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Aas antocianinas proporcionam a cor vermelha às folhas de Acer palmatum (bordo japonês) no outono.
Antocianinas (do grego ἀνθός (anthos): flor; κυανός (kyanos): azul) são derivados de sais flavílicos,
solúveis em água, que na natureza estão associados a moléculas de açúcar, denominando-se então
antocianidinas1 . São pigmentos pertencentes ao grupo dos flavonóides responsáveis por uma grande
variedade de cores de frutas, flores e folhas que vão do vermelho-alaranjado, ao vermelho vivo, roxo e azul.
Em particular, são os responsáveis pela cor rubi-violácea (cor "bordô") do vinho tinto jovem. Sua função é a
proteção das plantas, suas flores e seus frutos contra a luz ultravioleta (UV) e evitam a produção de radicais
livres. São sempre encontradas na forma de glicosídeos facilmente hidrolisados por aquecimento em meio
ácido, resultando em açúcares e agliconas, denominadas antocianidinas.2
Índice
1 Ocorrência
2 Estrutura
3 Potencial de uso
4 Referências
5 Ligações externas
Ocorrência
São largamente distribuídos entre as plantas nas quais são encontrados em muitas frutas escuras como o
açaí, framboesa, amora, cereja, uva, mirtilo, morango, jabuticaba, acerola, entre outras.
Amora negra
Morango, fruta rica em Pelargonidina.
Petunias púrpuras
Acerola
jabutiba em flor.
Estrutura
Íon flavílio, estrutura básica das antocianinas.
As antocianinas apresentam como estrutura básica o cátion 2-fenilbenzopirílio ou, mais simplificadamente,
cátion flavílio. As diferentes antocianinas diferem apenas nos grupamentos ligados aos anéis nas posições 3'
(R1), 4' (R2), 5' (R3), 3 (R4), 5 (R5), 6 (R6) e 7 (R7), que podem ser átomos de hidrogênio, hidroxilas ou
metoxilos.
Potencial de uso
Segundo estudos da Ohio State University, a antocianina é importante na prevenção da degeneração das
células dos mamíferos e humanos. Em combinação com o ácido elágico desenvolve uma potente prevenção
contra certos tipos de cânceres.
Referências
1. Jump up ↑ Okumura F.,Soares M.H.F.B., Cavalheiro E.T.G.; Química Nova 2004, Vol. 25.
2. Jump up ↑ http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/alimentos/article/view/5294/3924
3. ↑ Jump up to: a b c d e Estabilidade da matéria corante dos vinhos de regiões de clima quente (em
português). Centro nacional de Pesquisa em Uva e Vinho. Página visitada em 19 de março de 2010.
Introdução:
As antocianinas são pigmentos responsáveis por uma variedade de cores atrativas de frutas, flores e
folhas que variam do vermelho ao azul. São da classe dos flavonóides (conforme fig.) e o estudo
destes como indicadores ácido-base é alvo de discussões na literatura.
Alguns trabalhos utilizam o extrato alcoólico do repolho roxo para este fim. Porém o tempo de
estocagem deste extrato é curto, em virtude da decomposição microbiológica das antocianinas que
apresentam em sua estrutura unidades glicosídicas.
Objetivo:
O trabalho visa disseminar a aplicação do extrato de repolho roxo e acesso imediato ao princípio
ativo (antocianinas) deste nos estudos de acidez-basicidade, que fazem parte do programa de
Química Geral do 1o ano do ensino médio. Desenvolvemos assim, o papel indicador de pH com esse
extrato aquoso.
Objetivou-se também a conservação do extrato aquoso de repolho roxo com substâncias tidas na
literatura como conservantes (cloreto mercúrico, ácido cítrico e formol).
Metodologia e resultados:
Preparo do extrato e do papel de pH:
Foi fervido por 15 minutos 30g de repolho roxo picado em 150 mL de água destilada. Deixou-se
decantar por 10 minutos e filtrou-se. O filtrado foi concentrado a 10 mL (*) e em seguida, emergiu-se
tiras de papel de filtro no concentrado e secou-se ao ar.
(*)
- Para conservar o extrato por longo período convém adicionar 2 gotas de formol após seu
esfriamento.
Em tubos de ensaio com soluções de pH exatamente conhecido nas faixas de 1 a 14, foram inseridos
tiras do papel indicador que apresentaram variação apreciável de cor nas faixas de pH 1 - 4; 5 - 8; 9 -
10; 11 - 12; e 13 - 14. O papel passa a cor para a solução em que for inserido apresentando um
colorido atrativo.
Foram também realizados, experimentos com o extrato aquoso de repolho roxo com formol nas
soluções tampão (pH 1 - 14) cujo comportamento não apresentou modificação. As mudanças de
cores nas faixas de pH foram acompanhadas por espectroscopia no visível conforme tabela.
4.
Faixa de pH Cor máx (nm)
1–4 Vermelho 522 - 531
5–8 Violeta 550 - 567
9 – 10 Azul 570 - 576
11 - 12 Verde 580
> 13 Amarelo -
5.
O estudo da estabilidade do extrato de repolho roxo com os conservantes foi acompanhado através
da espectroscopia no visível. A amostra com formol foi a única que não apresentou alteração dos
espectros de absorção, enquanto que os demais apresentaram alteração imediatamente. Os estudos
espectrocópicos do extrato com formol ao longo de 3 semanas evidenciaram a não decomposição do
mesmo e o seu comportamento frente às soluções tampão foi o mesmo.
Conclusão:
A partir dos resultados acima tornar-se-á possível a utilização do papel de pH com o pigmento
cianina do repolho roxo bem como estocar o extrato aquoso com formol. Ressaltamos que as tiras de
papel de pH apresentam uma excelente durabilidade.
Bibliografia:
Ikan, R. - Natural Products - A Laboratory Guide - 2nd ed, Academic Press.
Lima, V.A.,Battaggia M., Guaracho, A., Infante, A.- Química Nova na Escola 1995, 1, 32-33.
CAPES/FAPERJ