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DIFICULDADES NO PROCESSO DA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA NOS

ANOS INCIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

INTRODUÇÃO (1/2 pagina)

A presente pesquisa versa sobre as dificuldades no processo de aquisição da leitura e escrita


em crianças da pré-escola. O domínio da leitura e da escrita é a condição para o crescimento
cognitivo da criança.

A aquisição da capacidade de leitura e escrita constitui um marco no desenvolvimento de


qualquer ser humano. Essa aquisição ocorre gradualmente a partir do instante em que a
criança entra em contacto com os sinais gráficos, ao iniciar a escolarização.

Geralmente este desenvolvimento se dê através da intervenção de um educador ou de alguém


que cumpra essa função; entretanto, alguns indivíduos fracassam na aquisição da leitura e da
escrita, por determinados factores.

Através desse tema nos propomos a esclarecer algumas convergências e divergências


conceituais tais como: a falta de recursos didáticos, má formação de professores, ausência da
família na vida escolar de seus filhos são problemas enfrentado pelas escolas e que refletem
no ensino aprendizagem dos alunos.

Problematização
Ao analisarmos a grande dificuldade que os alunos dos anos iniciais apresentam na leitura e
escrita, ou seja, a criança chega a essa etapa sem ser alfabetizada, pois não sabem ler, apenas
aprendeu a decodificar as palavras. A falta de motivação faz com que o aluno não desenvolva
sua capacidade de ler e escrever. A má preparação dos professores contribui
significativamente para o fracasso da leitura e escrita do aluno e também dos pais muitas
vezes não contribuem para o desenvolvimento escolar do aluno, deixando a responsabilidade
para o professor, que sozinho não consegue fazer com que o aluno desenvolva a leitura e
escrita de forma significativa.

QUESTÕES NORTEADORAS

Diante destas problemáticas questiona-se:

Qual a dificuldade que os alunos encontram para o aprendizado da leitura e escrita?


OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Instigar sobre a importância da leitura e da escrita no processo ensino aprendizagem tendo


uma visão mais ampla no contexto escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar o que faz com que esses alunos tenham dificuldades na leitura e escrita.
 Identificar qual a metodologia utilizada pelo professor para desenvolver o processo de
leitura e escrita do aluno.
 Observar quais os eventos que a escola pode promover para estimular a leitura e
escrita dos alunos.
 Investigar como os pais/responsáveis e a escola poderiam trabalhar em conjunto para
ajudar esse aluno.

RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Esse estudo é relevante ao destacar a importância do processo de aquisição da leitura e da


escrita dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, enquanto estratégia de
assimilação e compreensão da realidade. A pesquisa bibliográfica reitera essa relevância aos
destacar alguns significados da aprendizagem da leitura e da escrita na expectativa de
superação de dificuldades e melhoria do desempenho dos alunos.

REVISÃO DE LITERATURA
1.1.1. Aprendizagem
Para que se perceba melhor o tema dificuldades de aprendizagem, torna-se necessário
entender primeiro oque é aprendizagem normal, para permitir que haja clareza na definição e
diferenciação entre esses conceitos.

De acordo com PINTO (2003), o estudo da aprendizagem não se processou de forma


uniforme e concordante, ela foi abordada de formas diferentes pelas diferentes correntes da
psicologia, destas as que adquiriram maior relevo foram:

 Comportamentalistas (behavioristas): que defende que a aprendizagem é vista como o


resultado de uma resposta manifesta a um estímulo, sendo o sujeito relativamente passivo
nesse processo;
 Humanistas: em que a aprendizagem assenta essencialmente no carácter único e pessoal
de cada um, em função, também, das suas experiências únicas e pessoais. O sujeito que
aprende adquire neste quadro um papel activo, mas a aprendizagem é vista muitas vezes
como algo espontâneo.
 Cognitivista: em que a aprendizagem é vista como um processo dinâmico de codificação,
processamento e recodificação da informação. O estudo da aprendizagem centra-se nos
processos cognitivos que permitam estas operações e nas condições contextuais que as
facilitam. O homem é visto como um ser interactivo com o meio e é graças a esta e nesta
interactividade que se aprende.

A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo, desde a
mais tenra infância até a mais avançada velhice. Normalmente uma criança deve aprender a
andar e a falar; depois a ler e escrever, aprendizagens básicas para atingir a cidadania e a
participação activa na sociedade. Os adultos precisam aprender habilidades ligadas a algum
tipo de trabalho que lhes forneça a satisfação das suas necessidades básicas, algo que lhes
garanta o sustento, os idosos podem continuar aprendendo coisas complexas como um novo
idioma ou ainda frequentar uma faculdade e virem a exercer uma nova profissão (MOTA &
PEREIRA, 2012).

Segundo os autores supracitados a aprendizagem permite ao sujeito compreender melhor as


coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza e a si mesmo, capacitando-o a
ajustar-se ao seu ambiente físico e social.
Muitos outros aspectos podem ser analisados no que tange a aprendizagem, para tornar fácil a
compreensão das dificuldades da aprendizagem. Porém, para efeitos deste estudo, importa,
sim, salientar alguns aspectos essenciais deste processo. Assim sendo, passamos de seguida a
abordar aspectos relacionados com o tema do presente estudo.

Leitura e escrita no processo ensino aprendizagem

Para Cruz (2007, p.15), a leitura é um processo no qual o leitor obtém informação a partir de
símbolos escritos, necessitando de dominar o código escrito e, posteriormente, atingir o seu
significado. Trata-se de uma actividade múltipla, complexa e sofisticada.

A escrita é um meio de inserção e da participação da criança em contextos sociais mais


alargados. Ela deve servir para instruir, divertir, comunicar e estabelecer ligações com pessoas
que estão distantes.

Para Fulgênio (1992) citado por CIRÍACO (2020), a leitura e a escrita são resultados das
interações entre informações visuais e não visuais, ou seja, quem lê e escreve constrói
significados unindo todo o seu conhecimento de mundo, seus esquemas mentais relacionados
ao conteúdo tratado no texto, às informações oferecidas pelo autor, expressas no papel.

A aquisição da leitura e da escrita é posterior à aquisição da linguagem, pois a aprendizagem


da leitura está dependente do conhecimento da língua já adquirido, e para o reconhecimento e
decifração da palavra escrita, quanto mais ampla for o conhecimento lexical da criança mais
fácil será a aprendizagem da decifração.

O ensino da leitura e da escrita deve desenvolver-se de forma progressiva e envolve vários


conceitos e competências que a criança vai amadurecendo à medida que cresce e exercita. As
crianças devem ser preparadas de maneira geral para a alfabetização, através de actividades
que visam desenvolver a memória auditiva, a memória visual, a lateralidade,
a motricidade fina, a aprendizagem do código alfabético, entre outros.

É importante lembrar que os actos de ler e de escrever são habilidades e, como tal, precisam
ser estimuladas e treinadas, desde o início da escolaridade, através da apresentação e
manipulação de materiais escritos na escola e no ambiente familiar.
Podem-se motivar a leitura e a escrita dos alunos, através de leitura sistemática de textos
simples e curtos, versando temas ligados à realidade dos alunos, através da legendagem de
todos os desenhos ou gravuras, fotografias, cartazes, fixação dos trabalhos da turma ou de
outras classes no quadro de informação ou nas paredes, e escrita diária de palavras e frases no
quadro.

A leitura e a escrita iniciais correspondem à aprendizagem do 1.º ciclo, quando os alunos não
conhecem ainda o conjunto de sinais necessários para o aprendizado da língua escrita.

A aprendizagem da leitura e da escrita é um processo complexo que deve ser precedido de


várias e diferentes actividades de pré-leitura e de pré-escrita. Ao longo deste processo, devem
ser realizadas diversas actividades para o desenvolvimento das seguintes habilidades:

1.1.2. Dificuldades de Aprendizagem


De acordo com a AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATON - APA (2002) há
dificuldades ou perturbações da aprendizagem quando o rendimento individual nas provas
habituais de leitura, aritmética ou escrita for substancialmente inferior ao esperado para a
idade, para o nível de escolaridade ou para o nível intelectual.

As dificuldades da aprendizagem podem ser classificadas como dificuldades de leitura


(dislexia), dificuldades de cálculo (discalcolia), dificuldades de escrita (disgrafia) e
dificuldades da aprendizagem sem outra especificação (APA, 2002; RIDEAU, 1977).

1.1.2.1. Dificuldade de leitura (dislexia)


A dislexia é entendida como uma dificuldade em identificar, compreender e reproduzir os
símbolos, o que origina problemas na aprendizagem da leitura e da ortografia (RIDEAU,
1977).

1.1.2.1.1. Características de diagnóstico


A principal característica desta perturbação de leitura é um rendimento na leitura (por
exemplo, precisão, velocidade ou compreensão da leitura medida por provas normalizadas,
realizadas individualmente) que se situa abaixo do nível esperado em função da idade
cronológica do sujeito, do quociente de inteligência e da escolaridade própria para a sua
idade, (APA, 2002).
A criança com esta dificuldade apresenta dificuldade em aprender a ler e, sobretudo, não
chega a ler bem. Confunde as letras de formas parecidas (p, q; b, d), inverte letras no meio
das sílabas (par torna-se pra; bor transforma-se em bro) ou nas palavras omite letras (comboio
pode ficar coboio). A análise dos sons é por vezes má (confusão do s e z, particularmente),
sobretudo quando se trata de sons complexos. Portanto, todas essas alterações podem
modificar radicalmente a estrutura das palavras. Assim, quando um disléxico lê um texto,
pode chegar a substituições completas, dizendo uma palavra em vez da outra, ou chegar a
suprimir mais ou menos voluntariamente palavras difíceis de decifrar, (RIDEAU, 1977).

1.1.2.1.2. Prováveis causas da dislexia


Segundo o APA (2002) a dislexia tem como causa, factores hereditários, o sexo e a educação
demasiado precoce durante a maturação motriz, intelectual e social da criança. Certos
métodos de aprendizagem da leitura e da escrita agravam a dislexia em indivíduos com
predisposição assim como factores sócio-culturais.

1.1.2.1.3. Possíveis soluções para a dislexia


Para resolver ou minimizar os efeitos da dislexia, devem ser aplicadas técnicas de ensino que
facilitem a aquisição dos primeiros passos em direcção a escrita, como por exemplo, iniciar
com a aprendizagem do alfabeto, de seguida, associar as letras em sílabas e depois, passar às
palavras e à junção destas para formar períodos. Importa salientar que, para o sucesso da
actividade de recuperação é indispensável a colaboração do educador, professor, pais e a
criança.

1.1.2.2. Dificuldades de cálculo (Discalculia)


Segundo a APA (2002), é a dificuldade em aprender o cálculo elementar nas crianças que em
outras matérias podem até ter um bom nível escolar intelectual. Traduz-se pela dificuldade em
integrar as noções numéricas, em compreender o mecanismo da numeração, as operações
simples como adição, divisão, subtração e multiplicação. As dificuldades dizem respeito à
integração e utilização dos símbolos numéricos.

Uma criança que é portadora desta dificuldade apresenta maus resultados em cálculo,
principalmente a partir da escola primária. Quando a criança se encontra em face de
problemas que necessitem de um raciocínio pessoal, não consegue saber que operação deve
utilizar para conseguir a solução, hesita no caminho a seguir e não descobre o que realmente
deverá fazer (RIDEAU, 1977).

1.1.2.2.1. Causas da discalculia


RIDEAU (1977), as causas da discalculia ainda não são perfeitamente conhecidas, porém,
indica que as discalculias podem ser encontradas em crianças com uma lesão cerebral
sensorial ou intelectual, doentes motores cerebrais e surdos. Também pode ser encontrada em
crianças com grandes problemas afectivos anteriores a idade escolar.

1.1.2.2.2. Possíveis soluções para a discalculia


Para minimizar os problemas da discalculia devem favorecer-se actividades como a realização
de exercícios que tenham em vista, favorecer o espírito de investigação, de raciocínio, de
criação, estimulando a evocação verbal e fazendo com que a criança adquira a noção de
número e das diferentes operações e é necessário estimular, encorajar e recompensá-la
constantemente.

1.1.2.3. Dificuldades da escrita (Disgrafia)


Essa dificuldade é marcada pela dificuldade em aprender a escrever tendo em conta a idade
cronológica da criança, o seu quociente de inteligência e o nível de escolaridade próprio da
sua idade (RIDEAU, 1977).

1.1.2.3.1. Causas da disgrafia


Segundo RIDEAU (1977) as causas da disgrafia podem ser a aprendizagem prematura, as
carências educativas, as perturbações da motricidade como tremores, contrações e paralisias.

METODOLOGIA

É o passo onde se responde às interrogações: que procedimentos serão executados? Como


serão as técnicas de abordagem do objecto da pesquisa? Aqui o estudante/investigador deve
dizer se a pesquisa é qualitativa ou quantitativa e explicar porque assim a classifica.
8.1 População e amostra(gem)

O estudante/investigador deve fazer a descrição das características da população a ser


estudada, indicação da técnica de amostragem que vai usar e sua justificação, explicação da
amostra com que vai trabalhar: número de sujeitos de pesquisa no local, critérios de
inclusão/exclusão. Como vai obedecer as questões éticas da investigação?

8.2 Técnicas de recolha de dados

O estudante/investigador deve fazer a descrição dos métodos que vai empregar:


questionários, entrevistas, observação, testes/escalas, etc. O estudante deve primeiro
explicar em que consiste certa técnica escolhida, indicar a razão da sua selecção, as vantagens
que essa técnica tem e indicar que objectivos serão alcançados com a aplicação de certa
técnica.

9 RESULTADOS ESPERADOS

Resultados práticos esperados com a pesquisa. O estudante/investigador indica aqui o que se


espera com o termino da realização da pesquisa. Por exemplo: (a) melhoria na qualidade de…
(b) reducao de indices de desemprego…(c) identificaçao de estrategias de… (os resultados
devem estar alinhados com os objectivos)

CRONOGRAMA

Tabela com a indicacao dos passos a serem seguidos, considerando o tempo que se tem para a
realizacao da investigacao.
Referências bibliográficas
Listagem de TODAS fontes de consulta utilizadas na pesquisa. Identificação de CADA obra
consultada, geralemente seguindo normas para cada caso.
NB: A fonte recomendada para a digitação é times new roman, tamanho 12 para todo o texto
e espaço entrelinhas de 1,5.

RODRIGUES. Gabriel de Jesus. Dificuldades de Aprendizagem na Leitura e na Escrita e a


Intervenção Educativa com o Recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação: As
Perceções de Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico. Porto, 2017.

https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/6040/4/DM_Gabriel%20Rodrigues.pdf

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http://www.ppge.ufpr.br/teses/M09_marins2.pdf

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