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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ FEDERAL DE ________ VARA

FEDERAL DA SESSÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo n° _________

Mariano, já qualificado nos autos, vem, por


intermédio do seu defensor, perante Vossa Excelência, requerer
REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no artigo
316 do Código de Processo Penal, consoante as seguintes asserções de
fato e de direito adiante deduzidos:

Fatos:

Consta nos autos, que o requerente foi indiciado por,


em tese, praticar a conduta de falsificar moeda nacional. Após
intimação da autoridade policial, o réu compareceu espontaneamente.

Após relatado, a autoridade policial representou pela


decretação da prisão preventiva, que após encaminhado à autoridade
judiciária, decretou a prisão cautelar do requerente sob o fundamento
de garantia e conveniência da instrução criminal e pela gravidade do
delito.

DO DIREITO:
Verificamos, in casu, contrariamente à autoridade
judicial, uma vez que estão ausentes os pressupostos autorizadores da
prisão preventiva conforme preceitua o artigo 312 do Código de
Processo Penal, o que está a ensejar a revogação da prisão cautelar.

Conforme observa-se nos autos, o requerente


compareceu espontaneamente após ser intimado, não ostenta
antecedentes criminais. Além do fato do requerente possuir residência
fixa na cidade de São Paulo há mais de 20 anos conforme comprovante
anexo, este possuiu ocupação lícita conforme cópia da carteira de
trabalho.

Pelo exposto, verifica-se que o requerente não


pretende evadir-se do distrito de culpa, uma vez que exerce sua
profissão e mora nesta cidade.

Conforme declarações das testemunhas (fls. ___) a


vítima não sofreu qualquer tipo de ameaça por parte do requerente, não
obstando assim a conveniência da instrução criminal. Bem como pelo
seu comparecimento espontâneo a sede policial o que demonstra seu
comprometimento a comparecer em todos os atos processuais.

Ademais, basear a custódia cautelar do requerente


com fundamento no perigo abstrato do delito é uma forma não prevista
pelo artigo 312 do Código de Processo Penal, além do fato de ir contra
os preceitos fundamentais de presunção de inocência, preceitos estes
basilares do Estado Democrático de Direito.

Neste sentido:

Habeas corpus. Prisão Preventiva.


Gravidade do delito: por si só, não autoriza a medida
odiosa, pena de se estar gerando nova modalidade
prisional sem base em lei, o que não se admite no
Estado Democrático de Direito. Coação ilegal.
Concederam a ordem (por maioria). (Habeas Corpus Nº
70049081441, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Amilton Bueno de Carvalho,
Julgado em 27/06/2012)

(70049081441 RS , Relator: Amilton Bueno


de Carvalho, Data de Julgamento: 27/06/2012,
Quinta Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 05/07/2012)
Do Pedido:

Diante exposto, requer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO


PREVENTIVA, nos termos do artigo 316 do Código de Processo Penal,
por ausência de requisitos autorizadores, com a consequente expedição
do alvará de soltura em seu favor.

Nestes termos,

Pede Deferimento.

Cidade e Data

Nome do Advogado

OAB

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