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INTRODUÇÃO

O manual de Formação Básica de Catequista é destinado ao catequista


multiplicador de formação. Este manual desenvolve conteúdos, tendo por referência, os três
eixos da formação conforme o Diretório Nacional de Catequese nºs 261  276: Ser – Saber –
Saber Fazer em Comunidade. A seguir, apresentamos o roteiro das disciplinas que compõem
o elenco dos 13 (treze) Encontros de Formação Básica de Catequistas e requer tempo
adequado ao processo educativo da fé:

1. O que é Catequese?
2. Ser Catequista
3. Revelação e Catequese
4. Noções básicas da Bíblia
5. Anúncio de Jesus Cristo
6. Jesus Cristo
7. Catecismo da Igreja Católica e Diretório Nacional de Catequese Liturgia
9. Pedagogia de Jesus e Características das Idades
10. O Método na Catequese e Roteiro das Atividades Evangélico-
Transformadoras
11. Técnicas e Recursos na Catequese
12. Espiritualidade
13. Leitura Orante da Bíblia- Retiro Espiritual

Para o catequista multiplicador de formação realizar o desenvolvimento dos


conteúdos, é preciso assumir o princípio interativo fé e vida (cf. CR 110 – 117), dinamizando
os encontros de formação de acordo com o roteiro metodológico proposto abaixo.

1. O que queremos: indica o objetivo a ser alcançado de acordo com o


tema do encontro.
2. Ambientação: propõe os recursos necessários ao desenvolvimento e à
organização do ambiente de acordo com o tema em foco.

3. Acolhida: traz sugestões para introduzir o conteúdo, motivando os


participantes.
4. Introduzindo o conteúdo: provoca uma interação entre conteúdo a ser
desenvolvido e participantes através de dinâmicas.

5. Aprofundando o conteúdo: é o desenrolar do conteúdo que necessita ser


lido, rezado, meditado e assimilado com profundidade pelo catequista
formador para que o resultado do encontro seja eficaz. Alguns
conteúdos são desenvolvidos através de dinâmicas.

6. Interagindo: são atividades propostas com a finalidade de ajudar o


participante no entendimento, compreensão e assimilação do encontro.

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7. Celebrando o encontro: é a unidade catequese-liturgia conduzindo o
participante à experiência orante. Rezar o que foi desenvolvido no
encontro.

8. Revendo o encontro: é retomar o encontro através de um recurso


didático com a finalidade de estimular o catequista iniciante ao estudo,
pesquisa, etc. É sugerido a confecção do portfólio, mas cada contexto
decanal estrutura-se com o que for mais adapto à própria situação.

9. Bibliografia de apoio: são indicações de textos dos documentos


eclesiais sobre catequese para o catequista formador ampliar o seu
conhecimento no assunto a ser desenvolvido.
Caro(a) amigo(a) catequista, nosso esforço de elaborar esta coleção de
temas tem por objetivo ajudar no processo educativo da fé, buscando pensar, fazer, rezar
como Jesus faria hoje se estivesse em nosso lugar de catequista. Queremos ressaltar que
aguardamos sua contribuição avaliativa, para que este projeto prossiga pedagogicamente
conforme as orientações de nosso Diretório de Catequese.

Equipe de Elaboração do Manual de Formação Básica de Catequista

1º Encontro - O QUE É CATEQUESE?

1) O que queremos:

Favorecer o conhecimento sobre a natureza e a finalidade da catequese.

2) Ambientação: O ambiente preparado, previamente, de acordo


com o tema a ser desenvolvido no Encontro
Formativo proporciona uma aprendizagem de
acordo com o princípio metodológico da
catequese “Interação, Fé e Vida”.

No chão dispor, adequadamente, sobre um pano: uma vela grande,


livros e documentos catequéticos, imagem ou gravura de Jesus, Bíblia, figuras de
crianças – adolescentes – jovens – adultos e idosos, sementes, ervas verdes, flores
frescas e uma faixa escrita “Catequese é cuidar da vida e da fé”.

3) Acolhida:

Sendo este o primeiro encontro é necessário promover o entrosamento grupal


com uma dinâmica rápida, proporcionando dizer o próprio nome.
Encerrar esta dinâmica breve com o refrão de um canto, por exemplo:

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“O Senhor é meu Pastor, meu Pastor, meu Pastor.
O Senhor é meu Pastor, meu Pastor é o Senhor.”
(CD: Mantras – Frei Luiz Turra. Paulinas)

Sugestão de entrosamento grupal: Dinâmica da Latinha


Roteiro:

a) Colocar o grupo em forma de círculo;


b) Iniciar o exercício, com um voluntário do círculo, dizendo o nome;
c) Tomar o objeto (latinha ou...) com o auxílio dos cotovelos;
d) Passar para a pessoa que está ao lado;
e) Quem estiver do lado diz o nome;
f) Recebe o objeto (latinha ou ...) também com os cotovelos;
g) E, assim, sucessivamente, até chegar à pessoa que iniciou o exercício.
(Este tipo de exercício pode ser usado em qualquer idade)

4) Introduzindo o conteúdo:

Iniciar com uma interação grupal, motivando o grupo a partilhar


conhecimentos, experiências já assimiladas sobre catequese.

Dinâmica:
Previamente, preparar frases sobre o que é catequese,
recortando-as e separando-as por palavras ou expressões,
conforme o número de participantes do grupo. Embaralhar e
colocar dentro do envelope. Um envelope para cada frase.

Abaixo, proposta de frases:

 Catequese é formar discípulos para um seguimento autêntico de Jesus


Cristo.
 Catequese é processo educativo da fé.
 Catequese é acolher a Palavra, aceitar Deus na própria vida, como dom
da fé
 Catequese é um processo de iniciação à vida cristã.
 Catequese é aprofundar o primeiro anúncio de Jesus Cristo.
 Catequese é espalhar as sementes do amor, para que a fé possa
desabrochar.
 Catequizar é humanizar, libertar, evangelizar, salvar, santificar (D.
Orlando Brandes).
 Catequese é fazer ressoar a mensagem do Evangelho.

a) Distribuir um envelope a cada grupo.


b) O grupo deve colocar em ordem a frase e discutir o seu significado.
c) Apresentar de forma criativa (com canto, músicas e jogral...)

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Aprofundando o conteúdo

A palavra catequese tem sua origem na língua grega e significa “ecoar”.


Portanto, catequese é “fazer o eco ressoar”. Que eco? Jesus Cristo. O eco quando ressoa vai
vibrando pelo ambiente. Por isso, nosso ponto de partida para falar de catequese tem o seu
lugar naquela passagem do evangelho que convida o catequista a experimentar o encontro
pessoal com Jesus Cristo, a viver o que os primeiros discípulos nos relatam no Evangelho de
João: “Mestre, onde moras?” A resposta de Jesus foi: “Vinde e vede” (Jo 1,38-39). Aqui está o
elemento fundamental da catequese: experiência. Os discípulos foram e fizeram a experiência
de conhecer – acolher e seguir Jesus.
Este trecho do evangelho de João é uma narração muito importante para o
nosso jeito de pensar a catequese. É muito comum na comunidade ouvir expressões sobre
catequese como se fosse aula, sobre catequista como se fosse professora, sobre catequizando
como se fosse aluno. Este tipo de fala implica numa mentalidade escolar aplicada à catequese.
Catequese não é aula, não é relação professor – aluno, não acontece apenas em uma sala.
Catequese é encontro. Encontro para conhecer Jesus a partir dos evangelhos,
encantar-se por Jesus e decidir seguir Jesus. Esta escolha implica em exercícios contínuos de
mudança sobre o meu jeito de ser pessoa. Para que? Para viver como Jesus viveu nesta terra.
Jesus foi plenamente humano, o mais humano de toda a humanidade.
Catequese é iniciação aos mistérios da fé cristã. Quais são os mistérios de
nossa fé? – Encarnação de Jesus Cristo; Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo;
Santíssima Trindade; Pentecostes. Mistério é Deus agindo em nós. Mistério não é algo
intelectual, mas experiência. Por isso, precisamos de tempo para pensar, aprofundar e
exercitar-se na vivência cristã, seguindo o exemplo de Jesus: falar como Jesus, pensar como
Jesus, amar como Jesus. A principal atividade catequética é exercitar as atitudes cristãs,
especialmente, atitudes de fé, de esperança e de amor.
A catequese é um processo, formativo, sistemático, progressivo e
permanente de educação da fé (cf. DNC 233, CR 318).
Esta afirmação vem nos dizer que catequese não é unicamente preparar-se à
primeira comunhão e crisma. Há pais que querem ver o mais rápido possível, os seus filhos
concluindo a catequese. Ou então, confundindo a catequese como evento social: fotografias,
filmagens, certificados, desfile de roupas novas, convidados, etc. Eucaristia e Confirmação
são sacramentos. Os sacramentos são sinais da graça de Deus.
Catequese é processo pedagógico na educação da fé. Para desenvolvermos
este processo pedagógico na catequese, buscamos entendê-lo na leitura e meditação do trecho
bíblico narrado pelo evangelista São Lucas 24, 13-35.
Logo, podemos concluir que “a finalidade da catequese é o amadurecimento
da fé”. (CR 318). Fé vivida na comunidade cristã. Por isso, o papel do catequista é ser
mediação, entre a comunidade eclesial e o catequizando. Por que mediação? Porque o sujeito
da ação catequética é a comunidade cristã naquilo que é na fé, e que realiza na fé.
A catequese faz parte do ministério da Palavra e do profetismo da Igreja.
A Igreja transmite a fé que ela mesma vive e o catequizando recebendo, vivendo e crescendo
na fé, enriquece a Igreja. O catequista “é um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de
Deus na força do Espírito Santo” (DNC nº. 39). Na verdade, é o Espírito Santo que age na
catequese.

5) Interagindo:

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 Apresentar um sino.
 Fazer a pergunta ao grupo?
 Observem este sino e faça a sua escolha: De acordo com o que foi
aprofundado, qual parte do sino representa melhor a catequese?
 Deixar pensar um pouco e conduzir:
É o badalo? (quem concordar, levantar a mão)
É o invólucro (parede do sino)?... É o cabo do sino? ...

CONCLUIR:
O badalo é a PALAVRA –
O invólucro é a CATEQUESE que faz a PALAVRA ressoar.
O Cabo é o/a catequista que pelo tipo de catequese que desenvolver, vai fazer o
som (Palavra) ressoar ou não.

6) Celebrando o encontro:

 Formar um círculo com todos os participantes.


 Solicitar aos catequistas para pegar um símbolo, um dos objetos colocados
sobre o pano.
 Espontaneamente, louvar a Deus pela ação da catequese na comunidade.
 Quem pegou a vela, acender e ir ao centro do círculo.
 Estender a mão direita em direção à vela e rezar o Creio.
 Colocar no chão, centro do círculo, todos os símbolos e objetos, dar-se as
mãos e cantar: “Fazei ressoar a Palavra de Deus em todo lugar”.
 Dar-se o abraço da paz.

7) Revendo o encontro:

Com disposição e alegria iniciar a construção de textos catequéticos,


confeccionando com criatividade o próprio Portfólio “Formação de Catequista”. O
portfólio é um recurso didático que proporciona ao catequista retomar os conhecimentos
adquiridos fora do encontro, enriquecendo assim os encontros catequéticos, relatando suas
próprias experiências.
Fazer uma dissertação sobre o conteúdo aprofundado neste encontro (mínimo
trinta linhas), enriquecendo com desenhos, símbolos, frases pesquisadas. Porém, tudo
relacionado ao tema do encontro.

8) BIBLIOGRAFIA DE APOIO:
1. Diretório Geral para a Catequese. - III Capítulo nºs 77 a 87
2. Diretório Nacional de Catequese.
Nova compreensão do ministério da catequese, nºs 35 a 53.
3. Catequese Renovada.
Ministério da Palavra e catequese, nºs 71 a 74. A comunidade
catequizadora, nºs 281 a 319.

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2º Encontro – SER CATEQUISTA

1) O que queremos:

Levar o catequista a perceber a beleza e profundidade da vocação de ser


catequista, identificando as características de sua missão.

2) Ambientação:
Dispor sobre uma mesa ou banqueta um pano com amplo caimento pelo chão,
prendendo-o com o arranjo de frutas verdes (por exemplo: cacho de uvas verdes).
Ajeitar o pano, formando um caminho que vai se alargando à medida que tocar
o chão.
Quando estiver bem aberto, colocar um cacho de uvas maduras.
Colocar alguns pezinhos no caminho (representando a caminhada).
Significado: Catequese é a caminhada no amadurecimento da fé, vivenciada na
comunidade cristã (uvas figuram os membros da comunidade).

3) Acolhida:
Cantar um hino vocacional com expressão corporal, sugestão: A Barca.

4. Introduzindo o conteúdo.

Dinâmica:
Entregar uma folha em branco de papel sulfite a cada catequista.
Pedir para cada um enxergar, nesta folha, a nossa sociedade em
crescente ritmo de mudança.
Pedir para guardar a folha, ainda será usada.

Aprofundando o conteúdo: Vocação e Missão do Catequista

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A mudança cultural de nossa época nos atinge, dando-nos conta ou não.
Vivemos uma época de mudanças e seu nível mais profundo é o cultural. E a mudança
cultural está provocando muito esvaziamento, falta de sentido da vida. Esta situação
existencial não condiz com a missão de ser catequista no mundo de hoje.
O catequista compreende sempre mais a sua missão, à medida que vai fazendo
a leitura sábia dos sinais dos tempos, das mudanças e do caminhar histórico da sociedade.

Primeira
POR QUEparteSOU
do aprofundamento
CATEQUISTA?do conteúdo:

Deixar um tempo para refletir sobre esta pergunta, em duplas.


Socializar a reflexão, dando vez para três duplas partilharem.

Porque sou uma cristã, um cristão. Recebi a graça do Batismo. A fonte


batismal inseriu-me na participação do Mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo,
dando-me o dom de servir na comunidade cristã e na sociedade.

Ser catequista é uma VOCAÇÃO. VOCAÇÃO DE SER CATEQUISTA


Pelo Batismo sou chamado/a a ser DISCIPULO/A MISSIONÁRIO/A DO
SENHOR.
Quem chama é DEUS.
Nesta sociedade em que vivo, Deus me chama para ser “instrumento de seu
Reino de amor e vida, de justiça e paz”, fazendo ressoar Jesus Caminho, Verdade e
Vida.
Este chamado não vem por uma voz clara, distinta aos meus ouvidos, mas por
uma interpelação interior que vem do Espírito Santo, que vai modificando os meus sentidos
para algo, me questiona, me direciona... os fatos, os acontecimentos, a história são elementos
que me conduzem para escutar o chamado e fazer colaborar com a Trindade que habita em
mim. E por isso desejo e quero ser catequista. Dou um sim em meu interior, a Deus. Às vezes,
não é tão claro para mim que estou dando um Sim a Deus, a Jesus Cristo, à ação do Espírito
Santo em mim.
Vocação não é descobrir o que Deus previu para mim, mas ir descobrindo
o que Deus quer de mim, no meu presente. Na relação entre Vocação e Chamado de
Deus, a pessoa vai amadurecendo a escolha e entregando-se a Deus.
Ser catequista não é um dever, não é um fardo pesado para carregar, não é
algo ocasional.
Ser catequista é um dom, porque Deus-Pai me chama para produzir a
imagem de Jesus Cristo, seu Filho, Salvador do mundo (cf. Ef 1,3-6).
Os Evangelhos apontam que Jesus iniciou a sua ação missionária porque era o
Enviado do Pai, convidando pessoas do meio do seu contexto, da realidade de seu povo, para
conhecê-lo, segui-lo e aderir à sua proposta de libertação plena para a Vida em abundância e
partilhar de sua vida e missão ( cf. Mc 1,16-20; Mt 4,18-22; Lc 5,1-11). Os que aderiram a
Jesus e o seguiram, tornaram-se seus discípulos/discípulas.
A minha vocação de catequista é vivida no discipulado de Jesus.
Como ser Discípulo do Senhor?
A vocação do catequista no caminho do discipulado de Jesus é encontrar-se
com Ele e vincular-se estreitamente a Ele (Rm 8,35-39), encantado por Ele, que é a fonte de

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vida (cf. Jo 15,15), Palavra de Vida Eterna. E, dar na liberdade do seu ser, o sim ao chamado
que sente. Como Jesus obedece à vontade do Pai com liberdade e amor (Jo 10,18), o
catequista dá o seu sim com liberdade e amor.
Quem escolhe não somos nós e sim Jesus que nos escolhe (cf. Jo 15,16) para
Alguém – Pai, Filho e Espírito Santo – para criarmos, fazermos um vinculo com Ele na
categoria de “amigo/a” e de “irmão/a” (cf. Jo 15,1-15; Jo 8,33-36; 10,14; 20,17).
O encontro, a paixão, a amizade pela pessoa de Jesus provoca em nós uma
resposta consciente, livre, de adesão e entrega a Jesus Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo
10,3; 14,6).
SER DISCÍPULO MISSIONÁRIO DE JESUS
“Jesus nos chama para segui-Lo. Seguir Jesus significa ser Enviada –
Enviado para anunciar que Ele, por amor, redimiu os nossos pecados e todos os males da
humanidade”. (DA n. 134)
Missão é o serviço que as pessoas são chamadas para fazer acontecer, realizar.
A missão não se restringe a um programa, projeto, um dever a cumprir, mas é o fruto da
experiência de um Encontro, o Encontro com Cristo.
A pessoa se sente interpelada, motivada a testemunhar Jesus e anunciá-Lo. (At
1,8; 4,12; 1 Jo 1,1-3).
O anúncio é ação missionária que irrompe em nós pela força do Espírito de
Jesus “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20b).
Somos Chamados a ser discípulos missionários pelo Batismo e pela
Confirmação e somos participantes da comunhão trinitária na Igreja.
Somos chamados a viver em comunhão com a Igreja e na Igreja, porque “o
Mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do Mistério da Igreja” (cf. DA nºs 152-
155).

IGREJA, POVO DE DEUS E A MISSÃO DO CATEQUISTA


A catequese não é uma ação individual. A catequese, na verdade, é ação de cada
batizado na vivência de sua vocação batismal como Igreja, Povo de Deus. A Igreja, Povo de
Deus, é toda ministerial, ou seja, a diversidade dos dons colocados a serviço das pessoas. Ela
nasce e cresce pela força da comunhão com a Trindade. Pela atração do testemunho da
comunhão, a Igreja cresce, formando as comunidades cristãs (cf. DNC nn. 39.233-234).
“A vida em comunidade é essencial à vocação cristã.”
O catequista é a comunidade que vive e transmite a beleza da comunhão.
“A comunhão é missionária e a missão é para a comunhão” (DA n. 164). Hoje, o catequista é
chamado para ir ao encontro das famílias dos catequizandos que estão distantes, ausentes da
catequese, da comunidade cristã. Na sociedade de hoje, o catequista é missionário em ação
catequética. Não é mais possível, catequese de um lado e famílias dos catequizandos do outro
lado. Esta dualidade precisa ser vencida.
Portanto, ser catequista é colocar-se em processo de discipulado missionário.

Segunda parte do aprofundamento do conteúdo:

O PERFIL DO CATEQUISTA

Primeira etapa da dinâmica:

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Material necessário: papel sulfite branco, papel dobradura colorido (ou jornal),
uma gravura do rosto de Jesus coberta com sete (7) faixas escritas as seguintes
frases:
a) Pessoa que ama viver e se sente realizada.
b) Pessoa de maturidade humana e de equilíbrio psicológico.
c) Pessoa de espiritualidade.
d) Pessoa que sabe ler a presença de Deus.
e) Pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua gente.
f) Pessoa que busca cultivar a sua formação.
g) Pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão.
Desenvolvendo a dinâmica:

a) Pegar a folha em branco, novamente. Fazer um resgate do que foi falado


no início, dar vez para algumas pessoas do grupo fazer a memória.
b) Apresentar ao grupo a gravura de Jesus coberta com faixas.
c) Aprofundar: O perfil do catequista é um ideal a ser conquistado. Jesus
é modelo de MESTRE, de SERVIDOR e de Catequista. Sendo fiel a
esse modelo, é importante desenvolver as dimensões:

Ser, Saber, Saber Fazer em Comunidade. (DNC 261)

1) Ir lendo as faixas em voz alta, enquanto se procede a leitura, o grupo amassa


um canto da folha que tem em mãos.
2) Feita a leitura da faixa, retirá-la (ou jogá-la atrás da gravura) e aprofundar o
conteúdo dela.

Observação: Ao final, o rosto de Jesus será revelado e a folha amassada como


uma bola de papel.

O SER do catequista - seu rosto humano e cristão

1) Pessoa que ama viver e se sente realizada. Assume seu chamado com
entusiasmo e como realização de sus vocação batismal. Ser catequista é assumir o batismo e
vivenciá-lo na comunidade cristã.
2) Pessoa de maturidade humana e de equilíbrio psicológico. O exercício da
catequese possibilita o crescimento no equilíbrio afetivo, na capacidade de relações e de
diálogo, no trabalho de grupo.
3) Pessoa de espiritualidade, que quer crescer em santidade. Nutre-se da Palavra,
da vida de oração, da Eucaristia e da vocação mariana. Falará mais pelo exemplo de que pelas
palavras, nos pobres, na comunidade.
4) Pessoa que sabe ler a presença de Deus nas pessoas, nos pobres, na
comunidade.
5) Pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua gente. É aberta aos
problemas reais e com sensibilidade cultural, social e política.
6) Pessoa que busca, constantemente, cultivar sua formação. Não basta boa
vontade, é preciso uma atualização dinâmica.

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7) Pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão. Considera os
sentimentos das pessoas, é capaz de chegar ao coração daquele a quem se catequiza.

Segunda etapa da dinâmica:

a) Entregar meia folha de papel dobradura colorido para cada catequista (jornal)
b) Fazer uma dobra no comprimento, mais ou menos, três dedos e ir
colocando, imaginariamente, nesta dobra, o seu saber (que pode ser chamado
de arquivo ou outro nome que desejar) à medida que se explanar o saber do
catequista abaixo.

O SABER do Catequista

Jesus desenvolveu a sua missão, conjugando ao mesmo tempo “teoria e


prática”. Com isso queremos dizer que na catequese sempre após termos estudado, lido
algum tema, procuramos refletir o modo como colocamos em prática este tema com os
catequizandos. Agindo desta forma, estamos vivendo o princípio interativo fé e vida.
Para podermos agir com profundidade, eficácia na catequese precisamos
desenvolver:
1) Suficiente conhecimento da Palavra de Deus.
2) Conhecimento dos elementos básicos que formam o núcleo da nossa fé.
3) Familiaridade com as ciências humanas, sobretudo pedagógicas.
4) Conhecimento da doutrina de nossa fé cristã católica: Catecismo da Igreja
Católica, documentos catequéticos, manuais catequéticos.
5) Conhecimento suficiente da pluralidade cultural e religiosa. É preciso educação
para o diálogo e respeito pelo sentimento religioso dos outros.
6) Conhecimento das mudanças que ocorrem na sociedade, inteirando-se sobre as
descobertas recentes da ciência nos diversos campos: genética, tecnologia, informática,
bioética.
7) Conhecimento da realidade local, da história dos fatos, festas da comunidade.
8) Conhecimento dos fundamentos da Teologia Pastoral.

O Saber Fazer do Catequista em Comunidade

O SABER FAZER do catequista é a questão da metodologia.


Para que o catequista possa tornar-se uma pessoa de testemunho e de confiança
perante a comunidade, é preciso que seja competente em sua ação catequética, superando a
improvisação e a simples boa vontade. Para isso, é preciso conhecer e agir com metodologia
catequética.

Terceira etapa da dinâmica:

a) Pedir para dobrar a folha ao meio, abrir novamente, e rasgar na marca até à
altura da dobra feita no passo anterior da dinâmica.
b) A cada leitura, ir fazendo um corte na folha, tendo o cuidado de não cortar

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o SABER.
c) A cada explicação do Saber Fazer, ir fazendo um corte na folha, formando
uma franja.

SABER FAZER

1) Relacionamento: O catequista necessita cultivar a qualidade das relações, ser


acolhedor, misericordioso. Um espaço privilegiado de relações humanas fraternas, de ajuda e
de crescimento é o Grupo de Catequistas.

2) Educação: O catequista será um educador com seu próprio estilo de ministrar


os princípios gerais da pedagogia catequética.
3) Comunicação: O catequista necessita ser um promotor de comunicação da
Vida e da Fé. É importante utilizar material extraído de JORNAIS, TV, DVDS, etc...

4) Pedagogia: O catequista necessita conhecer e integrar elementos de pedagogia


na sua prática, fundamentando-a na pedagogia de Jesus.

5) Metodologia: O catequista necessita de:


6) Conhecer os seus catequizandos, suas necessidades, anseios, dificuldades,
sonhos, a família deles, o bairro, etc.

7) Conhecer a vida da comunidade: as festas, liturgias, lutas, alegrias, etc.

8) Estar em aprendizagem, constantemente, pois, na catequese precisamos ter


a opção pela formação, caso contrário, não seremos catequistas seguindo a metodologia de
Jesus.

Quarta etapa da dinâmica:

a) Neste momento, orientar para enrolar o papel dobradura, que se transformará


numa
peteca.
b) Passo: colocar a bola do SER (o papel branco amassado) no inicio da dobra
do SABER .
c) Passo: ir enrolando e formando uma peteca.
d) Passo: apertar ou torcer entre a bola e a franja prender com elástico ou
barbante, ou outro material, fazendo assim uma peteca.
e) Passo: explicar que a catequese é a peteca e o catequista não pode deixar a
peteca cair.
f) Passo: bater a peteca, brincar com ela, não deixando-a cair.
Colocar uma música para animar este momento de integração.
Sugestão: Vem entra na roda você também/ você e muito importante.
(ou outro canto missionário).

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5. Celebrando o encontro:

Música instrumental de fundo.


Com a peteca na mão,em silêncio, formar um círculo, colocando no centro uma
vela acesa e a gravura de Jesus, que foi trabalhada no momento do SER.
Lançar um questionamento: Como eu vou viver a beleza da vocação de ser
catequista?
Após um tempo de reflexão, expressar (apenas com gesto ou mímica) o como
quer viver a vocação de catequista.
Encerrar com o canto: “Jesus, Jesus de Nazaré.
O teu semblante eu quero ter.
Tal qual és tu, eu quero ser.
Jesus, Jesus de Nazaré.”

6. Revendo o encontro:
Construir um texto sobre o tema aprofundado que será o segundo capítulo do
portfólio Formação de Catequista. Ampliar o texto com desenhos, símbolos, dinâmicas, etc.,
tudo relacionado ao tema (mínimo: duas páginas papel sulfite).

7. BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

Diretório Geral para a Catequese.


Papel do Catequista, nºs 1156.
Diretório Nacional de Catequese
Perfil do Catequista, nºs 261 a 276.
Catequese Renovada.
Missão e Formação do Catequista, nºs 144 a 151;
Catequista e Comunidade, nºs 172 a 176.

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3º Encontro - REVELAÇÃO E CATEQUESE

1) O que queremos:
Favorecer aos catequistas a compreensão de como Deus se revela a nós.

2) Ambientação:
Colocar no chão,centro da sala, plantas (folhagens e flores) e uma Bíblia. Cobri-los,
artisticamente, com um pano.

3) Acolhida:
Cantar com alegria: Olho, em tudo, e sempre encontro a ti,
Estás no céu, na terra, onde for;
Em tudo o que me acontece encontro o teu amor,
Já não se pode mais deixar de crer no teu amor.

/:É impossível não crer em ti,


É impossível não te encontrar,
É impossível não fazer de ti meu ideal.:/

4) Introduzindo o conteúdo:

Dialogar: - Para descobrir o que está aqui encoberto, o que devemos fazer? (não
descobrir)
a. Como podemos ver a Deus?
b. Quando gostamos muito de uma pessoa, que sinais damos a ela de nosso bem-
querer?
c. E Deus também dá sinais a nós de que Ele gosta de nós?
d. Quem não fica deslumbrado diante de um lindo céu estrelado? De uma bela
paisagem?

É costume entre nós dizer: a Bíblia é a Palavra de Deus. No entanto, a Palavra de Deus não
está apenas na Bíblia, mas, também, nos sinais da natureza, da criação. Deus se comunica conosco,
todos os dias. Ele envia os seus sinais a nós. Jesus também olhava e contemplava a natureza e os fatos
da vida e deles tirava lições, ensinava parábolas, etc. O próprio Evangelho de João nos ensina que a
Palavra de Jesus é maior do que a palavra escrita (Jo 21,25). Portanto, a Bíblia contém toda a Palavra
escrita que nos foi revelada, mas a Palavra e a Mensagem de Deus não estão só na Bíblia, mas também
na vida, Igreja...
E, será que nós vemos com facilidade estes sinais de Deus em nossa vida?
A catequese é um dos meios que nos ajuda a descobrir a mão de Deus presente neste
mundo.
Deus está sempre se revelando a nós. A Revelação é uma iniciativa de Deus, compete a
nós, catequistas, comunicar essa revelação de Deus. A Sagrada Escritura narra como Deus quis se
comunicar com o ser humano. A catequese tem a tarefa de fazer ressoar a Palavra de Deus na Bíblia,
na vida do catequizando. A Palavra que ressoa em nosso coração: ilumina a nossa existência e
continua sendo o caminho da revelação de Deus para nós hoje.
O que significa a palavra Revelação para nós, na catequese?

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Revelação significa  desvelar – tirar o véu – mostrar o rosto – identidade;
ou seja, desvelar o que ainda não tinha chegado em nosso conhecimento.

Dinâmica: Ir tirando o pano que encobre as plantas e Bíblia, devagar,


com um certo suspense. Mostrar o que está escondido.

Aprofundando o conteúdo:

A revelação acontece no tempo e no espaço. Ao longo da história da humanidade,


Deus tomou a iniciativa de, gradualmente, aproximar-se dos homens e mulheres e ir
revelando-Se a Si mesmo. Basta abrirmos a Bíblia desde o Antigo Testamento, e
constatarmos em Abraão, em Moisés, como Deus fala na realidade em que estão imersos e
como Abraão, Moisés respondem ao chamado que escutam no interior da própria vida. A
catequese cumpre esta função: partir da pessoa e não do manual, dos livros, da internet, etc.
Para que haja revelação é preciso o ato de comunicar. A revelação de Deus é para
que o ser humano viva de outra maneira, mude a si mesmo, apreenda a mensagem e comece a
fazer diferença em sua própria existência. Esta mudança é a experiência vital. Revelação para
nós cristãos é a mensagem de Deus que chega a nós, comunicando uma verdade que muda a
nossa vida e a transforma. Este resultado colabora para que a história vá se transformando.
Para haver revelação há condições: primeira condição é ter fé, pois a verdade de
Deus só pode ser acolhida na fé. É preciso, também, ter abertura e busca de sentido da vida,
porque esta busca de sentido faz com que a pessoa acolha na própria vida aquilo que não
conhece, mas que aspira, deseja pela intuição viver.
Portanto, não há revelação divina se não houver uma busca humana convergente
com a Palavra que Deus quer revelar. Em outras palavras é o que costumamos dizer
“experiência de Deus”. Este é o processo da pedagogia divina que é o modelo do processo
pedagógico da catequese.
Na catequese, aproximamos da verdade de várias maneiras. Para conhecer além do
véu, é preciso tirar o véu, isto é, fazer a experiência, fazer o encontro com Jesus, o Filho de
Deus. A catequese é ser ferramenta em propiciar a experiência com o mistério. Esta é a
tarefa da catequese de iniciação cristã, iniciar nos mistérios de Jesus Cristo: Mistério
Pascal (mistério gozozo, doloroso, glorioso, iluminativo). Onde a catequese faz a diferença?
Na iniciação do Mistério. A experiência do mistério é simples. Deus não é complexo. Deus é
simples. A catequese deve ser simples e não complexa. A experiência do mistério é simples.
Uma criança também faz a experiência. A experiência acontece na vida, por isso o elemento
experiência é constitutivo na catequese. O encontro de catequese parte do cotidiano da vida.
Antes de existir o Livro da Bíblia, Deus se revelou no Livro da Vida e continua se
revelando no livro de nossas vidas, dos catequizandos, das famílias, etc. Catequese é ajudar o
catequizando perceber a passagem de Deus em sua vida: perceber o Chamado e Responder
a Quem chama.
Temos diversos textos na Bíblia que nos fala através de imagens o modo como
Deus se comunicou com o povo de Israel, com os cristãos da Igreja primitiva e que, hoje,
continua comunicando-se a nós.
A Bíblia está a serviço da Palavra de Deus, educando-nos a um novo modo de ser,
de pensar, de atuar. À medida que nos familiarizamos com a Bíblia, sentimo-nos como que
diante de uma fonte que jorra a cada momento água nova. A Bíblia é como esta fonte de água
nova que revela a quem se aproximar dela com sede: novas experiências vitais, novas
transformações.
Textos Bíblicos que nos ajudam a penetrar na Revelação de Deus:
Vamos procurar na Bíblia as seguintes citações:

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Gn 12,7: a Bíblia revela um Deus da Promessa e essa promessa vai se cumprindo.
Ex 3,7-12: este texto revela que Deus é Aquele que está sempre junto com o seu
povo, que caminha junto, que está sempre presente.
Ex 33,22-23: aqui, Deus mostra a sua glória.
Jz 2,18: Deus é misericórdia, compaixão, piedade para o seu povo.
Mt 1,23: Deus presente, no meio de nós.
Mt 18,20: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no
meio deles”.
5) Interagindo:
Vamos aprofundar como Deus se revelou ao homem e à mulher, na Bíblia?

Citações bíblicas para interagir no grupo:


Deus faz Promessa:
Js 21,43; 1 Rs 8,56.
Deus caminha junto:
Gn 15,1; Gn 18,22; Gn 21,22; Gn 20,20; Gn 28,15; Ex 3,18; Ex 13,21; Ex
24,7.
Deus é misericórdia:
Ex 34,6; Jz 2,18.
Deus é presente:
Js 1,5; Jz 6,10; 2 Sm 7,7; Mt 28,30; Jô 14,19; Cl 1,15; 2 Cor 4,4.

Dinâmica: 1º) Previamente, preparar, balões coloridos com papeletas


coloridas, escrevendo nelas uma citação bíblica sobre a revelação
de Deus.
Cada citação bíblica traz uma imagem de como Deus se revela.
2º) Entregar um balão a cada participante para enchê-lo, amarrar
a ponta, estourar e pegar a papeleta.
3º) Formar grupos, por citações bíblicas e cores da papeleta:
Conversar sobre o conteúdo da revelação e apresentar de
forma criativa.
4º) Fazer o plenário.

6. Celebrando o encontro:
a) Vamos ler o Salmo 23 (22), percebendo o simbolismo que revela a presença
de Deus.
b) Após a leitura do salmo, partilhar:
Que símbolos encontramos neste salmo?
c) Fazer um considerável tempo de silêncio,e, individualmente, rezar o salmo
23 (22).
d) Concluir com o refrão “O Senhor é meu pastor”.

7. Tarefa para o próximo encontro:


a) Ler os seguintes texto bíblicos e rezá-los:
2 Tm 3,16-17; Dt 30,14; Dt 6,5-10; Is 55,10-11; Lc 24,32; Hb 4,12.
b) Trazer um símbolo ou desenho que represente a mensagem bíblica rezada.

8. Revendo o encontro formativo:

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Construir o Portfólio sobre o conteúdo aprofundado neste encontro.

 BIBLIOGRAFIA DE APOIO:
 Compêndio do Vaticano II – Constituição Dogmática Dei Verbum “A
Revelação Divina”.
 Diretório Geral para a Catequese:
Primeiro Capítulo – A Revelação e a sua transmissão mediante a
evangelização, nºs 36 a 59.
 Catequese Renovada:
II Parte – Revelação e Catequese, nºs 33 a 75.
 Diretório Nacional de Catequese:
Revelação e Palavra de Deus, nºs 19 a 28.

4º Encontro - NOÇÕES BÁSICAS DA BÍBLIA

1) O que queremos:

Dar os fundamentos básicos da Bíblia na catequese.


Impulsionar o desejo de continuar conhecendo e pesquisando a Bíblia.

2) Ambientação:

a) Um espaço preparado para colocar a Bíblia que será entronizada na


acolhida; os símbolos e os desenhos trazidos pelos catequistas.
b) No chão, melhor local possível, dispor:
c) Duas faixas escritas - ANTIGO TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO -
colocadas na lateral esquerda e direita, dando a idéia de formar um caminho.
d) Também, colocadas nas laterais, fazendo margem do caminho já iniciado:
faixas escritas, seguindo a ordem da divisão dos livros bíblicos: PENTATEUCO, LIVROS
HISTÓRICOS, LIVROS SAPIENCIAIS, PROFETAS, EVANGELHOS, ATOS DOS
APÓSTOLOS, CARTAS PAULINAS, CARTAS CATÓLICAS, APOCALIPSE.
c) Outra sugestão, poderia ser: estender um varal (corda ou barbante) dividido
entre o ANTIGO TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO. E, faixas perpendiculares com
os nomes da divisão dos livros bíblicos, conforme a seqüência acima.

3. Acolhida:

Entronização da Bíblia com uma procissão, cantando “Ergo bem alto esta
Bíblia”.
Pedir para os catequistas também erguerem as suas Bíblias quando se canta
“ergo bem alto esta Bíblia.”

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Repetir o canto e convidar os catequistas para colocarem, ao redor da Bíblia, os
símbolos e desenhos que trazem consigo.

4. Introduzindo o conteúdo:

Dinâmica:
 Distribuir aos participantes 73 cartões (tamanho: meia-folha sulfite).
Em cada cartão deverá estar escrito o nome de um livro da Bíblia: Gênesis; Êxodo, Levítico,
Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas,
2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Jó, Salmos,
Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaias, Jeremias,
Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos
Apóstolos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1
Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filêmon, Hebreus, Tiago, 1
Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas, Apocalipse.
 Os participantes, espontaneamente, colocam o cartão, entre as margens
do caminho, construindo o Caminho Bíblico.
 Assim que tiver construído o caminho, observar se a seqüência dos
livros está correta ou não. Deixar liberdade para quem quiser mudar a ordem de algum cartão
que julga não estar no seu devido lugar.
 A seqüência dos livros bíblicos:

 ANTIGO TESTAMENTO:

Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio,


Livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samue, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2
Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias Judite, Éster, 1 Macabeus, 2 Macabeus.
Livros Sapienciais: Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria,
Eclesiástico.
Livros Proféticos: Isaias;,Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

▪ NOVO TESTAMENTO:

Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.


Atos dos Apóstolos.
Cartas Paulinas: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, 1Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito; Filêmon,
(Hebreus).
Cartas Católicas: Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas.
Apocalipse.

Aprofundando o conteúdo
Só sentimos o frescor de uma água límpida e pura, quando nos aproximamos
da vertente de uma fonte e, aí, bebemos a água que jorra bem fresquinha. Assim, é a
Bíblia. Só sentimos o seu sabor, quando dela nos aproximamos. (É interessante encenar
este parágrafo).

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A Bíblia não caiu pronta por um toque de mágica. Ela não surgiu no ocaso da vida.
O profeta Isaías descreve muito bem como surgiu a Bíblia, dizendo que ela é como a chuva
que vem do alto, penetra na terra, germina a semente e desabrocha numa planta (Is 55,10-11).
“A Bíblia é o resultado de dois movimentos: ela é força de Deus, é Palavra que desce
do Céu, assim como a chuva; mas é também Palavra que cresce do chão da vida, do agir
humano, como o fruto que brota da terra”(Frei Ildo Perondi).
A Sagrada Escritura é um livro de fé que chamamos Bíblia por ser na verdade uma
biblioteca. A palavra Bíblia significa livros, ela é um conjunto de 73 livros escritos no
decorrer de mais ou menos 1600 anos.

Quem escreveu a Bíblia?

“Não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Muita gente deu sua
contribuição: homens, mulheres, jovens, velhos, pais e mães de famílias, agricultores,
pescadores. Gente instruída que sabia ler e escrever e gente simples que só sabia contar
histórias” (Frei Carlos Mesters).
A Bíblia é um livro que narra a experiência de Deus feita por um Povo – o Povo de
Israel (AT) e os cristãos do primeiro século de nossa Igreja (NT).
A Bíblia saiu da memória de um povo que descobriu Deus como sendo seu pastor.
Pastor que conduz, cuida, protege, abençoa, indica o caminho a seguir.

Quando foi escrita a Bíblia?

“A Bíblia não foi escrita de uma só vez. Começou em torno do ano 1.250 antes de
Cristo, e foi tida como que acabada cem anos depois do nascimento de Jesus. Antes de ser
escrita, a Bíblia foi narrada e contada nas rodas de conversas e nas celebrações do povo. Antes
de ser narrada e contada, ela foi vivida por muitas gerações num esforço fiel de colocar Deus
na vida e de organizar a vida de acordo com a justiça” (Frei Carlos Mesters).
Por isso, fica difícil dizer exatamente quando a Bíblia foi escrita.
A Bíblia não é um livro do passado, mas escrito no Passado com Mensagens que
perduram pelos séculos sem fim. A Bíblia é Passado – Presente – Futuro. Ela é fruto de uma
longa caminhada de fé e na esperança com avanços, retrocessos, paradas, sofrimentos e
alegrias, libertação e escravidão.

Onde foi escrita a Bíblia?

“A Bíblia não foi escrita num mesmo lugar, mas em muitos lugares e países
diferentes. A maior parte do Antigo e Novo Testamento foi escrita na Terra Santa, a terra onde
o povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja. Algumas partes do Antigo
Testamento foram escritas na Babilônia, onde o povo viveu no cativeiro, no século sexto antes
de Cristo. Outras partes do Antigo Testamento foram escritas no Egito, para onde muita gente
tinha emigrado depois do cativeiro.
O Novo Testamento tem partes escritas na Síria, na Ásia Menor, na Grécia e na
Itália, onde havia muitas comunidades, fundadas ou visitadas pelo Apóstolo São Paulo. Os
costumes, a cultura, a religião, a situação econômica, social e política de todos estes povos
deixaram marcas na Bíblia e tiveram a sua influência na maneira em que a Bíblia apresenta a
mensagem de Deus aos homens” (Frei Carlos Mesters).

Em que língua foi escrita a Bíblia?

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“A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes. A maior parte do Antigo Testamento
foi escrita em hebraico, era a língua que se falava na Palestina, até o ano 586 antes de Cristo.
Depois do cativeiro, em torno de 500 antes de Cristo, o povo da Palestina começou a falar
também o aramaico. Um livro do Antigo Testamento, o livro da Sabedoria e todo o Novo
Testamento foram escritos em Grego” (Frei Carlos Mesters).

Primeira tradução da Bíblia:

No século terceiro, por volta do ano 250 antes de Cristo, em Alexandria, um grupo
de setenta sábios traduziram o Antigo Testamento do hebraico para o grego. Esta foi a
primeira tradução da Bíblia. Esta tradução grega é chamada Septuaginta ou Setenta. Quando
foi feita esta tradução, a lista dos livros sagrados da Bíblia hebraica ainda não estava
concluída (Frei Carlos Mesters).

Por que a Bíblia da Igreja Católica tem livros a mais?

A diferença entre Bíblia protestante e Bíblia católica, vem da diferença entre Bíblia
hebraica da Palestina e a Bíblia grega do Egito. Quando foi feita a tradução dos Setenta
(Septuaginta) a lista dos livros sagrados ficou mais longa que a lista dos livros sagrados da
Bíblia hebraica. Os protestantes preferiram a lista mais curta e mais antiga (Bíblia hebraica),
já os católicos, seguiram o exemplo dos Apóstolos, ficaram com a lista mais longa da tradução
grega dos Setenta.
Na Bíblia protestante há sete livros a menos: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico,
Sabedoria, 1 Macabeus e 2 Macabeus, partes do livro de Daniel e alguma parte do livro de
Ester. Estes livros são chamados “deutero-canônicos”, isto é, são da segunda (deutero) lista
(cânon).
A tradução da Bíblia para o Latim foi feita por São Jerônimo no terceiro século depois de
Cristo, está tradução se chama Vulgata ou popular.

Localizando textos bíblicos por livros, capítulos e versículos:

“Para encontrarmos a citação que queremos, a primeira coisa a fazer é saber se


está no Antigo Testamento ou no Novo Testamento. Sobre isso, é bom consultar as primeiras
páginas de qualquer tradução, e lá encontraremos as categorias de livros elencados de maneira
correta. Cada livro possui uma abreviatura com duas ou três letras que indicam o nome do
livro. Essas abreviaturas também se encontram nas páginas iniciais de cada Bíblia. Localizado
o livro, precisamos encontrar o capítulo e, dentro do capítulo, o versículo que queremos.
Os capítulos, num mesmo livro, são separados por números maiores e os
versículos por números menores, dentro dos capítulos.
Por exemplo: para encontrarmos a citação Jo 10,11-12.
Este é um tipo de citações que mais aparecem. Devemos localizar o livro de João
que está no Novo Testamento; dentro do livro buscar o capítulo dez e, no capítulo dez, os
versículos onze e doze.
Por vezes encontraremos citações com indicadores diferentes. Vejamos alguns
exemplos:
Jo 10,12.14.18
Significa que devemos, no capítulo dez de João, lermos os versículos doze,
saltarmos para o catorze e saltarmos para o dezoito.

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Jo 10  15
Quando o traço entre dois números é mais longo, significa que são capítulos. O
exemplo acima nos indica desde o capítulo dez até o capítulo quinze do livro de João.
Jo 10,12; 15,3-8
Neste exemplo devemos localizar o capítulo dez do livro de João, lermos o
versículo doze, saltarmos para o capítulo quinze e lermos do versículo três ao versículo oito.
Jo 10,12s
Significa que devemos ler o versículo doze do capítulo dez do livro de João mais
os dois versículos seguintes.
Jo 8,2 a
Significa que devemos ler somente a primeira parte do versículo dois do capítulo
oito do Evangelho de João. Nesses casos, normalmente, há um ponto que separa duas frases
dentro de um mesmo versículo.
Entretanto será com a Bíblia em mãos que iremos nos familiarizar com essas
orientações” (Mário Antônio Betiato).

Bíblia e Catequese

A Bíblia é “o livro de catequese por excelência” (CR 154-155)


A fonte da catequese é a Palavra de Deus (DNC 25).
Para entender e viver a Palavra de Deus é preciso ler a Sagrada Escritura naquele
mesmo Espírito em que foi escrito (cf DV 12 e DNC 26).
“O catequista experimenta a Palavra de Deus em sua boca, na medida em que,
servindo-se da Sagrada Escritura e dos ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando sua
fé na comunidade e no mundo, transmite para seus irmãos esta experiência de Deus”(DNC
27).
“A Bíblia quer ser uma inspiração para nós. Nela, não encontramos respostas
prontas para os nossos problemas. Ela é uma inspiração para encontrarmos o caminho
certo de acordo com o plano de salvação de Deus. Trata-se mais de uma mentalidade do
que de prescrições exatas; é mais uma procura, uma descoberta da vontade de Deus, daquele
Deus que continua a ser o Libertador que nos quer tirar da “casa da escravidão” (cf. Ex 20,2).
É preciso saber usar a Bíblia dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso
pessoal, comunitário e social” (Inês Broshuis).

5. Interagindo:

Vamos localizar citações de textos bíblicos?


Cada participante procura em sua Bíblia:
Is 11,1-9 / Ez 16,1-14 / Ct 3,1.4-7 / Ex 19  20,1-21 / 2 Sm 11,2-5 /
Ex 1,8-14; 3,1-13 / Jo 7,37-38 / Mt 11,25-26; 12,5.78 / Hb 1,3 /Gl
2,20 / Ap 7,21.25 / Sl 23 (22)

6. Celebrando o encontro:

Animador: Diante da Bíblia, o livro da fé e da vida, vamos manifestar o nosso


louvor a Deus pela sua Palavra que com sabedoria orienta e sustenta nossa
caminhada.

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Após, cada invocação digamos: Bendito seja Deus para Sempre.
a ) Por todos os catequistas espalhados pelo Brasil que divulgam a Bíblia como
fonte de educação da fé, da justiça e da paz, digamos:
b) Por todos os grupos de reflexão que se reúnem em torno da Palavra,
digamos:
c) Pela Bíblia, fonte da catequese e iluminação em nossa vida, digamos:
d) Pelo Ano Catequético Nacional como elo propulsor de conhecimento e
vivência da Palavra de Deus, digamos:

Animador: Um catequista segura a Bíblia, todos estendem a mão em direção à


Bíblia para acolher a bênção de Deus.

7. BÊNÇÃO:

O Deus de ternura e misericórdia, nos ajude a sermos pessoas sábias, capazes de


compreender à luz das Escrituras: o momento presente iluminando o passado e projetando o
futuro alicerçado na comunidade. Por Cristo Nosso Senhor. - AMÉM!
- Concluir com o canto: Toda Bíblia é comunicação (ou outro canto).
8. Revendo o encontro:

Fazer o portfólio sobre o conteúdo aprofundado neste encontro, ilustrando com


desenhos, símbolos e mapas bíblicos.

9. BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

1. Diretório Geral para Catequese:


A Palavra de Deus, nºs 95 a 97.
2. Diretório Nacional de Catequese:
Catequese: Mensagem e Conteúdo, nºs 97 a 114.
3. Catequese Renovada:
Exigências da Catequese, nºs 76 a 93.

5º Encontro - ANÚNCIO DE JESUS CRISTO

1. O que queremos:
Aprofundar o caráter missionário da catequese, colocando o núcleo da fé cristã
no centro: o querigma.

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2. Ambientação:
No centro da sala, ou local mais apropriado, preparar uma cruz de madeira ou
um crucifixo. Pôr algum tecido de cor vermelha lembrando a Paixão do Senhor e tecido de cor
branca lembrando a Ressurreição do Senhor.

3. Acolhida:
Cantar: Um certo Galileu (Pe. Zezinho – CD: Um certo Galileu I)

1. Um certo dia à beira-mar / apareceu um jovem Galileu /


ninguém podia imaginar / que alguém pudesse amar / do jeito que ele amava. /
Seu jeito simples de conversar / tocava o coração / de quem o escutava.

Refrão: E seu nome era Jesus de Nazaré / sua fama se espalhou e todos
vinham ver
/ o fenômeno do jovem pregador / que tinha tanto amor.

2. Naquelas praias, naquele mar / naquele rio, em casa de Zaqueu /


naquela estrada, naquele sol e o povo a escutar histórias tão bonitas./ Seu jeito
amigo de se expressar / enchia o coração / de paz tão infinita.

3. Em plena rua, naquele chão / naquele poço, e em casa de


Simão / naquela relva, no entardecer / o mundo viu nascer a paz de uma
esperança./ Seu jeito puro de perdoar / fazia o coração voltar a ser criança.

4. Um certo dia ao tribunal alguém levou o jovem Galileu /


ninguém sabia qual foi o mal / e o crime que ele fez / quais foram seus
pecados. / Seu jeito honesto de denunciar / mexeu na posição de alguns
privilegiados.

E mataram a Jesus de Nazaré / e no meio de ladrões


puseram sua cruz / mas o mundo ainda tem medo de Jesus / que tinha
tanto
amor.

4. Introduzindo o conteúdo:

Dinâmica:
1. Organizar pequenos grupos (5 a 6 pessoas).
2. Cada grupo, ler o texto bíblico At 2,22-41 e meditar:
a. O que o texto está dizendo?
Que apelo o texto me faz?
3. Escrever as respostas do grupo (sintetizando-as) em faixa de
papel craft.
4. Plenário: Cada grupo lê a sua resposta e coloca a faixa ao
redor da cruz.
5. Concluir com os refrões do canto acima: Um certo Galileu.

5. Aprofundando o conteúdo:
Perguntar e deixar ecoar a resposta no silêncio do
coração, por alguns instantes:
1. Eu já fiz a experiência do contato pessoal com
22
a
pessoa de Jesus Cristo?
Catequese é iniciação à fé. Esta afirmação significa que catequese é colocar o núcleo da fé
cristã no centro da vida da pessoa. Qual é o núcleo da fé cristã? A pessoa de Jesus Cristo.
No texto bíblico que meditamos em Atos dos Apóstolos, Pedro, faz um anúncio à
multidão, dizendo que Jesus Cristo foi morto – crucificado e ressuscitado para remissão dos
nossos pecados (cf. At 2,38).
O anúncio de Jesus Cristo feito por Pedro caiu no coração de milhares de pessoas e
atingiu a muitos, levando ao arrependimento de seus pecados e a dar um Sim a Jesus cristo. A
escolha por Jesus Cristo foi tão forte que decidiram fazer um selo, uma aliança com Jesus: eu
quero ser batizado- batizada em nome de Jesus Cristo. Este ó o Anúncio de Jesus Cristo que
cai em nosso coração e nos faz aderir, escolher Jesus como Senhor de nossa vida. É o
encontro com Jesus Cristo.
Quem faz a experiência do encontro com Jesus, abre-se à Palavra que nos apela à
conversão. Conversão significa mudar o rumo, a direção. É a ação do Espírito Santo que age
na pessoa e ela decide ser amiga de Jesus e ir após Ele, seguindo-O passo a passo. Em outras
palavras é o seguimento de Jesus. Para seguir Jesus, a pessoa muda sua forma de pensar e de
viver. Ela vai aceitando a cruz de Cristo em sua vida. Aceitar a cruz de Cristo é morrer para o
pecado e viver para a vida da graça de Deus. O Batismo é morrer para o pecado e ressuscitar
para a vida da graça.
O anúncio de Jesus Cristo que cai no coração da pessoa e a atinge,
convertendo-a no seguimento livre e amoroso por Jesus é um início de caminho que
recebe o nome de querigma. Querigma é o fio condutor de um processo que tem o seu ponto
alto na maturidade da fé do discípulo de Jesus Cristo.
O centro do querigma é a Pessoa de Jesus Cristo na identidade de sua vida
terrena e gloriosa: o crucificado e ressuscitado. O mistério da cruz de Jesus e o mistério da
ressurreição de Jesus é experienciado na própria existência humana. O apóstolo Paulo dá
testemunho de sua experiência com Jesus, iniciada na estrada de Damasco: “Fui crucificado
junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,19-20).
O querigma constitui-se do anúncio e da conversão pessoal seguida pela
opção-adesão por Jesus:
▪ O anúncio da chegada do Reino de Deus é proclamado com um
acontecimento, é o ponto central do querigma: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está
próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).
▪ O anúncio propicia o encontro com Jesus. Pertence ao anúncio
querigmático o apelo à conversão: deixar o caminho do mal e seguir o caminho do Senhor. A
conversão atinge profundamente o sentimento, a vontade e o coração das pessoas que se
deixam tocar pela ação salvífica de Deus em seu Filho Jesus Cristo e pela ação do Espírito
Santo.
▪ É fundamental no anúncio querigmático o convite à participação na
vida nova de Jesus Cristo e na vida e missão da Igreja através da fé e dos ritos sagrados

23
(sacramentos). Daí, o conceito de mistério  sacramentos  sinais da vida nova de Jesus
Cristo.
Fica claro, até aqui, que querigma não é conceito e nem compreensão racionalista da fé.
Com o querigma começa a catequese. Porque, a catequese em seu verdadeiro
sentido é o “eco” de Jesus Cristo que foi emitido no Anúncio.
O dinamismo da fé em Jesus Cristo parte da conversão ao Evangelho e se
prolonga em um movimento de adesão e seguimento de Jesus.
Hoje, na catequese, partimos do anúncio de Jesus Cristo. Quem é Jesus? Assim, é
possível caminhar no discipulado: conhecimento, amor, conversão e seguimento de Jesus.
Importantíssimo: o catequista , antes de tudo, necessita fazer a experiência do
discipulado. E, então, a sua catequese ecoará: Jesus Cristo!

6. Interagindo:
1. Retornar ao grupo formado no início do encontro.
2. Cada grupo receberá a citação de um dos textos
Dinâmica:
abaixo: At 9,1-22; At 22,1-21; At 26,1-23.
3. Ler o texto. E, após, espontaneamente, recontar o texto.
4. Conversar: O que é central nessa experiência vivida
pelo apóstolo Paulo?

7. Celebrando o encontro:
a) Colocar-se ao redor do símbolo da cruz ou crucifixo.
b) Canto, à escolha e apropriado ao tema desenvolvido.
c) Fazer a leitura, em seqüência, das citações bíblicas, abaixo:
Leitor 1: Jo 13,14; / Leitor 2: Mt 16,25;
Leitor 3: Jo 15,13; / Leitor 4: Jo 13,1;
Leitor 5: Lc 22,19-20.
d) Convidar cada participante a expressar em forma de oração o que ficou em
seu coração acerca do aprendizado desse encontro.
e) Animador: Recordemos aqueles cristãos que deram a vida pelo bem do povo
a exemplo de Cristo; são os mártires de nossa caminhada de fé rumo à casa do Pai na luta
contra as trevas deste mundo.
f) Todos se põem de joelhos diante da cruz, permanecem em silêncio. Em
seguida, a cruz é oferecida para ser beijada, enquanto se canta: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu
nos salvarás!
g)Após, o beijo da cruz. Animador: O Senhor está vivo com a gente,
caminhando conosco pelas estradas de Emaús, de Londrina, de ..., da arquidiocese, de
nossa catequese. Por isso, cantemos com muita alegria: Já ressuscitou, aleluia! Cristo
Jesus está vivo entre nós!

24
h) Dar-se o abraço da paz.

8. Tarefa para o próximo encontro:

1. Ler os seguintes textos do Evangelho que nos apresentam a íntima relação


de Jesus com seus discípulos: Mc 3,13-19; Mc 6,7-14; Mc 6,30-34; Mc 8,34-38.
2. Meditar: como estou vivendo a minha relação com Jesus Cristo!
3. Recortar em papel sulfite ou outro, o seu próprio pé e nele escrever uma
característica pessoal que nasce de sua experiência de discípulo-discípula de Jesus Cristo.

9. Revendo o encontro formativo:


Construir o Portfólio sobre o conteúdo vivenciado neste encontro.

10. BIBLIOGRAFIA DE APOIO:


Diretório Geral para a Catequese.
A catequese no processo da evangelização, nºs 60 a 68.
Diretório Nacional de Catequese.
Evangelização e Catequese, nºs 29 a 38.
Documento de Aparecida.
Processo de formação dos discípulos missionários, nºs 276 a 294.

25
6º Encontro - JESUS CRISTO

1. O que queremos:

Conhecer Jesus e encontrar-se com Jesus como “catequista discípulo(a)


missionário(a)”.

2. Ambientação: a) Um cartaz escrito:


“Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria;
segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro é uma
tarefa que o Senhor nos confiou” (DA n. 18).
b) No centro, colocar uma figura de Jesus (possivelmente,
com traços orientais:judeu).
c) Providenciar o Mapa da Palestina, ou desenhá-lo,

para situar Jesus em sua terra.


3. Acolhida:

a) Colocar um fundo musical meditativo: - convidar os participantes para


colocar o recorte do pé ao redor da figura de Jesus e ler a característica expressa no pé.
b) Dois a dois, conversar sobre os textos meditados em casa, por cinco
minutos.

4. Introduzindo o conteúdo:

IMPORTANTE: A partir do conteúdo abaixo, preparar um texto simples


e prático com citações do Evangelho de Marcos para ser distribuído a cada
participante, no final deste Encontro sobre Jesus Cristo.

No encontro anterior, aprofundamos que a fé cristã fundamenta-se em: o


crucificado é o ressuscitado; o ressuscitado é o crucificado.
Crucificado – Ressuscitado – Homem-Deus. É uma identidade. De quem?
De Jesus. Ele não caiu do céu e nem veio de outro planeta. O fato de ser o
Filho de Deus não faz dele um estrangeiro.
Jesus nasceu, cresceu, viveu numa certa época da história. Há cerca de dois mil
anos.
Jesus nasceu pobre, viveu no meio do povo, trabalhador igual aos outros
trabalhadores.

26
Jesus propôs aos homens e mulheres de se amarem como irmãos. Alguns
seguiram-no, outros se colocaram contra ele e o crucificaram. Mas ele ressuscitou.
Até hoje, nós acreditamos que JESUS ESTÁ VIVO. E, é cada vez mais
numeroso o grupo dos que procuram saber: Quem é Jesus?
Para entendermos as palavras e as atitudes de Jesus, vamos conhecer primeiro
a terra onde ele nasceu, cresceu e viveu: a Palestina.

Dinâmica: Formar grupos:

a) distribuir a cada grupo, um item das partes abaixo que


compõem os elementos históricos de Jesus de Nazaré.
b) Ler o texto e debater.
c) Plenário: expor com criatividade.

I – ELEMENTOS HISTÓRICOS DE JESUS DE NAZARÉ

1. A PALESTINA NO TEMPO DE JESUS

A Palestina era conhecida no Antigo Testamento como o país de Canaã (cf.


Nm 13,1). Depois,passou a se chamar de Israel e, por fim, Palestina.
A Palestina é uma pequena faixa de terra com área de 20 mil km quadrados,
com 240 km de comprimento e máximo de 85 km de largura. Ao lado oeste, o mar
Mediterrâneo e ao leste, o rio Jordão. Divide-se em três Províncias: Galiléia, Samaria e
Judéia. Na região da Galiléia, as terras são cultiváveis como no vale do Rio Jordão. A região
da Judéia é montanhosa e presta-se mais como pasto de rebanhos e cultivo de oliveiras.
Jesus viveu na Palestina. Nasceu em Belém, da Judéia. Sua infância,
adolescência e juventude viveu em Nazaré, da Galiléia, e morreu em Jerusalém. Iniciou sua
vida pública, ou seja, sua missão como itinerante, porém, sabe-se que, em Cafarnaum, na casa
de Pedro, Jesus compartilha sua vida, a ponto de considerar a sua própria casa.

2. SITUAÇÃO ECONÔMICA DA PALESTINA

Na época de Jesus, a Palestina estava sob o domínio romano. Os monarcas e


os procuradores eram escolhidos por Roma, encarregados de exercerem a dominação interna
pela repressão política e econômica. Tinham o direito de nomear e depor o Sumo-Sacerdote.
Estava extremamente submetida ao Império de Roma e, internamente, dominada pela classe
dos ricos proprietários de terras.
O povo da Palestina, como um todo, achava-se em uma deplorável situação
de privação material.
As atividades que formavam a base da economia no tempo de Jesus eram: a
agricultura, a pecuária, a pesca e o artesanato.
A agricultura era desenvolvida principalmente, na Galiléia. Cultivavam
trigo, cevada, legumes, hortaliças, frutas (figos e uvas), oliveiras.
A pecuária efetuava-se, principalmente na Judéia: criação de camelos,
vacas, ovelhas e cabras.
A pesca era intensa no Mar Mediterrâneo, no lago de Genesaré (Galiléia) e
no rio Jordão.

27
O artesanato desenvolvia-se nas aldeias e nas cidades, principalmente em
Jerusalém: cerâmica, trabalho em couro, em madeira, fiação e tecelagem, aproveitando-se da
lã do carneiro. Além desses artesãos, havia, também, padeiros, barbeiros, açougueiros,
carregadores de água e escravos que trabalhavam tanto em atividades produtivas como em
outros ofícios.
Toda a mercadoria produzida e toda a atividade comercial era controlada
por um sistema de impostos, cobrados pelos publicanos.

3. SITUAÇÃO POLÍTICA DA PALESTINA

O poder da Palestina estava nas mãos dos romanos. |Mas, em geral, os


romanos respeitavam a autonomia interna das suas colônias como estratégia política. A Judéia
e a Samaria eram dirigidas por um Procurador romano, mas o Sumo-Sacerdote tinha poder de
gerir as questões internas, através da lei judaica. Porém, o Sumo-Sacerdote era nomeado e
destituído pelo Procurador romano.
O centro do poder político interno da Judéia e Samaria era a cidade de
Jerusalém e o Templo. Era do Templo que o Sumo-Sacerdote governava, assessorado por um
Sinédrio, conselho composto por 71 membros,entre sacerdotes, anciãos e escribas ou doutores
da Lei. O Sinédrio era o Tribunal Supremo (criminal, político e religioso).
Nas cidades também existiam conselhos locais nas mãos dos grandes
proprietários de terra e dos escribas ou fariseus.

4. SITUAÇÃO SOCIAL DA PALESTINA

No tempo de Jesus, a família era patriarcal, ou seja, o pai era o centro. A


mulher não participava da vida da sociedade, inferior ao homem e, normalmente, ficava em
casa. As filhas não tinham os mesmos direitos que os seus irmãos.
No Templo, os direitos e os deveres religiosos da mulher eram limitados:
não podia ler no culto, só escutava, tinha uma parte do Templo só reservada para ela. Não
podia estudar e nem ser discípula. Na época era comum ter mestres, cada um tinha seus
seguidores.
Os filhos eram uma bênção de Deus. O nascimento de um homem era mais
valorizado por causa do patrimônio e do nome da família.
A família de Jesus era pobre, descendente de Davi, morou em Nazaré,
aldeia situada na Galiléia. Seus pais eram José e Maria. Jesus freqüentou a escola da
Sinagoga, aprendeu a ler e a escrever. Todo o sábado ia à sinagoga com seus pais. Em Nazaré,
Jesus aprendeu a profissão de José: carpinteiro.
Jesus se relacionava com os excluídos: mulheres, crianças, surdos, mudos,
leprosos, doentes mentais, pagãos, escravos...

5. SITUAÇÃO RELIGIOSA DA PALESTINA

A religião dos judeus no tempo de Jesus estava centrada no Templo e na


Sinagoga.
O Templo era o centro de Israel. Era nele que todos os judeus, mesmo os da
Dispersão, deviam se reunir para prestar culto a Deus. Para eles, a única forma de se purificar
era aproximar-se do Templo que localizava-se em Jerusalém. Todo bom judeu devia ir ao
Templo pelo menos três vezes ao ano e levar suas ofertas.
Se o Templo era o centro de toda a vida de Israel, em Jerusalém, a Sinagoga
era o centro religioso da pequena cidade: lugar de culto, das grandes festas na vida comum.

28
Sinagoga era lugar onde o povo se reunia para a oração, para ouvir a Palavra de Deus e para a
pregação. Qualquer israelita adulto podia fazer a leitura do texto bíblico na sinagoga.

6. GRUPOS POLÍTICO-RELIGIOSOS

Na sociedade do tempo de Jesus havia vários grupos que tinham grande


importância no quadro social da época.
a. Saduceus: grandes proprietários de terras (anciãos) e membros da elite
sacerdotal. Tinham o poder na mão e controlavam a administração da justiça no Tribunal
Supremo (Sinédrio). Viviam preocupados com a ordem pública. Eram os maiores
colaboradores do império romano e tinham seus privilégios. Não acreditavam nos anjos, nos
demônios, no messianismo e na ressurreição.

b. Doutores da Lei (Escribas): Tinham maior prestígio na sociedade do


seu tempo. Seu grande poder estava no saber. Eram os intérpretes das Escrituras, especialistas
em direito, administração e educação. Influenciavam sobretudo, no Sinédrio, na sinagoga e
escola.

c. Fariseus: A palavra “fariseu” significa “separado”. Mantinham distância


do povo mais simples que não conhecia a Lei. Eram nacionalistas e hostis ao império romano.
O grupo dos fariseus era formado por leigos provindos de todas as camadas da sociedade,
principalmente, artesãos e pequenos comerciantes. Na religião caracterizavam-se pelo
rigoroso cumprimento da Lei. Eram conservadores zelosos e criadores de novas tradições. Os
fariseus acreditavam na predestinação, na ressurreição e no messianismo. Esperavam um
messias político-espiritual, cuja função era precipitar o fim dos tempos e a libertação de
Israel.

d. Zelotas: Este grupo se constituía a partir dos fariseus. Provinham


especialmente dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade. Eram
muito religiosos e nacionalistas. Desejavam expulsar os dominadores pagãos (os romanos).
Eram reformistas e partiam para a luta armada.
O termo “zelota” vem de “zelo”. Entre os apóstolos de Jesus,
provavelmente, dois eram zelotas: Simão (Mc 3,19) e Judas Iscariotes.

e. Herodianos (partidários de Herodes): Funcionários da corte de Herodes.


Não formavam um grupo social. Eram conservadores e tinham nas mãos o poder civil da
Galiléia. Opositores dos zelotas, viviam preocupados em capturar agitadores políticos na
Galiléia. Foram os responsáveis pela morte de João Batista.

f. Essênios: Este grupo era o resultado da fusão entre sacerdotes


dissidentes do clero de Jerusalém e de leigos exilados. Na época de Jesus, viviam em
comunidades com estilo de vida severo. Moravam em grutas, levavam vida em comum, onde
os bens eram divididos entre todos. Todos trabalhavam. O comércio era proibido, assim como
o derramamento de sangue, mesmo em forma de sacrifícios.

g. Samaritanos: Era um grupo característico do ambiente palestinense.


Observavam rigorosamente o Pentateuco. Não freqüentavam o Templo de Jerusalém. Para
eles, o único lugar legítimo de culto era o monte Garizim, que ficava na Samaria, perto de

29
Siquém. Eram considerados pelos judeus como raça impura, por serem descendentes de
população misturada com estrangeiros.

II – JESUS E SUA MISSÃO


Dinâmica:
a) Convidar os participantes a encontrar, na Bíblia, as
citações do Evangelho de Marcos à medida que vão sendo
dadas, abaixo, as referências acerca da missão de Jesus;
b) Solicitar para que as citações sejam lidas em voz alta.

O conhecimento que temos de Jesus, vem dos evangelhos que foram escritos
entre os anos 50 a 100 depois de Cristo. O primeiro Evangelho de Marcos foi escrito pelo ano
70 dC.
Marcos no seu evangelho quer mostrar Jesus como Messias e, por isso, inicia
o seu evangelho dizendo que Jesus é o Filho do Homem. Ele mostrou um Jesus bem humano.
Vamos percorrer um pouco o evangelho de Marcos e conhecer um pouco de Jesus.
Marcos apresenta Jesus como o Ungido – Prometido que veio anunciar o
Reino de Deus: Mc 1,15

1. A relação de Jesus com DEUS-PAI

 Jesus de Nazaré chamou Deus de Pai – Abbá, em hebraico: Mc 14,36.


 Para Jesus, Deus é bom. Com esse Deus que é Pai-Amor, Jesus se relaciona
pela oração: na angústia (Mc 14,35-36) e em horas e lugares propícios (Mc 1,35; 6,46;
14,32).
 Com esse Deus que é bom, Jesus tem uma relação de extrema confiança.
Torna Deus-Pai conhecido como: misericórdia, compaixão, perdão e justiça para todos (Mc
2,15-17; 10,46-52). Para os seus seguidores crescerem na fidelidade à amizade com o Pai,
Jesus recomenda a oração
(Mc 11,22-26). Ele critica a oração que não brota do amor (Mc 12,38.40).
 Na vida de Jesus, as exigências de Deus-Pai se manifestaram a ele de
diversos modos. Uma exigência foi a prova de fidelidade  Fidelidade a Deus: nas tentações
(Mc 1,12-13); Pedro que quer afastá-lo da cruz (Mc 8,32); no horto das Oliveiras, sente a
tristeza da amargura do cálice (Mc 14,35-36); os sacerdotes e os escribas tentam-no a descer
da cruz (Mc 15,31),
 Outra exigência que Deus-Pai fez a Jesus foi a dificuldade na missão
apostólica (Mc 8,27-33).
 A ignorância do povo, frente o seu ministério, é outra dura exigência para
Jesus (Mc 13,3-4; Mc 13,22).

 Toda a vida de Jesus direcionou-se pela vontade do Pai-Abbá. Para realizar


a vontade daquele que o enviou, totalmente livre e por amor, deixou-se levar aos braços de
uma cruz, para que a salvação do ser humano se realizasse por desígnio salvífico do Pai.

2. Jesus e seus seguidores: o discipulado

30
Entre as pessoas que escutavam e aceitavam a mensagem de Jesus foi surgindo
um grupo de amigos. Jesus chamou alguns dos seus seguidores, para que o seguissem,
tornando-se seus discípulos.
Ser discípulo de Jesus consiste em: “seguir a Jesus” (Mc 1,18), “ir detrás dele”
(Mc 1,20) ou “estar com ele” (Mc 3,14). O discipulado foi um elemento central no ministério
de Jesus. O agir de Jesus, seu estilo de vida, seus ensinamentos tiveram como primeiros
destinatários o grupo dos “discípulos chamados” e foram os que mais o observavam,
aprendiam com ele e perguntavam. Estes discípulos desempenharam também um papel
decisivo na continuidade do seu projeto de fidelidade ao Pai-Abbá. Como segue abaixo:
 Jesus envia os discípulos a uma missão como a sua: Mc 6,7-13; Mc 3,14;
Mc 5,18.
 Exigências que Jesus faz aos discípulos: o caminho de despojamento de si,
da entrega de si, tomar a cruz e seguir atrás dele: Mc 8,27—10,52; Mc 8,34-38; Mc 9,35-37;
Mc 10,41-45; Mc 1,16-20; Mc 2,14; Mc 10,28-30.
3. A morte de Jesus
Um homem que agia do modo como Jesus agia, estava marcado para morrer.
Desde o início do seu ministério público, Jesus foi um homem perseguido. Quando Jesus
tocou na questão do uso do Templo, ele denunciou o abuso do templo: Mc 11,15-19. Jesus
denunciou a situação de enriquecimento de alguns e o empobrecimento da maioria, os pobres.
Ir ao Templo significava: a oferta de um animal, a viagem até Jerusalém, as despesas com
hospedagem e segurança por causa dos assaltantes, o pagamento do trabalho dos
sacerdotes...custava caro ao povo. Então, o que aconteceu com a pregação de Jesus? Os
grupos político-religiosos que mantinham uma situação de comércio ilegal no Templo,
decidiram levar Jesus à morte: Mc 14,10-11.44-45.
E, conseguiram prender Jesus, levá-lo a julgamento, que na verdade, foram
dois julgamentos: um religioso e outro político: Mc 14,53-64; Mc 15,1-15.
A denúncia do anti-reino levou Jesus à morte, mas, Deus-Pai o ressuscitou. E,
Jesus de Nazaré venceu a morte e nos trouxe a vida eterna: Mc 16,5-7.15-6.

4. Conclusão:

O Evangelho de Marcos apresenta o caminho para seguir Jesus:


 Dois cegos sentados, ouviram que Jesus passava: Mc 2,23;
 Jesus partiu com os discípulos e no caminho perguntou: Mc 8,27.
Quem é Jesus de Nazaré? Mc 1  8,30.
Na primeira parte do seu evangelho, Marcos apresenta Jesus, dizendo que Jesus é o
Messias. Quem é Jesus de Nazaré? Pedro responde: “Tu és o Cristo” (Mc 8,29), isto é, o Rei
messiânico.
O messianismo de Jesus: Mc 8,31  15,39.
Na segunda parte do seu evangelho, Marcos mostra como é o messianismo de
Jesus.
Na prática, Marcos apresenta o caminho do discipulado, como seguir Jesus. Este
caminho é iniciado com o primeiro anúncio da paixão: Mc 8,31.
- Que discutíeis no caminho? Mc 9,33;
- No caminho discutiam quem era o maior... Mc 9,34.

31
A resposta final à pergunta: Quem é Jesus? Foi dada pelo centurião romano, no
alto do Monte Calvário, aos pés da cruz. Vendo como Jesus morreu, o centurião diante de
Jesus diz: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!” Mc 15,39.
A decisão de pôr-se a caminho com Jesus não é nada fácil e nem tão simples em
nossos dias. Porque há inúmeras alternativas mais cômodas: vida light, moda, shopping,
novelas, consumismo, etc. Alternativas que apelam ao prazer do corpo, ao sentimentalismo,
ao fugaz, ao passageiro-transitório, não exigindo renúncia de si e nem de lugar social ou
econômico. Marcos, em seu evangelho, apresenta o caminho do discipulado cristão.
5. Celebrando o encontro
a) Canto: “Senhor, se tu me chamas” ou “Me chamaste para caminhar na vida
contigo”.
b) Dar tempo para o silêncio, oração pessoal-conversa com Jesus Cristo.
c) Canto: “Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! / Ontem, hoje e sempre. Aleluia!”.
6. Tarefa para casa

a. Ler todo o Evangelho de Marcos em atitude orante, meditativa e traçar o seu


caminho de seguimento de Jesus:discipulado.
b. Pesquisar entre os familiares, ou vizinhos, ou lideranças, ou padre, ou
religiosas se o tempo de sua catequese foi o tempo do Catecismo: o Catecismo de pergunta e
resposta , como preparação à primeira comunhão.
c. Anotar como foi este tempo.
d. Possivelmente, trazer emprestado para o próximo encontro formativo um
exemplar, ou mais, do “catecismo da doutrina cristã”.

7. Revendo o encontro
Cada catequista, construir o seu portfólio sobre Jesus Cristo.
8. BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Catequese Renovada, 26.
III Parte – Jesus Cristo, nºs 167 a 202.

32
7º Encontro – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE

1. O que queremos?

Motivar e conduzir os catequistas à importância do estudo e uso freqüente do


Catecismo para crescer nas razões da fé;
Apresentar o Diretório Nacional de Catequese como necessidade de estudá-lo
para poder desenvolver uma catequese conforme as orientações de nossa Igreja no Brasil.

2. Ambientação:

Colocar no chão, preferencialmente no centro, uma colcha e – sobre: uma vela


grande, Bíblia tendo ao redor o Catecismo da Igreja Católica atual, catecismos anteriores a
este, o compêndio do Catecismo e o Diretório Nacional de Catequese.

Colocar faixas escritas com as seguintes perguntas:


O que significa crer?
Quais são os fundamentos de minha fé?
Como celebro minha fé?
Como vivo minha fé?
Quais são as orientações de nossa Igreja para eu agir como
catequista?

3. Acolhida:

a) Cantar com alegria e entusiasmo “Por causa de um certo Reino” (Pe. Zezinho)
b) Colocar um fundo musical, convidar o grupo para ler as perguntas (acima),
dando tempo suficiente após cada pergunta, para a reflexão, meditação interior...

4. Introduzindo o conteúdo:

33
Dinâmica: Dividir os participantes, proporcionalmente, em dois grupos
por temas: o grupo do Catecismo e o grupo do Diretório.
1º Momento: Cada grupo, em duplas, fazer uma reportagem
jornalística sobre a pesquisa realizada, alternando os papéis
de repórter x entrevistado.
2º Momento: Espontaneamente, as duplas (ou algumas, de
acordo com o número de participantes) expõem a sua
reportagem.
3º Momento: O grupo todo, fazer uma retomada com a
questão: Que lições podemos tirar sobre o que foi
apresentado?

5. Aprofundando o conteúdo:

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A frase de Santo Agostinho “Creio para compreender e compreendo para


melhor crer” nos ajuda a refletir que a fé proporciona certezas em nossa vida e estas certezas
dão significados à vida.
O nosso Papa Bento XVI diz: “A fé é um sólido fundamento sobre a qual
podemos viver ou morrer” (cf. Hb 11,1).
Para crescermos na compreensão do dom da fé recebido da Trindade, a Igreja
Católica coloca nas mãos dos cristãos um precioso livro que é “um texto da fé, ou seja, da
doutrina da fé” (Bento XVI) intitulado Catecismo da Igreja Católica (CIC). Desde o ano
1566, a nossa Igreja vem publicando catecismos para ajudar os fiéis católicos a conhecerem
melhor a sua fé. O catecismo atual foi publicado em 11 de outubro de 1992 com a
Constituição Apostólica Fidei Depositum (FD) pelo Papa João Paulo II.

O Catecismo tem a finalidade de:


1. apresentar a formulação doutrinal da fé que vem sendo vivenciada na
Igreja desde os tempos dos Apóstolos.
2. apresentar uma linguagem fundamentada no testemunho, no anúncio
que nasce da certeza interna da fé (cf. 1 Pd 3,15).
Portanto, o conhecimento da doutrina da fé nos proporciona razões à fé, ou
seja, “conhecer aquilo que cremos” (FD 4). O Catecismo não é mais que a Bíblia, ele nos
ajuda a ler a Bíblia à luz de nossa fé e nas situações existenciais em que nos encontramos.
Assim, Bíblia e Catecismo são um suporte firme e de integridade para experienciarmos a fé e
vivê-la na comunidade.
Também, podemos afirmar que o Catecismo é um instrumento para favorecer e
solidificar a comunhão e a unidade eclesial no crescimento da única fé recebida dos
Apóstolos.
O nosso Diretório Nacional de Catequese no número 126 diz que “o eixo
central do Catecismo é o cristocentrismo trinitário e a beleza da vocação cristã da pessoa
humana”.
Sagrada Escritura, Liturgia e Catecismo educam o cristão para abrir-se a Jesus
Cristo nas trilhas da interação Formulações da Fé e Vida (cf. DNC 127). Logo, podemos
concluir que a doutrina da fé ilumina a vida e a vida leva perguntas, questões para serem
respondidas pela fé. Isto é Catequese!

34
Quem são os destinatários do Catecismo da Igreja Católica?
 Em primeiro lugar os Bispos, como doutores da fé e pastores da Igreja;
 Redatores de catecismos locais;
 Presbíteros, especialmente, os Párocos;
 Catequistas;
 Os fiéis que desejam aprimorar o amadurecimento de sua fé.

Como está constituído o nosso atual Catecismo?


Em nossa vida cristã alicerçada nas exigências do Evangelho há uma
hierarquia de verdades e de normas que podem ser resumidas num conjunto de quatro colunas
de nossa fé que são:
 a fé professada, crida – o Símbolo, Creio dos Apóstolos;
 a fé celebrada – os Sacramentos;
 a fé vivida – as Bem-aventuranças, 10 Mandamentos (Decálogo);
 a fé rezada – o Pai-Nosso.

Essas quatro colunas formam a estrutura do Catecismo, ou seja, a sua divisão em


quatro partes:
Dinâmica:
Colocar uma cadeira de quatro pés, ou banqueta. Colar em
PARTE I : A PROFISSÃOcada DA FÉperna, uma faixa escrita com os dizeres das colunas
que formam a estrutura do catecismo (ao todo, quatro faixas)
“Crer em Deus, uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo, em seu Mistério de
Salvação” (DNC 129). O catecismo inicia esta parte, explicando em que consiste a Revelação
pela qual Deus-Trindade se relaciona com a humanidade. A seguir, desenvolve os doze artigos
do Credo/Creio dos Apóstolos.

PARTE II: OS SACRAMENTOS DA FÉ

“Celebrar o Mistério Pascal nos sacramentos, que têm o Batismo e a Eucaristia


como centro” (DNC 129). Na verdade, são os sete sacramentos, sinais da graça de Deus
agindo em nós.

PARTE III: A VIDA DA FÉ

“Viver o grande mandamento do amor a Deus e ao próximo, buscando a


santidade”
(DNC 129). Nesta parte, o catecismo apresenta os caminhos para chegar às Bem-aventuranças
pelo Mandamento do Amor dado por Jesus Cristo que é o resumo dos dez mandamentos da
Lei de Deus.

PARTE IV: A ORAÇÃO NA VIDA DE FÉ

“Rezar para que o Reino de Deus se realize” (DNC 129). O catecismo expõe o
sentido e a importância da oração em nossa vida como Mistério da fé. Em outras palavras, a fé
professada, celebrada, vivida no cotidiano, é vivida também numa “relação viva e pessoal
com o Deus vivo e verdadeiro. Essa relação é a oração” (CIC 2558).
Em síntese: “as quatro partes estão ligadas entre si:

35
O mistério cristão
 é o objeto da fé (primeira parte);
 é celebrado e comunicado nos atos litúrgicos (segunda parte);
 está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no seu agir
(terceira
parte);
 funda a nossa oração, cuja expressão privilegiada é o Pai-Nosso
(quarta parte)”. (Fidei Depositum- João Paulo II).

DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE

Dinâmica:
Chamar a atenção dos catequistas, com um desfile
empolgante e criativo, sobre o Diretório Nacional de
Catequese.

O Diretório Nacional de Catequese (DNC) foi aprovado pelos nossos Bispos do


Brasil no dia 15 de agosto de 2005, em Itaici-Indaiatuba-SP, na 43ª Assembléia da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Nele encontramos, sobretudo, critérios inspiradores para a ação catequética. O seu
objetivo é apresentar a natureza e finalidade da catequese, traçar os critérios de ação
catequética, orientar, coordenar e estimular a atividade catequética nas diversas regiões do
Brasil.
O Diretório de Catequese orienta para uma catequese mais bíblica, litúrgica,
vivencial, profundamente ligada à mística evangélico-missionária, mais participativa e
comunitária.
Está dividido em duas grandes partes.
Antes da primeira parte, há uma Introdução Geral que situa o DNC no atual
movimento catequético e estabelece seus objetivos.

I Parte: Fundamentos Teológico-Pastorais da Catequese, com quatro


capítulos que são:
1. Movimento catequético pós-conciliar: conquistas e
desafios;
2. A catequese na missão evangelizadora da Igreja;
3. Catequese contextualizada: história e realidade;
4. Catequese: mensagem e conteúdo.

II Parte: Orientações para a Catequese na Igreja local, com quatro capítulos


que são:
5. Catequese como educação da fé;
6. Destinatários como interlocutores no processo
catequético;
7. O ministério catequético e seus protagonistas;
8. Lugares da catequese e sua organização na Igreja
particular.

36
Características do Diretório Nacional de Catequese:

1. Assume as características da evangelização, seu ardor missionário, o


anúncio de Jesus Cristo, tornando-se uma “catequese evangelizadora”;
2. Apresenta uma catequese profundamente bíblica, encarnada na história,
litúrgica e celebrativa, comunitária e antropológica;
3. Baseia-se na Palavra de Deus, manifestada na Tradição (Bíblia,
Liturgia, Santos Padres, Catecismos);
4. Assume a dimensão catecumenal como inspiradora de toda catequese,
ou seja, uma catequese experiencial, celebrativa, orante;
5. Catequese voltada preferencialmente para os adultos e jovens: as
crianças são queridas e bem-vindas à catequese, mas a atenção principal das forças
catequéticas da Igreja devem se voltar para os adultos que foram batizados, mas não
evangelizados, nem iniciados na fé;
6. Dá importância ao catequista e insiste muito na formação esmerada do
catequista;
7. Dá orientações seguras quanto à organização da catequese na Igreja
Particular(Diocese), detalhando as competências de cada um na educação da fé dentro da
Diocese, da Paróquia e da Comunidade.
O Diretório Nacional de Catequese institui o MINISTÉRIO DO CATEQUISTA
para aqueles que são “reconhecidamente eficientes como educadores da fé de adultos, jovens
e crianças, e estão dispostos a se dedicarem por um tempo razoável à atividade catequética na
comunidade”.
Em relação a este assunto é de suma importância, os catequistas iniciantes
estudarem o subsídio “Catequizar Sempre!16 – Ministério da Catequese”, é um precioso
instrumento para aprofundar este tema.
Como conclusão geral, o Diretório Nacional de Catequese de inspiração bíblica e
eclesial lembra que a catequese faz parte da missão evangelizadora da Igreja e cumpre a sua
função de educar na fé.
Para nós, da Igreja Particular de Londrina, é uma imensa alegria saber que o nosso
Arcebispo Emérito Dom Albano Cavallin foi o presidente da comissão de redação deste
Diretório e participante de todas reuniões mais importantes.

5. Interagindo:
1º) Em grupos de seis pessoas, manusear o Catecismo e o Diretório Nacional
de Catequese a fim de familiarizar-se com estes instrumentos catequéticos, procurando neles
as partes e capítulos que foram citados.
2º) Após o manuseio dos livros, o grupo escreve uma mensagem relacionada
ao conteúdo aprofundado.
3º) Cada grupo apresenta a sua mensagem.

6. Celebrando o Encontro:

b) De mãos dadas, rezar o Creio renovando o desejo de ser Catequista


Discípulo
Missionário de Jesus Cristo.
c) Espontaneamente, dizer Creio...e expressar os motivos em que acredita, as
razões de sua fé.
d) Concluir este momento orante, cantando o refrão: “Creio, Senhor, mas
aumentai a minha fé”.

37
7. Revendo o Encontro:
Construir o terceiro capítulo do portfólio.

8. BIBLIOGRAFIA DE APOIO:
1. Catecismo da Igreja Católica.
2. Diretório Geral para a Catequese:
O Catecismo da Igreja Católica, nºs 121 a 127.
3. Diretório Nacional de Catequese:
Catecismo da Igreja Católica, nºs 123 a 125.

BIBLIOGRAFIA

A BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulus, 2000.


CONCÍLIO VATICANO II – constituições, decretos, declarações, 24. ed. Petrópolis:Vozes,
1995.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Loyola, 2000.
CONGREGAÇÃO PARA O CLERO. Diretório Geral para a Catequese, 3. ed. São Paulo:
Paulinas, 2001.
CELAM. Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe. São Paulo: Paulus, 2007.
CNBB. Catequese Renovada. Doc. 26, 33. ed. São Paulo: Paulinas, 2003.
CNBB. Diretório Nacional de Catequese. Doc. 84. São Paulo: Paulinas, 2006.
CNBB. Crescer na leitura da Bíblia. Estudos 86. São Paulo: Paulus, 2002.
CNBB. Formação de catequistas. Estudos 59, 9. ed. São Paulo: Paulus, 2006.
CNBB. Textos e manuais de catequese. Estudos 53, 4. ed. São Paulo: Paulus, 2003.
DIRETRIZES PASTORAIS DE CATEQUESE. Arquidiocese de Londrina, 2003.
ALVES LIMA, Luiz. O que é querigma? Revista de Catequese n. 109/janeiro-março/2005.
BRANDES, D. Orlando. Arcebispo de Londrina. Artigos semanais publicados na Folha de
Londrina, 2007-2008.
BETIATO, Mário Antônio. Bíblia no Antigo Testamento: uma história amargamente doce, 3.
ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
CEBI/SUL. A história de Cristo se repete na história do povo que luta pela libertação. São
Leopoldo, 1986.
CENTRO BÍBLICO de Belo Horizonte. ABC da Bíblia. São Paulo: Paulus, 1982.
FELLER, Vitor Galdino. O sentido da salvação – Jesus e as religiões. São Paulo: Paulus,
2005.
MESTERS, Carlos. Bíblia livro feito em mutirão. São Paulo: Paulinas, 1986.
DURAN, José Rafael Solano. Cristologia à luz do Documento de Aparecida. Anotações do
Curso “Capacitação de Lideranças Catequéticas” em 25.10.2008 no Centro Arquidiocesano de
Pastoral – Londrina.
PERONDI, Ildo. Revelação e Palavra de Deus. Anotações do Curso “Capacitação de
Lideranças Catequéticas” em 26.04.2008 no Centro Arquidiocesano de Pastoral – Londrina.
SILVA, Sérgio. A missão do catequista. São Paulo: Paulinas, 2007.

38
ARQUIDIOCESE DE LONDRINA
DIMENSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA

ROTEIRO PARA IMPLANTAR NOS DECANATOS A FORMAÇÃO BÁSICA DE


CATEQUISTAS

1. NOME DO

DECANATO:...................................................................................................................

2. PARÓQUIAS:...................................................................................................................

.................

3. BREVE DESCRIÇÃO DO CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL-RELIGIOSO DAS

PARÓQUIAS (CONJUNTO) QUE COMPÕEM O

DECANATO:...........................................................................

4. SITUAÇÃO DA PASTORAL CATEQUÉTICA NO

DECANATO:................................................

5. OBJETIVO

GERAL:...........................................................................................................................

6. OBJETIVOS

ESPECÍFICOS:.............................................................................................................

39
7. MÍSTICA:.........................................................................................................................

..................

8. NOME DOS CATEQUISTAS MULTIPLICADORES DE

FORMAÇÃO:......................................

9. ESTRUTURA DO CURSO:

DISCIPLINAS - EMENTAS NOME DO CATEQUISTA FORMADOR

10. METODOLOGIA A SER

ASSUMIDA:.............................................................................................

11. MOMENTOS

CELEBRATIVOS :......................................................................................................

12. LOCAL PARA REALIZAÇÃO DA

FORMAÇÃO:..........................................................................

13. CRONOGRAMA DA ESCOLA CATEQUÉTICA (datas e

horários):..............................................

14. APOIO AOS CATEQUISTAS EM

FORMAÇÃO:............................................................................

15. MÉTODO DE

AVALIAÇÃO:............................................................................................................

16. RESPONSABILIDADES:................................................................................................

..................

40

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