A Contabilidade Nacional

Necessidade e importância da Contabilidade Nacional

Tal como qualquer empresa, também os países têm interesse e necessidade de conhecer o
que produzem, para poderem efectuar comparações com outros países e também para que os
Governantes possam implementar medidas correctivas, quando a evolução das Contas
Nacionais não se mostrar satisfatória, de ano para ano.

Noção de É uma representação quantificada da Economia de um país, através

Contabilidade de um conjunto de quadros e de “contas” que obedecem a normas
Nacional convencionais e onde se registam as diversas operações realizadas
pelos agentes económicos, durante o período de 1 ano.

Vantagens e utilidade da Contabilidade Nacional

•Permite efetuar comparações entre diferentes países;
•Permite analisar a evolução da Economia de um país e tomar medidas para corrigir
eventuais desequilíbrios;
•Permite efetuar previsões sobre o comportamento da atividade económica;
•Definir ou redefinir as melhores estratégias de desenvolvimento para o país.
•Proporcionar melhores níveis de bem-estar e de equidade à população.
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Noção de Contabilidade Técnicas de cálculo do valor dos principais

Nacional agregados macroeconómicos

A CN permite apurar o valor das grandezas económicas e sociais:

❑ Produto
❑ Rendimento disponível
❑ Despesa
❑ Consumo
❑ Investimento
❑ Exportações
❑ Importações
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Origens da Contabilidade Nacional

Como facilmente se compreende, organizar um Sistema de Contabilidade Nacional é uma
tarefa complexa e que exige um bom funcionamento dos serviços de estatística.
As primeiras tentativas de cálculo do valor da produção resultaram mais do interesse
em comparar o poder económico e militar entre países.

A grande depressão de 1929/33 veio acentuar a necessidade de conhecer, com

pormenor, o valor da Produção e de agregados como o Rendimento e a Despesa,
para evitar a repetição de crises como aquela.

Por outro lado, e contrariamente à corrente dominante até essa altura, que
defendia que a Economia competia quase exclusivamente à iniciativa privada, as
teses defendidas pelo economista inglês John Maynard KEYNES, que reconhecia a
necessidade do Estado intervir na economia de um país para contrariar as crises
cíclicas que se manifestavam nas economias de mercado, através de medidas que
dinamizassem a atividade económica, também contribuíram para o crescente
interesse em quantificar a economia de um país.
Surgiu com a II Grande Guerra – impôs coordenação entre as economias
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Origens da Contabilidade Nacional

No entanto, só após a II Guerra Mundial surgiram os primeiros Sistemas de Contabilidade

Nacional:

Em 1950, por iniciativa dos EUA, foi elaborado um Sistema Simplificado de

Contabilidade Nacional, com o objetivo de controlar a execução orçamental do
Plano Marshall.
Dois anos mais tarde, em 1952, este sistema foi revisto, dando origem ao Sistema
Normalizado de Contabilidade Nacional da OECE (Organização Europeia de
Cooperação Económica).

Quase simultaneamente, a ONU elaborou um sistema de contabilidade nacional para

os países subdesenvolvidos que entretanto haviam adquirido a sua independência.
Ficou conhecido como o Sistema de Contas Nacionais da ONU.

Estes 2 sistemas de Contabilidade Nacional foram revistos em 1958 e tornaram-se

praticamente equivalentes.
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Origens da Contabilidade Nacional

A UE adotou também um sistema de contabilidade próprio, o Sistema Europeu de Contas

Económicas Integradas (SEC), e que é utilizado igualmente em Portugal.

Sob o ponto de vista institucional, compete ao INE a organização da Contabilidade

Nacional, cabendo ao Banco de Portugal a gestão das contas financeiras.

O Sistema Europeu de Contas – SEC 2010, o SEC, ao ter como referencial o

Sistema de Contas Nacionais (SCN) das Nações Unidas, permite igualmente a
comparabilidade internacional dos resultados estatísticos para além do espaço da
União Europeia.

As Contas Nacionais visam representar de forma exaustiva e sintética a economia,

constituindo assim um instrumento crucial para a análise económica e para a
formulação de políticas públicas.
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A revisão do SEC1995 tornou-se necessária em consequência das grandes

alterações que se verificaram nas sociedade e nas economia ao longo dos últimos
vinte anos, em particular ao nível das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC), da crescente importância dos ativos intangíveis, a propriedade intelectual de
produtos e serviços, bem como dos fenómenos associados à globalização.
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Base 2016 (SEC 2010)
 NUTS III

NUTS é o acrónimo de “Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins

Estatísticos”, sistema hierárquico de divisão do território em regiões.
 Limitações da Contabilidade Nacional

Duas grandes limitações:

❖ Os registos utilizados estimam apenas os bens e serviços

transacionados no mercado;
❖ Externalidades são tratadas de forma deficiente.

A Contabilidade Nacional não tem em conta:

❖ A produção para autoconsumo;

❖ Economia informal;
❖ Economia subterrânea;
❖ Economia ilegal.
 Limitações da Contabilidade Nacional

Limitações na interpretação dos resultados:

❖ Não traduz o bem-estar material da sociedade;

❖ O Produto não traduz efetivamente a qualidade de vida da população;
❖ Esconde desigualdades na repartição dos rendimentos.