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05/12/21, 15:11 Com inflação e juros em alta, 2022 será ano de extrema volatilidade às moedas da América Latina - InfoMoney

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Mercado cambial

Com inflação e juros em alta, 2022 será ano


de extrema volatilidade às moedas da
América Latina
Dólar deve se fortalecer nos próximos meses, fazendo com que tenhamos um
ambiente bem desafiador às moedas de Brasil, Chile e México

Por Felipe Alves


3 dez 2021 18h33 - Atualizado 2 dias atrás

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(Getty Images)

Na expectativa pela alta da inflação global, aceleração do tapering nos Estados


Unidos, incertezas quanto à variante ômicron e o risco político local no Brasil,
especialistas preveem que 2022 será um ano de alta volatilidade para as moedas da
América Latina.

O assunto foi tema de uma conversa entre três especialistas nesta sexta-feira (3)
durante o último dia do evento Ohmresearch Global Insights 2022.

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Gautam Jain, estrategista de moedas e juros, com mais de 20 anos de experiência


em mercados emergentes globais, afirma que a queda recente do dólar veio em
meio às incertezas quanto à propagação da variante do coronavírus ômicron.

Assim, ele prevê que a volatilidade do dólar vai durar por semanas ou até mesmo
meses daqui para a frente.

“A variante é mais contagiante, mas ainda não sabemos quão severos são os
sintomas e a efetividade das vacinas atuais para a variante. Será que vamos ter
novas restrições e lockdowns? Ainda não sabemos. Por isso, é melhor pensarmos
em cenários não tão positivos”, pontua.

Cenários distintos às moedas

Ele prevê duas situações contrastantes. Na primeira, mais positiva, a variante não
será uma preocupação, o que levará a um fôlego na economia norte-americana.
Com isso, o presidente Joe Biden poderá implementar os investimentos previstos.
Como reflexo deste cenário, o dólar tenderia a subir.

Por outro lado, em uma segunda hipótese, a ômicron pode ser mais severa do que o
imaginado. Assim, prejudicaria a recuperação das nações e o Fed poderia empurrar
o tapering mais para frente. Neste caso, o dólar sofreria.

Mas, segundo Gautam Jain, ambos os cenários são ruins para moedas dos
mercados emergentes, como o Brasil.

Para investimentos, o especialista acredita que, no curto prazo, o ideal é focar em


ativos relacionados ao euro para tirar o dólar da equação. “Ou até mesmo dar uma
olhada nos negócios de valor relativos ao mercado de moedas emergentes”, sugere.

Para ele, o real brasileiro parece melhor do que estava antes, mas não em
comparação ao dólar. Mas no cenário local ao país deverá sofrer com alta
volatilidade por conta das eleições presidenciais.

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“Estamos entrando em um período de volatilidade. O dólar deve
ser fortalecido nos próximos meses, o que fará com que tenhamos
um ambiente bem desafiador para as moedas”, destaca.

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Expectativas para Brasil


Jaime Valdivia, economista sênior, com mais de 30 anos de experiência em hedge
funds globais, acredita que um possível impacto da ômicron sobre as economias
deverá ser menos severo do que anteriormente, pois o cenário está melhor com o
avanço da vacinação.

Ele acredita ser impossível prever uma redução da inflação para o próximo ano.
Pelo contrário, ele aposta em uma forte aceleração do tapering pelo Fed. Jaime
Valdivia destaca que a curva de taxas de juros nos EUA está totalmente “maluca”,
com taxas reais negativas, “algo inexplicável”.

Segundo o economista, no Brasil o Banco Central deve elevar a taxa de juros para
até 12% – hoje está em 7,75% ao ano.

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“Esse índice incorporou muito em termos de risco fiscal para o
Brasil. A novela dos Precatórias está longe de acabar e deve
impactar cerca de R$ 180 bilhões até 2026”, complementa.

Para a próxima reunião do Copom, a ser realizada entre 7 e 8 de dezembro, ele


acredita que o aumento será de 150 pontos base. Em 2022, a expectativa é que
haja novas elevações até março, seguida de uma longa estabilização durante o ano.

Chile e México
No Chile, ele destaca que o Banco Central tem um trabalho duro. A taxa de juros do
país deve subir na próxima semana de 2,75% para 3,5%. Mas ele acredita que a
elevação será insuficiente e novas altas devem ocorrer.

Mas o México é o país da América Latina que, segundo Jaime Valdivia, tem o
cenário mais desafiador para 2022. Com inflação hoje em 6,36%, o Banco Central
local tem como objetivo taxa de 3%. “É quase impossível vermos inflação
convergindo para 3% no próximo ano”, destaca o economista.

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Roberto Attuch Jr, Jaime Valdivia, Fabiano Godói e Gautam Jain

Brasil deve ter ano instável em 2022

Em 2022, veremos apreciação do dólar frente a quase todas as moedas dos países
emergentes na avaliação de Fabiano Godói, sócio e CIO da Kairós Capital.

Ele ressalta que os países estão correndo para elevar as taxas de juros de forma
preventiva para não estarem atrasadas considerando também uma aceleração de
tapering do FED.

Já em âmbito local, Fabiano Godói vê que o Banco Central do Brasil está em uma
situação difícil não só por conta da alta da inflação, mas também com os riscos
políticos do próximo ano. Ou seja, é um cenário bastante complicado e que terá um
peso muito grande para alocações de risco no Brasil.

“Como investidor local, eu preferiria ter a maior parte do risco alocado em offshores.
Apesar de entender que temos preços nos nossos ativos de risco bem
interessantes. Pontos de entrada bem interessantes”, avalia ele.

Apesar de prever um ano instável para 2022 por conta das eleições no Brasil,
Fabiano Godói vê que o stress no mercado, na inflação e na curva de juros também
já estão sendo precificados.

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“Se tem uma coisa que pode ser boa para os preços brasileiros é
se tivermos um terceiro candidato levantado intenções de voto nos
próximos meses. Isso seria algo que o mercado estaria prestando
atenção, e provavelmente seria a única alternativa para os
próximos 6 meses nos ativos brasileiros”, destaca.

Mas qualquer elevação nos ativos brasileiros será de pouca durabilidade, diz ele.
“Em abril do ano que vem estaremos no centro do ano eleitoral, estaremos olhando
para candidatos, políticas de governo e tudo será bem volátil como sempre foi em
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anos eleitorais”, afirma.

Ele espera que a taxa de juros chegue a 11% até março do próximo ano e, mesmo
assim, o PIB (Produto Interno Bruto) deve ser próximo de 0% e a inflação pouco
abaixo de 5%.

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