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Mundo Estranho

Que tipos de pistas os peritos procuram na cena de


um crime?
Por Marina Motomura Atualizado em 4 jul 2018, 20h24 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51

Os bons investigadores vasculham tudo que ajude a descobrir a


identidade de um suspeito, desde as pistas mais óbvias, como gotas de
sangue, fios de cabelo e impressões digitais, até detalhes sutis da cena.
É quase impossível o autor de um delito não deixar ao menos um
rastro que auxilie os especialistas a seguir seus passos. “O local do
crime é a última oportunidade de a vítima falar”, afirma a perita
Eliana Sarres Pessoa, do Departamento de Criminalística da Polícia
Civil de Porto Alegre (RS). No caso de um assassinato, por exemplo, a
vítima “fala” por meio da posição em que o corpo foi encontrado, das
manchas no cadáver e de nacos de pele presentes sob as unhas, que
podem indicar uma luta violenta. Claro que, isoladamente, um detalhe
quase nunca esclarece o crime. Por isso, os investigadores consideram
o conjunto de evidências. No exemplo de homicídio do infográfico ao
lado, vamos supor que a vítima tenha sido morta com um tiro na nuca.
Nessa situação, por mais que o corpo seja encontrado com a arma na
mão, a hipótese de que a pessoa tenha se matado é improvável. A
explicação mais lógica é que o verdadeiro autor dos disparos quis
simular o suicídio para se livrar da culpa. Para dar conta de tantas
minúcias, os peritos carregam uma arma indispensável: a câmera
fotográfica. “A primeira coisa que um investigador faz no local do
crime é parar na entrada e clicar tudo. Mesmo que um perito mais
descuidado depois chute para longe uma bala de arma, por exemplo, é
possível recuperar sua localização original com as fotografias”, diz
Eliana. Em alguns casos, entretanto, as dúvidas sobre a autoria e os
motivos do crime continuam mesmo depois da coleta de todas as
provas. Quando isso acontece, os especialistas recorrem a uma outra
técnica de investigação: a reconstituição do crime, que confronta os
depoimentos dos acusados e das testemunhas com o laudo dos
investigadores.

Mergulhe nessa

Na internet:

http://www.apcf.org.br

http://people.howstuffworks.com/luminol2.htm

Quebra-cabeça policial Formato das gotas de sangue, rigidez do cadáver e outros detalhes ajudam na investigação

POSIÇÃO FINAL

Os investigadores examinam a posição do cadáver para saber se


ela é compatível com o tiro recebido. Se os dados não baterem,
eles checam se havia algum móvel que tenha atrapalhado a
queda. Com essa técnica, a idéia é indicar se o corpo realmente
sofreu o impacto previsto ou se foi “ajeitado” pelo suspeito antes
de abandonar a cena do crime

TAMANHO É DOCUMENTO

O tamanho e o formato da gota de sangue indicam como ocorreu


a agressão. Gotas arredondadas mostram que o sangue caiu de
uma altura pequena ​ a vítima pode ter levado um tiro enquanto
estava sentada ou abaixada. As gotas de formato irregular
apontam que o sangue espirrou de uma altura maior ​
provavelmente, a vítima estava de pé

CRONOLOGIA MACABRA

Até três dias depois do assassinato, os peritos determinam o


horário exato do crime. Eles observam a rigidez do cadáver (o
corpo fica duro oito horas após a morte) e as manchas verdes
que marcam o início da decomposição (após 24 horas). Depois de
72 horas, os investigadores procuram insetos e vermes
decompositores. Examinando seu ciclo de reprodução, dá para
estimar a hora em que o crime ocorreu

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1. ESCUTA DIGITAL

Não é só por meio das digitais que se pode identificar um


suspeito. A orelha impressa também exerce mais ou menos a
mesma função. Isso porque o contorno do ouvido é único,
revelando a identidade de um possível assassino que tenha
escutado o walkman da vítima ou espionado por trás da porta

2. LENDO AS MÃOS

Além das digitais, as mãos também trazem outra pista


importante: as unhas. Se elas estiverem quebradas,
provavelmente houve briga antes do assassinato. Se a vítima
tiver arranhado o agressor, pode ter ficado com restos de pele
sob as unhas. Todos esses vestígios serão colhidos pelos peritos,
que têm mais um material para o exame de DNA

FUGA DENUNCIADA

Uma porta arrombada indica que o assassino forçou a entrada


no local. Mas e se ela estiver intacta? É hora de checar os
detalhes, investigando, por exemplo, em qual lado ficou a chave.
Se ela estiver por dentro, as suspeitas são que o criminoso tenha
escapado pela porta ​ ou, ainda, que a vítima pode ter cometido
suicídio

ALERTA VERMELHO

Com o sangue da vítima, dá para descobrir o código genético


dela com um exame de DNA, além de saber se ela tomou álcool
ou drogas. Mesmo que as manchas tenham sido eliminadas com
água e sabão, dá para rastrear os vestígios com o chamado
luminol, composto químico que reage com o ferro presente no
sangue. Os peritos espalham o produto pelo chão e jogam luz
ultravioleta, fazendo brilhar os locais onde havia sangue

VESTÍGIOS DA PANCADARIA

Quando a mobília da casa está toda bagunçada e há objetos


quebrados, a dica para os investigadores é clara: é quase certo
que houve uma tremenda briga antes do assassinato

ESTILHAÇOS SUSPEITOS

Uma janela quebrada mostra que o suspeito tentou invadir a


cena do crime ou agredir a vítima, certo? Nem sempre. Pelo
jeitão dos fragmentos, dá para saber em qual ângulo e em qual
direção a janela foi quebrada. Se uma pedra estilhaçou o vidro a
partir do lado de dentro, o assassino pode ter quebrado a janela
para confundir os peritos

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