SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

www.arquisp.org.br Ano 68 | Edição 3475 | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 www.osaopaulo.org.br | R$ 3,00

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Editorial
À espera do Senhor que
vem, que sejamos ainda
mais vigilantes
Página 4

Encontro com o Pastor

Advento: preparação para
o Natal e para encontrar-se
Página 2

Comportamento
Pais, orientem a
aprendizagem e a aquisição
Página 6

Papa Francisco

Página 17

Cardeal Scherer, Dom Ângelo Mezzari, Padre Edson Pacondes e fiéis, na missa do jubileu de 50 anos da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, dia 26
Comunicar com boa
técnica, atenção ao irmão
e proximidade com Deus Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Reprodução

29 de novembro de 2023
EDIÇÃO 07
celebra 50 anos de evangelização
Quais os passos para se Erigida em 24 de novembro de mês, com os fiéis reafirmando os jubileu e destacou que há cinco
tornar um comunicador melhor? 1973, após ampla mobilização propósitos de evangelização. décadas a Paróquia “testemunha
TATIANNA LUDUS

dos católicos do Jardim Maria Na manhã do domingo, 26, e propaga a Boa Nova do Reino,
Arte de Tatianna Ludus sobre foto do Canvas

Fotografou? Posta logo o convite!

Quando a edição fica pronta? Escre-
ve qualquer coisa mesmo... Não vai
ter transmissão hoje? Ué, não é só
gravar um 'videozinho' e pronto?
Se você se identificou com essas
frases, não precisa de mais dicas para
perceber que a comunicação é a sua
prática pastoral. Em meio a tantas
Estela, na zona Sul, a Paróquia o Cardeal Odilo Pedro Scherer, por meio do anúncio do Evange-
tarefas de produção e articulação,
frequentemente com uma equipe
reduzida e prazos curtos, é comum
limitar a ação pastoral do comuni-
cador aos simples “fazeres”. No en-
Nossa Senhora de Fátima com- Arcebispo Metropolitano de São lho e das obras de misericórdia”.
pletou 50 anos de história neste Paulo, presidiu a missa solene do Página 7
tanto, a dinâmica operacional não
pode dissolver a essência do ser co-
municador, que se fundamenta em
um ponto indispensável da vivência
pastoral: a espiritualidade.
O Diretório de Comunicação da
Igreja no Brasil afirma no parágrafo
332: “A espiritualidade constitui o
alicerce de todos os eixos e a vivên-
cia constante do seguimento a Jesus
Cristo. Sem a espiritualidade, o co-
municador esvazia-se, fragiliza-se
como sujeito e se torna vulnerável
às dificuldades que se apresentam ao
longo do caminho”.

Natal dos Sonhos 2023: ‘O Deus Filho se fez criança’

Comunicação é relacionamen-
to. Não dá para resumir o ato de
comunicar a apenas informar e en-
treter. Isso envolve a capacidade de
unir pessoas e realidades, de trans-
formar o pessoal em coletivo, de
partilhar e gerar comunhão. E esse
relacionamento começa na vivência
entre você e Deus, o autor de toda a
comunicação.
A BOCA FALA DO
QUE ESTÁ CHEIO O CORAÇÃO
A busca de uma espiritualidade
bem construída e solidificada não
pesquisa ou uma versão superficial
de fórmulas que deram certo para
outras pessoas, mas, sim, a experiên-
cia de alguém que ressoa na vida a
Palavra que escutou primeiro. E essa
reverberação sempre tem um efeito
transformador.
QUANTO MAIS VOCÊ
SILENCIA, MAIS VOCÊ
OUVE, MELHOR VOCÊ FALA
A espiritualidade do comunica-
convergem”, citando também um
trecho da mensagem do Papa Ben-
to XVI para o 46o Dia Mundial das
Comunicações, em 2012: “O silêncio
é parte integrante da comunicação e,
sem ele, não há palavras densas de
conteúdo”.
Esse silêncio nos possibilita ouvir
a voz de Deus, que ressoa como uma
suave locução em nosso coração,
mas que também grita por meio das
dores de nossos irmãos. No silêncio,
sa paulina, jornalista e doutora em
Comunicação, destaca: “A espiritua-
lidade não é apenas devoção. É um
compromisso com o Verbo que se
fez carne, que se fez imagem. É a vi-
vência de Cristo Palavra que assume
nossa linguagem”.
E como está a sua vivência com
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Cristo? Que tal um simples exercício?
Imagine que você só possa produzir
materiais (sejam cards, textos, vídeos,

Esta edição do Caderno Pas-

pode ser um idealismo pastoral facil-
mente adiado para atender às deman-
das mais práticas. É crucial compreen-
der que não há como falar DE DEUS
sem o exercício cotidiano de falar
dor cresce por meio de uma prática
simples, que não requer recursos
avançados ou equipamentos moder-
nos: o silêncio. Em um mundo reple-
to de ruídos e distrações, silenciar é
captamos o som vertical do céu, que
se inclina à nossa compreensão, e o
eco horizontal do irmão, que ressoa
ao nosso lado. Pois, escutar as pes-
fotos etc.) que reflitam experiências
pessoais que teve com Jesus. Quantos
caracteres teria seu texto? Quantas
imagens teria o seu carrossel? Quan-
tos minutos teria seu vídeo?
soas com paciência e empatia, ma-

com em Ação destaca os prin-

COM DEUS. Jesus ensina no Evange-
lho segundo Mateus: “A boca fala do
que está cheio o coração” (Mt 12,34).
Ou seja, se cada comunicador não
se empenhar em encher seu coração
um desafio, especialmente porque
não se trata de emudecer, mas, sim,
de reduzir a frenética frequência
com a qual estamos acostumados a
viver. Afinal, somente ao silenciar a
nifestando um genuíno desejo de
compreendê-las e colaborar com seu
encontro com a Verdade, é ouvir a
voz de Deus. Somente assim pode-
É inesgotável a inspiração e in-
superável a genialidade produtiva
daquele que conhecendo a Deus ex-
perimenta seu amor, nele é motivado
e comunica esse amor.
mos aprimorar a capacidade e o con-

cipais fatos do evento realizado

com experiências que transbordem
entusiasmo e deem mais sentido ao
serviço, suas produções serão vazias,
suas ideias se tornarão imitações des-
cabidas e sua equipe se transformará
agitação interior, poderemos ouvir Mas, afinal, qual os passos para
teúdo para, então, falar. se tornar um “comunicador melhor”,
a voz de Deus, que incansavelmente
fala de dentro para fora. conforme prometido pelo título do
O VERBO É A LINGUAGEM texto? A resposta é simples: os pas-
Irmã Viviani Moura, religiosa Para alcançar essa espiritualida-
paulina e jornalista, abordou a espi- sos são aqueles que separam você do
de, muitas pessoas pensam em práti-

pela Pastoral da Comunicação

em um grupo desmotivado.
A espiritualidade alimenta o
principal motivo de todo serviço a
Deus: o discipulado. Ela também
garante que o que for produzido não
ritualidade no último encontro “Pas-
com em Ação 2023”, que aconteceu
na Região Lapa, em outubro. Ela re-
forçou para os agentes de comunica-
ção que “silêncio e palavra são duas
cas como a oração do Terço, novenas
e outros hábitos devocionais, que,
obviamente, são importantes, mas
que dificilmente atingirão o resulta-
do desejado.
sacrário mais próximo, pois apenas
se derramando diante de Deus e não
só das obras de Deus é que seremos
os melhores comunicadores. Essa é a
essência de toda espiritualidade.

da Arquidiocese de São Paulo

seja meramente o resultado de uma realidades que se conectam, que Tatianna Ludus é jornalista e membro da Pastoral
Irmã Helena Corazza, religio- da Comunicação da Região Ipiranga.

em outubro, com orientações

técnicas, reflexões sobre o es-
paço litúrgico e a espiritualida-
de do comunicador católico.
Caderno Especial

Conheça os 5 diáconos
que serão ordenados
sacerdotes por Dom Odilo

Pela imposição das mãos

do Arcebispo Metropolitano,
quatro diáconos seminaristas e
um diácono permanente rece-
berão a ordenação sacerdotal,
no sábado, 9, às 15h, na Cate-
dral da Sé. Saiba mais sobre
estes futuros padres.
Página 10 Evento da campanha da Pastoral do Menor arquidiocesana é marcado por pedidos de que se garanta a paz, a vida e o direito de brincar às crianças/Pag.8
2 | Encontro com o Pastor | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 | www.osaopaulo.org.br
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CARDEAL
ODILO PEDRO
SCHERER vivem e os que ainda hão de viver. frente, em vista das suas promessas, textos são um belíssimo roteiro de es-
Arcebispo O Advento inicia com uma forte que ainda estão abertas, à espera de se piritualidade do Advento. Por outro
metropolitano
de São Paulo recomendação de Jesus aos seus dis- cumprirem. Por isso, preparamo-nos lado, a penitência e a sincera busca da
cípulos: “Ficai atentos, porque não para ir ao seu encontro, todos os dias. conversão a Deus e aos seus caminhos
sabeis quando chegará o momento. De fato, o Advento refere-se à ardente deve ter como ponto alto a Confissão
O que vos digo, digo a todos: vigiai” espera de toda a Igreja que continua a sacramental e a reconciliação com

C
om o 1º Domingo do
Advento, iniciamos um
novo ano litúrgico. Como
é sabido, este não coinci-
de com o ano civil, mas refere-se às ce-
lebrações dos mistérios da fé da Igreja:
o mistério de Deus e do homem, a
criação, o chamado do primeiro povo
eleito, as promessas da salvação e seu
cumprimento em Jesus Cristo, o mis-
tério da encarnação do Filho de Deus
em nossa humanidade, sua Paixão,
Morte e Ressurreição e Glorificação
redentoras, o envio do Espírito San-
to, a missão da Igreja e as realidades
futuras, ou escatológicas, que ainda
estão por vir.
Nossa fé cristã é muito rica e
abrangente, iluminando toda a rea-
lidade da nossa existência e da exis-
tência do mundo a partir de uma
luz sobrenatural. A fé é celebrada na
Liturgia, ao longo de um ano inteiro,
num dinamismo que nos envolve e
faz entrar e participar dos mistérios
da fé e da salvação, que não são “pe-
ças arqueológicas e de museu”, no
dizer do Papa Francisco, mas reali-
dades vivas e presentes ao longo do
tempo e da história, para o benefí-
cio de todos os que viveram, os que
(cf. Mc 13,33.37). Jesus refere-se à
vinda gloriosa de Deus, no momento
final, da salvação, do julgamento, do
chamado a nos apresentarmos dian-
te de Deus. Não se trata de assustar
ninguém, mas de estar conscientes de
que a vida tem uma meta e um ob-
jetivo final, e que não podemos nos
distrair, perdendo de vista a meta e
o objetivo. O contrário da vigilância
seria o descuido e o modo irrespon-
sável de viver.
Ao mesmo tempo, o texto do pro-
feta Isaías nos recorda de que Deus é
um pai misericordioso, interessado
em nosso bem, que nos corrige e edu-
ca. O pecado e a infidelidade ofendem
a Deus e nos expõem ao risco da per-
da do rumo em nossa vida. Mas Deus
continua a nos atrair para si e, se per-
mite que, longe dele, experimentemos
a falta do seu amor e de seus bens, é
para que, com mais desejo, voltemos a
Ele e nos deixemos conduzir por Ele:
“Senhor, tu és nosso pai, nós somos
barro, tu, nosso oleiro e, nós todos,
obra de tuas mãos” (Is 64,7).
O Advento nos faz olhar para trás
na história, para recordar as promes-
sas e as misericórdias de Deus. Ele é
o Deus fiel e sem falsidade, Nele po-
demos confiar. E nos faz olhar para a
clamar: “Maranatha, vem, Senhor Je-
sus, vem!”. É assim que aclamamos em
cada santa missa, após a consagração:
“enquanto esperamos a vossa vinda”.
Os textos da liturgia do Advento
são belíssimos, fruto da experiência
mística e espiritual milenar da comu-
nidade da Igreja. A oração da Coleta
do 1º Domingo do Advento, no início
da missa, resume bem o significado
da vivência do Advento, voltada para
o futuro: “Ó Deus todo-poderoso,
concedei aos vossos fiéis o ardente
desejo de acorrer com boas obras ao
encontro do vosso Cristo que vem,
para que, colocados à sua direita,
mereçam possuir o reino celeste”. O
Advento não deve ser vivido apenas
como preparação ao Natal, mas tam-
bém como preparação para o futuro
encontro definitivo com Cristo Salva-
dor, na sua vinda gloriosa. O Senhor
veio; o Senhor vem cada dia; o Senhor
virá em sua glória, de modo definiti-
vo, “para julgar vivos e mortos. E seu
reino não terá fim”.
A Igreja faz algumas recomen-
dações importantes para a vivência
do Advento: a oração mais assídua e
fervorosa; se possível, a participação
diária na celebração da Eucaristia e a
escuta atenta da palavra de Deus; os
Deus e os irmãos. Mas também deve
ser intensa a prática da caridade fra-
terna e das obras de misericórdia, aco-
lhendo a cada dia o Cristo que vem ao
nosso encontro nos pobres e nos que
sofrem. É importante fazer um esfor-
ço sincero na busca da reconciliação,
quando for necessário e na promoção
da verdadeira fraternidade e da paz.
Que Ele, ao chegar, não nos encontre
em brigas, guerras e ódios, mas recon-
ciliados e em paz uns com os outros.
Durante o tempo do Advento, pro-
curemos também criar um ambiente
que testemunhe a nossa fé. As Nove-
nas do Natal são muito recomenda-
das. Neste ano, comemoram-se 800
anos desde que São Francisco fez o
presépio vivo em Greccio, na Itália.
Ele era fascinado pela beleza, a sim-
plicidade e a profundidade do mis-
tério da encarnação e do nascimento
humano do Filho de Deus. Fazer um
presépio em cada lar católico e outros
ambientes apropriados pode ser um
belo testemunho da nossa fé. Con-
vém envolver crianças, adolescentes e
jovens na montagem do presépio, so-
bretudo nas casas. O Papa Francisco
recomenda a todos os católicos que
preparem um presépio em suas casas
neste Advento e Natal.

SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
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assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.
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Luciney Martins/O SÃO PAULO Pascom da Diocese de Apucarana Divulgação

PLACA DO 1O SÍNODO ARQUIDIOCESANO
Após a missa do domingo, 26, na Catedral da Sé,
o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metro-
politano, descerrou e abençoou a placa alusiva ao
1o sínodo arquidiocesano de São Paulo, realizado
entre a Solenidade de Corpus Christi de 2017 e a
Solenidade da Anunciação do Senhor de 2023,
como um “caminho de comunhão, conversão e re-
novação missionária”. A placa está afixada em uma
das paredes do hall de entrada da Catedral.
60 ANOS DE SACERDÓCIO DO
MONSENHOR CARRARA
Na manhã do sábado, 25, na Catedral Nossa Se-
nhora de Lourdes, na Diocese de Apucarana (PR),
foi celebrada a missa em ação de graças pelos 60
anos de ordenação sacerdotal do Monsenhor Ro-
berto Carrara (ao centro da foto). Entre os conce-
lebrantes estiveram o Cardeal Odilo Pedro Scherer,
Arcebispo Metropolitano de São Paulo; Dom Car-
los José de Oliveira, Bispo de Apucarana; Dom Luiz
Soares Vieira, Arcebispo Emérito de Manaus (AM).
SMADS

VISITA À VILA REENCONTRO PARI

O Cardeal Scherer esteve em visita à Vila Reencontro Pari, na manhã da sexta-feira, 24, sendo recepciona-
do pelo prefeito Ricardo Nunes e integrantes do Executivo paulistano, entre os quais o Secretário Munici-
pal de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr. A visita do Arcebispo se deu no contexto
do evento “Viva a Vila”, no qual outras personalidades da sociedade puderam conhecer o local que atu-
almente acolhe 86 famílias, 244 pessoas ao todo. As Vilas Reencontro são as moradias transitórias que a
Prefeitura de São Paulo oferece a famílias que estavam em situação de rua. Cada unidade modular con-
ta com quarto, banheiro e cozinha independentes. (Com informações da Prefeitura de São Paulo)
4 | Ponto de Vista | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
N
o domingo, 3 de dezem-
bro, a Igreja Católica inicia
o Advento, tempo litúrgico
de quatro semanas em pre-
paração para a celebração do Natal do
Senhor.
O nome deste tempo tem sua origem
na palavra latina Adventus, que significa
“vinda, chegada”. Neste período, cele-
bram-se as três misteriosas etapas da his-
tória da salvação. A primeira é a antiga
expectativa dos patriarcas, relacionada
com a vinda do Messias, que se encerra
com a encarnação, Morte e Ressurreição
do Filho de Deus. A segunda etapa diz
respeito ao presente da salvação em Cris-
to, realizada no mundo, mas ainda não
complementada. Por fim, o futuro da sal-
vação, que se revelará na transformação
do mundo no fim dos tempos.
Quando a Igreja celebra o mistério da
vinda do Senhor, não usa o tempo verbal
no passado – Deus veio – nem no futu-
ro – Deus virá – mas no presente: “Deus
vem”. Trata-se de um presente contínuo,
PADRE JOSÉ ULISSES LEVA
A Campanha da Fraternidade de
2023 aprofundou o tema “Fraternida-
de e Fome”. Impeliu-nos a nos debru-
çarmos sobre o lema “Dai-lhes vós
mesmos de comer” (Mt 14,16). Vi-
vemos a experiência do respeito e da
boa convivência humana, e sentimo-
-nos todos irmanados para produzir-
mos bons frutos, no hoje e em todos
os dias e momentos das nossas vidas,
como Igreja de Cristo Jesus. Como co-
munidade eclesial, sejamos, portanto,
sempre convidados a viver e partilhar
as benesses e as misericórdias de Deus,
sobretudo com os mais fragilizados da
nossa sociedade.
São Francisco de Assis, nascido
Giovanni di Pietro di Bernardone, sen-
tiu o chamado de Deus para a sua exis-
tência. Desde muito cedo, percebeu
que a riqueza da sua vida deveria ser o
Evangelho de Jesus Cristo. Quis man-
ter os laços com a sua família, de ricos
comerciantes, ao mesmo tempo em
que renunciou à riqueza dos bens ma-
teriais, para viver como um itinerante.
Um Poverello, como Cristo Jesus. São
Francisco fez-se pobre na Itália medie-
val, assim como o Redentor, quando se
manifestou à humanidade, em Belém,
no Mistério da Encarnação.
Refletimos e vivemos a Campa-
nha da Fraternidade deste ano e fo-
mos convidados a olhar para os mais
carentes que vivem próximos de cada
um de nós. São Francisco de Assis teve
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
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Editorial
ou seja, uma ação que se realiza sempre:
está a acontecer, acontece agora e aconte-
cerá também no futuro. A todo momen-
to “Deus vem”.
Essa certeza da presença do Senhor
deveria ajudar a ver o mundo com olhos
diferentes. A esperança marca o caminho
da humanidade, mas, para os cristãos, é
animada por uma certeza: o Senhor está
presente ao longo da nossa vida, acom-
panha-nos e um dia enxugará também
as nossas lágrimas. Um dia, não distante,
tudo encontrará o seu cumprimento no
Reino de Deus.
Essa espera do Senhor que vem cha-
ma todos os cristãos a uma atitude de
vigilância, como expressa o Evangelho
deste 1º Domingo do Avento (Mc 13,33-
37), no qual Jesus exorta os discípulos
a ficarem atentos, “porque não sabeis
quando chegará o momento [...]; vigiai,
para que não suceda que, vindo de re-
pente, Ele vos encontre dormindo”.
Ao refletir sobre a vigilância no An-
gelus de 3 de dezembro de 2017, o Papa
Opinião
a mesma percepção e procurou viver
de acordo com a mensagem redento-
ra e salvadora de Cristo Jesus. A exis-
tência humana passa sob o olhar que
temos de nós mesmos, dos nossos
familiares e para toda a humanidade.
Todos enfrentamos problemas mate-
riais ou pessoais. Muitos vivem sem
o mínimo necessário para alimentar
a si e aos seus. A Campanha da Fra-
ternidade buscou mostrar a compre-
ensão da Boa Nova e a missão cristã.
A Campanha apontou como viver na
perspectiva plena do Evangelho de
Jesus Cristo. Portanto, nossas preocu-
pações não devem ser maiores do que
a nossa confiança em Deus. Isso deter-
Francisco destacou que a vigilância é
condição para permitir que Deus ir-
rompa na existência humana, para lhe
restituir significado e valor com a sua
presença.
Concretamente, o Advento é tempo
oportuno para se aproximar mais do Se-
nhor e estreitar os laços com Ele, em pri-
meiro lugar, por meio da oração pessoal.
É ocasião para intensificar a participação
nos sacramentos, especialmente a Euca-
ristia e a Reconciliação. E mesmo àqueles
que não podem participar da Santa Mis-
sa ao longo da semana, recomenda-se
que meditem sobre as leituras bíblicas de
cada dia, que são um verdadeiro retiro
espiritual de preparação para o Natal.
Em família, além dos momentos de
oração comum, como a récita do Terço,
a Novena de Natal e a leitura orante da
Bíblia, símbolos como a coroa do Ad-
vento e o presépio ajudam as pessoas e
viverem em profundidade esse rico pe-
ríodo da vida da Igreja. Na carta apos-
tólica Admirabile signum, publicada em
Arte: Sergio Ricciuto Conte
mina que precisamos olhar para nós
mesmos e os nossos, como também
perceber as necessidades urgentes dos
outros, sobretudo os mais vulneráreis.
Em 1223, na cidade italiana de
Greggio, São Francisco montou seu
primeiro presépio, para adorar a Cris-
to Jesus. Apresentou na fragilidade do
nascimento do Salvador, o carinho
dos seus pais e dos pastores e o acon-
chego dos animais. O Santo medieval
iniciava um profundo entendimento
teológico do Mistério da Encarnação.
Cristo Jesus, Deus de Deus, aproxi-
mou-se de toda a humanidade, nas-
cendo frágil na manjedoura, para nos
salvar.
2019, o Papa Francisco afirma que a re-
presentação do presépio “ajuda a ima-
ginar as várias cenas, estimula os afetos,
convida a nos sentirmos envolvidos na
história da salvação, contemporâneos
daquele evento que se torna vivo e atual
nos mais variados contextos históricos
e culturais”.
A devoção mariana tem especial lu-
gar no Advento, quando os fiéis se unem
à Mãe de Deus na espera do nascimento
do Salvador. Um desses símbolos são as
antífonas de Nossa Senhora da Expecta-
ção, invocadas na liturgia dos nove dias
que antecedem o Natal, que, pelo fato de
se iniciarem com a exclamação “Ó”, de-
ram origem ao título mariano de Nossa
Senhora do Ó.
Por fim, tomemos as palavras do Papa
Francisco em uma publicação no Twitter
(atual X), em 17 de dezembro de 2022:
“Que Nossa Senhora nos pegue pela mão
nestes dias de preparação para o Natal e
nos ajude a reconhecer na pequenez do
Menino a grandeza do Deus que vem!”
Portanto, a Igreja está tendo o
privilégio de celebrar os 800 anos da
montagem do primeiro presépio, ide-
alizado e organizado pelo Poverello de
Assis. É importante destacar que a en-
cenação do presépio foi uma altíssima
Teologia. São Francisco de Assis ser-
viu-se, pedagogicamente, das pessoas
e dos animais do local, para mostrar a
beleza do nascimento do Salvador e o
envolvimento é o comprometimento
dos homens e mulheres na busca da
santidade. É belíssimo preparar em
família a cada ano a manjedoura e co-
locar as peças que compõem nossos
presépios. A estrebaria, Nossa Senho-
ra e São José, os Anjos, os pastores, a
Estrela, os Magos e os animais são
elementos que mostram o cenário do
nascimento do Redentor.
“Dai-lhes vós mesmos de comer”
(Mt 14,16). No presépio, São Francis-
co de Assis alimentou teologicamente
os moradores de Greggio, em 1223,
indicando a salvação em Cristo Jesus.
Durante a sua vida, como Poverello, o
Santo de Assis saciou muitos dos seus
coetâneos, com o pão que diariamen-
te nos sustenta, sobretudo os mais
pobres. Seja, portanto, a montagem
e a aproximação no presépio tempo
de bonança para toda a humanidade.
Sejamos educadores na fé, apresentan-
do Cristo Jesus, e partilhando os bens
com todos os mais fragilizados.
Padre José Ulisses Leva é professor
de História da Igreja na PUC-SP.
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Reprodução

Atos da Cúria
À Chancelaria do Arcebispado de São Paulo cumpre o dever de informar que:

No dia 01 de novembro de 2023, o Revmo. Pe. Fábio Fernandes, sacerdote da Ar-

quidiocese de São Paulo, foi notificado por Sua Excelência Reverendíssima Dom Ro-
gério Augusto das Neves, D.D. Bispo auxiliar de São Paulo e Vigário Episcopal para a
Região Sé, do teor da advertência canônica com pedido de retratação que foi dirigida a
ele por Sua Eminência Reverendíssima, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, D.D. Arcebis-
po de São Paulo em 01 de novembro de 2023. (cfr. Prot.: 1576/23).

No dia 27 de novembro de 2023, o Revmo. Pe. Fábio Fernandes, sacerdote da Ar-

quidiocese de São Paulo, foi notificado pelo Revmo. Monsenhor Dr. Sérgio Tani, D.D.
Vigário Judicial da Arquidiocese, do teor do Decreto de instauração do Processo Admi-
nistrativo Penal Canônico em seu desfavor. Ato contínuo o Revmo. Pe. Fábio Fernandes
foi notificado das medidas cautelares que lhe foram aplicadas (cfr. Prot.: 1717/23).
Reprodução

NOMEAÇÃO E PROVISÃO 3a Divisão, na Região Episcopal Belém,

DE PÁROCO:
Em 14/11/2023, foi nomeado e pro-
visionado como Pároco da Paróquia
Nossa Senhora Aparecida, no bairro
de Vila Albertina, na Região Episco-
pal Sant’Ana, o Reverendíssimo Padre
Francisco Ferreira da Silva, pelo perí-
odo de 06 (seis) anos.
NOMEAÇÃO E PROVISÃO
DE VIGÁRIO PAROQUIAL:
Em 21/11/2023, foi nomeado e provisio-
nado como Vigário Paroquial da Paró-
quia Santa Teresa de Calcutá, no bairro
o Reverendíssimo Padre Miguel Fran-
cisco da Conceição Cambiona, CSSp.,
pelo período de 01 (um) ano.
NOMEAÇÃO E PROVISÃO
DE ASSISTENTE PASTORAL:
Em 14/11/2023, foi nomeado e provi-
sionado como Assistente Pastoral da
Paróquia Nossa Senhora da Pieda-
de, no bairro Jardim Francisco Men-
des, na Região Episcopal Sant’Ana,
o Diácono Permanente Leandro
Pereira Duarte, pelo período de 02
(dois) anos.
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Comportamento

SIMONE RIBEIRO CABRAL FUZARO
Crianças estão em ritmo acelerado de
crescimento e aprendizagem, e exatamen-
te por isso precisamos ficar atentos para
direcioná-las rumo à conquista da autono-
mia. Para que possam fazer isso de modo
adequado, é importante que entendam
bem o que é a tão falada autonomia.
Se formos ao dicionário, encontrare-
mos: A origem da palavra “autonomia”
em português vem do francês, autono-
mie. Este, por sua vez, é derivado de duas
outras palavras do grego: AUTÓS, que
significa “próprio, si mesmo” e NOMOS,
que tem o significado de “nomes”, porém
pode ser traduzido como “normas, regras”,
ou seja, guiar-se por suas próprias regras.
Ocorre que, em se tratando de processo
educativo, é preciso considerarmos que
estamos preparando uma criança para
que, em algum momento, seja capaz de
tomar decisões de modo autônomo e res-
ponsável. Porém, seria absoluta loucura
permitir que um ser tão pequeno e ainda
incapaz tome decisões autônomas.
Nessa perspectiva, a autonomia que
estamos falando e que precisamos ajudar
a criança a ter nos primeiros anos de vida
é aquela de ação e não a autonomia de de-
cisão. Vamos a uma breve explicação para
que a ideia fique clara: os pais, conforme
percebem que a criança ganha habilida-
des e capacidades para pequenas ações
– jogar a própria fralda no lixo, guardar
seus brinquedos, tirar o pó de um móvel,
tirar ou colocar peças de roupa sozinha,
carregar sua própria lancheira ou mo-
chila –, estimulam que sejam executadas
por ela sem ajuda. Ou seja: os pais deci-
dem pelas crianças e elas têm autonomia
de executar aquilo que foi decidido pelo
responsável: esse é o primeiro passo no
processo de aprendizagem e aquisição da
autonomia.
Aos poucos, conforme vão crescen-
do, pequenas decisões que não envolvam
grandes consequências podem ser toma-
das por elas: escolher entre duas opções
de roupa pré-determinadas pelos pais;
decidir entre dois passeios que forem pro-
postos; sobre qual brinquedo emprestar
para um amigo; enfim, o mais importante
é que o adulto perceba a maturidade da
criança para essas pequenas decisões e que
não ofereça a ela mais responsabilidades
do que pode assumir, afinal, decidir não é
simples e pode gerar ansiedade e estresse,
especialmente para aquelas que não se en-
contram preparadas.
Após os 6 anos de idade, com o ama-
durecimento neurológico e o desenvolvi-
mento cognitivo, a criança já consegue,
gradativamente, crescer em memória de
trabalho – o que significa ser capaz de
reter uma gama maior de informações
para guiar sua escolha, além de ter um
raciocínio mais lógico, flexível e tempo-
ral – o que possibilita uma avaliação mais
rica das opções e uma tomada de decisão
mais eficiente. Então, pode-se aumentar,
também gradativamente, o espectro de
escolhas dos pequenos sem, no entanto,
privá-los das consequências de suas es-
colhas, afinal, vivenciar as consequências
positivas e negativas será o mais impor-
tante no processo de aprendizagem da
autonomia.
Se os pais evitarem que os filhos vivam
as consequências de suas escolhas (o que
acontece normalmente quando elas são
negativas), estarão contribuindo para que
se tornem inconsequentes, irresponsáveis,
afinal, acreditarão que magicamente as
coisas terminam bem, independentemen-
te das más escolhas que tomarem.
Outra coisa importante a se conside-
rar nesse processo de conquista de auto-
nomia é que vocês, pais, precisam ajudar
seus filhos no processo de decisão, e isso
se faz ajudando-os a pensar nas conse-
quências de cada escolha – “se decidir por
x, será assim, assim e assim; Se decidir por
y, faremos isso, isso e isso.” Afinal, tudo o
que queremos que eles aprendam a fazer,
precisamos ensinar e não é diferente em
relação a autonomia.
Tal autonomia será proporcionalmen-
te maior quanto maiores e mais prepara-
dos os filhos estiverem para boas decisões,
de modo que ao chegarem à maioridade,
possam ter uma autonomia bastante ro-
busta e bem formada, entendendo o valor
de suas escolhas e vivendo com responsa-
bilidade as consequências.
Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é
fonoaudióloga e educadora. Mantém o
site www.simonefuzaro.com.br. Instagram:@sifuzaro

Espiritualidade Você Pergunta

ser tomados pela distração e pela su-
perficialidade. Vale a pena um olhar
focado no outro para ouvir seu grito
DOM JOSÉ e enxugar suas lágrimas. No outro,
BENEDITO encontramos feridas a serem cura-
CARDOSO das, dons a serem valorizados e
BISPO AUXILIAR DA
ARQUIDIOCESE NA sempre um companheiro para nos
REGIÃO LAPA ajudar a carregar a carga que pesa a
cada dia. Esse olhar atento no entor-
no do pequeno espaço que ocupo,
seu templo e fosse deportado para
outro país, sendo tratado como es-
cravo. No entanto, é dessa sujeira
que Deus vai fazer uma obra mara-
vilhosa e o sonho do povo escravo
vai se realizar: o Céu vai se romper e
Deus armará tenda em nosso meio.
Advento é tempo de limpar nossas
imundices e deixar que do barro
que parecia sujeira, Deus faça em
PADRE CIDO PEREIRA
osaopaulo@uol.com.br
A Judith, aqui de São Paulo, escreveu-me com a
seguinte dúvida: “Os leigos que são ministros extra-
ordinários da Palavra podem fazer a homilia durante
uma celebração?”.

N
esta primeira semana
de dezembro, inicia-
mos o ano novo litúrgi-
co com a catequese do
evangelista Marcos. A cada domin-
go, iremos conhecer Jesus a partir
dos escritos do evangelista. Esta-
mos iniciando o tempo do Adven-
to em preparação à celebração do
nascimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo. É um tempo de alegre espe-
ra do Deus que vem nos encontrar,
tempo de conversão e de escuta da
Palavra. A Igreja nos diz que “Re-
vestido de nossa fragilidade, Ele
veio a primeira vez para realizar seu
eterno plano de amor e abrir-nos o
caminho da salvação. Revestido de
sua glória, Ele virá uma segunda vez
para conceder-nos em plenitude o
que hoje, vigilantes esperamos”.
No primeiro domingo do Ad-
vento, a liturgia nos chama a aten-
ção para que estejamos vigiando:
“Vigiai, para que vindo de repente,
não vos encontre dormindo”. Em
meio a tantas incertezas, dificulda-
des e mentiras, é preciso ter atenção
e cuidado. Não podemos nos deixar
bem como no horizonte infinito do
mundo que me envolve, leva-me a
compreender que ali o Senhor me
colocou para defender a vida.
O texto do Evangelho reporta a
figura do porteiro que tem a respon-
sabilidade de ficar atento a quem
entra e quem sai para dar tranqui-
lidade aos que estão sob a sua res-
ponsabilidade. Na vida, quem dor-
me ou cochila permite que sua casa
seja invadida por coisas erradas que
podem deixar marcas profundas.
Assim, o cristão deve estar atento
a tudo o que está acontecendo ao
seu redor, e por meio de iniciativas,
encher a casa de boas obras, não
permitindo que “nenhuma ativida-
de terrena impeça de correr ao en-
contro do Menino, mas instruídos
pela sua sabedoria, participemos da
plenitude da sua vida”.
O profeta Isaías diz que, ao des-
viar do caminho do Senhor, todos
se tornaram imundice e todas as
obras se parecem com um pano
sujo, murcharam todos como fo-
lhas e as maldades foram empur-
radas com o vento. A imundice fez
com que o povo perdesse sua terra,
nós uma obra maravilhosa.
O apostolo Paulo, percebendo
que a comunidade de Corinto ti-
nha perdido o entusiasmo inicial e
voltava a cometer os vícios da vida
passada já superados, lembra que a
comunidade fora enriquecida em
“toda palavra e em todo conheci-
mento", mas que era preciso “per-
severar num procedimento irre-
preensível”. Os acontecimentos da
vida, a ação pastoral nos desafiam
a ter atitudes novas de superação.
É perigoso deixar ser engolido pela
rotina.
A mística que nos envolve neste
tempo do Advento e a palavra que
nos provoca há de clarear nossas
mentes para andarmos por cami-
nhos que favoreçam a chegada do
Deus Menino que ao nosso encon-
tro vem. Sejamos mais intensos na
escuta da Palavra, mais comuni-
tários na participação na Novena
do Natal, mais reconciliados na
procura do sacramento da Penitên-
cia (Confissão) e mais irmanados
e humanizados, pois é desse jeito
que faz bem estar para encontrar o
Deus Menino.
Judith, todos nós somos chamados a anunciar o
Cristo com a Palavra e com a vida. É tempo de pregar
o Evangelho para que mais e mais pessoas acolham a
salvação que Jesus veio trazer. Todos os homens e mu-
lheres deste mundo têm o direito de conhecer Jesus e
sua mensagem.
Agora você fala da homilia. Na missa, Judith, o
momento da homilia quando a Palavra de Deus é
explicada aos fiéis. E quem faz a homilia? O bispo,
os sacerdotes e os diáconos. Eles participam pelo
sacramento da Ordem do tríplice ministério de Je-
sus: sacerdote, mestre e pastor. Quando o bispo, o
padre ou o diácono falam na celebração eucarística,
eles estão agindo na pessoa do Cristo mestre, do
Cristo profeta.
Agora, lá onde não há sacerdote nem diácono e em
todas as ocasiões em que em vez da missa se faz uma
liturgia da Palavra, é claro que alguém da comunidade
pode refletir com o povo sobre o texto da Palavra que
foi lida.
Isso, porém, que fique claro, somente quando não
há missa. Afinal, não teria cabimento que um pastor de
uma comunidade, presidindo a Eucaristia, abdicasse de
sua missão profética, deixasse de ser mestre que ensina,
corrige, orienta, e passasse a alguém que não está quali-
ficado para isso. Era só o que faltava quem foi chamado
a ser pai para alimentar a família com o pão da Palavra
e da Eucaristia passar essa missão para outro!
Fique com Deus, minha irmã. Que Ele abençoe
você e sua família.
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www.arquisp.org.br | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 | Reportagem | 7

Há 50 anos, a presença da fé, da esperança

e da caridade no Jardim Maria Estela
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

CARDEAL SCHERER
PRESIDIU MISSA DO
JUBILEU DE OURO
DA PARÓQUIA NOSSA
SENHORA DE FÁTIMA,
NA REGIÃO IPIRANGA

ROSEANE WELTER
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Às 8h do domingo, 26, Solenidade de

Cristo Rei, os bancos da matriz da Paró-
quia Nossa Senhora de Fátima, no bairro
Jardim Maria Estela, Setor Anchieta da
Região Ipiranga, estavam lotados para a
celebração dos 50 anos da fundação da
Paróquia.
A missa solene foi presidida pelo
Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo
Metropolitano de São Paulo, e concele-
brada por Dom Ângelo Ademir Mezzari,
RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na
Região Ipiranga, e o Padre Edson Chagas
Pacondes, Pároco.
Para festejar o cinquentenário da Pa-
róquia, aconteceu uma novena prepara-
tória, com missas diariamente. Houve,
ainda, a arrecadação de alimentos para
as ações sociais.

CONVERSÃO E AÇÃO
A Paróquia Nossa Senhora de Fátima
foi eregida em 24 de novembro de 1973,
após grande empenho da professora Ja-
cira da Costa. Ela era evangélica, mas ao
visitar a cidade de Fátima, em Portugal,
ficou impressionada com a história das
aparições da Virgem aos três pastori-
nhos. A professora, então, converteu-se e
mobilizou os moradores do Jardim Ma-
ria Estela, na zona Sul da capital paulista,
para a aquisição do terreno e a constru-
ção do templo.
Cecília Dias Ribeiro, 72, chegou ao
bairro aos 6 anos de idade. Ela contou ao
O SÃO PAULO que seus pais se uniram
ao anseio da professora para construir a
Paróquia. “Eu me lembro dos meus pais
indo atrás de arrecadações, promovendo
quermesses e festas. A semente de ter um
espaço para as missas e sacramentos come-
çou pequena, simples, mas com a comuni-
dade em ação, tornou-se realidade”, disse.
As primeiras celebrações eram re-
alizadas nas casas das famílias, em um
galpão próximo e no Colégio Joaquim
Nabuco.
“Celebrar os 50 anos e ver a igreja
bonita, bem participativa e atuante na
evangelização e nas ações sociais, enche-
-me de orgulho e, acima de tudo, me faz
perceber como Deus é bom e os paro-
quianos empenhados na propagação da
fé”, comentou Cecília.
Padre Edson destacou que “celebrar
o cinquentenário desta Paróquia é recor-
dar as abundantes graças de Deus, todo
bem realizado pela intercessão de Nossa
Senhora de Fátima – a mãe que sempre
acolhe e está sempre perto do seu povo”.
Cardeal Scherer preside missa no jubileu de ouro da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e ressalta as iniciativas evangelizadoras realizadas
VITALIDADE PASTORAL
Camilo Cherubim da Silva tinha 18
anos quando datilografou a ata de fun-
dação da Paróquia Nossa Senhora de
Fátima em novembro de 1973. À repor-
tagem, ele recordou que, na época, no
bairro residiam muitas famílias portu-
guesas e que a criação da Paróquia nas-
ceu do anseio de celebrar a vida e os sa-
cramentos em comunidade.
“Quando Dom Benedito Ulhoa, Bis-
po Auxiliar da Arquidiocese de São Pau-
lo [1972-1978], confirmou a Paróquia,
ficamos felizes, pois teríamos um templo
para celebrar”, disse Camilo, hoje com
72 anos. “A Paróquia cresceu junto com
o bairro. Éramos jovens e queríamos ex-
pandir as ações e atividades, e esse desejo
pujante permanece em nossa comunida-
de, que sempre busca expandir a evange-
lização”, mencionou.
A dinâmica pastoral e sacramental
da Paróquia é marcada pela celebração
da Eucaristia; atendimento de Confis-
sões; Catequese para crianças, jovens e
adultos; pastorais da Liturgia, Batismo,
Crisma, da Saúde, da Moradia, do Dí-
zimo, da Criança e da Comunicação;
e ações dos grupos de Vicentinos, do
Apostolado da Oração, da Renovação
Carismática Católica, Terço dos Ho-
mens, entre outros.
“Somos missionários que peregri-
nam ao encontro do irmão que está
como vimos no Evangelho de hoje (Mt.
25,31-46) com sede, com fome, com frio.
Cada ação social e/ou espiritual é uma
semente do Reino de Deus plantada e
germinada no coração do povo”, afirmou
Camilo. “Ao celebrar os 50 anos, vejo que
todo esforço dos inícios valeu a pena. A
comunidade cresceu e há cinco décadas
estamos juntos em comunidade, cons-
truindo um bairro pautado na fé e nos
valores do Evangelho”, complementou.
Mariana Moreira Foiadelli, 14, foi
crismada no último dia 19. “Gosto de
estar aqui na Igreja. Quero ingressar no
grupo de jovens e, futuramente, ser mi-
nistra extraordinária e catequista”, disse.
“Aqui reestabeleço minhas forças para
seguir em frente. Renovo minha fé e a
força jovem da Igreja”, finalizou.
OBRAS DE MISERICÓRDIA
As ações sociais e caritativas são uma
marca da Paróquia. Há um serviço per-
manente de promoção humana para
aproximadamente 400 famílias caren-
tes; mensalmente são doadas 85 cestas
básicas; há uma escola de alfabetização
para adultos que atende 17 alunos; no se-
gundo domingo do mês, é feito o Dia do
Quilo, quando os paroquianos são moti-
vados a doar um quilo de alimento para
as famílias carentes.
“Nosso intuito é a promoção das
famílias carentes. Mais do que doar ali-
mentos, roupas, remédios, queremos
dignificar essas pessoas para a qualidade
de vida, qualificação profissional e reco-
locação no mercado de trabalho”, expli-
cou Eliana da Silva, 51, presidente dos
Vicentinos na Paróquia.
Eliana mencionou que algumas fa-
mílias são beneficiadas com ajuda no pa-
gamento das contas do aluguel, de água
e/ou energia elétrica. “Com essa ajuda,
nosso intuito é que não falte comida na
mesa e que a família consiga ressignifi-
car e viver com dignidade”, mencionou,
ressaltando que são realizadas visitas
semanais às famílias beneficiadas pelas
iniciativas caritativas.
CARIDADE E ESPERANÇA
No início da celebração, Dom Odi-
lo comentou que celebrar os 50 anos da
Paróquia é recordar a história vivida até
aqui e renovar a fé, a adesão à Igreja e o
desejo de propagar o Evangelho. “Há cin-
co décadas, esta paróquia é sinal e pre-
sença de caridade e esperança. Aqui tes-
temunha e propaga a Boa Nova do Reino,
por meio do anúncio do Evangelho e das
obras de misericórdia”, disse, recordando
as demais motivações para a celebração
naquele domingo: o Dia Nacional dos
Cristãos Leigos e Leigas e o encerra-
mento do 3º Ano Vocacional do Brasil.
O Cardeal Scherer salientou que a
exemplo de Cristo, Rei do Universo,
a Igreja “está no mundo para ser sinal
e para testemunhar, por meio da ação
evangelizadora, a verdade do Evangelho”.
Dom Ângelo, no final da celebração,
recordou a união e a participação da co-
munidade. “Estamos celebrando o ju-
bileu de ouro de uma comunidade que
mantém a chama da unidade e da vida
de oração ativa e dinâmica”, disse. “Sigam
firmes e perseverantes, e que a Virgem
do Rosário de Fátima proteja o bairro e
a todos”, desejou.
8 | Reportagem | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
Que a paz, a vida e o direito de brincar sejam
garantidos a todas crianças e adolescentes
EVENTO REALIZADO NO
SÁBADO, 25, AJUDOU A
DIVULGAR A CAMPANHA
DE ARRECADAÇÃO
DE BRINQUEDOS
PROMOVIDA PELA
PASTORAL DO MENOR
DA ARQUIDIOCESE DE
SÃO PAULO
JENNIFFER SILVA
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Entre olhares atentos e aplausos, as
crianças, educadores e voluntários assis-
tiam à representação do nascimento do
Menino Jesus. Iluminado pelas luzes do
palco e com um espetáculo sob patins
ao seu redor, o Príncipe da Paz foi aco-
lhido por todos na grande festa da 22ª
edição da Campanha Natal dos Sonhos,
no sábado, 25, no auditório da Faculda-
de Paulus de Tecnologia e Comunicação
(Fapcom), na Vila Mariana.
Promovida pela Pastoral do Menor
da Arquidiocese de São Paulo e a agência
Mega Model Brasil, a campanha, este ano
com o tema “O Deus Filho se fez criança”,
visa à arrecadação de brinquedos e outros
itens em bom estado de conservação. Par-
ticiparam do evento cerca de 500 pessoas,
provenientes das obras sociais contempla-
das pela campanha e dos colégios católicos
e instituições parceiras da iniciativa.
“Nesta grande festa, tivemos a opor-
tunidade de destacar que estamos em de-
fesa da vida em qualquer estágio, clama-
mos pela paz no mundo e resgatamos o
verdadeiro sentido do Natal”, comentou
ao O SÃO PAULO Sueli Camargo, co-
ordenadora arquidiocesana da Pastoral
do Menor.
As doações de brinquedos podem ser
feitas até 15 de dezembro nas paróquias
e colégios católicos da Arquidiocese de
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www.arquisp.org.br
NATAL DOS SONHOS 2023
São Paulo. Elas serão destinadas aos di-
versos serviços de atendimento à criança
e adolescente na cidade ou entregues di-
retamente à Pastoral do Menor.
“Com o tema: ‘O Deus filho se fez
criança’, preparamos a chegada do Me-
nino Deus. A sua presença na man-
jedoura nos dá a oportunidade de fi-
xarmos o nosso olhar para o menino
pobre, para o Deus que se faz humilde
e que está presente em cada menino e
menina, vítima da indiferença, que são
atendidos pela Pastoral do Menor, que
se encontram em situação de rua, nas
unidades da Fundação Casa, que são
vítimas de violência e abandono”, en-
fatizou a coordenadora arquidiocesana
da Pastoral do Menor.
Sueli lembrou que ao longo destes
22 anos, a campanha ganhou força em
toda a sociedade como um momento
de anúncio e denúncia contra a violação
dos direitos de crianças e adolescentes.
UM DIA PARA SONHAR
A manhã de atividades começou
com a celebração da Palavra, prosse-
guiu com as apresentações dos educan-
dos das obras sociais e a encenação do
nascimento do Menino Jesus, feita pelo
grupo Periquitos em Revista, que apoia a
iniciativa, assim como a Rede de Escolas
Católicas, a Sociedade Esportiva Palmei-
ras, a Faculdade das Américas – FAM e a
empresa Crefisa.
Durante a abertura, Sueli reforçou
que o dia tinha como objetivo fazer um
apelo pela paz, pelo direito de brincar e
resgatar o verdadeiro sentido do Natal.
O produtor do grupo Periquitos em
Revista, Marcello Cória Massaini, lem-
brou que, ao ser convidado para acom-
panhar a montagem do evento, buscou
evidenciar os valores da paz, solidarieda-
de, união, respeito e cumplicidade, todos
implícitos no nascimento de Jesus.
Ainda antes da encenação do nasci-
mento do Menino Jesus, o grupo, que é
filantrópico, levou ao palco da Fapcom
mais duas apresentações que traziam ca-
racterísticas das cidades de Nova York,
Las Vegas e Paris.
PROTAGONISTAS
As crianças e adolescentes das insti-
tuições contempladas pelas doações esti-
veram presentes e também compuseram
a festa com demonstrações artísticas.
De acordo com a educadora da Obra
Social Vista Alegre, Wendy Camily, 19, a
turma de 60 crianças e adolescentes este-
ve engajada para a apresentação do coral
que cantou a música “Última Oração”.
Ela, que foi educanda do mesmo pro-
jeto e quando criança participou de ou-
tras edições do Natal dos Sonhos, contou
que a expectativa nos dias que antece-
dem o evento e a vontade dos atendidos
em se engajar nas atividades transpassa
toda a Obra Social.
OLHOS FIXOS PARA O PALCO
A alegria em vivenciar o momento
era revelada em cada sorriso das crian-
ças e adolescentes que assistiam ao
espetáculo.
Foi justamente esse o sentimento
mencionado pelas educandas do CCA
Parque Belém, Jeniffer Larissa e Ana Vi-
tória, ambas de 9 anos, para descreverem
como se sentiam ao participar do evento.
Pela primeira vez no Natal dos So-
nhos, elas contaram que estavam atentas
às apresentações, pois tudo era muito
bonito. Destacaram, ainda, a performan-
ce de ginástica artística feita por um gru-
po de alunas do Colégio Divina Pastora.
DE DENTRO PARA FORA
Em 22 anos, mais de 500 mil brin-
quedos já foram arrecadados, eviden-
ciando que o alcance da ação ultrapassa
os limites da Igreja. Para Sueli, “uma
pastoral arquidiocesana tem que falar
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
para toda cidade e campanhas como
esta possibilitam o diálogo e a mobi-
lização para que mais pessoas possam
ser testemunhas da caridade e do amor
aos pequenos”.
Padre Marcelo Maróstica, Pároco da
Paróquia São José do Belém, na Região
Belém, esteve à frente da animação do
evento, junto das modelos Julia Loducca
e Thays Bastos. Segundo o Sacerdote, a
iniciativa traduz o que significa ser uma
Igreja em saída e que, com o apoio de
instituições da sociedade civil, o proces-
so é capaz de gerar muitos frutos para
a cidade.
“A campanha impacta a Arquidio-
cese e precisa impactar ainda mais, pois
este é um tema fundamental. Falamos
do sonho, do lúdico, de brinquedos e do
direito de brincar, direito de ser criança,
diante de um contexto de tantas viola-
ções”, salientou Padre Marcelo.
O Sacerdote também recordou as
muitas mortes de crianças em decorrên-
cia das guerras na Ucrânia e no conflito
entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Ele ressaltou que estabelecer propostas
que coloquem as crianças e os adoles-
centes como prioridade deve estar no
centro da atenção de toda a Igreja ainda
no presente para que seja garantido a eles
um futuro melhor.
CAMPANHA NATAL DOS
SONHOS 2023
Doe brinquedos e outros itens
em bom estado em paróquias
e colégios católicos
Até 15 de dezembro
Saiba mais
Telefone: (11) 3105-0722
E-mail:
pastoraldomenor@gmail.com
Instagram:
@nataldossonhosarquisp
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www.arquisp.org.br | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 | Publicidade | 9
10 | Reportagem | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
Conheça os 5 diáconos que serão
ordenados padres pelo Cardeal Scherer
DANIEL GOMES
osaopaulo@uol.com.br
Após um processo de discernimento
vocacional, anos de estudo e vivências
pastorais, quatro diáconos seminaristas
e um diácono permanente receberão a
ordenação sacerdotal no sábado, 9 de de-
zembro, às 15h, na Catedral da Sé, pela
imposição das mãos do Cardeal Odilo
Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.
A seguir, conheça mais sobre eles.
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
MIGUEL LISBOA AGUIAR
MARCONDES
‘Não eu, mas Cristo em mim’
(Gl 2,20)
O lema sacerdotal escolhido por Mi-
guel, 26, remete ao encontro de Paulo
com Jesus no caminho de Damasco. “Se
não houver uma morte do nosso ‘eu’,
não haverá a verdadeira adesão a Ele,
de modo que nossa vontade, ou seja, o
nosso ego, não estará totalmente entre-
gue e curvado a Jesus. Por isso, para hoje
poder dizer que Cristo vive em mim,
precisei dizer muitas vezes ‘não’ pra mim
mesmo”, afirma.
Miguel ingressou no Seminário Pro-
pedêutico em 2015, meses após ter sido
aprovado no vestibular para cursar Me-
dicina na USP. Ele foi coroinha, catequis-
ta e participou do ministério de música
de sua Paróquia de origem, a Santo An-
tônio de Pádua, na Região Lapa, e foram
essas vivências e o testemunho de seu
pároco à época que o fizeram abrir-se ao
chamado vocacional.
Miguel afirma que o acompanha-
mento da Igreja e as aprovações nos es-
tudos de Filosofia e Teologia, bem como
a ordenação diaconal em 2022, deram-
Pascom da Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha
www.osaopaulo.org.br
www.arquisp.org.br
-lhe a certeza de estar no caminho certo.
“A vocação ao sacerdócio é um dom
que Deus concede à Igreja e ao mundo,
uma via para santificar-se e santificar os
outros, que não se percorre de manei-
ra individualista, mas sempre havendo
como referência uma porção concreta
do povo de Deus. Sendo assim, a Igreja
em São Paulo não pode esperar outra
coisa de mim que não seja estar unido ao
Arcebispo e à sua disposição para servir
onde esta mesma Igreja sentir necessida-
de; pode esperar de mim, também, con-
sonância com os pilares propostos à vida
desta Igreja a partir do sínodo arquidio-
cesano, a saber: o anúncio, a santificação
e o testemunho, e fazer deste plano de
ação evangelizadora e pastoral o meu
projeto de vida”, assegura.
ROMULO FREIRE BARROSO
‘Ministro de uma aliança no
Espírito, que comunica a vida’
(2 Cor 3,6)
Em sua juventude, quando participou
de uma comunidade missionária, Romulo
já sentia o chamado ao sacerdócio, mas foi
apenas anos mais tarde, após uma missa
na Paróquia Santa Cruz, na Região Belém,
que sentiu este ressoar mais forte quando
Dom Edmar Peron, então Bispo Auxiliar
da Arquidiocese, lhe disse: “Quem sabe eu
vá discernir a sua vocação”.
Romulo, hoje com 46 anos, ingressou
no Seminário Propedêutico em 2014 e
passado os períodos formativos do Dis-
cipulado (Filosofia) e da Configuração
(Teologia), recebeu a ordenação diaco-
nal em dezembro de 2022.
Ele lembra que ao longo do proces-
so de formação cresceu a certeza sobre a
OTONIEL PROFIRO DE MORAIS
‘O Poderoso fez em mim
maravilhas’ (Lc 1,49)
Quando recebeu a ordenação diaco-
nal em dezembro de 2005, na primeira
turma de diáconos permanentes da Ar-
quidiocese de São Paulo, Otoniel reali-
zou o sonho que tinha desde a infância
de ser um ministro ordenado da Igreja.
Por 36 anos, o Diácono foi casado
com Ana Maria Garrido, com quem teve
uma filha. Em 2019, a esposa faleceu. Ele
prosseguiu no serviço diaconal e viu cres-
vocação, seja pelo que ouvia das pessoas,
seja como escuta Deus falar consigo e,
também, por viver com alegria cada mo-
mento, mesmo as dificuldades.
Ao comentar sobre o lema sacerdotal
que escolheu, Romulo diz: “Vejo nessa
Palavra que a aliança, como instrumen-
to a oração, gera uma unidade com Deus
pelo Espírito Santo e com a Igreja como
ministro ordenado no grau de presbítero”.
E o que a Igreja pode esperar deste
futuro padre? “O empenho em servir e
doar-se, tendo o amor, a comunhão e a
alegria como pressupostos, procurando
dar o melhor, para que um maior núme-
ro de pessoas possam fazer a sua adesão
a Deus”, afirma.
YAGO BARBOSA FERREIRA
‘Sob tua proteção, Maria’
“Um padre disponível para amar a
Igreja e servi-la com muito ardor. Al-
guém realmente disposto a viver seu mi-
nistério de esperança em esperança, em
comunhão com o Papa, com os bispos e
desejoso de ser sinal de que Deus habita
esta cidade imensa”.
É assim que Yago, 27, deseja exercer o
ministério sacerdotal, uma vocação que
anseia desde a infância e que foi discer-
nida com a ajuda da família, de sacer-
dotes e de sua comunidade paroquial de
origem, a Nossa Senhora das Graças, da
Diocese de Santo Amaro.
Ele ingressou no Seminário Arqui-
diocesano em 2015. Nestes nove anos de
formação, incluindo o último já como
diácono seminarista, Yago conta que
três sinais foram confirmações da voca-
ção: a alegria de caminhar com o povo
de Deus; a acolhida e cultivo da Igreja a
cer em seu interior o desejo de ser padre.
Diácono Otoniel, 60, cuja Paróquia
de origem é a Santo Antônio, na Região
Brasilândia, e que atualmente exerce seu
ministério na Paróquia Nossa Senhora
Mãe e Rainha, na mesma Região, obteve
autorização para realizar uma formação
complementar no Seminário de Teologia
Bom Pastor com vistas à ordenação sa-
cerdotal. Assim, estudou conteúdos es-
pecíficos como os sacramentos da Euca-
ristia, Penitência e Unção dos Enfermos.
“A decisão de me tornar presbítero
cada passo que ele dava na formação; e
a crescente proximidade com Deus por
meio da oração.
Sobre o lema sacerdotal, Yago afirma
que a escolha vem de sua “profunda de-
voção à Virgem Mãe de Deus e da certeza
de que ela sempre esteve ao meu lado, cui-
dando da minha vida e da minha vocação”.
ALYSSON ANTUNES CARVALHO
‘Eterno é seu amor’ (Sl 136,1)
Após participar de um processo de
catequese na Paróquia Santa Bernadette,
na Região Belém, o jovem Alysson, 27, se
sentiu motivado a saber mais sobre a fé
católica, um desejo que se tornou ainda
maior quando participou de um encon-
tro vocacional arquidiocesano.
Ele ingressou no Seminário Prope-
dêutico em 2015, e assegura que as di-
versas realidades do processo formativo
– convivência no seminário, estudos e
atividades pastorais – ajudaram na con-
firmação da vocação e na plena confian-
ça no amor infinito de Deus, como está
expresso em seu lema sacerdotal.
“Se não fosse o amor de Deus para
comigo, eu não teria vindo à existência,
Ele não teria realizado maravilhas em
mim, uma delas a minha conversão. A
cada dia, Ele tem confirmado o chama-
do e manifestado sua presença amorosa”,
diz o futuro sacerdote, assegurando estar
de coração aberto para as missões que a
Igreja lhe confiar. “Estou muito motiva-
do a fazer as pessoas terem a experiência
de encontro com Cristo. Quero utilizar
dos dons que Ele me deu para evangeli-
zá-las e levá-las a experimentar a gran-
deza de Seu amor”.
foi acolhida pela minha família da mais
bela forma possível, com muita alegria e
felicidade, de modo especial pela minha
filha e meu genro que sempre me apoia-
ram”, comenta.
Ao falar sobre seu lema sacerdotal,
Otoniel assegura: “Vejo o Deus de mise-
ricórdia agindo em minha vida. De fato,
o Senhor faz maravilhas a nosso favor”.
Por fim, diz que pretende ser “um padre
simples e humilde, mas na força do Espí-
rito Santo anunciar a Palavra de Deus e
servir com amor a todo o povo de Deus”.
 29 de novembro de 2023
EDIÇÃO 07

Quais os passos para se

tornar um comunicador melhor? Arte de Tatianna Ludus sobre foto do Canvas
TATIANNA LUDUS

Fotografou? Posta logo o convite!

Quando a edição fica pronta? Escre-
ve qualquer coisa mesmo... Não vai
ter transmissão hoje? Ué, não é só
gravar um 'videozinho' e pronto?
Se você se identificou com essas
frases, não precisa de mais dicas para
perceber que a comunicação é a sua
prática pastoral. Em meio a tantas
tarefas de produção e articulação,
frequentemente com uma equipe
reduzida e prazos curtos, é comum
limitar a ação pastoral do comuni-
cador aos simples “fazeres”. No en-
tanto, a dinâmica operacional não
pode dissolver a essência do ser co-
municador, que se fundamenta em
um ponto indispensável da vivência
pastoral: a espiritualidade.
O Diretório de Comunicação da
Igreja no Brasil afirma no parágrafo
332: “A espiritualidade constitui o
alicerce de todos os eixos e a vivên-
cia constante do seguimento a Jesus
Cristo. Sem a espiritualidade, o co-
municador esvazia-se, fragiliza-se
como sujeito e se torna vulnerável
às dificuldades que se apresentam ao
longo do caminho”.
Comunicação é relacionamen-
to. Não dá para resumir o ato de
comunicar a apenas informar e en-
treter. Isso envolve a capacidade de pesquisa ou uma versão superficial convergem”, citando também um sa paulina, jornalista e doutora em
unir pessoas e realidades, de trans- de fórmulas que deram certo para trecho da mensagem do Papa Ben- Comunicação, destaca: “A espiritua-
formar o pessoal em coletivo, de outras pessoas, mas, sim, a experiên- to XVI para o 46o Dia Mundial das lidade não é apenas devoção. É um
partilhar e gerar comunhão. E esse cia de alguém que ressoa na vida a Comunicações, em 2012: “O silêncio compromisso com o Verbo que se
relacionamento começa na vivência Palavra que escutou primeiro. E essa é parte integrante da comunicação e, fez carne, que se fez imagem. É a vi-
entre você e Deus, o autor de toda a reverberação sempre tem um efeito sem ele, não há palavras densas de vência de Cristo Palavra que assume
comunicação. transformador. conteúdo”. nossa linguagem”.
Esse silêncio nos possibilita ouvir E como está a sua vivência com
A BOCA FALA DO QUANTO MAIS VOCÊ a voz de Deus, que ressoa como uma Cristo? Que tal um simples exercício?
QUE ESTÁ CHEIO O CORAÇÃO SILENCIA, MAIS VOCÊ suave locução em nosso coração, Imagine que você só possa produzir
A busca de uma espiritualidade OUVE, MELHOR VOCÊ FALA mas que também grita por meio das materiais (sejam cards, textos, vídeos,
bem construída e solidificada não A espiritualidade do comunica- dores de nossos irmãos. No silêncio, fotos etc.) que reflitam experiências
pode ser um idealismo pastoral facil- dor cresce por meio de uma prática captamos o som vertical do céu, que pessoais que teve com Jesus. Quantos
mente adiado para atender às deman- simples, que não requer recursos se inclina à nossa compreensão, e o caracteres teria seu texto? Quantas
das mais práticas. É crucial compreen- avançados ou equipamentos moder- eco horizontal do irmão, que ressoa imagens teria o seu carrossel? Quan-
der que não há como falar DE DEUS nos: o silêncio. Em um mundo reple- ao nosso lado. Pois, escutar as pes- tos minutos teria seu vídeo?
sem o exercício cotidiano de falar to de ruídos e distrações, silenciar é soas com paciência e empatia, ma- É inesgotável a inspiração e in-
COM DEUS. Jesus ensina no Evange- um desafio, especialmente porque nifestando um genuíno desejo de superável a genialidade produtiva
lho segundo Mateus: “A boca fala do não se trata de emudecer, mas, sim, compreendê-las e colaborar com seu daquele que conhecendo a Deus ex-
que está cheio o coração” (Mt 12,34). de reduzir a frenética frequência encontro com a Verdade, é ouvir a perimenta seu amor, nele é motivado
Ou seja, se cada comunicador não com a qual estamos acostumados a voz de Deus. Somente assim pode- e comunica esse amor.
se empenhar em encher seu coração viver. Afinal, somente ao silenciar a mos aprimorar a capacidade e o con- Mas, afinal, qual os passos para
com experiências que transbordem agitação interior, poderemos ouvir teúdo para, então, falar. se tornar um “comunicador melhor”,
entusiasmo e deem mais sentido ao a voz de Deus, que incansavelmente conforme prometido pelo título do
serviço, suas produções serão vazias, fala de dentro para fora. O VERBO É A LINGUAGEM texto? A resposta é simples: os pas-
suas ideias se tornarão imitações des- Irmã Viviani Moura, religiosa Para alcançar essa espiritualida- sos são aqueles que separam você do
cabidas e sua equipe se transformará paulina e jornalista, abordou a espi- de, muitas pessoas pensam em práti- sacrário mais próximo, pois apenas
em um grupo desmotivado. ritualidade no último encontro “Pas- cas como a oração do Terço, novenas se derramando diante de Deus e não
A espiritualidade alimenta o com em Ação 2023”, que aconteceu e outros hábitos devocionais, que, só das obras de Deus é que seremos
principal motivo de todo serviço a na Região Lapa, em outubro. Ela re- obviamente, são importantes, mas os melhores comunicadores. Essa é a
Deus: o discipulado. Ela também forçou para os agentes de comunica- que dificilmente atingirão o resulta- essência de toda espiritualidade.
garante que o que for produzido não ção que “silêncio e palavra são duas do desejado. Tatianna Ludus é jornalista e membro da Pastoral
seja meramente o resultado de uma realidades que se conectam, que Irmã Helena Corazza, religio- da Comunicação da Região Ipiranga.
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Pascom em Ação 2023: um dia

Luciney Martins/O SÃO PAULO

A IMPLEMENTAÇÃO
DA TECNOLOGIA
DE INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL CHATGPT
E A EXPERIÊNCIA
UNIFICADA DE
COMUNICAÇÃO DE
DUAS PARÓQUIAS NA
SEXTA-FEIRA SANTA
FORAM ALGUNS
DOS ASSUNTOS
ABORDADOS NO
ENCONTRO

ELIAS RODRIGUES

O “Pascom em Ação”, encontro

anual formativo da Pastoral da Co-
municação da Arquidiocese de São
Paulo, desta vez organizado pela
equipe da Pascom da Região Lapa
no auditório das Faculdades Integra-
das Campos Salles, teve como tema
“Comunicar para encantar”. com a juventude e o trabalho realiza- Comunicação a gerar rapidamen- estações da Via Sacra, com a medi-
“Ser Pascom: eixos da Pastoral da do por esta Pastoral na divulgação da te matérias para eventos e campa- tação da Paixão e Morte de Nosso
Comunicação como alicerces para Jornada Regional da Juventude (JRJ) nhas. Com base nas informações Senhor Jesus Cristo.
a missão de comunicar para encan- 2023. fornecidas, a plataforma sugere de- O percurso de 1,4km entre as
tar”; “A identidade da Igreja Católica A parceria entre a JRJ e a Pascom signs e layouts, poupando tempo e paróquias foi percorrido pelos fiéis
transcendente no tempo”; “A origem foi fundamental para o engajamento recursos. com orações, reflexão e leitura do
do espaço litúrgico que comunica e e a espiritualidade. Enquanto a orga- A tecnologia ChatGPT também Evangelho, sendo finalizado na Pra-
nos leva à transfiguração”; “Espiri- nização da JRJ realizava ações como ajuda na identificação de erros grama- ça Abraço da Paz em frente à ma-
tualidade da Pascom: um caminho gincanas e eventos para arrecada- ticais, sugere novas frases para maior triz da Nossa Senhora do Perpétuo
para falar com o coração”; e “A Pas- ções de alimentos, a Pascom cobria clareza e tom de acordo com o públi- Socorro. Todos estavam de mãos
toral da Comunicação e a liturgia” as atividades realizadas, desenvolvia co-alvo. Além disso, auxilia na reda- dadas, enquanto as orações eram
foram as palestras do evento realiza- identidade visual e divulgava nas mí- ção de mensagens pastorais, reflexões conduzidas por Dom Oswaldo Fran-
do em outubro, em que parte das ati- dias sociais digitais, jornal e rádio. espirituais e notícias da paróquia. cisco Paulino, Pároco da Paróquia
vidades também ocorreram na Paró- Este trabalho resultou na arreca- Antonio Dorminici Filho ressal- São José; e o Padre Eduardo Ribeiro,
quia Nossa Senhora da Lapa, vizinha dação de 1,5 tonelada de alimentos tou que a Pastoral da Comunicação Pároco da Paróquia Nossa Senhora
à Faculdade. durante o ano todo, e a Jornada Re- “deve ser inovadora, audaciosa, cria- do Perpétuo Socorro. Ambos aben-
Os agentes da Pascom também gional da Juventude reuniu mais de tiva e em saída, como nos propõe o çoaram os fiéis.
participaram de oficinas sobre foto- 700 jovens. sínodo arquidiocesano”. A caminhada foi divulgada pelas
grafia, Canva, edição de vídeo, rotei- duas paróquias com dez dias de an-
ro e podcast. O evento foi finalizado A IMPLANTAÇÃO DO CASE ENTRE DUAS PARÓQUIAS tecedência, o que ajuda a explicar a
com uma mesa-redonda sobre casos CHATGPT NA PASCOM DURANTE UMA VIA-SACRA grande participação de fiéis.
de sucesso regionais. Os coordenadores da Pascom das Elaine Elias, agente da Pascom Estas e outras experiências rela-
Regiões Santana e Brasilândia, respec- da Paróquia São José, da Região tadas ajudaram a aprimorar os co-
TRABALHO INTEGRADO tivamente Denilson Rabelo e Antonio Sé, relatou uma experiência de in- nhecimentos dos participantes desta
Agentes da Pascom das seis regi- Dominici Filho, falaram sobre como tegração comunicativa realizada edição do “Pascom em Ação” e ser-
ões episcopais - Brasilândia, Belém, a utilização da Inteligência Artificial com a Paróquia Nossa Senhora do viram de inspiração para que façam
Ipiranga, Santana, Sé e Lapa – estive- ChatGPT está transformando o mer- Perpétuo Socorro durante a cami- algo similar em suas paróquias.
ram no evento. Um deles foi Mauro cado e pode ser usada na ação pastoral. nhada penitencial da Sexta-feira * Elias Rodrigues é jornalista, assessor de imprensa e
César dos Santos Leite, coordenador Essa ferramenta auxilia na cria- Santa, quando houve a reza das 14 membro da Pastoral da Comunicação da Região Sé
da Pascom do Setor Freguesia do Ó ção de banners, na revisão e cria-
da Região Brasilândia, que destacou ção de conteúdos, e assim, poderá
o fortalecimento da comunicação ajudar as equipes de Pastoral da “Fo
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* Entrevistas: Benigno Naveira, jornalista,

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Formação, produção e espiritualidade Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

STELLA LOPES
Uma das novidades desta edição do
“Pascom em Ação” foi a realização das
Teds Talks, conferências de curta dura-
ção que versaram sobre temas práticos
de comunicação e a missão da Pascom.
SER PASCOM
A primeira Ted – Ser Pascom –
foi apresentada pelo coordenador da
Pascom da Região Lapa, Paulo Ra-
micelli. Ele falou dos eixos da Pasto-
ral da Comunicação como alicerces
para a missão de comunicar para en-
cantar: formação, articulação, pro-
dução e espiritualidade.
“A Pascom é uma pastoral que
tem a grandeza e a oportunidade de
se relacionar com todas as partes.
Isso significa que somos responsá-
veis, também, por essa relação, por
essa reunião com outras pastorais.
Ela ajuda na dinamização da vida
paroquial e diocesana, é uma das
pastorais que pode auxiliar a Igreja
na missão de manter-se em diálogo
entre fé e cultura com a sociedade”,
enfatizou Ramicelli, destacando,
ainda, que “o sínodo arquidiocesano
nos questiona, de diversas formas,
sobre o modo de agir como Pascom,
para sairmos e irmos ao encontro
das outras pastorais”.
Ramicelli, por fim, motivou que
cada participante refletisse sobre o
agir dessa Pastoral a partir de três
perguntas:
“Que mensagem passamos
ao mundo com jeito de nossa
paróquia?”
“Como podemos melhorar nossa
comunicação, a serviço da boa men-
sagem da Igreja?”
“Quais iniciativas podem ser
desenvolvidas?”
A IDENTIDADE DA IGREJA
Marco Jordan, da Pascom da Pa-
róquia Nossa Senhora de Fátima, na
Região Lapa, conduziu a segunda
Ted sobre a identidade da Igreja Ca-
tólica transcendente no tempo.
Jordan externou preocupação
quanto ao baixo percentual de ca-
tólicos que frequentam as missas
dominicais na Arquidiocese de
São Paulo. Conforme demonstra-
do pela pesquisa do 1o sínodo ar-
quidiocesano, apenas 6% dos cató-
licos vão à missa aos domingos, a
qual é um preceito a todo batizado.
“Precisamos comunicar, identificar
nossa Igreja e fazer que os números
que o sínodo nos mostrou mudem”,
motivou.
O coordenador da Pascom da
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
alertou ser preciso investir mais na
identificação dos ambientes da Igreja
Católica na cidade, pois isso também
é comunicar.
AS MUITAS MENSAGENS
DE UMA FOTO
Duas Teds abordaram fotogra-
fias. Uma delas, conduzida pelo fo-
tógrafo Ronaldo Nina, da Pascom
da Paróquia São Patrício, na Região
Lapa, teve como tema “Fotografia:
da técnica ao despertar do especta-
dor”. A outra foi ministrada por Pa-
trícia Midões de Matos, mestra em
Comunicação e membro da Pascom
da Região Sé, com a temática “Da
fotografia documental à experiência
espiritual”.
Ronaldo Nina explicou que a
fotografia é a técnica de criação de
imagens por meio da exposição lu-
minosa, capturando luz e contraste
para fixar a imagem. “É, portanto,
uma arte que combina luz, compo-
sição, ângulos e cores para criar ima-
gens únicas. Fotografar é, por prin-
cípio, registrar a luz refletida pelo
assunto, ou seja, o que está sendo
fotografado”.
Nina recordou a frase atribuída
ao filósofo chinês Confúcio (552 e
479 a.C) – “Uma imagem vale mais
do que mil palavras” – para ressaltar
a relevância das imagens no pro-
cesso comunicativo, na medida em
que algumas situações são mais bem
compreendidas por imagens do que
com o uso de muitas palavras.
O palestrante também expli-
cou algumas técnicas de fotografia,
alertando para a importância do
enquadramento, composição e es-
tética, a fim de que se produza uma
bom foto. Ele falou ainda sobre o
“combo de sucesso” de todo fotó-
grafo profissional: olhar, sensibili-
dade e técnica.
Patrícia Midões, por sua vez, re-
alizou sua explanação a partir da
história de vida de Santa Teresinha,
apresentada por meio de imagens.
“Uma foto pode ser e conter os
elementos básicos de um lead jorna-
lístico, só que de forma congelada. A
foto documental conta a história que
pode ser a da sua paróquia”, ressaltou
Patrícia.
Após essas Teds, aconteceu uma
oficina de fotografia na matriz da
Paróquia Nossa Senhora da Lapa,
quando todos os participantes pude-
ram fazer registros fotográficos com
os próprios smartphones.
* Stella Lopes é jornalista e integra a
Pastoral da Comunicação na Região Lapa
SAIBA MAIS SOBRE A
PASCOM E VEJA MATERIAIS
DE REFERÊNCIA
https://pascombrasil.org.br

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4| Pascom em Ação |
O espaço litúrgico comunica o
sagrado e conecta ao amor de Deus
PATRÍCIA MIDÕES
A compreensão sobre o espaço
sagrado envolve o entendimento de
três realidades: o mundo, o templo
e o coração humano, como distintos
espaços de encontro com Deus, nos
quais Ele se deixa encontrar. Assim,
lembra a alma da criatura que ama
e busca o seu amado: “Onde está o
meu amado?” (Ct 2,10-13).
Wilma Steagall de Tommaso, for-
mada em Ciências da Religião pela
Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP), em sua pa-
lestra no “Pascom em Ação 2023”
abordou a “A origem do espaço li-
túrgico que comunica e nos leva à
transfiguração”.
O SENTIDO DO ESPAÇO LITÚRGICO
MAIS DO QUE
SIMPLESMENTE UM
LUGAR FÍSICO. É
O LOCAL ONDE A
DIVINDADE ESCOLHE
HABITAR
Wilma explicou que, na Sagrada
Escritura, encontra-se determina-
da preocupação ao ‘espaço sagrado’
(cf. Êx 25-27,30). A especialista de-
talhou que as tendas representavam
um lugar de passagem, um rito com
as cores e elementos que as compu-
nham. Já o templo foi um elemento
religioso e artístico, ao mesmo tem-
po econômico e político, na Antigui-
dade. E na tradição, o Tabernáculo, é
mais do que simplesmente um lugar
físico. É o local onde a divindade es-
colhe habitar, uma estrutura portátil
que os filhos de Israel carregavam
em sua jornada pelo deserto, como
símbolo tangível da busca incessante
pelo sagrado.
Nesse contexto é que se enten-
de a busca de Deus em um espaço
fixo e com um tempo indetermina-
do. Uma contínua busca. De acordo
com Wilma, para a manifestação do
sagrado, é necessário um espaço para
“Foi um marco na
da Co mu
da Pastoral
Sã o Pa
Arquidiocese de
po rci on ou às regiões episcop
pro
a ex pe riê nc ia de caminhar
viverem um
de Deus e comu
juntos como povo
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na missão qu
Padre Antônio Fran
cisco Rib
oral da Comunicação
Coordenador da Past
da Arquidiocese de
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
que possa acontecer
a prática religiosa. É a
concepção do espaço
litúrgico. Isso torna
possível pensar que
existe uma síntese so-
bre a liturgia que quer
comunicar: o altar,
como epicentro trans-
cendente, representa o
lugar onde o divino e o
humano se elevam em
direção a Deus.
No Novo Testa-
mento, Nosso Senhor
mandou preparar uma
sala ampla e mobiliada
(cf. Lc 22,12). Ao cele-
brar a Ceia Pascal, Je-
sus fez questão de estar
com os seus amigos,
os discípulos! É nesse
espaço que a liturgia,
como a descrição ri-
tualística de um en-
contro sacramental, se
manifesta em sua ple-
nitude e transmite o evento que é a pre presente! “Eis que estou convos- pelo sacramento da Comunhão. Esse
Paixão. Ele se revela como sacerdote, co todos os dias, até o fim dos tem- “tornar-se presente” que contempla-
altar e cordeiro, desvelando o valor pos” (Mt 28,20). mos na adoração Eucarística, fonte
intrínseco de Sua própria presença e O espaço litúrgico como com- e princípio da piedade cristã, amor
a sensibilidade a esse espaço. preendido hoje, revestido de be- que pertence somente aos homens
leza e sacralidade, demonstra que de fé!
UM AMBIENTE A SER ZELADO um candelabro é mais do que uma Nessa comunicação, pode-se con-
mera iluminação física. Ele simbo- siderar que nada é aleatório, e todos
CUJO RESUMO liza Cristo como a “luz do mundo” os objetos litúrgicos têm a ver com a
(cf. Jo 8,12), cujo resumo na ima- eternidade de Deus.
NA IMAGEM É A gem é a Cruz com o seu crucifica- Um ponto comum tanto na pa-
CRUZ COM O SEU do. A cruz é o eixo que move a sa- lestra do Padre Helmo quanto na
CRUCIFICADO cralidade, e que abre e fecha todo o de Wilma é que a comunicação no
mistério. espaço litúrgico se manifesta em um
Padre Helmo César Faccioli, Au- Assim como não é a pedra que culto externo e interno, sendo este
xiliar do Cura da Catedral da Sé, pressupõe o sagrado, mas a sacra- último o principal. E como tudo que
falou aos participantes do evento lidade de Deus na Pedra Angular procede da alma se expressa pelos
sobre a Pastoral da Comunicação e que é Cristo, no cumprimento da sentidos e põe em evidência a uni-
a Liturgia. vontade do Pai. E a menor das des- dade do corpo, o espaço litúrgico é
O Sacerdote ressaltou que o espa- crições está para presbitérios, ca- sagrado devido à presença de Deus,
ço sagrado deve estar bem prepara- pelas, igrejas, mosteiros e catedrais, e o coração humano também se
do para a celebração do sacrifício do qualquer edifício como templo de torna um local de encontro entre a
Corpo e Sangue do Senhor. Também Deus. Assim como nosso corpo é alma e Deus.
lembrou que no espaço litúrgico oco se não for habitado pelo Espírito Patrícia Midões de Matos é mestre em
Cristo é o centro espiritual, com o Divino, enviado por Ele. E essa per- Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero.
Especialista em Ciências Humanas pelo Instituto
seu corpo ressuscitado. Com todo o manência de Deus, importante obra Internacional de Ciências Sociais (IICS), e membro
seu significado e plenitude está sem- na santidade pessoal, só é possível da Pastoral da Comunicação da Região Sé
“Com a presença de agentes
de outras pastorais presentes no encontro,
foi possível perceber a transversalidade da
história Pascom, que consiste em acolher
nic ação na as diversas iniciativas da Igreja,
ulo, pois divulgá-las, colocar-se a serviço
ais
e integrá-las entre si”.
Irmã Viviani Moura, paulina, vice-coordenadora
da Pascom Arquidiocesana
nhão uma
eleger fico
co nfi ada”. “Difícil ntação, mas ses
se res
eiro, r a pre s in te
melho eus maiore Canva”.
sm e
São Paulo com o o fotografioardenador
q sã
u e Hirata,
Fabio
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ia Noss
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Paróqu o Ipiranga
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da Pasc tima, da Regiã
de Fá
 www.osaopaulo.org.br
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Pastoral da Saúde reflete sobre o próprio

agir na perspectiva da sinodalidade Luciney Martins/O SÃO PAULO
DANIEL GOMES
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Vindas das 42 dioceses/arquidioceses

que compõem o Regional Sul 1 da Con-
ferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), cerca de 350 pessoas participa-
ram no sábado, 25, do VIII Congresso
Estadual da Pastoral da Saúde.
“Sinodalidade na Pastoral da Saúde”
foi o tema escolhido para esta edição,
com o lema “Vós sois todos irmãos e
irmãs” (Mt 23,8), proporcionando re-
flexões acerca da atuação desta Pastoral
nas dimensões solidária, comunitária e
sociotransformadora.
Na missa de abertura, Dom Carlos
Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Ar-
quidiocese de São Paulo e Secretário
do Regional Sul 1 da CNBB, destacou
que a Igreja é por natureza sinodal –
constituída por ministros ordenados,
religiosos consagrados e leigos – e que
a vivência da sinodalidade, mais do que
um caminhar conjunto, é “estar jun-
tos nesta diversidade bonita da vida,
do compromisso com o Reino, com
o povo de Deus e com Jesus Cristo. E
nessa convivência, vamos encontrando
caminhos de vida, de alegria, de paz, de
saúde e de bem”.
FINANCIAMENTO DO SUS E
DISPONIBILIDADE DE VAGAS
Na mesa de abertura, o Padre João
Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico
da Pastoral da Saúde no Regional Sul
1, Capelão do Instituto de Infectologia
Emílio Ribas e membro do Conselho Es-
tadual de Saúde, agradeceu o empenho
dos agentes da Pastoral – “Vocês são o
rosto misericordioso de Jesus para os que
sofrem” – e destacou que todos devem
estar em alerta para que não haja cortes
VIII Congresso Estadual da Pastoral da Saúde é realizado no sábado, 25, no Memorial da América Latina, com a presença de cerca de 350 pessoas
ou contingenciamentos de verbas desti-
nadas ao Sistema Único de Saúde (SUS):
“Temos de lutar para que não nos tirem
uma garantia que a Constituição federal
nos dá. A saúde pública não é problema
de governo, é uma política de Estado”.
Também participante da abertura, a
deputada federal Juliana Cardoso dis-
se que o financiamento do SUS está no
foco de atenção da Comissão de Saúde
da Câmara dos Deputados e do Governo
federal, com políticas como o Programa
Mais Médicos. Por sua vez, a deputada
estadual Ana Perugini externou preocu-
pação com a disponibilização de vagas
para as especialidades médicas no esta-
do de São Paulo e defendeu que haja a
regionalização dessas vagas, que hoje são
determinadas pela Central de Regulação
de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross),
muitas das vezes sem atender as deman-
das específicas de uma região ou fazen-
do com que as pessoas realizem grandes
deslocamentos para serem atendidas.
AGIR PASTORAL
Padre Leandro Megeto, Secretário-
-executivo do Regional Sul 1, lembrou
que a Pastoral da Saúde se caracteriza
como a ação do povo de Deus compro-
metido em acolher, promover, cuidar,
educar, defender e celebrar a vida huma-
na, nas dimensões solidária, comunitária
e sociotransformadora; tendo como mis-
são primeira evangelizar.
“Não somos uma ONG, não somos
uma estatal, nem apenas um grupo de
afins. Somos a Igreja de Cristo, chamada
e vocacionada a ser no mundo um sinal
de salvação”, enfatizou Padre Leandro,
exortando que essa Pastoral jamais deixe
de investir na formação e espiritualida-
de de seus agentes e na atração de novos
membros.
José Gimenes, coordenador da Pasto-
ral da Saúde no Regional Sul 1, destacou
ao O SÃO PAULO que a Pastoral tem
se reestruturado nos sub-regionais para
melhor articulação dos trabalhos. “Tra-
ta-se de uma nova metodologia para que
a Pastoral esteja ainda mais próxima das
pessoas, pois o objetivo maior é sempre a
atenção a quem está na ponta, ao agen-
te que faz a visita. Mais do que sermos
pastoral, temos que ser irmãos, procurar
ajudar, procurar enxergar Deus na espi-
ritualidade do nosso irmão”.
Padre João Mildner lembrou que a
Pastoral da Saúde sempre age em co-
munhão com as demais pastorais, com
vistas a construir um mundo mais fra-
terno e de justiça e paz. “Como é gos-
toso e agradável convivermos como
irmãos. Essa experiência de ‘família
Pastoral da Saúde’ deve ser levada às
bases, para que na comunidade as pes-
soas também sintam essa fraternidade e
a construam, a fim de melhor prestar o
serviço à saúde das pessoas, pois quem
vive a fraternidade nunca está sozinho”,
afirmou à reportagem.
(Colaborou: professor Marcos Rubens Ferreira,
da Pastoral da Saúde arquidiocesana)

Vocação, vida pastoral, 3ª idade, alimentação

saudável e saúde mental são temas de palestras
O VIII Congresso Estadual da Pastoral da Saúde tam-
bém foi marcado por algumas palestras temáticas. Leia a
seguir uma síntese do que disseram os palestrantes.
PASTORAIS SOCIAIS
“Não há como negar o trabalho da Pastoral da Saúde
nestes últimos três anos de pandemia. Muitos agentes
doaram a própria vida neste período”, enalteceu o Padre
José Nelson, Assistente Eclesiástico das Pastorais Sociais
do Regional Sul 1. Ele lembrou que o agir das pastorais
sociais para ser eficaz deve ter a Palavra de Deus como
fundamento, se alicerçar no magistério da Igreja e ocor-
rer nos diferentes âmbitos da sociedade.
VOCAÇÃO
“O 3o Ano Vocacional do Brasil nos lembrou de que
somos todos vocacionados na Igreja. Somos membros
desta grande sinfonia vocacional, como nos diz o Papa
Francisco. Nesta grande orquestra, Deus é o autor, a
música é Jesus Cristo, o regente é o Espírito Santo e nós
somos os instrumentos”, ressaltou o Padre João Batis-
ta Cesário, da Pastoral Vocacional na Arquidiocese de
Campinas. Ele pediu que as comunidades e famílias in-
tensifiquem orações pelas vocações e estimulem os que
dizem sim ao chamado de Deus.
ALIMENTAÇÃO, EMOÇÃO E FÉ
“Ao criar o mundo, o Senhor fez como que um en-
xoval e nos ofereceu frutas, sementes e todo o tipo de
alimento que nós precisemos em qualquer situação em
nossa vida”, disse Silvia Mattos, nutricionista e psicana-
lista. Ela explicou a função de cada um dos alimentos,
alertou para os riscos do consumo excessivo de açúcar,
sal e gorduras; e apontou que ter boa saúde envolve a
dimensão física, emocional e espiritual.
A VIDA NA 3ª IDADE
“Aqui na cidade, os idosos, na maioria das vezes, so-
brevivem. Percebo a falta de atenção da sociedade para
com eles, especialmente quando já não têm mais capa-
cidade produtiva”, comentou Nadir Francisco do Ama-
ral, presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa,
alertando para as dificuldades vivenciadas pela maioria
dos 2,2 milhões de idosos da cidade de São Paulo, em
especial aqueles que dependem de atendimentos no
SUS e de vagas nas Instituições de Longa Permanência
para Idosos (ILPI).
CIÊNCIA, SAÚDE E ESPIRITUALIDADE
“Para a ciência, a espiritualidade é entendida como
a busca de sentido e de significado para a vida, e auxilia
no enfrentamento das adversidades e das doenças”, co-
mentou o psiquiatra Marcos Ribeiro, destacando que a
espiritualidade colabora para que as pessoas busquem
maior equilíbrio de vida. Neste painel temático, ele teve a
companhia da psicanalista Raquel Bacchiega, especialis-
ta em Práticas integrativas e Complementares em Saúde
(PICS), que são tecnologias em saúde que olham para o
indivíduo como um todo – física, mental, emocional e
espiritualmente. Raquel e Marcos estão à frente do Pro-
jeto Saúde Mental para Todos, já implementado em uma
paróquia da Arquidiocese de São Paulo, com a oferta de
atendimentos a baixo custo neste ramo de saúde. (DG)
12 | Regiões Episcopais | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
SÉ
Rui Halasz
No dia 21, os membros do Conselho Regional de Pastoral (CRP) da Região Sé partici-
param de reunião com Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese
na Região Sé, no salão da sede regional. O Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, Co-
ordenador Regional de Pastoral e membro da Comissão do 1o sínodo arquidiocesano,
explanou sobre a redistribuição geográfica de algumas paróquias – em vista do melhor
acompanhamento pastoral da Igreja na cidade –, e a criação dos decanatos, novas estru-
turas pastorais que reunirão grupos de paróquias em cada Região. (por Patrícia Coppio)
Pascom paroquial
Entre 15 de outubro e 4 de novembro, as paróquias do Setor Bom Retiro (Santo Antônio,
no Pari, Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas, São Cristóvão, Nossa Senhora
Auxiliadora, Sagrado Coração de Jesus, Santo Eduardo, Santo Antônio, na Barra Funda, e
Santa Francisca Xavier Cabrini) receberam a visita da imagem peregrina da Sagrada
Família. Em seguida, entre os dias 5 e 25, foi a vez das paróquias do Setor Perdizes (Nos-
sa Senhora do Rosário de Pompeia, Nossa Senhora de Lourdes, São Geraldo, Santuário
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, São Domingos e Santa Rosa de Lima) a acolherem.
Em todas elas, aconteceram momentos de oração e partilha, missas, Terços e adoração
ao Santíssimo, voltados às famílias. A visitação da imagem peregrina continua nas pa-
róquias do Setor Pinheiros. (por Patrícia Coppio)
Cuca Foto Sacra
No domingo, 26, Solenidade de Cristo Rei, 40 jovens receberam o sacramento da Crisma
no Santuário Sagrado Coração de Jesus, Setor Bom Retiro. Entre eles, cinco também
foram batizados e receberam a primeira Eucaristia. A missa foi presidida por Dom Rogé-
rio Augusto das Neves e concelebrada pelo Padre Alcy Maurício, SDB, Pároco, e contou
com presença dos salesianos estudantes de Teologia. (por Anderson Costa)
A Pastoral Familiar da Região Sé realizou o Retiro de Advento e Natal, na Casa das
Irmãs Missionárias do Sacro Costato, no sábado, 25, e domingo, 26, que contou com a
pregação do Padre Alessandro Enrico de Borbón, Assistente Eclesiástico da Pastoral Fa-
miliar na Região Sé. (por Braulio Rocha Gonçalves)
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Pascom Santo Agostinho
Com o tema “Espiritualidade do Advento”, o Setor Paraíso realizou, no dia 18, um reti-
ro para líderes das pastorais no Colégio Santo Agostinho. A abertura foi feita pelos Freis
Everton Costa, OSA, Pároco da Paróquia Santo Agostinho, e Eliseo López, OSA, Pároco
da Paróquia Santa Rita de Cássia e Coordenador do Setor Paraíso. Dom Rogério Augusto
das Neves palestrou sobre a importância de se viver bem o tempo do Advento. Ao final,
houve um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. (por Everton Calício)
Pascom paroquial
Na quinta-feira, 23, na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, Setor Aclima-
ção, 31 jovens, tanto da Paróquia quanto do Colégio Rainha Notre Dame, receberam o
sacramento da Crisma. A missa foi presidida por Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo
Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, e concelebrada pelo Padre Elias Fadul, SAC, Pároco.
(por Pascom paroquial)
Pascom paroquial
No sábado, 25, na Paróquia São Gabriel Arcanjo, Setor Jardins, 25 crianças receberam a
primeira Eucaristia. A missa foi presidida pelo Cônego Sergio Conrado, Pároco.
(por Daniel Abe)
Entre os dias 24 e 26, na Paróquia Santo Antônio, no Pari, Setor Bom Retiro, aconteceu
o Encontro de Casais com Cristo (ECC) - 3ª Etapa, cujo objetivo é o compromisso com
o homem e a justiça social, tendo como suporte os documentos da Doutrina Social da
Igreja. A missa de encerramento foi presidida pelo Frei Wilson S. Batista, OFM, Pároco e
Assistente Eclesiástico Regional para o ECC. (por Cassiano e Norma Pesce)
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BELÉM
Ministros extraordinários da Sagrada Comunhão são instituídos na Região
Vagner Claudino Silva
FERNANDO ARTHUR
COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Na tarde do sábado, 25, centenas de

fiéis das paróquias e comunidades da
Região Belém se reuniram no Colégio
Franciscano São Miguel Arcanjo, na Vila
Zelina, para celebrar o Dia Nacional do
Leigo e a Solenidade de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Rei do Universo. Na oca-
sião foram instituídos dezenas de novos
ministros extraordinários da Sagrada
Comunhão para as paróquias e comuni-
dades da Região.
A missa foi presidida por Dom Cíce-
ro Alves de França, tendo entre os conce-
lebrantes o Cônego José Miguel Oliveira,
Vigário-adjunto da Região, e o Padre
Eduardo Aparecido de Araújo, Pároco
da Paróquia Nossa Senhora do Carmo
e Assessor Eclesiástico para os ministros
extraordinários da Sagrada Comunhão. desistir jamais! A nossa disponibilidade Rei, o Bispo destacou que celebrá-la é, justiça”; e salientou que não se pode viver
Na homilia, Dom Cícero, ao dirigir- deve ser sempre ativa, pois ela vem da antes de tudo, perceber que a realeza de a prática do mal.
-se aos ministros, ressaltou que a Igreja é Eucaristia e da Palavra que escutamos”, Jesus se encontra na capacidade, que se O Bispo Auxiliar exortou os fiéis a
toda ministerial e é serviço. “Não é hon- exortou. tem ou não, de viver a justiça e, conse- terem um orgulho santo de ser Igreja, e
ra nossa, mas o serviço que prestamos, “Sejam homens e mulheres que se quentemente, a misericórdia. afirmou que esta não deve ser uma seita,
o fazemos para honra e glória de Deus”. tornem Eucaristias vivas, para que cada “Na festa de hoje, somos convidados e que, portanto, as paróquias e comuni-
Lembrou, ainda, que eles representam pessoa, cada doente, cada irmão que vo- a fazer a nossa escolha: se queremos ser dades não podem se fechar em si mes-
todos os leigos que trabalham nas comu- cês atenderem possa ver, em vocês, Jesus maus ou se queremos ser bons”, afirmou, mas. “Não caminhamos sozinhos. Jun-
nidades e que testemunham sua fé. Cristo! Sejam a transparência de Deus. E recordando o discurso escatológico de tos somos mais fortes. Temos um único
“Obrigado por esta disponibilida- sendo transparência Dele, nós transfor- Jesus, proclamado no Evangelho. O Pre- objetivo nesta região episcopal: anunciar
de ativa. Porque na fé não pode existir maremos o mundo”, concluiu. lado afirmou que “a realeza de Jesus, em Jesus Cristo morto e ressuscitado. Somos
disponibilidade passiva, não podemos Ao falar sobre a Solenidade de Cristo nossa vida, consiste em vivermos a sua Igreja”, expressou.

Dom Cícero faz visita pastoral à Paróquia Santa Rosa de Lima

Pascom paroquial
Entre os dias 23 e 26, Dom Cícero Alves de Fran-
ça esteve em visita pastoral à Paróquia Santa Rosa de
Lima, no Jardim Panorama. A missa de abertura da vi-
sita canônica foi presidida por ele na quinta-feira, 23,
na Comunidade Cristo Rei, e concelebrada pelo Padre
Francisco Martins, Administrador Paroquial, com a as-
sistência do Diácono Sidnei Roberto Piotto.
Na sexta-feira, 24, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese
na Região Belém foi ao CEA Zilda Arns. Também vi-
sitou a Comunidade São Nicolau, e presidiu uma cele-
bração com os enfermos na matriz paroquial. Por fim, à
noite, Dom Cícero reuniu-se com o Conselho de Pasto-
ral e o Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia.
O sábado, 25, foi marcado pela visita à Comunidade
São José, e um encontro com crianças da catequese. cramento da Confirmação (foto), no Clube Iguaçu, ao alegria e a dos paroquianos em receber o Bispo durante
No domingo, 25, a visita pastoral encerrou-se com lado da matriz paroquial. os dias da visita canônica, e exortou os fiéis a rezarem
a missa em que cerca de 40 jovens receberam o sa- Ao final da celebração, Padre Francisco expressou sua sempre pelo ministério episcopal de Dom Cícero. (FA)
Pascom paroquial Pascom paroquial

No dia 22, Dom Cícero Alves de França presidiu missa na Paróquia Santo André Apósto-
lo, no Jardim Santo André, concelebrada pelo Padre Claudinês Venâncio da Silva, Admi-
nistrador Paroquial, por ocasião da novena do padroeiro. (por Pascom paroquial)

No sábado, 25, o Padre Rommanus Hami, SVD, presidiu missa na Área Pastoral Nossa
Senhora das Flores, no Parque das Flores, durante a qual conferiu a investidura a qua-
tro coroinhas e cinco cerimoniários. Na celebração, o Administrador Paroquial abençoou
os jovens, que agora fazem parte da equipe de coroinhas e cerimoniários das comuni-
dades que compõem a Área Pastoral. (por Rafaela Vitória)
Na noite do domingo, 26, Dom Cícero Alves de França presidiu missa na Paróquia Cris-
to Rei, no Tatuapé, concelebrada pelo Padre Luiz Paulo de Souza, Vigário Paroquial,
por ocasião da festa patronal. A celebração foi ocasião para que 40 jovens recebessem
o sacramento da Confirmação. (por Fernando Arthur)
14 | Regiões Episcopais/Geral | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
Lucas Cruz
No domingo, 26, Solenidade de Nosso Senhor Je-
sus Cristo, Rei do Universo, 49 jovens e adultos da
Paróquia Santa Paulina e da Comunidade São
Benedito, no bairro de Heliópolis, receberam o sa-
cramento da Confirmação, em missa presidida por
Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da
Arquidiocese na Região Ipiranga, e concelebrada
pelos Padres Israel Mendes Pereira, Pároco, e Jona-
than Aparecido Lopes Gasques, Vigário Paroquial,
com a assistência do Diácono seminarista Alysson
Carvalho. (por Elaine Silva)
Com uma novena preparatória a partir do tema do
sínodo arquidiocesano “Caminho de comunhão,
conversão e renovação missionária”, entre os dias
18 e 26, além dos temas marianos apresentados
e da oração do Terço, a Paróquia Nossa Senhora
das Graças, na Cidade Vargas, festejou sua padro-
eira, no dia 27, com a celebração de cinco missas.
Além de toda a programação comunitária, a Paró-
quia recebeu o Coral do Museu de Arte Sacra de
São Paulo, que fez uma apresentação de cantos
marianos. (por Nei Sá)
Laudato si’ e Laudate Deum vão nortear o
Plano de Gestão 2024 da Caritas Arquidiocesana
REDAÇÃO
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Preocupada com os impactos das
mudanças climáticas no tema refúgio,
a Caritas Arquidiocesana de São Paulo
(CASP) vai pautar o Plano de Ação da
Diretoria de 2024 na encíclica Lauda-
to si’ e na exortação apostólica Lauda-
te Deum, ambas do Papa Francisco. O
plano foi apresentado pela direção da
CASP na 60ª Assembleia Geral Ordiná-
ria, na sexta-feira, 24, na sede da Região
Santana.
“O próprio surgimento da Caritas
Arquidiocesana de São Paulo está forte-
mente conectado com o tema refúgio,
no qual a entidade é conhecida pelo tra-
balho que tem feito em seus 55 anos de
história. Por isso, decidimos tomar a en-
cíclica e a exortação como bússolas para
nossas ações a partir do ano que vem,
pois a questão dos refugiados climáticos
nos preocupa bastante, pois isso trará
forte impacto em nosso trabalho”, disse
o Diácono Márcio José Ribeiro, diretor
da CASP.
Em 2024, a CASP pretende realizar
dois simpósios, a fim de estruturar o
plano de ação. Além disso, a entida-
de também terá como foco assumir a
Campanha da Fraternidade 2024; con-
IPIRANGA
Dom Odilo preside missa pelos
60 anos da Paróquia São João Batista
PASCOM PAROQUIAL
Durante este 2023, a fim de
celebrar os 60 anos de sua cria-
ção, a Paróquia São João Batista,
na Vila Guarani, Setor Imigran-
tes, promoveu retiros espirituais,
encontros de formação e ativida-
des recreativas aos fiéis.
No domingo, 26, Dom Odilo
Pedro Scherer presidiu a missa
de encerramento das festivida-
Nei Sá
des, concelebrada pelo Padre
Ricardo Pinto, Pároco.
O Arcebispo de São Paulo
agradeceu aos leigos de ontem e
de hoje pelo comprometimen-
to na organização e crescimento
da comunidade e ficou feliz por
No sábado, 25, a Escola Bíblico-Catequética São José de Anchieta promoveu mais um encontro formativo para os ca-
tequistas da Região Ipiranga, com o tema “Catequista, Mestre e Mistagogo”. Desta vez, o palestrante foi o Padre Eduardo
Binna, Assessor Eclesiástico da Iniciação à Vida Cristã na Região Belém.
tinuar o processo de fortalecimento dos
Núcleos Regionais (NRs); sensibilizar a
sociedade a respeito do VIII Dia Mun-
dial dos Pobres; e continuar firmando
sua imagem e ações como o braço so-
cial estendido e da caridade organizada
da Igreja Católica.
A 60ª Assembleia Geral Ordinária da
CASP foi presidida por Dom Jorge Pie-
rozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese
na Região Santana, que representou o
Cardeal Scherer, Arcebispo Metropo-
litano e Presidente da CASP. Também
participaram os Bispos Auxiliares Dom
José Benedito Cardoso e Dom Rogério
Augusto das Neves.
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constatar a quantidade de fiéis que re-
cebeu os sacramentos na Paróquia ao
longo destas décadas.
Ao término da celebração, o Cardeal
exortou a todos a continuarem a cons-
truir os próximos 60 anos, especialmen-
CASP
Na ocasião, foram destacados os tra-
balhos feitos pela CASP. O Diácono Már-
cio falou sobre o Projeto Promove, uma
parceria com as Irmãs de Santa Cruz para
fortalecer as ações dos Núcleos Regionais
(Belém, Brasilândia, Lapa, Ipiranga, San-
tana e Sé), com o intuito de atender as
necessidades das populações dessas regi-
ões, além de todas as ações do VII Dia
Mundial dos Pobres, celebrado em 19 de
novembro.
O diretor da CASP também lembrou
as campanhas realizadas em prol das ví-
timas da chuvas no Litoral Norte de São
Paulo e no Rio Grande do Sul, nas quais
foram arrecadados recursos posterior-
Marcos Lomelino
te os jovens, presentes em grande núme-
ro à assembleia de fiéis. Na sequência,
procedeu à bênção do salão paroquial e
da cozinha e, em comemoração à data,
fez o descerramento de uma imagem do
padroeiro, reproduzida em azulejos.
Marcos Lomelino
(por Karen Eufrosino)
mente enviados a entidades parceiras
nessas regiões.
O Vice-diretor da CASP, Padre Mar-
celo Maróstica Quadro, abordou a parti-
cipação cada vez maior da entidade nas
esferas federal, estadual e municipal que
têm poder decisório para implementar
políticas públicas em benefício da popu-
lação em situação de refúgio na cidade.
Atualmente, a CASP tem participação,
com direito a voto, no Comitê Nacional
para os Refugiados (Conare), e neste ano
venceu a eleição como representante da
sociedade civil no Conselho Municipal
de Imigrantes (CMI).
Ao longo de 2023, mais de 4 mil cida-
dãos que solicitaram o visto de refugiado
no Brasil passaram pelo atendimento da
CASP, conforme destacou a coordena-
dora do Serviço de Acolhida e Orienta-
ção para Refugiados, Talitha Iamamoto.
Para realizar estes trabalhos, a CASP
conta com o apoio de parceiros – pesso-
as físicas ou jurídicas, entidades da so-
ciedade civil e órgãos governamentais.
Em 2023, houve crescimento de 50% no
número de doações, incluindo recursos
financeiros e itens materiais, como rou-
pas, brinquedos, entre outros, segundo
contou a captadora de recursos da enti-
dade, Sandra Dias.
(Com informações da assessoria de imprensa da CASP)
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LAPA
Luiz Vagner Benigno Naveira

No sábado, 25, e no domingo, 26, Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arqui-
diocese na Região Lapa, presidiu três missas na Paróquia São Francisco de Assis, Setor
Butantã, durante as quais conferiu o sacramento da Confirmação a 87 jovens e adultos.
Concelebrou o Padre Edilberto Alves da Costa, Pároco. (por Benigno Naveira)
Pascom paroquial
Dom José Benedito Cardoso presidiu missa em ação de graças pela formatura da 4ª tur-
ma da Escola de Formação de Catequistas da Região Lapa, na tarde do sábado, 25,
na Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, Setor Leopoldina. Concelebrou o Padre Lucas
Antônio Silva Martinez, Vigário Paroquial da Paróquia São Patrício. Ao término da missa,
no salão paroquial, houve a cerimônia de entrega dos certificados aos 34 formandos
(por Benigno Naveira)
Joni OLiveira

Na manhã do domingo, 26, na Paróquia São José, no Jardim Monte Alegre, Setor Piri-
tuba, 22 crianças receberam a primeira Comunhão, durante missa presidida pelo Padre
Messias de Mores Ferreira, Pároco (foto). À noite, Dom José Benedito Cardoso, Bispo Au-
xiliar da Arquidiocese na Região Lapa, conferiu o sacramento da Crisma a 22 jovens e
adultos, durante missa concelebrada pelo Pároco. (por Benigno Naveira)

Na manhã do sábado, 25, na Paróquia São José do Jaguaré, Setor Butantã, realizou-se o
encontro da Escola Bíblico-Catequética São José de Anchieta, com o tema “Catequista,
testemunha da fé e guardião da memória de Deus”. A atividade foi conduzida pelo Padre
Paulo Gil, Coordenador da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 1
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Coordenador da Pastoral Catequética No domingo, 26, na Paróquia Nossa Senhora do Líbano, Setor Pirituba, durante a mis-
da Arquidiocese de São Paulo e Pároco da Paróquia São João Evangelista, na Região San- sa presidida pelo Padre José Antônio Filho, SJC, Pároco, dez crianças receberam a pri-
tana. Participaram mais de 90 catequistas da Região Lapa. (por Benigno Naveira) meira Eucaristia. (por Benigno Naveira)

SANTANA
Foto Sula Pascom Santana

No sábado, 25, no Santuário Nossa Senhora da Salette, pelas mãos de Dom Jorge Pie-
rozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, 74 jovens e adultos receberam
o sacramento da Confirmação. A missa foi concelebrada pelo Padre Marcos Antônio
Dias de Almeida, MS, Pároco e Reitor. (por Denilson Rabelo)
Hilton Félix
Entre os dias 22 e 24, na Basílica Menor de Sant’Ana, aconteceu o curso de formação
litúrgica, que contou com a presença de Dom Jorge Pierozan; do Padre Roberto Fer-
nando Lacerda, que integra o Cerimonial da Catedral da Sé; e do Padre José Roberto
Abreu de Mattos, Pároco e Reitor. A assessoria ficou sob a responsabilidade do Padre
Rodrigo Santos, teólogo e liturgista, que palestrou sobre a tradução brasileira da 3ª
edição do Missal Romano; da Irmã Ivonete Kuerten, FSP, que falou sobre “O Ministério
do Leitor e Salmista na Celebração Eucarística”; e do Maestro Delphim Rezende Porto,
que ministrou sobre a música litúrgica na celebração eucarística. (por Pascom Santana)
Robson Francisco

Na quinta-feira, 23, a Paróquia Nossa Senhora das Graças, Setor Casa Verde, deu início ao No sábado, 25, na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, Setor Tucuruvi, Dom Jor-
tríduo em honra à sua padroeira, cuja abertura ocorreu com a missa presidida por Dom Jorge ge Pierozan presidiu a missa de investidura dos novos cerimoniários da Região Santana.
Pierozan e concelebrada pelo Padre Maurício José de Lima, Pároco. (por Simone Arruda) (por Robson Francisco)
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BRASILÂNDIA
JRJ com temática vocacional dará lugar
à Missão Regional da Juventude em 2024
Sidnei Gaspar Damasceno Junior
TAÍSE CORTÊS
COLABORADORA DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO

Os jovens da Região Brasilândia participaram no do-

mingo, 26, no Santuário Sião Jaraguá, da etapa final da Jor-
nada Regional da Juventude (JRJ), durante a qual também
houve a abertura oficial da Missão Regional da Juventude
(MRJ) em 2024.
Mais de 850 jovens participaram das atividades que
culminaram com o encerramento deste ciclo, mas já com
a mobilização para o próximo ano que terá como tema
central a juventude missionária.
A missa foi presidida por Dom Carlos Silva, OFMCap.,
que também conduziu o momento de adoração ao Santís-
simo. O Padre Maycon Wesley da Silva, Coordenador da
JRJ, Assistente Eclesiástico da Pastoral Vocacional e Páro-
co da Paróquia Cristo Libertador, Setor Jaraguá, afirmou
que a JRJ nasceu com o intuito de despertar no coração da
juventude da Região o desejo de escutar a Deus.
Usando o tema do Ano Vocacional 2023 – “Voca-
ção: Graça e Missão” – foram promovidos encontros
regionais, com mais de 800 participantes em cada um,
com momentos de animação, oração, Confissão, acon-
selhamento espiritual e dinâmicas com provas temáti-
cas para se cumprir em equipes, o que permitiu falar
das vocações de maneira diferente, leve e adequada
para chegar ao coração dos jovens.
O jovem Luiz Henrique Aguiar da Silva, 23, da Paró-
quia Santa Teresinha do Menino Jesus, Setor Pereira Bar-
reto, manifestou surpresa ao ver o grande engajamento
dos jovens ao longo das etapas. “É incrível ver uma juven-
tude tão viva e tão presente na Igreja em tempos nos quais
parece que a juventude está esquecida de Deus. Em um
evento como este, basta um empurrãozinho para perceber
que a juventude está sedenta de Deus”, afirmou durante
sua participação na etapa final da JRJ. Ela concluiu que vê
que a JRJ ajudou a juventude da sua Paróquia a reacender
a chama da esperança de que é possível ter uma vida santa
e de busca de Deus diariamente.
Daniele Izidoro da Silva Alves
“Foi um ano vocacional com muito trabalho e que
gerou frutos diretamente nas paróquias”, afirmou o Padre
Maycon. Segundo ele, percebeu-se a criação de grupos de
jovens, maior entrosamento entre a juventude das paró-
quias a partir da proposta dos trabalhos em equipes que
possuíam jovens de diferentes paróquias.
O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilân-
dia acompanhou todas as etapas da JRJ e esteve próximo
aos jovens. Ele demonstrou entusiasmo com a juventude,
sobretudo para o próximo ano, com a mobilização ainda
maior dos grupos.
Durante o ano, semanalmente aconte-
ceram as aulas do Curso de Agentes da
Pastoral da Saúde na Paróquia Santa
Cruz de Itaberaba, Setor Freguesia do Ó,
em sintonia com os cursos realizados nas
demais regiões episcopais. A conclusão de
todos eles acontecerá com uma missa de
envio dos formandos, na Catedral da Sé,
no sábado, 2, às 9h.
(por Marcos Rubens Ferreira)

Na tarde sábado, 25, os membros da Pastoral Afro-Brasileira Dom José Maria Pires, com a assessoria do Cônego José Renato Ferreira,
se reuniram no salão da Paróquia São Luís Gonzaga, Setor Pereira Barreto, para o encontro anual e celebrativo do Dia da Consciência
Negra. Neste ano, o tema foi “Negritude e Educação: desafios e conquistas” e homenageou homens e mulheres negros que fazem a dife-
rença na educação do País. Houve apresentações de dança das Irmãs Mercedárias da Caridade e da artista e dançarina Laila Leopoldino.
(por Daniele Isidoro da Silva Alves)

Gisele Lima
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Diariamente, no site do jornal O SÃO
PAULO, você pode acessar notícias
sobre a Igreja e a sociedade em São
Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir,
algumas notícias e artigos publica-
dos recentemente.

Unidos ao Papa, bispos do

Conselho Permanente da
CNBB clamam pela paz
No contexto dos festejos da novena em honra à padroeira, com o tema “Com Maria, servir a Deus e aos irmãos”, na tarde do sába- https://curtlink.com/J2Co
do, 25, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Vila Carolina, Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Re-
gião Brasilândia, conferiu o sacramento da Crisma a 38 jovens e adultos. (por Gisele Lima) Natal com The Chosen:
Marcos Rubens Ferreira iniciativa mobiliza igrejas em
todo o Brasil
https://curtlink.com/HvAf

Desigualdades sociais
‘custam’ até 23 anos de vida
aos mais pobres de SP
https://curtlink.com/9KJZ

Pela Rádio 9 de Julho,

programa ‘Vocação: graça
No dia 19, na Paróquia São Francisco de Assis, Setor Dom Paulo Evaristo, Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidio- e missão’ difunde a cultura
cese na Região Brasilândia, conferiu o sacramento da Crisma a 34 jovens e adultos. Concelebrou o Padre Gutemberg Pereira, Ad- vocacional
ministrador Paroquial. (por Marcos Rubens Ferreira) https://curtlink.com/P2zg

Francisco nos 10 anos da Evangelii gaudium:
Recuperar a alegria dos primeiros
cristãos, reformar estruturas injustas
FILIPE DOMINGUES
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
NA CIDADE DO VATICANO
Dez anos se passaram desde a pu-
blicação do primeiro documento ela-
borado pelo Papa Francisco, a exor-
tação apostólica Evangelii gaudium
(Alegria do Evangelho), datada de 24
de novembro de 2013. Um simpósio
organizado na sexta-feira, 24, pelo
Dicastério para a Promoção do De-
senvolvimento Humano Integral reu-
niu especialistas para refletir sobre o
documento, considerado “programá-
tico” para o pontificado de Francisco.
Em mensagem aos participantes
do evento, o Papa reforçou o convi-
te feito há dez anos, de iniciar “uma
nova etapa no anúncio do Evange-
lho”, na qual se propunha "recuperar
a alegria missionária dos primeiros
cristãos, cheios de coragem, incan-
sáveis no anúncio e capazes de gran-
des resistências ativas”, e de reformar
as estruturas injustas, promovendo
uma nova mentalidade na Igreja e no
mundo.
“O anúncio do Evangelho no
mundo de hoje continua a exigir de
nós uma resistência profética contra-
cultural ao individualismo hedonis-
ta pagão”, escreveu o Santo Padre na
exortação. Além disso, o Papa pediu
que “tenhamos os mesmos sentimen-
tos de Jesus Cristo”, porque “a nossa
missão evangelizadora e a nossa vida
cristã não podem ignorar os pobres”.
Para isso, Francisco sugeriu a criação
de “novas estruturas sociais” que se
baseiam numa “nova mentalidade”
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para “renunciar à autonomia absoluta
dos mercados e da especulação finan-
ceira e atacar as causas estruturais da
desigualdade”.
AS BASES PARA O
MAGISTÉRIO DE FRANCISCO
Em comentário durante o simpó-
sio, o Cardeal Michael Czerny, Prefeito
do Dicastério, afirmou que na Evange-
lii gaudium o Papa Francisco estabe-
leceu as bases para desenvolver o seu
magistério ao longo dos últimos dez
anos. “A luz da fé conduz à alegria do
Evangelho, e da alegria do Evangelho,
acolhido e vivido, nasce a consciência
de que somos chamados a nos reco-
nhecermos e a vivermos uns com os
outros como irmãos”, disse o Cardeal.
Ele afirmou, ainda, que o Papa
Francisco, como Bispo de Roma, sin-
tetiza e ilustra o fruto do debate ecle-
sial que teve lugar em Aparecida, du-
rante a Conferência (Celam), em 2007.
“Trazendo o tesouro experiencial da
Igreja latino-americana da periferia
para o centro, ele imagina o caminho
a ser seguido por toda a Igreja Cató-
lica e afirma profeticamente: ‘Sonho
com uma opção missionária capaz de
transformar tudo’ (cf. EG 27)”, decla-
rou o Cardeal Czerny.
O programa delineado na Evange-
lii gaudium, disse o Cardeal, “atualiza
e esclarece” a afirmação do Concílio
Vaticano II, por meio da constitui-
ção pastoral Gaudium et spes, de que
é preciso “aprofundar os sinais dos
tempos e interpretá-los à luz do Evan-
gelho” (GS 4). Nesse sentido, na visão
| 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 | Papa Francisco | 17
Vatican Media
do Cardeal Czerny, “é por meio do di-
álogo e do encontro com a história e
com o mundo de hoje, fragmentado e
abalado como que passando por uma
terceira guerra mundial em pedaços,
que a Igreja está amadurecendo sua
consciência de que, para aderir e se
conformar a Cristo, o Senhor, ela é
chamada a se lançar novamente como
o Povo de Deus, ao lado de toda a fa-
mília humana”.
Em recuperação
de saúde, Papa
cancela viagem
apostólica
a Dubai
O diretor da Sala de Imprensa da
Santa Sé, Matteo Bruni, informou na
terça-feira, 28, o cancelamento da
45ª viagem apostólica internacional
do Papa Francisco. O Pontífice iria a
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,
para participar da 28ª Conferência
das Partes da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, a COP28.
O cancelamento da viagem aten-
de a um pedido dos médicos que
acompanham o quadro clínico do
Pontífice. Com a chegada de dias
com frio mais rigoroso no inverno
italiano, Francisco teve uma leve in-
flamação pulmonar e embora esteja
se recuperando bem, alguns com-
promissos de sua agenda pública já
haviam sido cancelados. Além disso,
no domingo, 26, o Papa rezou o An-
gelus da capela da Casa Santa Marta,
onde reside. Naquela ocasião, a ora-
ção e meditação do Evangelho foram
transmitidas ao vivo para os fiéis na
Praça São Pedro. Ao lado do Papa es-
tava o Monsenhor Paolo Braida, que
leu os textos para ele.
De acordo com a Sala de Im-
prensa da Sé, embora Francisco
não possa estar presencialmente na
COP28, "o Papa e a Santa Sé con-
tinuam dispostos a fazer parte das
discussões que ocorrerão nos pró-
ximos dias", e as modalidades pelas
quais isso poderá ocorrer serão de-
finidas em breve.
(por Redação)
18 | Reportagem | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
Em SP, bispos de todo o mundo discutem a
‘Cultura da Acolhida’ na mobilidade humana
TATIANNA LUDUS
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
A Congregação dos Missionários de
São Carlos (Scalabrinianos) realizou em
São Paulo, nos dias 22 e 23, o Encontro
Internacional de Bispos das Conferên-
cias Episcopais inseridos nas Comissões
Nacionais de Pastoral da Mobilidade
Humana.
Ao todo, 34 países foram representa-
dos por líderes religiosos, especialistas em
migração e autoridades eclesiásticas. Além
de debater e buscar soluções para os desa-
fios enfrentados pelos migrantes, eles re-
fletiram sobre o trabalho da Congregação
diante dessa realidade.
‘ERA PEREGRINO E
RECOLHESTES-ME’
Segundo dados do Alto Comissaria-
do das Nações Unidas para Refugiados
(Acnur), em maio deste ano havia 110
milhões de refugiados, pessoas forçadas a
abandonar suas casas e a se deslocar para
outras regiões. A última crise migratória
comparável a esta ocorreu durante a 2a
Guerra Mundial.
Os fatores que desencadeiam o atual
deslocamento em massa incluem não ape-
nas conflitos e guerras, mas também o im-
pacto das mudanças climáticas, pobreza e
instabilidade política, conforme aponta-
do pelo relatório “Tendências Globais do
Deslocamento Forçado”.
Diante desse cenário, o carisma Sca-
labriniano representa uma resposta de
amor da Igreja para com esses vulnerá-
veis, oferecendo assistência, atenção, aco-
lhida, integração, promoção e proteção
aos migrantes, refugiados, marítimos e
pescadores.
Presentes atualmente em 34 países, os
Scalabrinianos mantêm obras e diversos
serviços, tais como casas de acolhimento
para migrantes, centros de atenção aos
migrantes, pastorais do migrante em or-
ganismos eclesiais diocesanos e nacionais,
paróquias e missões, centros de estudos
migratórios, seminários, centros Stella
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Dom Odilo preside a missa conclusiva do encontro internacional promovido pelos Scalabrinianos
Maris, meios de comunicação social, esco-
las, entre outros.
DESAFIOS: DA PARTIDA À CHEGADA
Cada fase do processo migratório car-
rega consigo histórias individuais que não
podem ser traduzidas apenas em dados e
estatísticas. Os desafios começam no país
de origem, muitas vezes afetado por con-
flitos, desastres naturais ou pela simples
impossibilidade das pessoas em levar uma
vida digna na terra natal. Após a decisão
de deixar esse ambiente, surge o segundo
desafio: o trânsito. O itinerário percorrido
em busca de melhores condições de vida
muitas vezes envolve enfrentar traficantes,
corrupção, meios de transporte perigosos
e leis extremamente restritivas.
Uma vez estabelecidos em um novo
lugar, eles se deparam com o desafio da
acolhida local, dada a dificuldade de en-
contrar serviços que proporcionem pro-
teção e oportunidades para que tenham
uma vida com dignidade. Além de supe-
rar as dificuldades da falta de recursos, da
distância da família e da disparidade de
línguas, eles ainda enfrentam preconceitos
e rejeições.
Padre Leonir Chiarello, Superior-geral
dos missionários Scalabrinianos, destaca a
necessidade de desenvolver uma cultura
Luciney Martins/O SÃO PAULO
de acolhida para essas pessoas: “O Papa
Francisco tem nos falado muito sobre si-
nodalidade, e isso nos inspira a compre-
ender que não basta oferecer serviços, mas
é necessário desenvolver uma cultura de
cuidado, respeito e dignidade para com as
pessoas, independentemente do país em
que nasceram”.
A cultura da acolhida começa quando
o migrante não é visto como um invasor,
mas como o próprio Cristo que transfor-
ma a miséria humana em uma oportuni-
dade de comunhão com o próximo.
“O encontro com o outro é sempre
uma oportunidade de crescimento. Aque-
le que vem de outra realidade nos oferece
possibilidades e oportunidades que em
nosso pequeno mundo não temos”, enfati-
za o Padre Alexandre Biolchi, Superior-re-
gional dos missionários Scalabrinianos na
América do Sul, destacando que essa inte-
gração também pode proporcionar bene-
fícios às nações que recebem os refugiados.
PASSOS ADIANTE
Além das discussões e apresentações,
os participantes do encontro conheceram
algumas iniciativas gerenciadas pelos Sca-
labrinianos, como a Missão Paz e o antigo
orfanato Cristóvão Colombo. Este último,
que já abrigou milhares de crianças, conti-
nua a ser um ambiente de cuidado, amor e
proteção às crianças e aos adolescentes. Os
participantes ainda receberam flores pro-
duzidas pelas próprias crianças e visitaram
o museu do instituto.
Dom José Luiz Ferreira Salles, Presi-
dente do Serviço Pastoral dos Migrantes,
destaca que o encontro promoveu pro-
postas concretas para o desenvolvimento
do trabalho que já é realizado, como, por
exemplo, buscar uma maior incidência
política: “Esse é um projeto grande que
pensamos para o próximo ano, buscar a
participação do governo na responsabi-
lidade da defesa dos direitos dos pobres,
migrantes e refugiados que aqui chegam”.
Falando aos participantes no primeiro
dia do evento, o Padre Fábio Baggio, CS,
Subsecretário do Dicastério para o Servi-
ço do Desenvolvimento Humano Integral,
abordou as migrações contemporâneas, a
preocupação do Papa com a temática e os
desafios pastorais, eclesiais e missionários.
ENXUGAR AS LÁGRIMAS DE CRISTO
Na missa de encerramento do encon-
tro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arce-
bispo de São Paulo, reconheceu a impor-
tância do trabalho da Congregação no
acolhimento ao imigrante e na construção
de uma sociedade mais fraterna.
“Os Scalabrinianos realizam um traba-
lho significativo com seu carisma, pois sa-
bemos que a situação dos migrantes é uma
realidade presente em nossa comunidade.
A ajuda organizada que oferecem nos leva
ao encontro deles e contribui para inseri-
-los na vida da Igreja”.
Promover e estar aberto a esse encon-
tro não é uma experiência exclusiva do
carisma Scalabriniano, mas uma reco-
mendação do Sumo Pontífice para toda
a Igreja, conforme lembrado por Dom
Odilo: “O Papa tem sido insistente com
o tema da indiferença aos irmãos que
não encontram acolhimento diante de
sua fragilidade e situação. Podemos nos
questionar se, diante dessa situação, Jesus
não está chorando, assim como chorou
por Jerusalém".
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www.arquisp.org.br | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 | Pelo Mundo/Fé e Vida | 19

Costa Rica Liturgia e Vida

Católicos se posicionam contra projeto
de lei que busca abolir o segredo de Confissão
JOSÉ FERREIRA FILHO ta Rica também se manifestou contra
osaopaulo@uol.com.br esse projeto de lei, observando que, de
acordo com o cânon 983 do Código
O deputado Antonio Ortega, da de Direito Canônico, o sigilo sacra-
Costa Rica, apresentou um projeto mental “é inviolável”, o que impede o
de lei que, modificando diversos arti- confessor de revelar a Confissão do
gos do Código de Processo Penal e do penitente.
Código Civil daquele país, permitiria No seminário, Dom Daniel expli-
abolir o sigilo da Confissão no caso de cou que o penitente “deve ter a certe-
crimes sexuais contra menores. za, em todos os momentos, de que a
Em resposta, um grupo de líderes conversa sacramental permanecerá
católicos costa-riquenhos, entre eles dentro do segredo do confessionário,
Dom Daniel Blanco, Bispo Auxiliar da entre a sua consciência aberta à graça e
Arquidiocese de São José, participou a Deus, com a necessária mediação do
recentemente de um webinar intitula- sacerdote. O sigilo sacramental é in-
do “Sigilo sacramental: uma aborda- dispensável, e nenhum poder huma-
gem canônica, jurídica e preventiva” no tem jurisdição sobre ele, nem deve
para apresentar a posição da Igreja reivindicá-lo”.
sobre o projeto. O Bispo destacou, ainda, que o pe-
A Conferência Episcopal da Cos- nitente busca o sacramento consciente
de que o sacerdote ouvirá os pecados
“não como homem, mas como Deus”,
ou seja, “in persona Christi capitis” –
“na pessoa de Cristo, cabeça” da Igreja.
Citando um documento da Pe-
nitenciaria Apostólica, Dom Daniel
apontou que “qualquer ação política
ou iniciativa legislativa destinada a
infringir a inviolabilidade do sigilo
sacramental constituiria uma ofensa
inaceitável contra a ‘libertas Ecclesiae’
[a liberdade da Igreja], que recebe sua
legitimidade não de Estados individu-
ais, mas de Deus; constituiria também
uma violação da liberdade religiosa,
juridicamente fundamental para todas
as outras liberdades, incluindo a liber-
dade de consciência de cada cidadão,
tanto penitentes quanto confessores”.
Fonte: Gaudium Press
1O DOMINGO DO ADVENTO
3 DE DEZEMBRO DE 2023
Advento e esperança
PADRE JOÃO BECHARA VENTURA
O Advento é um tempo litúrgico marcado
pela virtude teologal da esperança. Ao longo
de quatro semanas, reviveremos a espera dos
profetas e justos do Antigo Testamento pela
vinda do Salvador. Alimentaremos o desejo
pela “Parusia”, isto é, pela segunda vinda de
Cristo, quando Ele estabelecerá o seu Reino
definitivo. Buscaremos, também, contemplar
com gratidão e docilidade a visita silenciosa
que o Senhor, qual orvalho que cobre a relva
na madrugada, faz às almas que O esperam
e amam.
Por isso, a cor litúrgica neste período
será o roxo, representativo da esperança.
Também por isso, Jesus nos convida no
Evangelho: “O que vos digo, digo a todos:
Vigiai!” (Mc 13,37). A esperança e a vigi-
lância do Advento têm a finalidade de fazer
aumentar o desejo de estar com o Senhor.

Espanha Para tanto, utilizaremos expedientes exte-

Famílias promovem 'adolescência sem celulares'
Na Espanha, milhares de pais e mães
estão se unindo espontaneamente, via
redes sociais, para promover uma ado-
lescência sem celulares – ou, pelo me-
nos, com drástica redução do seu uso.
No início deste ano letivo, que no
Hemisfério Norte começa entre agosto
e setembro, algumas famílias em Bar-
celona criaram um grupo de discussão
on-line para sensibilizar outros pais e
debater sobre o acesso dos menores
a esses dispositivos e, em pouco tem-
po, mais de 7 mil pessoas aderiram
à iniciativa.
“A internet é uma fonte mais de
perigo e desconexão do que de virtu-
des”, afirmou Xavier Casanovas, por-
ta-voz dos pais, à Catalunya Ràdio,
acrescentando que as crianças estão
conversando muito menos e até olhan-
do muito menos umas para as outras.
Para ele, o uso desproporcional de
smartphones é “uma nova forma de
escravidão, porque do outro lado há al-
guém que está programando, que está
lucrando”.
De fato, as famílias engajadas na
iniciativa denunciam que as redes so-
ciais, os videogames e a maioria dos
aplicativos são projetados para viciar
os usuários. A título de exemplo, eles
mencionam que o criador da função
“rolagem infinita”, Aza Raskin, se ma-
nifestou arrependido por essa inven-
ção e alertou para o seu potencial de
gerar dependência.
Os pais também acreditam que
os sistemas de controle parental não
são uma solução, porque as crianças
aprendem facilmente a evitá-los. Boa
parte das famílias defende que os filhos
só tenham acesso às redes sociais a par-
tir dos 16 anos, quando podem usá-las
de modo mais responsável e maduro.
Os promotores deste fenômeno
cidadão consideram que “a compre-
ensão da leitura e a capacidade de
concentração despencaram devi-
do ao boom tecnológico”. Além dis-
so, eles observam que, por meio dos
smartphones, “53,8% dos menores
acessam pornografia antes dos 13 anos
e 8,7% antes mesmo dos dez”. (JFF)
Fonte: Aleteia Brasil
riores, como a montagem de um presépio
em casa e as decorações e comidas típicas de
Natal. Mas empregaremos, principalmente,
práticas interiores, tais como a Confissão,
a Novena de Natal e a contemplação dos
Evangelhos da infância da Senhor. Desse
modo, desejaremos mais intensamente a
vinda do Menino!
Procuraremos, apesar dos atropelos de
fim de ano, alimentar um espírito de oração
intensa e de despojamento. Muitos escolhem
alguma penitência ou obra de piedade para
praticar no Advento. Refletiremos sobre o
ano que passou, com as suas alegrias e dores.
Agradeceremos ao Senhor por tudo, pedire-
mos perdão pelas faltas cometidas e implora-
remos mais graças, para que o Natal nos traga
um novo fôlego.
O início de um novo ano litúrgico pode
marcar também um recomeço para a vida de
fé. Olhando para a frente, dizemos uma vez
mais, com sinceridade: Senhor, hoje reco-
meço! A Confissão no Advento, se bem feita,
dar-nos-á nova injeção de fé e de esperança.
Agora que o ciclo da vida espiritual recome-

Coreia do Sul ça, Deus nos dá mais uma chance. Aproveite-

Jovens coreanos anseiam pela JMJ Seul 2027
Os jovens católicos de Seul já estão
ansiosos pela Jornada Mundial da Ju-
ventude (JMJ), que acontecerá na capi-
tal coreana em 2027. Com esse espírito,
eles celebraram a Jornada Diocesana
da Juventude, nos dias 25 e 26, atraves-
sando e iluminando as ruas da cidade
com uma procissão de velas “numa
celebração de fé, esperança e unidade”,
diz uma nota da Arquidiocese de Seul.
Na ocasião, a Arquidiocese de Seul
anunciou oficialmente que será a ci-
dade anfitriã da Jornada Mundial da
Juventude em 2027: a cidade ofereceu
a sua grande disponibilidade, tanto na
área da comunidade católica quanto na
área social e tecido civil, “para organi-
zar o evento juvenil”, que será prepa-
rado nos próximos quatro anos com
uma abordagem espiritual, mas tam-
bém técnica e organizacional.
Na missa presidida por Dom Pe-
ter Soon-taick Chung, Arcebispo de
Seul, ele se dirigiu aos presentes com
as seguintes palavras: “Se encararmos
a Jornada Mundial da Juventude ape-
nas como um grande evento ou uma
meta a ser alcançada, perderemos a
sua verdadeira essência. Em vez dis-
so, a Jornada Mundial da Juventude
é um momento para unir os nossos
corações, mentes e forças e preparar-
-nos para convidar os nossos irmãos,
jovens católicos de todo o mundo, a
reunirmo-nos para celebrar a alegria
do Evangelho ao longo das fronteiras,
das culturas, das línguas e das etnias”.
O programa em nível diocesano
incluiu uma exposição sobre a história
da JMJ, um concerto, testemunhos, a
possibilidade de confessar-se, diversas
palestras e uma vigília com momen-
tos de silêncio, oração, meditação e
relacionamento pessoal com Deus,
que proporcionaram aos participantes
uma compreensão mais profunda do
significado da JMJ.
O evento foi visto como “uma
promessa do compromisso vivo e di-
nâmico que Seul está disposta a ofe-
recer como cidade anfitriã da Jornada
Mundial da Juventude 2027”. Um pen-
samento e uma oração especiais fo-
ram dirigidos aos jovens da Coreia do
Norte, aos quais Dom Peter convidou a
participar da JMJ 2027. (JFF)
Fonte: Agência Fides
mos a sua bondade e paciência!
A esperança cristã não está alicerçada na
expectativa de que “tudo correrá bem” e, no
final, as coisas “darão certo”. A esperança so-
brenatural que o Senhor nos dá é a certeza
atual da sua presença; a consciência clara de
que Ele governa e rege a história e nossas vi-
das; e a firme convicção de que Cristo dará a
vida eterna a todos os que Nele creem, espe-
ram e amam. Uma alma repleta de confiança
no Senhor encontra alicerce mesmo quando
se sente fraquejar. Não confia em si, na saúde,
na inteligência, no êxito ou outros recursos,
mas somente em Deus.
A esperança do Advento nos levará a en-
xergar além do visível a olho nu. Far-nos-á
ver que nasceu um Menino em Belém; que
“Deus é fiel” (1Cor 1,9) e vem em breve nos
salvar; e que “os sofrimentos do tempo pre-
sente não são nada em comparação com
a glória que irá se manifestar em nós” (Rm
8,18). Afinal, “é na esperança que fomos sal-
vos” (Rm 8,24)! Que nossos corações estejam
repletos da santa esperança em Deus!
20 | Reportagem | 29 de novembro a 5 de dezembro de 2023 |
Ano Vocacional renova a consciência
sobre o chamado de Deus para a
santidade e para a missão
FERNANDO GERONAZZO
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
No domingo, 26, Solenidade de Cris-
to Rei, a Igreja no Brasil concluiu o 3º
Ano Vocacional. Na Arquidiocese de São
Paulo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer
presidiu uma missa na Catedral da Sé,
que contou com a participação dos agen-
tes do Serviço de Animação Vocacional.
A Eucaristia foi concelebrada por
Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bis-
po Auxiliar de São Paulo e Referencial
arquidiocesano para a Animação Voca-
cional, além de Presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para os Ministérios
Ordenados e a Vida Consagrada da
Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB).
Aberto em 20 de novembro de 2022,
o Ano Vocacional teve o objetivo de
promover a cultura vocacional nas co-
munidades eclesiais, nas famílias e na
sociedade, para serem ambientes favo-
ráveis ao despertar de todas as vocações,
como graça e missão, a serviço do Reino
de Deus.
Inspirado no documento final do
Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé
e o discernimento vocacional, de 2018,
em que a vocação é apontada com “um
dom de graça e de aliança, como o mais
belo e precioso segredo de nossa liber-
dade”, e também levando em conta os
apelos do Papa Francisco na exortação
apostólica Christus vivit, de 2019, este
Ano Vocacional teve como tema “Vo-
cação: Graça e Missão” e lema “Cora-
ções ardentes, pés a caminho” (cf. Lc
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Na Solenidade de Cristo Rei, Dom Odilo recorda a realização do 3º Ano Vocacional do Brasil
24,32-33), alusivo à passagem bíblica
dos discípulos de Emaús.
CHAMADO
Na Christus vivit, o Papa refletiu so-
bre a vocação como o chamado de Deus
à amizade com Ele, isto é, à santidade.
“Isto tem um grande valor, porque colo-
ca toda a nossa vida diante de Deus que
nos ama, permitindo-nos compreender
que nada é fruto de um caos sem sen-
tido, mas, pelo contrário, tudo pode ser
inserido num caminho de resposta ao
Senhor, que tem um projeto estupendo
para nós”, destacou o Pontífice.
O Santo Padre também compara a
vocação a um presente oferecido por
Deus aos seus amigos. “E decidiu pre-
sentear-te com uma graça, um carisma
Divulgação
Luciney Martins/O SÃO PAULO
que te fará viver plenamente a tua vida
transformando-te numa pessoa útil aos
outros, em alguém que deixa uma marca
na história, será certamente algo que te
deixará feliz no mais íntimo de ti mesmo
e te entusiasmará mais do que qualquer
outra coisa neste mundo”, completou.
ACOMPANHAMENTO
O Papa salienta a necessidade de
haver sacerdotes, religiosos, leigos, pro-
fissionais e até jovens qualificados que
possam acompanhar os jovens no seu
discernimento vocacional. “Quando nos
toca ajudar o outro a discernir o cami-
nho da sua vida, a primeira coisa a fazer
é ouvir”, afirmou.
“O discernimento se torna um ins-
trumento de compromisso forte para
seguir melhor o Senhor. Assim, o de-
sejo de reconhecer a própria vocação
adquire uma intensidade suprema, uma
qualidade diferente e um nível superior,
que responde muito melhor à dignidade
da vida”, acrescentou o Pontífice, refor-
çando que um bom discernimento é um
caminho de liberdade que faz aflorar a
realidade única de cada pessoa, que só
Deus a conhece.
AVALIAÇÃO
“Preparado com muito esmero, o
Ano Vocacional tocou o coração da
Igreja, do povo de Deus, chegou na vida
dos fiéis e na ação evangelizadora. Em
todas as dioceses, paróquias e comuni-
dades, se multiplicam as iniciativas de
oração, reflexão e promoção de todas
as vocações”, avaliou Dom Ângelo ao O
SÃO PAULO.
Sobre o legado do 3o Ano Vocacional
do Brasil, o Bispo destacou o crescimen-
to de uma sensibilidade vocacional que
se expressa na oração pelas vocações,
nas iniciativas vocacionais, em parti-
cular com as crianças, adolescentes e
jovens, que envolve a catequese, a pas-
toral juvenil, a família e a liturgia. Ele
recordou, ainda, as palavras do Papa
Francisco, citadas do texto-base do Ano
Vocacional: “Toda a pastoral é vocacio-
nal, toda a formação é vocacional, toda
a espiritualidade é vocacional”.
“As forças desta cultura vocacional
estão na consciência cada vez maior de
que a partir do santo Batismo, enxerta-
dos na vida de Cristo e da Igreja, somos
todos chamados a acolher o projeto de
Deus em Cristo, que se revela na história
pessoal e de fé, em um caminho de san-
tidade, na plenitude vocacional”, com-
pletou o Bispo.
DESAFIOS
Entre os desafios permanentes, Dom
Ângelo destacou a criação das equipes
vocacionais nos âmbitos comunitário, pa-
roquial, diocesano e regional. “Muito já se
realizou, há muito o que fazer, uma meta
sempre a alcançar, mas temos a firme con-
vicção de que as equipes vocacionais são
um caminho importante e necessário.
Neste contexto, somos chamados a gerar
e formar uma comunidade orante pelas
vocações, pois, de uma comunidade que
reza, brotam santas vocações”.
“Os desafios são muitos, mas há mui-
ta esperança. E precisamos ter fé. O Se-
nhor continua chamando, na história de
hoje, as gerações de hoje, crianças, ado-
lescentes, jovens e adultos. O Espírito
sopra onde e quando quer. A graça da
vocação não depende de nós; por isso,
é graça divina, mas conta com a nossa
colaboração, sustento, acompanhamen-
to e discernimento, além do caminho
formativo”, manifestou o Bispo.
PERSPECTIVAS
Em 2024, a Animação Vocacional na
Igreja do Brasil trabalhará a partir do tema
“Igreja, uma sinfonia vocacional”, e o lema:
“Rogai, pois, ao Senhor da messe...” (cf. Mt
9,35-38). Dom Ângelo explicou que a es-
colha desse mote se inspira no pedido do
Papa Francisco para que, como preparação
do Jubileu de 2025, o ano que vem seja des-
tacado como o Ano da Oração.
Essa imagem da sinfonia vem da
mensagem do Papa Francisco para o
Dia Mundial de Oração pelas Vocações
deste ano, que assim diz: ‘Nesse sentido,
a Igreja é uma sinfonia vocacional, com
todas as vocações unidas e distintas em
harmonia e juntas ‘em saída’ para irra-
diar no mundo a vida nova do Reino de
Deus”.
No fim da missa na Catedral da Sé,
Dom Odilo renovou o seu agradeci-
mentos aos responsáveis e agentes da
Pastoral Vocacional Arquidiocesana e
reforçou o pedido de orações incessan-
tes pelas vocações, sobretudo nas famí-
lias e comunidades eclesiais, pedindo
ao Senhor que envie operários para
a Sua messe.