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VICE-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
Rio de Janeiro / RJ
2008
UNIVERSIDADE GAMA FILHO
VICE-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
Rio de Janeiro / RJ
2008
UNIVERSIDADE GAMA FILHO
VICE-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
1-CONTEÚDO
Nota _____Conceito_____
NOTA FINAL:____Conceito____
_____________________________________
Coordenadora - Vera Lucia Correia Ornellas
UNIVERSIDADE GAMA FILHO
VICE-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
The present work was developed aiming to show the features of the activities
accomplished by The Environment Policy Battalion Center (BPFMA) of the Military
Police of Rio de Janeiro State (PMERJ). For this objective, the evolution of the man
with the nature and the polices institutions with the nature was studied, identifying its
efficacy and showing its efficiency; it was also analyzed the possibility of creating an
environment scientific police center in every Military Police Office in Brazil. During the
study, pointing to scientific basis, using the deductive method, the bibliography was
searched for all the production activities of technical documents elaborated by the
BPFMA between 2002 and 2006. According to data, quantitatively and qualitatively
analyzed in this study, the conclusion is that the BPFMA is an efficient instrument, of
major strategic relevance for the Command of the PMERJ, assisting it in environment
researches, but need to be more capable of materials recourses for the best practice
of its technical staff.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 44
4 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46
ANEXOS ................................................................................................................... 51
9
1 INTRODUÇÃO
estimulada pela baixa taxa de elucidação de delitos. A seguir descreve-se como foi e
evolução da perícia no mundo, no Brasil e na PMERJ, finalizando com um breve
histórico sobre as polícias militares ambientais brasileiras e seus efetivos e quantos
e de que maneira os laudos ambientais são elaborados pelo BPFMA.
O objetivo geral é assim estabelecido: o estudo pretende oferecer à
PMERJ em primeiro lugar, e às outras Polícias Militares do Brasil, uma análise da
viabilidade legal, técnica e estratégica da criação de um setor de perícia ambiental
na estrutura organizacional de suas unidades especializadas em policiamento
ambiental.
Os objetivos específicos são assim definidos: enumerar as solicitações de
elaboração de laudos periciais ambientais efetuadas ao BPFMA, desde a sua
criação, se vem aumentando ou diminuindo, e em que medida isto ocorre e;
diagnosticar o atual funcionamento do BPFMA no que tange às perícias ambientais,
através da análise da sua estrutura, identificando as variáveis que influenciam no
processo de produção de um laudo pericial ambiental.
Sendo assim, a realização deste estudo apresenta-se contemporâneo e
oportuno, não somente para PMERJ e à sociedade fluminense avaliarem de que
forma se procede a elaboração de laudos periciais ambientais por parte do BPFMA,
como também por oferecer às outras Polícias Militares do Brasil uma visão
estratégica, como uma política de médio e longo prazo, do quanto a criação de um
setor de perícia ambiental na estrutura organizacional de suas unidades de polícia
ambiental contribuiria para diminuição da impunidade daqueles que degradam o
meio ambiente.
11
2 REVISÃO DA LITERATURA
avaliado sob termos econômicos, onde o homem valia por aquilo que ele tinha em
capital.
Do ponto de vista energético a sociedade da Segunda Onda diferiu
diametralmente daquela que ela sucedeu. Do uso extensivo de muitas fontes de
energias renováveis e dispersas, passaram a empregar uns poucos combustíveis,
fontes de energia não-renovável e concentrada (TOFFLER, 1980).
Nessa Segunda Onda de mudanças planetárias o meio ambiente
começou a ser direta e duramente atingido, conforme assevera Toffler (1980, p. 39):
decreto que cria a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia (DMGRP), na Cidade do
Rio de Janeiro (NEVES, CARVALHO, 1994):
informações com cientistas franceses, pois, a França era o berço da maioria das
inovações, que além das informações científicas compartilhavam os ideais
iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade (DEAN, 1996).
Essa visão se transformou em ação política em 1823, quando em pleno
processo de independência do Brasil como primeiro-ministro propôs a abolição da
escravidão escrevendo (SVIRSKY, CAPOBIANCO, 1997):
“Nossas terras são ermas e as poucas que temos cultivado estão mal
cultivadas porque o são por braços indolentes e forçados. Nossas preciosas
matas vão desaparecendo, vítima do fogo e do machado, da ignorância e
do egoísmo. Nossos montes vão se ecalvando diariamente e, com o andar
do tempo, faltarão as chuvas fecundantes que favorecem a vegetação e
alimentam nossas fontes e rios, sem o que o nosso belo Brasil, em menos
de dois séculos, ficará reduzido aos desertos da Líbia e vira então esse dia
terrível e fatal em que a ultrajada Natureza se acha vingada de tantos erros
e crimes cometidos”.
evasão dos pequenos proprietários as terras ficavam livres para a invasão do gado e
as depredações dele advindas, que apesar de denunciadas à polícia de nada
adiantavam.
Tanto as forças militares como as policiais, por suas características
latinas, agiam em consonância com os interesses do monarca, mesmo os
econômicos. Sendo assim, tanto no período colonial como no Império, as forças
policiais brasileiras pouca atividade exerceram em prol do meio ambiente nacional.
Na Primeira República as atribuições das polícias militares não diferiram
muito do período imperial. Em 1908 aparece pela primeira vez a idéia de que os
corpos estaduais se constituíam em forças auxiliares. Ao longo desse período esses
laços que ligavam ao Exército regular foram ficando cada vez mais fortes com os
dispositivos legais que eram emitidos, bem como pelo desejo de seus integrantes, a
quem interessava a equiparação aos membros da força terrestre, continuando
aquarteladas (CHAVES, PINTO, MADUREIA, 1992).
No período que se seguiu, mesmo nos de exceção como a ditadura
Vargas (1937-1945) e a Revolução de 1964, a dupla atribuição das polícias militares
brasileiras persistiu, a de “polícia” e “força militar” (MUNIZ, 2001). Em 1946, com
uma nova Constituição liberal, a atividade dos corpos militares estaduais foi alterada,
mas a condição de força auxiliar e reserva do Exército continuou inalterada
(CHAVES, PINTO, MADUREIA, 1992).
A exceção foi a atuação da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
quando em 14 de dezembro de 1949 criou uma unidade especializada no
policiamento ambiental, contando inicialmente com cerca de 20 policiais. Segundo o
Coronel Policial Militar João Leonardo Mele, ex-comandante da corporação, as
razões para o desenvolvimento da Polícia Ambiental em São Paulo ocorreu
naturalmente em decorrência da “evolução e implementação da legislação ambiental
estadual e a própria conscientização da população com relação às questões
ambientais” (SECRETARIA..., 2004).
Não obstante o surgimento de Leis que marcaram a política de
administração dos recursos naturais como o Código de Águas e Minas (1934) e os
Códigos Florestais (1934 e 1967), o período compreendido entre 1920 e 1970 foi
prejudicado pela instabilidade política em função dos regimes políticos e formas de
governo que se alternavam. Não se discutia o desenvolvimento do país, os tipos de
23
esquerda, assim como o partido a que era filiado, o Partido Democrático Trabalhista
(PDT), pudesse ter permitido que ele compartilhasse dos conceitos daquele
movimento. Outro motivo que pode ter contribuído para a criação dessa unidade
especializada foi o fato desse tipo de policiamento ser de competência das polícias
militares desde 1969 e a defesa do meio ambiente passou a se alinhar aos objetivos
dos governos militares, amenizando a desconfiança dos militares que não viam com
bons olhos as mudanças que estavam sendo implementadas na PMERJ, nem o
governador que havia ficado anos fora do país fugindo da perseguição imposta pela
ditadura. A ameaça latente de retomada do poder pairava sobre a sociedade
brasileira, ameaçando a jovem democracia renascida após 21 anos.
[...]
I. meio ambiente: conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas;
[...]
IV. poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
[...]
[...]
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade, e a coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Esta parte da revisão da literatura tem por objetivo descrever como a falta
de apuração das infrações penais leva à impunidade, e a impunidade leva à
violência e à degradação do meio ambiente. E como o BPFMA confeccionando
laudos ambientais pode colaborar na redução da impunidade e conservação da
natureza.
2.4.1 A impunidade
florestas e outras formas de cobertura vegetal, assim como dos demais recursos
naturais em território do Estado do Rio de Janeiro” (RIO DE JANEIRO, 1986). Essa
unidade operacional da PMERJ, no ano seguinte perde a numeração ordinal e passa
a denominar-se Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente (BPFMA), e tem a
missão ampliada para “execução de policiamento florestal, e de outras formas de
cobertura vegetal, assim como dos demais recursos naturais e de preservação do
meio ambiente no território do Estado do Rio de Janeiro” (RIO DE JANEIRO, 1987).
Para a execução de sua missão o BPFMA está dividido atualmente em
cinco companhias, onde cada uma é responsável pelo policiamento ambiental em
certo número de municípios entre os 92 do estado. Essas companhias têm sede nos
municípios de Maricá, Cachoeiras de Macacu, Campos dos Goytacazes, Angra dos
Reis e Aperibé.
Ao longo desses anos as unidades de polícia militar ambiental vêm
prestando relevantes serviços ao meio ambiente do Brasil, e por vezes esse serviço
teve o custo altíssimo da vida de seus integrantes. O Quadro 1 apresenta o
mapeamento de efetivos das polícias militares ambientais.
O órgão de classe que a lei se refere ainda não existe, pois, não há órgão
de classe que regulamente a profissão de perito (ORNELLAS, 2007). Todavia, é de
bom alvitre a inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de
42
3 METODOLOGIA
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
______. Decreto-Lei n.º 3689, 3 out. 1941. Código de processo penal. Diário Oficial
da União, Rio de Janeiro, 13 e retificado em 24 out. 1941.
______. Lei nº 10.406, 10 jan. 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União.
Brasília, 10 jan.2002.
______. Lei nº 3.071, 1° jan. 1916. Código Civil. Diário Oficial da União. Rio de
Janeiro, 1° jan. 1916.
______. Lei nº 5.869, 11 jan. 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial
da União. Brasília, 11 jan.1973.
47
______. Lei nº 7.347, 24 jul. 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade
por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, e dá outras providências. Diário
Oficial da União. Brasília, 24 jul. 1985.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 17. ed. São Paulo: Atlas,
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2007.
48
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Porto Alegre, n. 22, jan./mar. 1998.
MANO, Eloisa Biasotto; PACHECO, Élen Beatriz Acordi Vasques; BONELLI, Cláudia
Maria Chagas. Meio ambiente, poluição e reciclagem. 1. ed. São Paulo: Edgard
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MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São Paulo:
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NUNES, Marcos. Baixa produtividade nas DPs. Extra, Rio de Janeiro, 25 set. 2006,
p. 3.
______. MP quer reabrir investigações. Extra, Rio de Janeiro, 28 set. 2006, p. 10.
______. Sem investigação, mais roubos. Extra, Rio de Janeiro, 29 set. 2006, p. 14.
______. Decreto Estadual nº 9.520, 15 dez. 1986. Cria o 23º Batalhão de Polícia
Militar com destinação específica e dá outras providências. Diário Oficial do Estado
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 15 dez.1986.
SILVA, Jorge da. Unificação Policial Estadual no Brasil: uma visão dos limites e
possibilidades. São Paulo: Editores Associados, 2002.
ANEXOS
ANEXO A – Modelo de Relatório Operacional 52
(anverso)
Relatório Operacional Nº
Referência:
01. Data Inicio 02. Hora Inicio 03. Data Término 04. Hora Término 05. Município
25. DP da Área 26. Tempo DP 27. Benef. 9099/95 28. Área (Localização)
( ) Urbana ( ) Rural ( ) Entorno UC
29. Fundamentação Legal
Relatório Operacional Nº
37. Documentos Fiscalizados 38. Nº 39. Expedição 40. Validade
42. Croqui (obrigatório - destacar pontos de referência e indicar distâncias entre os locais)
_______________________________
ASSINATURA RESPONSÁVEL/CARIMBO
Em: Em:
_______________ ________________
ASSINATURA ASSINATURA