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VÉSPERAS DO GRANDE PERDÃO


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Não há Catisma.
Lucernário
Stikerons do Octoeco, T. 7
Como Filho Pródigo, eu venho até Ti, ó Deus de bondade, diante de Ti eu
me prostro, acolhe-me como a um dos Teus servos; Senhor, tem piedade de mim.
Como o viajante caído nas mãos dos salteadores, eu próprio sucumbi sob
os golpes dos meu pedados, e a minha alma está ferida como ele; em quem
poderia eu me refugiar, infeliz que sou, se não no Deus compassivo que tomou em
cuidados as nossas almas como um sábio médico? Derrama sobre mim a graça
da salvação.
Considera a figueira estéril, Senhor, poupa-me dos castigos, da espera de
longos anos, concede-me o perdão dos meus pecados, rega minha alma com as
lágrimas do arrependimento e eu Te oferecerei dignos frutos.
Como Sol de justiça, ilumina os corações daqueles que Te cantam: Senhor,
glória a Ti!
Stikerons do Triódio, T. 2
Entrando sobre a arena da Quaresma, esforcemo-nos pela temperança
em humilhar nossa carne, com oração e lágrimas busquemos o Senhor nosso
Salvador, e digamos-Lhe para esquecer nossas más ações: contra Ti nós
pecamos, salva-nos como outrora aos Ninivitas, ó Cristo nosso Rei, por Tua
bondade, concede-nos participar no Teu Reino dos Céus.
Eu me desespero quando vejo, Senhor, minhas ações dignas de castigo,
porque eu violei Teus santos mandamentos e me conduzi numa vida insensata;
assim eu Te suplico: purifica-me nos rios da santa penitência, pelo jejum e oração,
Salvador pleno de bondade, não me rejeites, ó Benfeitor do universo.
Comecemos o tempo da Quaresma luminosa, nos oferecendo aos
combates espirituais, santifiquemos nossa alma e purifiquemos nossa carne; não
jejuemos somente de alimentos; abstenhamo-nos também de toda paixão,
cultivando as virtudes espirituais; nelas perseverando fielmente, possamos nós ser
dignos de ver a Paixão do Cristo nosso Deus e a alegria da santa Ressurreição.
Stikerons do Menaion, T. 4
Pontífice santíssimo, Atleta e leal lutador, inquebrantável apoio da Igreja,
verdadeiro taumaturgo e dom de Deus, ó ilustre Teodoto, hieromártir, foste
verdadeiramente uma tocha resplandecente, um paraíso, contendo em seu meio a
Árvore da vida, Jesus Cristo.
Espancado com nervos de boi, estirado sobre uma árvore e rasgado
cruelmente com garras de ferro, trancado na prisão, sofrendo o horror dos pregos
penetrando em teus pés, estendido sobre uma cama escaldante, permaneceste
imutável, ó Teodoto, hieromártir, glorificamos Aquele que te deu forças para
sobreviver a tudo isso.
Pelo vigor do teu combate sufocaste o inimigo, e puseste em ruína o seu
poder; tendo brilhantemente vencido, é no Reino do Alto que, coroado,
permaneces sendo um merecedor da luz e do encanto das festivas Assembleias; e
lá, ó Teodoto, intercede pela salvação daqueles que te honram, ó ilustre glória dos
Mártires.
Glória ao Pai... e agora e sempre...
Àquela que no templo foi nutrida no Santo dos Santos, adornada de
sapiência, de fé e da imaculada virgindade, o Arcanjo Gabriel trouxe dos céus a
saudação: Rejubila-te ó Bendita, Rejubila-te ó glorificada, o Senhor é contigo.
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Entrada com incenso.
Prokimenon, T. 8
R. Não escondas a Tua face do Teu servo, porque estou aflito;
ouve-me depressa. Atenta à minha alma, e salva-a.
V. Que a Tua salvação, ó Deus, me acolha.
V. Que os humilhados vejam isto e se alegrem.
V. Buscai a Deus e a vossa alma viverá.
Faz-se solenemente a oração “Digna-Te Senhor nesta tarde”.
O Presb. retira os seus ornamentos e veste a Estola roxa, antes da Litania.
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Apóstika, T. 4
Sobre nossas almas brilha a luz da Tua graça, Senhor. Eis o tempo
favorável, o tempo da conversão; rejeitemos as obras das trevas e revistamo-nos
com as armas da luz, a fim de que, atravessando o oceano da Quaresma,
alcancemos o porto da Ressurreição, ao terceiro dia, com nosso Senhor Jesus
Cristo, o Salvador de nossas almas.
Levanto meus olhos para Ti que habitas nos céus...
Sobre nossas almas brilha a luz da Tua graça, Senhor... (acima)
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade...
Ó Cristo nosso Deus, glorifica a memória dos Teus Santos, por suas
intercessões, envia sobre nós a graça da salvação.
Glória ao Pai... e agora e sempre...
O coro dos Anjos te glorifica, ó Virgem imaculada, pois trouxeste ao
mundo nosso Deus coeterno ao Pai e ao Espírito Santo, Aquele que por Sua única
vontade do nada fez surgir a Armada dos céus; roga-Lhe para enviar a luz da
salvação sobre as almas daqueles que professam a verdadeira fé te cantando
como a Mãe de Deus.
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Após o “Pai nosso” canta-se os seguintes tropários,
fazendo-se uma grande metanoia ao final de cada um, exceto após o último.
T. 5
Rejubila-te, ó Virgem, Theotokos, ó Maria cheia de graça, pois o Senhor é
contigo! Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o Fruto do teu ventre, pois
deste à luz o Salvador de nossas almas. GM
Glória ao Pai...
Batista do Senhor, lembra-te de nós, a fim de que sejamos libertados de
nossas faltas, pois tu recebeste a graça de intercederes por nós. GM
E agora e sempre...
Rogai por nós, santos Apóstolos, e vós, todos os Santos, a fim de que
sejamos libertados de todos os perigos e angústias, pois vós sois nossos
fervorosos intercessores junto do Salvador. GM
Em tua compaixão nós procuramos refúgio, ó Theotokos. Não desprezes
as nossas súplicas na tribulação, mas livra-nos de todo perigo, ó única pura e
única bendita!
Leitor : Kyrie, eléison! (40x)
Glória ao Pai... e agora e sempre...
Coro: Tu mais honrada que os Querubins e incomparavelmente mais gloriosa
que os Serafins, que incorruptivelmente deste à luz o Deus Verbo,
verdadeira Theotokos, nós te magnificamos!
Diác.: Em nome do Senhor, abençoa mestre!
Presb.: Bendito Aquele que É, o Cristo, nosso Deus, em todo tempo, agora e
sempre e pelos séculos dos séculos!
Coro: Amém!
Leitor: Rei Celestial, consolida Teus fiéis na Fé, apazigua as nações, dá paz ao
mundo, protege este país, este santo templo (santo mosteiro), coloca na
tenda dos Justos a nossos pais e irmãos que nos precederam, acolhe-nos
na penitência e ação de graças, Tu que és bom e amigo do homem.

Oração de Santo Efrém


Diante das PR o Presb, diz:
Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de vanidade, o espírito
de acedia, do desejo de poder e de vã loquacidade. GM
Concede a Teu servo o espírito de temperança, de humildade, de paciência e de amor.
GM
Sim, Senhor Rei, concede-me que veja as minha faltas e que não julgue a meu
irmão, pois Tu és Bendito pelos séculos dos séculos. Amém. GM
Em seguida, “Glória a Ti, ó Cristo nosso Deus...” e:
Orações do Perdão
Celeb.:
Senhor Jesus Cristo nosso Deus, Mestre pleno de misericórdia, pela
intercessão de nossa Soberana, a puríssima Mãe de Deus e sempre Virgem
Maria; pelo poder da preciosa e vivificante Cruz; pela proteção dos celestes
Poderes incorporais; pelas orações do venerável e glorioso Profeta e Precursor
João Batista; dos santos, gloriosos e ilustres Apóstolos; dos santos e vitoriosos
Mártires; dos nossos veneráveis e theóforos Pais; dos Teus santos e justos
Joaquim e Ana, e de todos os Santos; acolhe com benevolência nossa oração,
concede-nos a remissão de nossas faltas, sob a sombra de Tuas asas protege-
nos, afasta de nós todo inimigo e adversário, pacifica nossa vida, Senhor, tem
piedade de nós e deste mundo que é Teu, e salva nossas almas, Tu que és bom e
Amigo dos homens.
Abençoai-me, santos irmãos, e perdoai ao pecador que eu sou todas as faltas
cometidas, com todos os meus sentidos, neste dia e em todos os dias da minha
vida, com palavras, atos, e pensamentos.
O celebrante prostra-se com a face ao chão.
Todos: Que Deus te perdoe, santo mestre, e tenha misericórdia de ti.
Todos: Abençoa-nos, santo mestre!
E o povo se prostra em terra
Celeb.: Que por Sua graça e amor, Deus nos perdoe a todos e tenha misericórdia de
nós!
O celebrante beija os Ícones despóticos da iconostase, e pega a Cruz de Benção.
Coro: “Aos pés da Cruz nós nos prostramos, Mestre...”
Os fiéis veneram (pq. Met.) o ícone da peanha central
e a Cruz de benção, pedem perdão ao celebrante (pq. Met.)
e colocam-se de lado para o perdão mútuo com os irmãos.
Pedido: Perdoa-me, (santo Mestre) (santo Irmão) e ora pelo pecador que eu sou.
Resposta: Deus te perdoe, santo Irmão; perdoa tu também o pecador que eu sou
e ora por mim.
Após a última metânia, encerra-se o canto e o povo retira-se em silêncio.

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