Maria é especial, é diferente.
Todo ser humano cai no pecado e Cristo nos redimiu, nos tirou desta condição por
sua cruz, morte e ressureição. E Maria, também foi redimida? Sim, mas por ser preservada
do pecado e não por força própria. Maria sempre foi cheia da graça divina e livre do
pecado. Ela encontrou graça diante de Deus e nós somos chamados a nos lavar da mancha
do pecado e voltar a esta condição de imaculados.
Pela fé, neste tempo do Advento, Jesus nos convida a nos tornarmos filhos de
Nossa Senhora; a termos uma vida de santidade; a sermos e preservados da mentalidade
mundana e das nossas próprias misérias. Como isso se dá? Diante de um Deus que se
apresenta a nós, somos convidados a fazer como Maria fez e dizer: “Eis aqui o/a servo(a)
do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Quanto mais nos abrimos ao Senhor, mais nos tornamos imaculados, mais nos
santificamos e nos libertamos de tantas coisas que nos desfiguram. Juntos com Maria nós
podemos dizer sim a Cristo para vivermos sob a sombra do Altíssimo.
Nos coloquemos sob a sombra do Altíssimo, para que o Espírito Santo fecunde o
nosso coração para que possamos gerar Jesus neste mundo.

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Para refletir:

1- Como anda a sua intimidade com Maria? O que Maria representa na sua vida?
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2- Faça hoje a experiência de pesquisar sobre os dogmas Marianos e anotar aqui o


que mais te chamou a atenção.
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Oremos: Senhor, hoje te peço pela intercessão da Virgem Santíssima a graça de


ser gerado no ventre de Maria assim como ela te gerou. Assim como ela tornou
uma margeadora digna de te receber que ela interceda para que meu coração,
muitas vezes sujo, também possa te receber dignamente. Dai-me a Graça Senhor,
de amar Nossa Senhora como o Senhor a amou. Amém.

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09 de dezembro – quinta-feira
2º Semana do Advento
Evangelho: Mateus 11, 11-15

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: Em verdade eu vos digo, de todos os homens que
já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos
Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre
violência, e são os violentos que o conquistam. Com efeito, todos os profetas e a Lei
profetizaram até João. E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos,
ouça.
- Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor.

Para meditar:

Como vimos no último domingo, João Batista é um homem que “nadou contra a
corrente”. Uma voz que anunciava a vinda do Senhor em meio aos poderosos e
descrentes. Hoje, vemos Jesus elevando João como o maior entre os que já nasceram
nesse mundo.
Anunciar o Evangelho, gastar nossa vida aos pés de Jesus, ir contra as ideologias
impostas pelo mundo, nunca será em vão. Teremos ainda nesse mundo o reconhecimento
do próprio Cristo.
Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são
os violentos que o conquistam. Ser violento, queridos, quer dizer ser radical na vivência
do evangelho, não se deixar levar pela mesquinhez. “Mas precisa tudo isso?” Precisar não
precisa, mas Jesus é claro: são os que levam os mandamentos de Deus a sério, aqueles
que amam de verdade, que se doam, que perdoam é que conquistam o reino dos céus.
Uma coisa precisa estar sempre viva em nossa mente: nós fomos feitos para o céu.
Somos livres, mas essa liberdade precisa nos levar de volta para o céu, então, tudo o que
fazemos nessa vida precisa fazer sentido para a próxima vida, ou seja, a vida eterna.
Viver sem pensar no céu é viver em vão. Por isso, precisamos levar a nossa vida
espiritual a sério, nunca podemos nos esquecer do céu, da vida eterna. E para conquistar
a vida eterna é preciso ter compromisso com as coisas de Deus. Chega de comungar de
qualquer jeito. Chega de ficar meses e meses sem se confessar. Chega de participar da
Santa Missa de qualquer jeito. Chega de viver uma vida dúbia, um pé lá outro cá.
Definitivamente: é hora de se decidir pelo reino de Deus, só assim a nossa vida terá um
sentido.

Para refletir:

1- De 0 a 10, o quão a sério você tem levado a sua vida espiritual? Quais os pontos
que você precisa melhorar?
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2- Tudo o que você tem ouvido, lido e aprendido tem refletido na sua vida? A Palavra
de Deus tem entrado no seu coração e mudado o seu jeito de viver?
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3- Coloque aqui pelo menos três áreas da sua vida espiritual que andam mornas ou
apagadas e que você precisa levar mais a sério. Agora, coloque como e quando
começar a mudança.
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Oremos: Senhor Jesus, hoje quero te pedir a graça de amar mais o seu evangelho,
de amar mais a sua Santa Igreja. Coloque em meu coração o profundo desejo de
me dedicar mais às coisas do alto, de parar de fazer tudo de qualquer jeito quando
as coisas são para Deus. Que eu possa gastar a minha vida aos seus pés. Ajuda-
me a tornar um testemunho vivo do seu evangelho e não um mero ouvinte. Que a
tua Palavra, a Eucaristia, os seus sacramentos sejam meus alimentos diários para
que eu possa um dia conquistar o reino dos céus. Amém.

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10 de dezembro – sexta-feira
2º Semana do Advento

Evangelho: Mateus 11, 16-19

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: Com quem vou comparar esta geração? São
como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 'Tocamos flauta
e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!' Veio João, que
não come nem bebe, e dizem: 'Ele está com um demônio'. Veio o Filho do Homem, que
come e bebe, e dizem: 'É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de
pecadores'. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras.'

- Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor

Para meditar:

Jesus é aquele que conduz a vida no ritmo certo. Que toca uma música feliz,
quando nós precisamos nos alegrar, mas que também entoa lamentações, a fim de nos
exortar para que possamos ser pessoas melhores. Por puro amor. A partir do evangelho
de hoje, quem é aquele que vem no Natal? Aquele que muitas vezes é rejeitado. Parece
que as pessoas nunca estão satisfeitas com a música que Ele toca. Nunca estão abertas à
sua vontade.
Deus veio à humanidade não para mudar a terra, mudar as circunstâncias da vida.
Jesus veio e a terra não virou céu, porque não foi bem para isso que Ele veio. O olhar que
nós precisamos ter neste Natal é o de que Deus fez-se homem para habitar a terra, ser
presença em nossa vida.
Veja, o Natal é esta festa da habitação de Deus em nossas realidades, para nos
revelar que em todas elas Deus está. A bênção está. Jesus estava bravo no evangelho de
hoje e pergunta com quem há de comparar esta geração. Ele compara com a criança num
olhar de birra, da indiferença e até falta de bom senso para as coisas. Quantos de nós
somos eternas crianças, no sentido negativo da palavra. Por que? “Tocamos flauta e vós
não dançastes.” Deus vê o ser humano triste, então resolve alegra-lo tocando a flauta. E
qual a nossa reação, muitas vezes? Nós não dançamos, não saboreamos, não captamos o
quão bom Ele tem sido conosco. E é pecado não dançar. É pecado não ser feliz quando é
hora de ser feliz.
Mais adiante, Jesus diz no evangelho: “Entoamos lamentações e vós não batestes
no peito!” Então, Ele vem e nos chama ao quebrantamento, ao silêncio, à contrição
através de situações difíceis da vida, a fim de nos convertermos, e nós não nos curvamos,
não batemos no peito, não pedimos pela misericórdia de Deus.
Aqui temos uma imagem de como o ser humano está sempre insatisfeito com a
música que Deus toca: veio João Batista e diziam que ele estava com um demônio. Veio
o Filho do homem e diziam que ele era um beberrão, comilão e amigo de pecadores. Nada
está bom!

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Meus irmãos, nós precisamos aprender a dançar a melodia que Deus toca. Hoje,
independentemente do tempo em que você esteja na sua vida, a igreja dá um tempo a
todos nós: o Advento. Vigiemos, oremos e nos purifiquemos para receber o Senhor que
vem ao nosso encontro.

Para refletir:

1- Nos momentos mais felizes da sua vida, de conquistas, vitórias, ganhos, você se
lembra de Jesus? Se alegra com Ele ou só lembra de agradecê-lo dias depois?
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2- Nos momentos difíceis da sua vida, de percas, dores, sofrimentos você se curva
diante do Senhorio de Jesus, deixando que a vontade d´Ele se cumpra ou tem se
revoltado?
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3- Você já foi indiferente diante da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento da


Eucaristia?
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Oremos: Senhor Jesus, que eu saiba acompanhar a música que o Senhor tocar em
minha vida, crendo verdadeiramente que a Tua vontade é sempre melhor que a
minha. Espírito Santo, que eu jamais rejeite a tua visita dentro do meu coração.
Dá-me o dom do entendimento para compreender o tempo em que vivo, o dom da
alegria para viver no ritmo que o Senhor conduz, e o dom da contrição diante do
pecado da indiferença e da ingratidão. Purifica o meu coração, Jesus, para que eu
esteja preparado(a) para a vinda do Senhor, que está próxima. Amém.

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