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NÚCLEO DE CATEQUESE PAULINAS - NUCAP

METODOLOGIA CATEQUÉTICA

Erenice Jesus de Souza


erenicej@uol.com.br
BASE COMUM

1 - O ESTILO/INSPIRAÇÃO CATECUMENAL
• O OBJETIVO PRINCIPAL É A INICIAÇÃO À VIDA
CRISTÃ
• PERTENÇA À COMUNIDADE
• QUERIGMA
• UM PROCESSO: ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA.
• IDENTIDADE CRISTÃ: CATÓLICA
• ESCUTA DA PALAVRA: CONHECER
• OS RITOS DE PASSAGEM E AS CELEBRAÇÕES
• A PRÁTICA DA VIDA CRISTÃ: EVITAR E BUSCAR.
Nos primeiros séculos nasce uma experiência que se
consolida...

Aperfeiçoamento do propósito pessoal de conversão


Um processo de amadurecimento da fé:

ESCUTA DA ESCRITURA
EDUCAÇÃO DO AGIR CRISTÃO
PRÁTICA DA ORAÇÃO PESSOAL E COMUNITÁRIA
Pré Catecumenato Catecumenato Purificação Mistagogia

Quaresma
Anúncio evangélico Catequese íntegra e
graduada
QUERIGMA Preparação imediata

Despertar a fé e a Aprofundar a fé Integrar-se na


conversão Amadurecer as comunidade
decisões
Acolhida
Celebrações da Palavra. 3 escrutínios Aprofundar o
conhecimento do
MISTÉRIO
Entrega do Símbolo e do
Pai-Nosso

Exorcismos menores.

Bênçãos

Rito do Effathá

Conversão
BASE COMUM

2 - LEITURA ORANTE
1 – LEITURA: ENTENDER O QUE O TEXTO DIZ

2 – MEDITAÇÃO: O QUE DEUS DIZ – LIGAR COM A


VIDA.

3 – ORAÇÃO: REZAR, INTERIORIZAR - O QUE


TEMOS A DIZER A DEUS.

4 – CONTEMPLAÇÃO: BUSCAR COMPROMISSOS.


BASE COMUM

3 - UNIDADE CATEQUÉTICO-LITÚRGICA
ATENÇÃO ESPECIAL:

• AO TEMPO LITÚRGICO
• AOS GESTOS
• AOS SÍMBOLOS
• AOS RITOS
• AOS CANTOS
• À POSTURA – ESPÍRITO CELEBRATIVO
BASE COMUM

4 - A PRÁTICA DO ENCONTRO
LIVRO

Subsídio a ser adaptado de acordo com a


realidade.

Trata de orientações a serem lidas, estudadas,


refletidas, oradas, em vista do planejamento
da ação catequética.

Enfoque vivencial e celebrativo.


Encontros Celebrações

Catequizandos Adaptações
RICA
Família
PRÉ-CATECUMENATO CATECUMENATO PURIFICAÇÃO MISTAGOGIA

ACOLHIDA
TEMPO DE VIVÊNCIA CRISTÃ:
QUERIGMA APROFUNDAMENTO
PRIMEIRO ANÚNCIO QUARESMA FAMÍLIA
E
IDENTIDADE CRISTÃ COMUNIDADE

VIVÊNCIA CRISTÃ
PREPARANDO O AMBIENTE

ACOLHIDA

ORAÇÃO

VIVÊNCIA

REFLEXÃO SOBRE O TEMA

PARTILHA
COMPROMISSO
CELEBRAÇÃO
AMBIENTAÇÃO

Em um primeiro momento...

Trata da apresentação de sugestões para a


apreciação simbólica.

Compõe-se de objetos que favorecem a


espiritualidade do tema a ser trabalhado.
PARÓQUIA
NOSSA
SENHORA
APARECIDA
CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista
Imaculada
Imagem
Internet
PARÓQUIA
NOSSA
SENHORA
APARECIDA
CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista
Imaculada
PARÓQUIA
NOSSA
SENHORA
APARECIDA
CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista
Imaculada
PARÓQUIA
NOSSA
SENHORA
APARECIDA
CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista
Imaculada
PARÓQUIA
NOSSA
SENHORA
APARECIDA
CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista
Imaculada
Para tanto...
Por sua natureza missionária, a Igreja deve estar
presente e atuante nas diversas situações,
lugares e ambientes...
Necessitamos de iniciativas das quais brotem
espiritualidades capazes de empolgar, espaço
onde as pessoas consigam fazer seu encontro
pessoal com Jesus Cristo vivo e descubram seu
estilo de ser Igreja e de agir como Igreja.
PARÓQUIA NOSSA SENHORA
APARECIDA CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista Imaculada com


catequizandos no Asilo
PARÓQUIA NOSSA SENHORA
APARECIDA CAPELINHA
FRANCA/SP.

Catequista Imaculada com


catequizandos no Cemitério
BASE COMUM

5 - PLANEJAMENTO DA AÇÃO CATEQUÉTICA


Estrutura da catequese na paróquia

- Processo de iniciação:
- Consciência comunitária.

- Planejamento da ação catequética:


- Destinatários: quem são os sujeitos da ação
catequética?
- Itinerário Catequético de formação dos catequistas
- Itinerário Catequético para iniciação da família
- Prática dos encontros
- Celebrações.
- Querigma e Mistagogia.
A prática do encontro
Encontros
Preparação do ambiente

De acordo com o tema a ser trabalhado o


espaço do encontro poderá ser organizado com
símbolos, cartazes. Torna-se indispensável a
organização de um local no qual a Bíblia e uma
vela estejam sempre presentes.
Acolhida

à chegada para o encontro o grupo deve ser acolhido


de maneira que sinta a importância da sua presença no
encontro. Seja com um bom dia/boa tarde/boa noite,
uma lembrancinha, uma mensagem/cartãozinho, uma
música, uma dinâmica... contar como foi a semana,
conversar sobre algum assunto de interesse do grupo,
alguma notícia em evidência... Fazer uma procissão de
entrada da Bíblia, de uma vela e de algum símbolo
referente ao tema, tornam-se opções.
Oração

neste momento toda a disposição dos presentes deve ser


elevada para o sentido pleno do que será vivenciado. Fazer uso
do silêncio, dos olhos fechados, dar as mãos, ajoelhar-se, sentar,
ficar em pé... seja com uso de um refrão meditativo,
apresentação de preces (pedidos/intenções), agradecimentos...
O uso de uma música, a Proclamação do Salmo referente à
liturgia do domingo ou de algum versículo vocacional (Ex.
Jeremias 1, 4-10) tornam-se algumas opções. Orações como “Pai
Nosso, Ave Maria, Salve Rainha, Creio, Espírito Santo” são
apresentadas na medida em que os estudos são realizados.
Apresentação do tema

Realizada a acolhida e a oração, no momento de apresentar o


tema o catequista poderá fazer uso de um cartaz/símbolo, por
exemplo, expondo-o para que o grupo direcione a sua atenção
para o que será tratado. Fazer memória do encontro anterior, de
modo a garantir a coerência das ações é uma prática a ser
destacada. Conversar com o grupo e ouvir suas primeiras
ideias/impressões sobre o tema é uma prática que favorecerá
um diagnóstico do que o grupo já sabe e o que precisa aprender.
Neste sentido, os livros/subsídios trazem elementos que
contribuem para que o catequista tenha conhecimento sobre o
que dialogar com o grupo, o que questionar, como acolher suas
dúvidas.
Proclamação da Palavra:

Todo o trabalho toma sentido neste momento.


A Palavra deverá ser proclamada com clareza. O catequista
poderá proclamá-la, um catequizando poderá fazê-la (desde que
seja solicitado na semana anterior para que ele possa se
preparar). Os versículos selecionados poderão ser lidos no seu
conjunto e depois no momento da reflexão) um versículo por vez
vai sendo retomado. Que a Palavra seja proclamada de forma
solene, diretamente do ambão/mesa. No caso da opção pelo
“Evangelho” do domingo, ampliar a compreensão do que é
tratado a partir da proclamação da Primeira Leitura (Antigo
Testamento), do Salmo e da Segunda Leitura (Cartas Paulinas). O
uso do Método da Leitura Orante (Lectio Divina).
Reflexão/Vivência

Optar pela realização de uma dinâmica que motive a


compreensão sobre o tema, ou seja, um trabalho em grupo com
cartazes/maquetes, atividades escritas ou ilustrativas, gincanas,
brincadeiras, músicas, ensaio de peças teatrais, trabalhos
manuais com recorte/colagem, debates nos quais opiniões
diferentes podem ser apresentadas sobre um mesmo assunto
(na medida em que na discussão possa ser revelada a visão cristã
sobre o assunto em questão), apresentação de textos/histórias
diversas, testemunhos (experiências de vida), visitas, filme, entre
outros, tornam-se elementos a serem valorizados.
Partilha/compromisso/gesto concreto

Fazer ressoar na vida o que é vivenciado na catequese é o


verdadeiro propósito. Para isso, decidir um gesto concreto, uma
ação para a semana seguinte ou algo que possa ser feito para
ajudar alguém (por ex. em um determinado momento é
solicitado ao grupo trazer alimentos para que uma cesta básica
seja montada), entre outras possibilidades.
Avisos/convites/apresentação das pastorais poderão ser
realizados, bem como a orientação de atitudes a serem
vivenciadas em casa, na escola, na rua, no trabalho...
Celebração

é fato que a Liturgia deve permear a ação catequética. Para tanto, o


catequista deverá ressignificar os momentos finais dos encontros para além
da concepção de um “oração final”. Quando tratamos de “celebração”,
garantimos que tudo o que foi vivenciado tem um sentido pleno, uma
espiritualidade. Que neste momento práticas como, por exemplo, o gesto de
molhar a mão na água benta e traçar sobre si o sinal da cruz, seguido de uma
canção pouco a pouco vão orientando os catequizandos para a necessária
santificação de suas ações. Apresentar as preces, fazer pedidos,
agradecimentos, abençoar o grupo, solicitar aos catequizandos que escrevam
orações e a depositem em um caixa, solicitar que escrevam orações ou que
tragam orações escritas pelos seus familiares a as apresentem, a realização de
um lanche, o abraço da paz, entrega de lembrancinha/mensagem... são
evidencias celebrativas a serem contempladas.
BASE COMUM

5 - PLANEJAMENTO DA AÇÃO CATEQUÉTICA


Estrutura da catequese na paróquia

- Processo de iniciação:
- Consciência comunitária.

- Planejamento da ação catequética:


- Destinatários: quem são os sujeitos da ação
catequética?
- Itinerário Catequético de formação dos catequistas
- Itinerário Catequético para iniciação da família
- Prática dos encontros
- Celebrações
- Querigma e Mistagogia.
OS DESTINATÁRIOS...
INFÂNCIA
Isabela tem 6 anos. Sua avó conta que até os seus quatro anos a garota conviveu com um
primo que era por ela muito querido. Ambos tinham a mesma idade e cresceram juntos,
tendo o apoio um do outro nos diversos momentos familiares. Quando o garoto
completou 4 anos uma doença o afetou gravemente e durante 4 meses ele foi internado,
recebendo os cuidados necessários tanto da família quanto da equipe médica, porém,
Isabela não foi levada ao hospital, sendo somente informada da situação. Durante este
período sua avó a convidou para que rezasse pelo primo, e todos os dias elas realizavam
suas orações na intenção de que ele melhorasse, de que Deus iria salvá-lo.
Passados os quatro meses, a doença se agravou e o primo entrou em óbito. Novamente
Isabela é informada do ocorrido, porém, a família, acreditando ser ela muito pequena,
não permite que ela participe do velório e muito menos que fosse ao cemitério.
Decorrido o fato, dois anos se passaram. Novamente a família encontra-se com um de
seus membros, um tio, hospitalizado e assim como foi feito pelo primo, todos foram
convidados a pedirem a Deus pela sua salvação, realizando cada qual suas orações. Como
era costume, a avó convidou Isabela para rezar com ela, porém, algo lhe chamou muito a
atenção. Ao ser informada que o tio estava doente e que todo mundo estava pedindo a
Deus por ele Isabela disse: “Mas vó, por que a gente vai fazer isso de novo? Não vai
adiantar. Deus não existe. Se Deus existisse ele tinha salvado o Lucas (o primo). Eu não
quero fazer isso (rezar) de novo”.
ADOLESCÊNCIA
Nicolas tem 14 anos e depois de ter feito a Primeira Comunhão foi informado que
deveria se inscrever na turma de Crisma. Iniciados os encontros ele participava de
todas as atividades que lhe eram propostas e nos momentos de reflexão era
bastante participativo. Sua família sempre o apoiava - um avô ministro da
Eucaristia, uma mãe membro do coral, um irmão seminarista - e as experiências o
marcavam profundamente. Tinha muita facilidade em trabalhar em grupo,
facilitando a compreensão dos temas a partir dos exemplos que conhecia.
Por confiar ao grupo suas ideias, um dia ele revelou que tinha um grande desejo
de fumar, de saber como é isso, demonstrando saber das consequências, porém,
com uma ideia fixa que o acompanhava. Ele via seus amigos na escola, membros
da família fumando e começou a sentir curiosidade sobre o que isto significava.
Uma das colegas do grupo, ao considerar o que Nicolas acabara de revelar, disse
que se fosse ele, ela não entraria nessa, até porque ela fuma e se pudesse nunca
teria começado. Nicolas ouve, compartilha esta e outras opiniões, porém, dentro
dele o desejo ainda persiste.
JUVENTUDE
Jorge tem 21 anos. Completou os estudos até o Ensino Médio e trabalha
de segunda a sexta-feira. Aos sábados ele gosta de ir ao bar com os
amigos e assim passa seus dias, em especial, seu fim de semana. O bar
que ele frequenta fica próximo a uma Igreja e todos os sábados a tarde
um grupo de jovens se reúne para realizar suas atividades como de
costume.
Um dia Jorge se perguntou o que tanto aquele pessoal fazia e resolveu
aparecer no encontro para entender o que era tudo aquilo. Assim que
chegou o grupo estava iniciando seus trabalhos com uma oração e de
imediato o convidaram para participar. Ele foi ouvindo o que era dito por
aquele pessoal, porém, em um determinado momento ele pediu a
palavra e disse que não conseguia entender o que estava sendo dito.
Explicou a sua situação, uma vez que nunca tinha participado de algum
grupo e que muito menos ia à Igreja, mas que estava ali para saber o
que tanto eles faziam todo sábado de tarde.
VIDA ADULTA
51 anos de idade: depois de muito procurar, chegava o momento de
tomar uma decisão. Seu José já havia participado de muitas
denominações religiosas, havia aprendido muito – como ele mesmo
afirmava – sobre a Bíblia e tinha suas convicções sobre Deus e as
verdades da fé.
Tomou a decisão de ser católico mas, resistente ao que lhe era
apresentado, não conseguia aceitar que Deus estivesse presente no
mundo, atuando junto ao povo e fazendo de cada um de nós seus
instrumentos junto aos mais necessitados.
Para ele Deus estava no céu e de lá tudo era determinado: O Deus
de Israel que faria justiça junto aos infiéis.
AS CELEBRAÇÕES...
ETAPAS/TEMPOS E CELEBRAÇÕES QUE MARCAM
UM PROCESSO

Primeiro degrau – Admissão: diálogo,


adesão, exorcismo, assinalação da fronte e
dos sentidos, entrega da Palavra de Deus.
Pré Catecumenato Unção
Batismo Catecumenato Entrega do Creio e do Pai Nosso
Eucaristia Purificação/Iluminação
Crisma Mistagogia Segundo degrau - Eleição/inscrição do
nome: apresentação, interrogação e
inscrição do nome, eleição.
Escrutínios
Effathá
Celebração Penitencial
Terceiro degrau - Celebração Sacramental
Tudo isto por uma catequese
orante, vivencial e celebrativa.
É o sentir e provar as coisas
interiormente que farta e
satisfaz a alma.

Santo Inácio
Oremos
Faz-me trilhar, Senhor, a estrada da confiança. Dá-me um
coração capaz de amar serenamente aquilo que sou ou que
não sou.
Ensina-me a devolver a todos os teus filhos e a todas as
criaturas a extraordinária Bondade com que me amas.
Ensina-me que é possível olhar a noite não para dizer que pesa
em todo lugar o escuro, mas que a qualquer momento uma Luz
se levantará.
Dá-me a ousadia de criar e recriar continuamente mesmo
partindo daquilo que não é ideal, nem perfeito.
E quando me sentir mais frágil ou sobrecarregado(a), receba
com igual confiança a minha vida como Dom e cada dia como
um dia Teu.
Pe. José Tolentino Mendonça

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