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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Centro de Engenharia Elétrica e Informática - CEEI


Departamento de Engenharia Elétrica - DEE

Nome: José Sávyo Soares Lira


Email: savysoares4@gmail.com

Disciplina: Física Experimental


Turma 01

MEDIDAS DE COMPRIMENTO

1. Introdução
Os experimentos demonstrados seguir tem o objetivo de conhecer melhor o
funcionamento de dois instrumentos de medida assim conhecendo a precisão de ambos, o
significado de algarismos significativos e também realizar algumas operações aritméticas
com medidas e entender a manipulação dessas operações. Para realizar esses
experimentos vamos utilizar uma “régua” de escala arbitraria U, um paquímetro digital e
móvel com superfície fórmica que consiste num paralelepípedo com uma perfuração em
umas de suas faces, esse paralelepípedo será o objeto que vamos medir com os outros
instrumentos de medida.
2. Materiais
Figura 1 – Montagem Original.

Fonte: Aula de Física Experimental.

Figura 2 – Instrumento de medida arbitrária U. Figura 3 – Paquímetro digital.

Fonte: Aula de Física Experimental. Fonte: Aula de Física Experimental.

Figura 4 – Ilustração do Móvel de superfície fórmica.

Fonte: Próprio autor.


3. Procedimentos
Para coletar as medidas que irão ser tratadas nesse experimento vamos medir todas
as faces do móvel com superfície fórmica, com os dois instrumentos apresentados a régua
de unidade arbitrária e o paquímetro digital.

3.1 Parte A – Dimensões Medidas com a Escala de Unidade Arbitrária U

Nessa primeira parte vai ser usado o dispositivo de medida de unidade arbitrária U
para medir todas as três faces do paralelepípedo e preencher a tabela I abaixo.

Tabela I.

C L H
N° de Unidades Completas
Fração avaliada
Valor Total Obtido
Valor com Desvio

Figura 5 – Face C. Figura 6 – Face L. Figura7 – Face H.

Fonte Aula de Física Experimental.

Para explicar as linhas da tabela vamos tomar com o exemplo as medidas da face C
o número de casas completas é quantas unidades U estão fechadas e sem dúvida alguma
no caso da face C são 4U, fração avaliada é o que seria o resto pra completar a medida
como podemos ver na figura 5 a face C tem 4,x U, esse x deve ser determinado pelo
usuário através da sua percepção nesse caso fica 0,3U lembrando que isso vai depender
do usuário que irá fazer os testes, o valor total obtido é a soma dos das duas primeiras
medidas logo “Valor Total Obtido = Número de Casas Completas + Fração Avaliada” e o
valor com desvio vai ser o V alor  T ot al  O bt i do±δ V A , onde δ V A=0,05   .

Para melhor entendimento analise a tabela completa a baixo:


Tabela I - Preenchida.

C L H
N° de Unidades Completas 4,0 2,0 3,0
Fração avaliada 0,3 0,3 0,4
Valor Total Obtido 4,3 2,3 3,4
Valor com Desvio ( 4,30±0,05) ( 2,30±0,05 ) ( 3,40±0,05 )

3.2 Parte B – Dimensões Medidas com Paquímetro Digital

Agora serão feitas as medidas usando um paquímetro digital nesse caso o aparelho
tem unidade definida que é em milímetro (mm), as mesmas faces medidas com a régua de
unidade arbitrária U e serão preenchidas na tabela II abaixo.

Tabela II – Unidade em Desvio Avaliado: δ V A=0,01m m .


C L H
Valor com Desvio

Diferente do outro dispositivo o paquímetro tem a precisão estabelecida pelo


fabricante, a incerteza aplicada nesse caso foi estabelecida pelo critério da meia unidade. É
notório que quando o processo é repetido e os dados são tratados o desvio padrão vai ser
maior, mas esse é um desvio avaliado que é uma medida de limitação para o aparelho.
Para essa parte do experimento o Valor com Desvio será a valor obtido com o
paquímetro  ±¿¿ o Desvio Avaliado. Lembrando que esse processo foi feito dessa forma pois

foi utilizado um paquímetro digital e também a sua precisão é conhecida, caso o


experimento seja reproduzido com um paquímetro manual é interessante nessa parte
também fazer o mesmo tratamento com os dados feito com o dispositivo de medição com
escala arbitrária U.
Figura 8 – Face C. Figura 9 – Face L.

Fonte: Aula de Física Experimental. Fonte: Aula de Física Experimental.

Figura 10 – Face H.

Fonte: Aula de Física Experimental.


Tabela II – Preenchida.
C L H
Valor com Desvio (57,04±0,01) (31,33±0,01 ) (46,91±0,01)

Nessa mesma parte ainda com o paquímetro foi utilizado as pinças superiores para
medir o diâmetro interno da perfuração existente no móvel ilustrado na figura 4.
As medidas coletadas na forma implícita serão guardadas na tabela III abaixo.

Tabela III.
1 2 3 4
D(mm)

Figura 11 – 1°medida. Figura 12 – 2° medida.

Fonte: Aula de Física Experimental. Fonte: Aula de Física Experimental.

Figura 13 – 3° medida. Figura 14 – 4° medida.

Fonte: Aula de Física Experimental. Fonte: Aula de Física Experimental.


Tabela III – Preenchida.
1 2 3 4
D(mm) 23,57 23,34 23,06 23,15

4. Procedimento e Análises
4.1 Operações Aritméticas com Medidas
Para manipular os dados coletados agora sera calculado o perímetro e a área da
face maior do paralelepípedo utilizando a Teoria do desvio padrão, vamos utilizar os dados
da tabela II onde os dados foram obtidos através do paquímetro.

As medidas usadas serão a C e a H medidas das arestas da face maior.


O perímetro é dado por:

P=( 4,30+   3,40±√ 0,052 +0,052 ) + ( 4,30+   3,40±√ 0,052 +0,052 )


P=( 15,40±0,10 ) m m

4.2 Tratamento de Dados de Medidas


Para fazer o tratamento e obter o desvio padrão da média vai ser utilizado os valores
do diâmetro presentes na tabela III.
O desvio padrão da média é dado por:
D=(−D±  σ D M )
N
Onde, −D=  ∑ Di=23,28
i=0

N 2 N
σ D= 

1
N−1 ∑
I =1

σ D M=
2 1
[ Di − (∑ Di ) ]=0,051
N I =1
σD
=0,0255
√N
Logo o desvio padrão da média é:
D=( 23,280±0,025 ) m m    
4.3 Determinando um valor para a unidade arbitrária U
A partir das medidas coletadas presentes nas tabelas I e II é possível obter um valor
associado com uma unidade conhecida como por exemplo quantos centímetros tem um U.
Uma medição feita em laboratório determinou 1U = 13,5mm.
Utilizando os valores coletados nesse experimento é possível por exemplo igualando
as medidas da face C do móvel, paralelepípedo usado para realizar o projeto.

Igualando as medidas da face C presentes nas tabelas I e II.


( 57,040±0,025 ) m m=( 4,30±0,05 ) U    
Para a medida da tabela II usada, nesse caso não foi utilizado a medida da precisão do paquímetro
e im o desvio padrão da média obtido para o cálculo do perímetro, logo (57,040±σ D M ) .

( 57,040±0,025)
U= mm
( 4,30±0,05 )
2 2
57,040 57,040 0,025 0,05
U=
4,30
±
4,30
 
√( 57,040
U = (13,3±0,2 ) m m
) ( +
4,30 )
O cálculo acima determina a unidade arbitrária U em milímetros (mm), foi utilizado a
teoria do desvio padrão para realizar essa determinação.
5. Conclusões
Analisando os resultados de tal experimento é possível afirmar que não é possível
construir um instrumento que meça com exatidão algum corpo ou alguma medida, para
obter um instrumento com certa precisão tem que ser feita a comparação com alguma
unidade conhecida dessa forma e com um usuário ábio o instrumento se torna utilizável e
pode ser apresentado em momento oportuno.
O paquímetro é instrumento de medição usado principalmente para realizar
trabalhos principalmente com objetos pequenos e com perfurações pois suas pinças
apresentam muita precisão para esses trabalhos logo não é correto usar um paquímetro ou
instrumento equivalente para medir as dimensões de uma mesa de jantar, para conseguir
tal feito seria preciso medir por partes e ir realizando a soma das medias o que torna uma
medida não muito precisa em relação a utilizar uma trena para realizar o trabalho.
Consideração de algarismos significativos de uma medida é a diferença entre um
pino de uma válvula de retenção esteja trabalhando bem ou não execute o trabalho de
vedação, os algarismos significativos são de extrema importância para trabalhos com
medidas mas o conhecimento do usuário de certo aparelho tal que a precisão do mesmo
que é dada numa certa quantidade de algarismos se tornam mais importantes pois a
definição dos algarismos significativos vem a partir disso.
6. Referências

GAMA e SILVA, Cleide e SOUSA e SILVA, Wilton. AULAS DE FÍSICA EXPERIMENTAL I. 11


slides.

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