INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS ARACRUZ

RESUMO:AULA 2 - MATERIAIS POLIMÉRICOS - TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

NOME: Sara G. Ferreira - 2°Mint

ESTRUTURAS DOS POLÍMEROS

● Introdução:
➔ Os polímeros naturais (derivados de plantas e animais) já vem sendo utilizados há
muitos séculos;
➔ Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a possibilidade de sintetizar polímeros;
➔ Os materiais sintéticos podem ser produzidos a baixo custo;
➔ Suas propriedades podem ser moldadas;
➔ Para o entendimento completo das propriedades dos materiais poliméricos, sejam
naturais ou sintéticos, é imprescindível o conhecimento acerca de seus elementos
estruturais.

● Moléculas de hidrocarbonetos:
➔ A maioria dos polímeros são materiais orgânicos.
➔ As ligações intramoleculares são covalentes.
➔ HC com mesma composição podem apresentar arranjos atômicos diferentes, um
fenômeno denominado isomerismo.

● Moléculas poliméricas
➔ Devido ao seu tamanho, é comum chamá-las de macromoléculas.
➔ Em cada molécula, os átomos estão ligados entre si por ligações covalentes
interatômicas.
➔ Essas longas moléculas são compostas por entidades estruturais chamadas
unidades repetidas;
➔ O termo monômero refere-se à pequena molécula a partir da qual um polímero é
sintetizado.

● A química das moléculas dos polímeros

➔ O HC etileno (𝐶2𝐻4) é um gás a temperatura e pressão ambientes.
➔ Se esse gás reagir sob condições específicas, ele irá se transformar em polietileno
(polímero sólido).
➔ Esse processo começa quando um centro ativo é formado pela reação entre um
catalisador e o monômero etileno.
➔ A cadeia polimérica forma-se então pela adição sequencial de unidades
monoméricas;
➔ O resultado final é a molécula de polietileno.
➔ É possível haver estruturas poliméricas com outros grupos químicos.
➔ Alguns polímeros podem ser representados da forma genérica a seguir, onde R
depende da natureza do monômero.

● Peso molecular
➔ Nos polímeros com cadeias muito longas são observados pesos moleculares
extremamente elevados.
➔ Nem todas as cadeias dos polímeros crescem até um mesmo comprimento;
➔ Distribuição de comprimentos de cadeias ou de pesos moleculares.
➔ Normalmente, um peso molecular médio é especificado, o qual pode ser
determinante pela medição de várias propriedades físicas, tais como viscosidade e
pressão osmótica.
➔ Muitas das propriedades dos polímeros são afetadas pelo comprimento das cadeias
poliméricas.
➔ A temperatura de fusão ou de amolecimento aumenta com o aumento do peso
molecular.
➔ À temperatura ambiente, os polímeros com cadeias curtas existirão geralmente
como líquidos.
➔ O mesmo material polimérico pode apresentar propriedades bastante diferentes se
for produzido com peso molecular diferente.

➔ Forma Molecular
➔ As ligações simples na cadeia são capazes de sofrer rotações e flexões em três
dimensões.
➔ É possível haver flexão e rotação quando ocorre uma rotação dos átomos da cadeia
para outras posições;
➔ Os polímeros consistem em um grande número de cadeias moleculares;
➔ Cada uma dessas cadeias pode dobrar, enrolar e contorcer;
➔ Extenso entrelaçamento e emaranhado entre as moléculas de cadeias vizinhas;
➔ Esses espirais e emaranhados moleculares aleatórios são responsáveis por uma
grande quantidade de características importantes dos polímeros;
➔ Algumas características mecânicas e térmicas dos polímeros são uma função da
capacidade dos segmentos da cadeia;
➔ A flexibilidade rotacional depende da estrutura e da formulação química da unidade
repetida.
➔ Além disso, a introdução de um grupo lateral de átomos grande ou volumoso
restringe o movimento de rotação.

● Estrutura Molecular
➔ As características de um polímero dependem: peso molecular, de sua forma,
diferenças nas estruturas das cadeias moleculares;
➔ Várias estruturas moleculares, incluindo as estruturas lineares, ramificadas, com
ligações cruzadas e em rede, além de várias configurações isoméricas.
➔ Em geral, polímeros não são compostos por um único tipo estrutural específico.
➔ Podemos caracterizar as moléculas poliméricas em termos de tamanhos, formas e
estruturas.
➔ O tamanho molecular é especificado em termos de peso molecular;
➔ A forma está relacionada com grau de torção;
➔ Enrolamento e dobramento da cadeia;
➔ A estrutura depende da maneira com a qual as unidades estruturais estão unidas
umas às outras.

● Polímeros termoplásticos e termorrígidos

 Termoplásticos:
➔ A resposta de um polímero a forças mecânicas em temperaturas elevadas está
relacionada com sua estrutura molecular dominante.
➔ Os termoplásticos e os termorrígidos são as duas subdivisões.
➔ Conforme a temperatura é elevada, as forças de ligação secundárias diminuem;
➔ Movimento relativo de cadeias adjacentes é facilitado quando uma tensão é
aplicada.
➔ Além disso, os termoplásticos são relativamente macios.
➔ A maioria dos polímeros lineares e aqueles com estruturas ramificadas e cadeias
flexíveis são termoplásticos.
➔ Peças desses materiais são fabricadas, geralmente, com aplicação simultânea de
calor e pressão.
Termorrígidos:
➔ São polímeros em rede;
➔ Eles se tornam permanentemente rígidos durante a formação da rede e não
amolecem sob aquecimento.
➔ Apresentam ligações cruzadas covalentes entre as cadeias moleculares adjacentes;
➔ Os materiais não amolecem quando aquecidos.
➔ A densidade de ligações cruzadas é geralmente elevada;
➔ Os polímeros termorrígidos, em geral, são mais rígidos e resistentes que os
termoplásticos;

● Copolímeros
➔ Economicamente sintetizados e fabricados, com melhores propriedades ou com
melhores combinações de propriedades que aquelas oferecidas pelos
homopolímeros.

● Cristalinidade dos polímeros

➔ O estado cristalino pode existir nos materiais poliméricos.
➔ Os arranjos atômicos serão mais complexos para os polímeros.
➔ Compactação de cadeias moleculares para produzir um arranjo atômico ordenado.
➔ Em consequência do seu tamanho e de sua frequente complexidade, as moléculas
dos polímeros são, normalmente, apenas parcialmente cristalinas;
➔ Qualquer desordem ou falta de alinhamento na cadeia resultará em uma região
amorfa;
➔ O grau de cristalinidade pode variar;
➔ A massa específica de um polímero cristalino será maior que a de um polímero
amorfo do mesmo material e com o mesmo peso molecular;
➔ O grau de cristalinidade de um polímero depende da taxa de resfriamento durante a
solidificação;
➔ Proporcionar tempo suficiente para que as cadeias se movam e se alinhem umas às
outras.
➔ A estrutura química da molécula, assim como a configuração da cadeia, também
influenciam na capacidade de um polímero em se cristalizar.
➔ A cristalização não é evitada com facilidade em polímeros quimicamente simples;
➔ Para os polímeros lineares, a cristalização é obtida com facilidade;
➔ Qualquer ramificação lateral interfere com a cristalização;
➔ A maioria dos polímeros em rede e com ligações cruzadas é quase totalmente
amorfa;
➔ Até certo ponto, as propriedades físicas dos materiais poliméricos são influenciadas
pela cristalinidade.

CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS

● Comportamento Mecânico dos Polímeros

➔ As propriedades mecânicas dos polímeros são especificadas por muitos dos
mesmos parâmetros que são usados para metais.
➔ O polímero frágil é aquele que fratura enquanto se deforma elasticamente.
➔ O polímero plástico é aquele onde a deformação inicial é elástica, e se segue por
escoamento e uma região de deformação plástica, semelhante aos metais.
➔ A deformação elástica, comportamento típico de borrachas – grandes deformações
recuperáveis e produzidas sob baixos níveis de tensão.
➔ O módulo de elasticidade e a ductilidade, em termos de porcentagem do
alongamento, são determinados para os polímeros da mesma maneira que para
os metais.
➔ A tensão nesse ponto de máximo é o limite de escoamento.
➔ LRT corresponde a tensão na qual ocorre a fratura;
➔ A resistência, para esses polímeros plásticos, é tomada normalmente como o limite
de resistência à tração.
➔ Sua alta flexibilidade, baixa massa específica e resistência à corrosão os tornam
materiais preferidos para muitas aplicações.
➔ As propriedades mecânicas dos polímeros são sensíveis a mudanças na
temperatura e na taxa de deformação.

● Mecanismos de Deformação e Aumento de Resistência

➔ As moléculas nas regiões amorfas alongam-se na direção de tensão.
➔ As cadeias amorfas continuam a alinhar-se e ficam alongadas;
➔ Há dobramento e estiramento das ligações covalentes fortes da cadeia no interior
dos cristalitos lamelares.
➔ A deformação plástica sob tração de polímeros esferulitos ocorre em vários estágios;
➔ A transição de deformação elástica para deformação plástica ocorre no estágio 3.
➔ As cadeias adjacentes nas lamelas deslizam umas em relação às outras;
➔ No estágio 4, segmentos de blocos cristalinos separam-se das lamelas;
➔ No estágio final, estágio 5, os blocos e as cadeias de ligação ficam orientados na
direção do eixo de tração;
➔ Uma deformação por tração apreciável de polímeros semicristalinos produz uma
estrutura altamente orientada.
➔ Além disso, durante a deformação, as formas das esferulitas são alteradas;
➔ níveis de deformação relativamente grandes levam a uma completa destruição das
esferulitas para formar estruturas altamente alinhadas.
➔ O comportamento mecânico de um polímero é influenciado por fatores tanto do
serviço quanto estruturais/de processamento.
➔ Um aumento na resistência, por exemplo, ocorre sempre que qualquer restrição é
imposta ao processo ilustrado anteriormente.
➔ Outros fatores que afetam as propriedades mecânicas:
 1. Peso molecular;
2. Grau de cristalinidade;
3. Pré-deformação por estiramento;
4. Tratamento térmico (recozimento);

● Tipos de Polímeros
➔ Plásticos: grupo de polímeros mais largamente utilizado //polietileno, polipropileno,
poli(cloreto de vinila), poliestireno e fluorocarbonos, epóxis, fenólicos e poliésteres.
➔ Elastômeros (ou borrachas): As propriedades dos elastômeros dependem do grau
de vulcanização e se algum reforço é utilizado. // Borracha natural;
➔ As fibras: As características mecânicas, térmicas e químicas desses materiais são
especialmente críticas.
➔ Revestimentos;
➔ Adesivos;
➔ Filmes;
➔ Espumas;
➔ Materiais avançados;

● Síntese e Processamento de Polímeros

➔ Polimerização: as grandes moléculas dos polímeros comercialmente úteis devem
ser sintetizadas a partir de substâncias com moléculas menores, em um
processo denominado polimerização.
➔ As propriedades de um polímero podem ser modificadas e aprimoradas pela
inclusão de aditivos.
➔ Deve ser moldada durante uma operação de conformação.
➔ A polimerização é simplesmente o processo pelo qual os monômeros são
ligados uns aos outros para gerar longas cadeias compostas por unidades
repetidas.
➔ Técnicas de conformação para plásticos: é realizada geralmente pela
conformação do material na forma fundida em uma temperatura elevada;
➔ A extrusão e a fundição também são técnicas possíveis.