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20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!

: Música Litúrgica - o Introito

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Texto integral da homilia do Papa Francisco em 27/03/2020
 
Súplica litânica - utilizada na Adoração ao Santíssimo com o Santo Padre, o Papa Francisco, no dia 27/03/2020
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Daniel P.
teologia litúrgica

DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2010 Olá. Não


Email | Twitter | Bio solenidad
Cleiton Robsonn
Música Litúrgica - o Introito Normas p
espiritualidade litúrgica
Por
Alfredo Votta years ago
Email | Instagram | Bio A música litúrgica é assunto com o qual me preocupo obsessivamente. Que eu seja católico talvez explique grande David L.O
parte disto; que eu seja músico explica outro tanto. Mas existe ainda outra medida em que a coisa se explica pelo As toalha
Daniel Pereira Volpato
ou podem
deplorável estado da música litúrgica nos nossos dias.

espiritualidade litúrgica
que sejam
Email | Twitter| Bio Como dev
Claro: o mau estado da música litúrgica faz parte do mau estado da própria Liturgia que, sublime nos livros, nem Altar? · 3
Wescley Luís de Andrade
sempre é realizada sublimemente na prática. Ademais, problemas litúrgicos (em geral, mas também os problemas
Wagner A
espiritualidade litúrgica
litúrgicos musicais) não são novidade dos nossos dias.
Qual o no
Email | Bio para inces
Quando falamos de música litúrgica inadequada, pensamos sem dúvida nas paróquias, pensamos numa maioria. novenas e
Alex Camillo
Nunca deixou de haver lugares em que as celebrações foram sempre digníssimas e, a música, incrível. Estes lugares altares? S
redes sociais
mantiveram a tradição católica e a obediência às leis litúrgicas da Igreja. Não podemos, entretanto, nos contentar, Vocabulá
Email, Twitter | Bio litúrgicos 
nunca, com que a ortodoxia litúrgica se restrinja a umas poucas casas religiosas e a umas pouquíssimas paróquias ou
a algumas catedrais europeias que se podem contar nos dedos de uma mão. Não podemos, porque as leis da Igreja Joi
Aline Rocha Taddei Brodbeck
Depois de
liturgia na Igreja doméstica
valem para toda ela (não existem “realidades” locais que permitam ignorar as normas, e mesmo adaptações lícitas
algum lug
Email | Twitter | Bio precisam ser estudadas e autorizadas), e todos os fiéis do mundo têm direito à Liturgia decente, da qual é parte que seja c
integrante e crucial a música litúrgica decente. Os fiéis têm este direito; por outro lado, os mesmos fiéis não têm direito O apagar
Alfredo Votta Jr.
a desobedecer nem forçar a desobediência às normas. Os fiéis não podem tomar os sacerdotes como reféns da Soleni
música sacra
obrigados a fazer concessões litúrgicas sob a pena de se esvaziarem os bancos do templo (embora, claro, nem todo ago
Email | Twitter | Bio abuso litúrgico nasça do desejo de agradar fiéis).
Vinícius (J
Música lit
Maite Tosta

*
compreen
traduções
profana te
Email | Twitter | Bio para a ce
O chamado Novus Ordo, ou “Missa de Paulo VI”, traz em suas instruções algumas flexibilidades que não podem, a Uma espe
Alexandre Mendes da Silva
meu ver, ser interpretadas como deixa para a solução mais cômoda. Em outras palavras, a licitude não é suficiente no Brasil 
geral
para a beleza e a riqueza da Liturgia (ainda que indispensável).

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Email | Bio

Lucas Cardoso da Silveira Neste texto eu gostaria de falar a respeito do Próprio da Santa Missa, em cuja regulamentação existe a flexibilidade a
Santos que me refiro. Infelizmente, mesmo esta flexibilidade sendo grande, tem sido com enorme freqüência forçada até a
geral
quebra pela interpretação errônea das instruções do Missal e do Concílio Vaticano II.

Email | Bio
Luís Guilherme Fernandes Para esclarecer o que é o Próprio, valho-me agora do Ordinário. Na Missa, o Ordinário se compõe do Kyrie (Senhor,
Pereira
tende piedade - parte essencial do Ato Penitencial, embora não seja, sozinho, o Ato Penitencial inteiro), do Gloria, do
geral
Credo, do Sanctus (Santo, Santo, Santo) e do Agnus Dei (Cordeiro de Deus). Dependendo da Missa, pode ocorrer de
Email | Twitter | Bio se omitir uma dessas partes. Mas o que importa para nós, agora, é que elas são sempre iguais. Em qualquer Missa o
Rafael de Mesquita Diehl
Gloria é sempre igual, como são sempre iguais as outras quatro partes.

história da liturgia e arte sacra

Email | Bio O Próprio, por sua vez, muda sempre; é diferente para cada Missa. Por esta razão é que ele se chama assim: cada

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20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito
Missa tem seu “próprio Próprio”. As partes do Próprio também são cinco: Introito (Entrada), Salmo Responsorial (ou
Gradual), Alleluia (com o seu versículo), Ofertório e Comunhão. Mas o Alleluia é mesmo do Próprio? Ele não é sempre
igual, sempre “Alleluia”? Bem, a parte “Alleluia” é sempre igual; mas o seu versículo é próprio, é diferente a cada
Missa. Porém, em muitos lugares ele não é usado, fazendo com que muitos sequer saibam que ele existe. Mas ele
Marco Paulo da Vinha
existe e deve ser usado.

rito bracarense

Email | Bio Neste texto falarei apenas da primeira das partes do Próprio, o Introito ou Entrada. Que o leitor não se assuste com
isto; o fato de eu falar apenas dele não significa que o assunto seja muito complexo, e sim que não quero alongar
demais este texto cuja introdução já ocupa bom espaço.

OBJETIVOS
Como muitos sabem ou, se não sabem, imaginarão, o Introito ou Entrada é o momento em que o sacerdote entra para
1. Favorecer o aumento da
iniciar a celebração da Santa Missa; não só ele mas também possíveis acólitos, diácono etc. Na grande maioria das
piedade eucarística, para que os
igrejas a música utilizada neste momento é designada como “canto de entrada”, o que não está errado. Entretanto, a
fiéis creiam na Missa como música costuma ser escolhida com base simplesmente no gosto dos fiéis dessa igreja específica, ou no gosto do
renovação e atualização do
músico ou dos músicos da Liturgia. Para esclarecer isto, vamos a fonte: o que a Igreja prescreve para este momento?
sacrifício da Cruz, pela qual se
Vejamos os números 47 e 48 da IGMR. Os grifos são meus.

tornam presentes, de modo real


e substancial, o Corpo, o
47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada. A
Sangue, a Alma e a Divindade finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico
de Nosso Senhor Jesus Cristo,
ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.

ainda que sob a aparência de


pão e de vinho; fomentar a
48. O canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ou só pelo
frutuosa, “plena, consciente e
grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples, ou
ativa participação” (Concílio
então outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido
Ecumênico Vaticano II.
aprovado pela Conferência dos Bispos.
Constituição Dogmática
Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles, ou pelo leitor;
Sacrosanctum Concilium, 14) de
ou então, pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial (cf. n. 31).
todos os batizados na Santa
Numerosas questões devem ser comentadas aqui. Julgo importante reorganizar algumas informações do texto para
Missa, na Exposição do
melhor compreensão do leitor.

Santíssimo, na celebração dos


sacramentos, no Ofício Divino, e
Primeiramente, no número 48, a IGMR diz quem executa o canto de entrada. São três opções:

nas demais cerimônias


litúrgicas.

1 – grupo de cantores e povo

2. Promover a correta
2 – cantor e povo

celebração da Santa Missa e


dos demais ritos, por:

3 – só o grupo de cantores.

a) uma estrita observância das


rubricas dispostas nos livros
Fica bastante claro que não existe nenhuma obrigação ao canto da assembleia, ainda que ela figure nas duas
litúrgicos;

primeiras opções. Por que esta preocupação? Porque uma objeção comum à utilização de certos tipos de música é
b) por um mais generoso
que o povo fique impedido de “participar”, por não saber “cantar junto”. Já se explicou muito, porém, que a participação
aproveitamento dos recursos
também inclui a audição atenta e o silêncio sagrado. Além disto, a lógica nos faz concluir ser impossível usar na
previstos para a solenização do
Liturgia somente música que a assembleia conheça (o que a Igreja não pede, a propósito).

culto;

c) pela consciência, por parte


Outro aspecto que vemos é a distinção entre “grupo de cantores” e “cantor”. Certamente o uso do plural e do singular
dos clérigos e dos fiéis, do rico
deixa claro a que o texto se refere; a meu ver, porém, em igrejas nas quais o “grupo de cantores” seja composto por
significado de cada cerimônia,
uma única pessoa, esta voz solitária pode assumir os papéis atribuídos ao grupo de cantores. A IGMR não deixa de
fortalecendo o devido, profundo
pensar nas igrejas mais modestas ao dizer “grupo de cantores” e não “coro”. Especialmente no Brasil, por motivos
e sacro respeito para com toda culturais, é freqüentemente difícil instituir um coro de igreja.

a nossa tradição litúrgica.

CURTA
Adiante a IGMR diz o que se deve cantar como “canto de Entrada”. Listemos:

3. Popularizar, conforme pedido


insistentemente pelos Papas, as 1 – Antífona com seu salmo, do Gradual Romano ou do Gradual Simples

cerimônias em língua latina, no


rito romano moderno (forma
2 – outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado
ordinária, Missal de Paulo VI,
pela Conferência dos Bispos (a CNBB, no caso do Brasil).

pós-conciliar): que todas as


igrejas e oratórios tenham a
Quantas pessoas conhecem a opção número 1? Muitas não a conhecem, e obviamente não são culpadas disso já que
Missa em latim, ao menos Like P
nunca aprenderam nem ouviram falar dessa possibilidade, para muitos, até mesmo incompreensível: o que é uma
semanalmente.

“antífona”? O que é “Gradual Romano”, o que é “Gradual Simples”?

4. Colaborar com a
A primeira pergunta vemos depois. Responder à segunda é fácil: são livros de canto gregoriano. Isto é: a Igreja
implementação da “reforma da
prescreve para o Introito (o canto de Entrada) nada menos do que canto gregoriano.

reforma”, mediante:

a) o uso frequente do rito


Mas e a segunda opção? Muitos poderão dizer sobre ela: “aí, sim!”, porque ela é a mais praticada, por muitos a única
romano tradicional (forma
conhecida. Alguns poderão interpretar que a primeira opção se aplica só a casas religiosas, só a monges e, mesmo apoios eclesi
extraordinária, Missal de São
assim só alguns deles. Um hábito que chega a ser uma mera curiosidade, de certa forma, e por tantas pessoas sacra
(39)

Pio V, pré-conciliar, “tridentina”),


apenas conhecido por meio de filmes.
casamento
(5
na esteira do Motu Proprio
dedicação d
Summorum Pontificum;

Esta interpretação é completamente equivocada. A IGMR não se preocupa em estabelecer normas para casas (14)
err
b) o debate sadio e respeitoso
religiosas e normas para paróquias, mas tão somente normas litúrgicas. O canto gregoriano é posto pela Igreja em
acerca de como facilitar o
primeiro lugar no que concerne à Liturgia Romana: Em igualdade de condições, o canto gregoriano ocupa o primeiro
espiritua
desenvolvimento harmônico e
lugar, como próprio da Liturgia romana. (IGMR, 41)
(432)
fo
orgânico da liturgia;

c) a pesquisa histórica e (445)


fo
É também o caso de pensarmos por que a Igreja se expressa desta maneira na IGMR; resumidamente, o que Ela nos
teológica sobre os diversos
diz é: “no canto de entrada você pode usar a melodia gregoriana ou outro canto condizente”. Talvez fosse mais
história d
aspectos do rito romano em
simples dizer apenas “use um canto condizente”; ou não?
(346)
li
suas duas formas.

missa
(
O fato é que a Igreja está nos orientando, aqui, a respeito do texto. Tanto que, na segunda opção, ela coloca como
5. Incentivar a ampla utilização (177)
orden
condição o aval dos bispos locais. Além disto, pense o leitor comigo: se a Igreja permite que a Missa seja no idioma do
do canto polifônico e, partes da
lugar, e o gregoriano é sempre em latim, isto significa que qualquer canto no idioma do lugar (que chamamos de
principalmente, do canto
“vernáculo”) se encaixará na segunda opção.
reforma
gregoriano, “canto próprio da ritos orient
liturgia romana”, o qual “ocupa o
primeiro lugar entre seus
Não se trata exatamente disto. A Igreja, de fato, indica os livros: o Gradual Romano e o Gradual Simples. Porém, tempos
pode-se utilizar o texto lá indicado, traduzido à língua do lugar, para compor uma outra música a se utilizar neste teologia lit
similares.” (Concílio Ecumênico
momento da Liturgia (e em outros que seguem as mesmas regras).

Vaticano II. Constituição (103)


ver
Dogmática Sacrosanctum populum
(25
Tomemos um exemplo. Suponha o leitor que teremos uma Missa do Sexto Domingo do Tempo Comum, e vamos
Concilium, 116)
providenciar a música para o Introito. Vamos ao Gradual Romano. Lá encontramos, para o Sexto Domingo do Tempo
Comum, uma melodia gregoriana que utiliza o texto, em latim, dos versículos 3 e 4 do Salmo 30:
ARQU
AS 10 MAIS ACESSADAS DA
SEMANA Esto mihi Deum protectorem, et in locum refugii, ut salvum me facias: quoniam firmamentum meum, et refugium meum ► 
2020
(7)
est tu: et proper nomen tuum dux mihi eris, et enutries me.
► 
2019
(2)

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Cada Missa, um preceito Em português:

► 
2018
(3)
Nos próximos dias teremos
duas Solenidades litúrgicas Sede para mim um Deus protetor e um lugar de refúgio, para me salvar; pois sois meu apoio e meu refúgio; e pelo ► 
2017
(5)
preceituais para os católicos, vosso nome haveis de me conduzir e me alimentar. ► 
2016
(20
a Solenidade de Santa Maria
Mãe de Deus, e a da Este texto é parte integrante da Liturgia da Missa do Sexto Domingo do Tempo Comum. É seu Introito. Foi assinalado
► 
2015
(16
Epifani... pela Igreja para fazer parte da celebração do sacrifício nesta data litúrgica específica. Ainda que a mesma Igreja
permita o uso de música com um outro texto (e mesmo que aprovado pela conferência episcopal), quanto não ► 
2014
(46
O "Exsultet" - perdemos ao simplesmente ignorar este tesouro litúrgico, colocando em seu lugar textos sem tradição nenhuma e, na
► 
2013
(14
A maioria das vezes, de gosto duvidoso, ou até mesmo com problemas doutrinários e sentimentalismo?

Proclamação ► 
2012
(38
da Páscoa ou
Pessoalmente, interpreto como uma espécie de gesto de enorme tolerância da Santa Igreja o fato de permitir aquilo se ► 
2011
(48
Precônio
ficou conhecido como alius cantus aptus – o famoso “outro canto apto”, “outro canto adequado” – que substitua o texto
Pascal ▼ 
2010
(48
mais propriamente litúrgico. E utilizo aqui a palavra tolerância no seu sentido de aceitação sem muito gosto, sem a
É o hino em louvor do círio ► 
Dezem
pascal cantado por um chancela, por assim dizer, de autenticidade e propriedade.

diácono no Sábado Santo. ► 


Novem
No Missal o título do hino é " O fato de que o Introito (e o Próprio inteiro) muda a cada Missa faz com que a cada Domingo seja usada uma música
Præconium ", como ap... ► 
Outub
diferente. Isto impede que o “povo cante junto”? Talvez impeça. Entretanto, já não devemos mais estar presos à ideia
errônea de que a “participação” ou mesmo a “participação ativa” implique necessariamente em fazer coisas (seja ► 
Setem
Ofício das Trevas, em
canto, recitação etc.), ou, para ser mais exato, fazer coisas perceptíveis a todos. Ouvir atentamente o Introito cantado ► 
Agosto
português, no rito moderno -
é participação ativa. Meditar seu texto é participação ativa. Não me parece errado, tampouco, que o fiel recite o
Quinta-feira da Semana
mesmo texto em voz baixa. Lembre-se ainda o piedoso costume de acompanhar visualmente a procissão de entrada: ► 
Julho

Santa
Como foram muitos os a cruz, o incenso, os ministros sagrados e seus paramentos.
► 
Junho
pedidos, colocamos aqui o
► 
Maio
(
Ofício das Trevas, no rito Como o leitor talvez tenha percebido, não defendo que se cante o Introito sem informar aos fiéis que texto está sendo
novo (forma ordinária), em cantado. Evidentemente é a Deus que se dirige a Liturgia; e se o fiel sabe o que está sendo cantando ele se pode unir ► 
Abril
(7
português. Podem baixar
mais perfeitamente a ela. Considero importante que os fiéis tenham em mãos o texto que está sendo cantado pelo ► 
Março
usando os segu...
cantor ou grupo de cantores, mesmo que a música utilize o texto na língua do país. Imprescindível? Não; mas, sendo
▼ 
Fevere
Reforma da possível, acredito que auxilie bastante. Pode-se imprimir o Próprio do dia para distribuir aos presentes, caso não exista
algum outro tipo de guia publicado. Por misericórdia, abstenhamo-nos de retroprojetores ou datashow...
O que
reforma e
Semana Segun
Santa Neste momento, um parêntese. Vimos que a IGMR nos indica o Gradual Romano como fonte do texto para o Introito. Tibi
Introdução Ocorre que o Missal também provê uma antífona de Entrada. Em muitos casos, o texto do Gradual e o texto do Missal
Continuando Missa
são o mesmo, mas isto não é a regra. Se um compositor desejar servir-se do texto do Missal para escrever a música,
nossa série sobre uma futura pess
pode fazê-lo. Em textos futuros abordarei mais detalhadamente este “problema”. Fechemos o parêntese.

unificação do rito romano, Música


teço breves linhas sobre a Res
unificação do rito romano Alguém poderá argumentar que é rara, ou mesmo raríssima, uma assembleia capaz de cantar o Introito junto com o
qua... cantor ou cantores. Não discordo; volto a insistir em que é desnecessário, em certas partes da Liturgia, o canto da O rito e
assembleia inteira, e que justamente por a música cantada por todos precisar ser mais acessível, é enriquecedor para refo
"Stabat Mater a Liturgia que o Próprio possa dispensar os fiéis, possibilitando o uso de composições mais elaboradas. Não se pode Introito
dolorosa..." admitir o empobrecimento da Liturgia como preço a pagar por uma ilusória “participação ativa” de todos os presentes à Qua
Diversas  Missa.

imagens e As mud
invocações da por
Este é o início do Introito gregoriano Esto mihi, do Sexto Domingo do Tempo Comum. Note-se que a escrita do canto
Virgem Maria
gregoriano usa uma pauta de quatro linhas, enquanto a notação musical moderna utiliza cinco. A notação gregoriana Uma p
salientam o aspecto de sua
continua sendo usada para o canto gregoriano, e os livros são publicados neste sistema.
práx
dor, ao ver o sofrimento e a
morte do Filho. Desde muito Texto d
cedo ini... Mar
A vesti
Exposição e Bênção do
Santíssimo Sacramento - e as
modo correto de realizar Música
Convém, antes de tudo, notar
que a adoração ao Lection
Esta melodia, como as outras utilizadas no Próprio, são chamadas de antífonas. Eu havia adiado, alguns parágrafos alte
Santíssimo NÃO é um ato
litúrgico. Ela pode ser atrás, a explicação do que significa esta palavra. Mesmo assim não a explicarei inteiramente, deixando isto para um
A rique
INSERIDA em um ato outro texto. Por enquanto, apenas digo que é um nome utilizado para designar as melodias do Próprio (e algumas
litúrgico, isso sim. Tant... outras).
Missa
no r
A "Velatio" das Imagens na Encorajo todos aqueles que desejem aprender a ler este tipo de notação a procurar informações ou quem lhes possa Ione B
Quaresma ensinar. Garanto-lhes que a dificuldade é muito menor do que parece à primeira vista. Se o caro leitor não sabe ler a Con
Do ponto de vista espiritual, o
partitura acima, olhe para ela como, quando criança, antes de ser alfabetizado, olhava jornais, livros e placas: coisas Três M
costume da velatio foi
interpretado como sinal da desconhecidas que em pouco tempo se transformam em coisas totalmente claras.

Excelê
penitência à qual todos os
fiéis são chamados como... Como afirmei anteriormente, podemos tomar este texto, originalmente em latim, e musicá-lo na língua do país. O Grupo
próximo exemplo é esse mesmo Introito, mas em inglês, retirado de um livro para o uso anglicano (católicos oriundos com
Gestos e posições do povo do anglicanismo). A melodia utilizada nesta adaptação, feita por C. David Burt, é mais simples do que a do gregoriano
Vídeo
na Missa acima.
Pon
Fonte: www.adoremus.org
Tradução: Lucas Cardoso da O Silên
Silveira Santos Ritos Iniciais
Fazer o sinal da Cruz com
► 
2009
(14
água benta (sinal do batism...

Música litúrgica - a
DI
Seqüência
Este texto é uma espécie de
adendo, porque, embora
pertença à série de artigos
sobre o Próprio da Santa Por sua vez, o americano Richard Rice escreveu música para o Próprio da Missa, também em inglês, destinada a
Missa, devota-se a um item 20
ausente ... coros. Suas composições são simples (seu trabalho se chama Simple Choral Gradual, isto é, “gradual coral simples”) e M
muito boas para a Liturgia, além de muito acessíveis para coros. Copio aqui o início do seu Introito Esto mihi. Não liv
Podemos bater palmas nas estranhe o leitor a diferença de texto: Rice usa uma tradução diferente daquela usada no exemplo anterior.

20
Missas da Quaresma? - e
outras questões S
O Salvem a Liturgia recebeu da
ta
na caixa de comentários a
seguinte mensagem, enviada 20
por uma leitora, da qual
constam algumas perguntas: U
Gostar... pa
pr

POSTAGENS POPULARES

Gestos e posições do povo


na Missa

https://www.salvemaliturgia.com/2010/02/musica-liturgica-o-introito.html 3/8
20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito
Fonte: www.adoremus.org Precisamos de música em português para o Próprio. Não de composições com textos novos, nem de paráfrases de REZE O B
Tradução: Lucas Cardoso da salmos, nem salmos metrificados. Estas opções são lícitas? São lícitas, mas, uma vez mais, convido o leitor a ir além
Silveira Santos Ritos Iniciais da mera licitude.

Fazer o sinal da Cruz com


água benta (sinal do batism...
A Igreja chama os compositores a escrever nova música litúrgica para enriquecer o repertório, de maneira que
Quando termina a cultivemos o tesouro já existente e que floresçam novas composições, escritas tanto para grandes coros de nível
Quaresma? profissional como para pequenos grupos de cantores amadores (mas de bom nível e que cultivem o estudo da música)
O Prof. Felipe Aquino postou ou mesmo para o cantor único ao qual alguma igrejas se veem forçadas a restringir-se.

em uma lista de discussão e


repasso aqui esta informação Eu, pessoalmente, me encaixo nesta última categoria; embora minha formação seja precisamente a de músico, não
de interesse geral para a sou cantor, mas na Liturgia tenho exercido esta função, além da de instrumentista. E, tendo em vista esta
conhecimento da Sagrada
Litu... necessidade, procuro compor o Próprio de cada Missa dentro das minhas possibilidades.

Normas para Enquanto escrevo este texto, ocupo-me precisamente da composição do Próprio para o Sexto Domingo do Tempo
o jejum e a Comum. “Meu” Introito começa assim:

abstinência
Chegou a
Quaresma.
Iniciamos o
tempo forte da Igreja para
combater, em nós, a
influência do demônio, do A assembleia não cantará isto – e, como já mostrei, nem precisa que seja assim. Este Introito poderia cobrir toda a
mundo e da carne. E um dos ação litúrgica até a chegada do sacerdote ao altar. No caso específico, o sacerdote da igreja em que toco pede que eu
métodos, ...
não exclua a entrada cantada pelos fiéis. Da minha parte, eu nunca quis omitir o Próprio. Concordando com a minha
preocupação, o sacerdote propôs que a sua entrada seja realmente acompanhada por música cantada pelos fiéis, até
Seleção de perguntas e
respostas (verdadeiras) sobre que ele chegue ao altar. Assim que esta termine, canto o Introito. Não é inconveniente que o padre “espere” o Introito
normas litúrgicas ser cantado: ele é litúrgico. Além disto, a IGMR especifica no número 48 que se o Introito não for cantado, ele é lido.
1º É realmente necessário, Repito o trecho que fala disso:

na hora de rezar o Pai-


Nosso, erguer as mãos como (...)Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles, ou pelo
o sacerdote? Se sim, pq? leitor; ou então, pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial (cf. n. 31).
Pelo contrário! Não se deve Este trecho nos mostra também que é perfeitamente possível uma Missa sem música. Certamente que a sua ausência
erguer...
faz falta no que se trata de beleza. Mas a falta de música não é motivo para não se realizar a Missa. No meu
Sugestão para a Missa da entendimento isto é um forte indicativo de que não se pode usar qualquer música na celebração do sacrifício: se a
Noite de Natal: canto ou única música disponível é qualquer uma, fora da Liturgia e inadequada a ela, que seja deixada de lado. Convido todos
recitação das Kalendas, em aqueles envolvidos com a Liturgia a não terem medo de ter a Santa Missa sem música, se for o caso.

ambas as formas do rito


romano Há ainda diversas coisas que eu gostaria de dizer, mas prefiro deixá-las para os próximos textos. Como se recordam,
Na forma extraordinária, se o Introito é apenas o primeiro item do Próprio. Possivelmente, no entanto, eu venha a tratar deles com o uso de menos
canta após a hora de Prima, espaço e, por conseguinte, tomando menos tempo ao leitor.

que foi suprimida na forma


ordinária, restando, então,
para o rito moderno, a opção Deixo, como ilustração final deste post, um vídeo. Claro, trata-se de música litúrgica executada com excelência
... espantosa e fineza incrível. Pessoalmente também aprecio um pouco de rusticidade moderada. Mas sei que o leitor
apreciará o que deixo agora. Trata-se da Missa de Natal na Catedral de Westminster, na Inglaterra, em 2009. O vídeo
Ofício das Trevas, em mostra precisamente o Introito. Trata-se do versículo 7 do Salmo 2: o Senhor me disse: tu és meu Filho, eu hoje te
português, no rito moderno - gerei – em latim: Dominus dixit ad me: Filius meus es tu, ego hodie genui te.

Quinta-feira da Semana
Santa
Ninguém argumente que é assim por ser na Europa. Nós também podemos fazer assim no Brasil. É o que a Igreja
Como foram muitos os
pedidos, colocamos aqui o quer que façamos. Comparemos com as coisas que temos visto, e compreendamos o que é melhor. Está nas nossas
Ofício das Trevas, no rito mãos.

novo (forma ordinária), em


português. Podem baixar
usando os segu...
Psalm 2 : Westminster Cathedral Choir
Modo de
imposição das
cinzas
Alguns
leitores em
nossa página
no Facebook questionaram a
respeito do modo de
imposição das cinzas: se esta
deve ser deitada sobre a ca...

Quando montar a Árvore de


Natal e o Presépio?
" Após as I Vésperas do I
Domingo do Advento é a hora
de montar a árvore de Natal ,
Presbíter
colocar a guirlanda na porta,
armar o presép... o clero catól

A "Velatio" das Imagens na


Quaresma
Do ponto de vista espiritual, o
costume da velatio foi
interpretado como sinal da Etiquetas:
missa,
música litúrgica,
partes da missa
penitência à qual todos os
fiéis são chamados como... 19 comentários:

Luana Madeira Lamas 14 de fevereiro de 2010 21:36


LINKS
Em primeiro lugar, parabenizo o Alfredo pelo ótimo texto que escreveu para nós. Realmente, acredito que a
Adoremus maioria da assembléia não quer cantar, e não tem nada a ver com o estilo musical que é aplicado na Liturgia!
Ars Sacra Ou seja, não tem Baião que faça a assembléia cantar, percebem? Outra coisa: é preciso respeitar o que está
previsto na legislação sobre a Liturgia, senão a coisa vira "Casa da Mãe Joana". E por fim, creio que os
Association of Latin Liturgy bispos brasileiros - com exceção do Dom Bruno Gamberini - precisam rever seus gostos musicais,
Association Pro Liturgia urgentemente, pois se eles aprovam o que tem acontecido na música litúrgica atual, estão com sérios
Blog "Velatam ad Dei problemas auditivos, ou de referências artísticas!

Gloriam"
Blog do Padre Z. Um abraço para todos!
Blog do Pe. Francisco Faus Responder
Canto Gregoriano (mp3 e
partituras)
Chabanel Psalms - Música Fernando Miyashiro 14 de fevereiro de 2010 21:45
Sacra

https://www.salvemaliturgia.com/2010/02/musica-liturgica-o-introito.html 4/8
20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito
Curso Elementar de Canto Texto muito bem elaborado, desenvolvido de forma extensa, porém incansável.

Gregoriano
Aqui em minha Paróquia canto a antífona de entrada presente no Missal, em vernáculo, quando convidado Seguidores
D&A Paramentos
para tal ofício.

Ecclesia Design
En Garde! Aguardemos os próximos artigos sobre as outras partes do Próprio.

Latin Liturgy Association


Legionários de Cristo Deus seja louvado!

Liturgia Horarum
Livros litúrgicos pela forma
Em Nosso Senhor e na Madre Igreja,

extraordinária/tradicional/tride
ntina (e livros que ensinam a
celebrar) Fernando

Motus Liturgicus - Movimento -Pro Catholica Societate- Seguir


Litúrgico Responder
Musica Sacra
New Liturgical Movement
Opus Dei Anônimo 15 de fevereiro de 2010 01:33
Ordo Missae em latim na Ótimo artigo Alfredo, parabéns!

forma ordinária (moderna)


Ontem eu participei de uma missa no rito bizantino, uma capela dos católicos russos muito simples, os
Presbíteros paroquianos trabalham muito para manter a comunidade.

Regnum Christi O que me impressiona, mesmo tão poucos russos, muitos, senhores e senhoras da terceira idade, no coro,
Sancta Missa cantando em polifonia resoando com a liturgia celebrada. Isso deveria ser um exemplo para nós, a
solenização não depende de dinheiro mas da boa vontade das pessoas.

Santa Sé
Aguardamos mais postagens suas Alfredo!
TerraCotta Arte Sacra
Responder
Website de Francisco
Fernández Carvajal

Alfredo Votta 18 de fevereiro de 2010 01:03


DOWNLOADS
Muito obrigado pelos comentários! Não deixem de voltar :-)
Missale Romanum, 1962 (forma
Responder
extraordinária)

Missale Romanum, 2002 (forma


ordinária)
Anônimo 19 de fevereiro de 2010 14:08
Caríssimo Alfredo de qual paróquia você participa em Jundiaí? Sou vocacionado da Diocese e estou NO
Pontificale Romanum, edição de procurando aprender este santo tipo de música litúrgica.

Leão XIII (forma extraordinária)


Jean

Graduale Romanum, 1961 Responder


(forma extraordinária)

Índice do Graduale Romanum Anônimo 26 de fevereiro de 2010 20:37


de 1974, para, em
Alfredo:

correspondência com o de 1961,


ser usado na forma ordinária

"50. (...)é importante dar a devida atenção ao canto da assembleia, já que este é particularmente apto para
exprimir a alegria do coração, faz ressaltar a solenidade e favorece a partilha da única fé e do mesmo amor.
Graduale Simplex, 1975 (forma
Por isso, há que ter a preocupação da sua qualidade, tanto no referente aos textos como às melodias, para
ordinária)

que tudo aquilo que de criativo e original hoje se propõe, esteja de acordo com as disposições litúrgicas e
seja digno daquela tradição eclesial que, em matéria de música sacra, se gloria dum património de valor
Kyriale (Edição de Solesmes)

inestimável". (Papa João Paulo II. Carta Apostólica Dies Domine. 1998)

Kyriale (Edição Vaticana)

"11. O século passado, com a renovação realizada pelo Concílio Vaticano II, conheceu um desenvolvimento
especial do canto popular religioso, do qual a Sacrosanctum concilium diz: "Promova-se com grande
Liber Usualis, 1961 (forma
empenhamento o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar, tanto nos exercícios de piedade
extraordinária - para canto da
como nos próprios actos litúrgicos"(30). Este canto apresenta-se particularmente apto para a participação dos
Missa e Liturgia das Horas)

fiéis, não apenas nas práticas devocionais, "segundo as normas e o que se determina nas rubricas"(31), mas
igualmente na própria Liturgia. O canto popular, de facto, constitui um "vínculo de unidade, uma expressão
Ordem de Incensação das
alegre da comunidade orante, promove a proclamação de uma única fé e dá às grandes assembleias
Oferendas (forma ordinária)
litúrgicas uma incomparável e recolhida solenidade"(32)". (Papa João Paulo II. Quirógrafo no centenário do
Motu Proprio Tra le Sollicitudini. 2003)

Orações para Paramentação na


Sacristia
"1157. O canto e a música desempenham a sua função de sinais, dum modo tanto mais significativo, quanto
«mais intimamente estiverem unidos à acção litúrgica» (27),, segundo três critérios principais: a beleza
Livreto-Missal (forma
expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o carácter solene da
extraordinária)
celebração. Participam, assim, na finalidade das palavras e das acções litúrgicas: a glória de Deus e a
santificação dos fiéis (28)" (Catecismo da Igreja Católica)

Abusos existem? Sim. Precisam ser corrigidos? Sim. Mas que é recomendado a todo o tempo que a
assembléia também cante nas ações litúrgicas - incluindo missa - isso parece-me bem claro pelas citações
acima.

Luana:

"Realmente, acredito que a maioria da assembléia não quer cantar, e não tem nada a ver com o estilo musical
que é aplicado na Liturgia! Ou seja, não tem Baião que faça a assembléia cantar, percebem?"
Nossa Senh
Gregório Ma
A assembléia só não canta quando os músicos não dão chance que cantem. Nisso entra música muito alta
e/ou barulhenta, músicas desconhecidas (cabe aos músicos ensinar as músicas novas), a excessiva troca de
músicas de um fim de semana para o outro (que não dá chance das pessoas aprenderem as músicas).

Eu toco numa capela em missa de 7hs da manhã, frequentada 99% por idosos piedosos (tipo, estão lá 6hs da
manhã para o terço, coisa rara ultimamente, infelizmente). Toco violão nessa missa, junto com geralmente
mais três vocalistas. Eles fazem questão de acompanhar as músicas, pedindo sempre a possibilidade de ter a
letra das mesmas à mão.

Claro que existe perfil de assmbléia, mudando de lugar para lugar e de horário para horário. Mas não tem
como generalizar dizendo que as pessoas não querem cantar.

Té mais

https://www.salvemaliturgia.com/2010/02/musica-liturgica-o-introito.html 5/8
20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito

João Marcos

Responder

Alfredo Votta 27 de fevereiro de 2010 01:13

Caro João Marcos: seus comentários e citações não vão contra o que tenho exposto. Sâo necessários,
entretanto, alguns ajustes (não nos seus comentários, mas na prática litúrgica que temos atualmente). Um
dos problemas que você aponta, a troca freqüente de músicas como fator que dificulta o canto da assembleia,
precisa ser harmonizado com o fato de que a cada Domingo a Missa tem um Introito diferente, um Ofertório
diferente e uma Comunhão diferente (o Salmo Responsorial também é, mas quanto a ele não há
dificuldades). No momento os artigos que estou publicando falam sobre o Próprio, mas ainda temos o
Ordinário, no qual o canto da assembleia pode ter um papel de maior destaque. Ao escolhermos a mesma
música toda semana para a Entrada, facilitamos o canto da assembleia, mas deixamos de lado o Introito, um
item litúrgico de suma importância. Assim é que qualquer fala de papas ou concílios deve ser compreendida:
canto da assembleia dentro das suas atribuições. Ainda temos também muito para avançar no que diz
respeito à qualidade, como pede o papa João Paulo II na primeira citação do seu comentário; este mesmo
ponto é enfatizado por vários outros documentos. Precisamos trabalhar contra a tendência de empobrecer a
música a pretexto de facilitar o canto da assembleia. Caro João Marcos, no momento é o que lhe posso dizer
- mas estes assuntos continuarão sendo abordados nos textos seguintes; a propósito, não devo tardar a falar
de outros tipos de música além do gregoriano. Se tenho falado muito dele, é porque o Salvem a Liturgia é um
excelente meio para fazê-lo ser conhecido. Abraços, peço suas orações por mim e pelo Salvem a Liturgia e
agradeço seu comentário.

Responder

Rafael Vitola Brodbeck 18 de março de 2010 10:58

Em resumo, cante-se, na ordem:

1. A antífona prevista no Graduale Romanum, em latim, ou uma sua tradução para o vernáculo em melodia
baseada no gregoriano.

2. A antífona prevista no Graduale Simplex, em latim, ou uma sua tradução para o vernáculo em melodia
baseada no gregoriano.

3. Uma versão de qualquer dessas antífonas, em polifonia latina ou vernácula.

4. Uma versão em canto, em latim ou vernáculo, em melodia polifônica ou semelhante ao gregoriano, para a
antifona prevista no Missal.

5. Uma versão em canto, em latim ou vernáculo, em canto popular, para a antifona prevista no Missal.

6. Só quando NENHUMA DESSAS POSSIBILIDADES se consegue, é que se poderia cantar um outro


canto...

Correto, Alfredo?

Responder

Anônimo 18 de março de 2010 14:13

Caro Alfredo, seria possível termos um Gradual Português, com traduções para a língua pátria dos cantos do
Graduale Romanum, mantendo a melodia gregoriana? Semelhantemente aos anglo-católicos e aos católicos
do uso anglicano...

Responder

Alfredo Votta 18 de março de 2010 14:38

Rafael: é isso mesmo. Eu faria apenas uma pequena modificação: uma composição polifônica utilizando o
texto do Graduale Romanum me parece ter precedência sobre qualquer uso do Graduale Simplex.

Anônimo, sobre o Gradual Português: sem dúvida, isto é muito possível e creio poder dizer que é muito
desejável! É uma tarefa nada pequena, mas tudo começa pelo primeiro passo. É possível que alguém já
tenha feito isso ao menos com algumas antífonas, mas até agora não tenho conhecimento disso. Se qualquer
informação aparecer, falarei aqui no Salvem a Liturgia. Obrigado pela visita!

Responder

Laércio 22 de abril de 2010 08:33

Estava tentando acompanhar a melodia do intróito do vídeo acima com a partitura correspondente do
Graduale Romanum (este é um dos meus primeiros contatos com uma partitura gregoriana) e me surgiu uma
dúvida: se não estou enganado, a melodia do GR está escrita em clave de fá, mas o coral parece cantar uma
nota si bemol onde eu esperaria um fá (respeitando os demais intervalos, indiscutivelmente), como se a
melodia tivesse sido transposta de fá para si bemol. Tentei eu mesmo cantarolar a melodia em fá e percebi
que ela ficou muito baixa. É comum a transposição de melodias entre os corais gregorianos?

Responder

Alfredo Votta 22 de abril de 2010 09:43

Laércio, é isso mesmo. Transpor é muito comum.

Aliás, nem mesmo se fala em "transposição", porque no canto gregoriano as alturas são sempre relativas -
não existe uma padronização do tipo lá=440Hz. Qualquer nota pode ser o "lá", e o que importa são os
intervalos entre as notas.

Responder

https://www.salvemaliturgia.com/2010/02/musica-liturgica-o-introito.html 6/8
20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito

Lucas Cardoso da Silveira Santos 7 de maio de 2010 12:43

Este comentário foi removido pelo autor.

Responder

Lucas Cardoso da Silveira Santos 7 de maio de 2010 12:45

Discordo que o objetivo principal, ou um requisito absolutamente indispensável, primordial, seja que a
assembleia cante. Em primeiro lugar: não importa o canto, se é fácil ou complexo, se é animado ou sóbrio, se
é bonito ou feio, algumas pessoas simplesmente não se sentem à vontade cantando. Outras apenas
sussurram, por não se sentirem à vontade com questões de afinação ou por timidez, outras soltam a voz.
Acaso as primeiras não estariam participando tão plena e ativamente da missa como as últimas? Evidente
que estão. E se é absurdo obrigar todas as pessoas a cantarem, também é absurdo que esse critério esteja
acima de outros, como a beleza da música em si.

É claro que o canto deve ser propício para que quem quiser cantá-lo o faça com relativa facilidade, mas isso
não pode ser pretexto para usarmos um repertório pequeno ou

simplista, que esgota a riqueza da música litúrgica. Onde assisto missa (no Mosteiro de São Bento em
Vinhedo), as antífonas da entrada e da comunhão, tais como estão no Missal para cada domingo, são
musicadas e usadas em todas as missas (cf. o item 4 apontado pelo Rafael). Ou seja, a melodia muda
sempre. Não há repetições de músicas de entrada em um período menor que 1 ano. E no entanto a igreja
lota. O povo não parece estar nem um pouco incomodado com isso. Isso porque, quando um canto é belo, a
pessoa, mesmo se gosta de cantar, não se incomoda nem um pouco de simplesmente ouvi-lo. Eis aí um fato
que considero indispensável: a beleza, sobriedade e dignidade da música.

O canto também não é difícil. Quem gosta de cantar, consegue.

Responder

Lucas Cardoso da Silveira Santos 7 de maio de 2010 12:49

Este é um vídeo de lá, de uma antífona da Entrada musicada aos moldes gregorianos, em vernáculo. É do
XXIV Domingo do Tempo Comum:

http://www.youtube.com/watch?v=yKrmMMpYnr0

Responder

Djalma 7 de fevereiro de 2012 16:23

47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada. A
finalidade desse canto é abrir a celebração, [b]promover a união da assembléia[/b], introduzir no mistério do
tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.

Promover a união da assembléia, não está se referindo ao fato da assembléia cantar junto, o mesmo canto?

Responder

Djalma 7 de fevereiro de 2012 16:27

A minha pergunta acima não pretende dar mais importância ao canto da assembléia, do que à necessidade
do canto ser condizente com a liturgia da palavra, daquele dia.

Mas sim, defender uma motivação plausível para usarmos, dentro do repertório de canto popular religioso,
cantos que sejam condizentes.

Responder

Anônimo 9 de junho de 2012 16:19

Alfredo, poderia me responder umas perguntas?

Em relação, se não houver o introito, a Antífona de entrada é rezada após a saudação? E se houver o introito,
omite-se a antífona? Como "funciona" especificamente? Ou a antífona é rezada ou cantada no momento do
introito? Verdadeiramente, a antífona de entrada é antes ou depois da saudação? Antífona e introito não
seriam partes fixas deste modo? Desculpe, é que faço confusão.

Responder

Respostas

OI Laércio 11 de junho de 2012 07:53

Aqui na minha paróquia, o padre costuma rezar a antífona de entrada imediatamente antes do
sinal da cruz --- quase sempre, são as primeiras palavras que ele profere assim que termina o
introito.

Ocorre também que, se o canto escolhido para o introito estiver diretamente relacionado à antífona
de entrada (até mesmo no hinário litúrgico da CNBB é possível encontrar diversas composições
fiéis às respectivas antífonas de entrada), o padre não reza a antífona.

Um hábito que estou tentando inserir no meu coral é o seguinte: se, por acaso, o canto de entrada
escolhido para aquele dia não estiver relacionado à antífona de entrada, canta-se esta
imediatamente antes OU após o canto de entrada --- no caso das missas solenes, troca-se o OU
por E.

Responder

https://www.salvemaliturgia.com/2010/02/musica-liturgica-o-introito.html 7/8
20/04/2022 14:40 Salvem a Liturgia!: Música Litúrgica - o Introito

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