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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

INSTITUTO DE GEOCÉNC¡AS E ASTRONOMIA

Mineroloçtto do Mino de Cobre Sonto Btondiro,


eûr ltopevcq Estodo de Sõo Poulo
DEDALUS-Acervo'lGG

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ùfoacyr &abelo de Arruda

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MINERALOGIA DA I'IINA DE COBRE SANTÀ BI,ANDINA

Elf rrAPEvA, ESTADo DE sÃo P^uLo

fnDrcE
P ãg ina

RE SUMO t1

turnoouçÃo
GeneraL idades
Trabalhos anteriores

GEOLOG IA
Geologia regional, I
Geologia local L2

M INERALOG IA
Metodologia 22
Genera I idades 30
llinerais hipógenoa 37
llineraie supãrgenoe 49
Mineraie de origem metamõrfica 131

PETROGRAT IA 151

GENEsE DO DEPöSITO 168

AGRAD EC IME NTOS 173

BIBLIOGRAF IA 176

fnorcn DE MTNERATS E RocHAs 180

I
,t/V
-11-

RE SUMO

. Este trabalho Pretende contribuir Para


o conhecimento da gênese da Mina de Cobre Santa Blandí
na (situada a 10 km a Eudoegte da cidade de Itapgva'
Sul do Estado de São Paulo) atravãe do eetudo da a88o
ciação mineralógica preBente na jazida e da geologis
local, incluaive com algumae obeervaçõea aôbre a lito
logia.
A l{ina 6 constituÍda Por um vieiro com

direção N-40-E, mergulhando cêrca de 5Oo NW, encaixado


em meEassediment,os calcossilicatados (gorutubito) per
tencentes ao Grupo Assungui - anÈiga Sãríe ou Grupo
São Roque do prã-Cambriano Superior, associadoe a fi
litos e mãrmoree. Um grande dique de diabãeio' com
30 m de espessura, corta-o na direção N-18-1,¡¡ coln mer-
gulho de 65o SW; outros pequenoB corpoa bãsicos int,ru
sivos existem na ãrea. A sudegte da Mina aflora um e8
toque de granito, ou ap6fise, intensamente fraturado e
rniLonitizado, que teria sido a fonte dos ftúidos magmÉ
ticos mineralizantes. Uma f aixa de alguns met'ros aci
ma e abaixo do vieiro foi int,ensamente escarnitizada
antes da mineralização cuprlfera, com deBenvolvimento
de microclÍnio atravÉB de fraturas e outras aberturas
da encaixante. Oe mineraie primãrios seriam a calcopi
rita em guantidade predoninante - a pirita e PossÌvel
mente å bornita em pequenas quantidadee, depositados
juntamente com quartzo e ePídoto, âate tardiamente' A
deposição prímãria ocorreu em fraturae da rochar T"" o
meta8somatiemo foi o processo maia intenao e Con a remo
da rochat
ção de grande porcentagem dos constituínte8
principalmente oa carbonatos do mãrmore encaixado na
jazida e oa calco-eilicatos dos metassedimentoer e cog
eeq{lente ocupação dos espaços pelo8 sulf et,o8 e sil ica
tos prinárioe.
A conformação topogrãfice local deu opo!
tunidade para que o diabãsio funcionaese como uma bar

i
-111-

ragem netural ãs ãguas subterrâneas, facilitando a in


tensa oxidação dos sulfetos e formação de eulfetoB 8e
cundãrios (bornita e calcocita), carbonatos (malaquita
e azurita), silicatoe (crisocola e outros materiais si
:

licaÈados coloidaie), sulfatoe (antlerita e brochanti-


ta), fosfatos (cornetita, libethenita e pseudomalaqui-
ta) r 6xidos (goethita e outros hidraÈados de ferro e

cuprita), bem como outros materíais de alteração cons-


tituídos por misÈuras de divereoe mineraie (argilae,
6xidos hidrat,ados e col6ides ) .
o estudo consietiu na determinação dae
propriedades físicas dos minerais (côr, brilho, traço '
dureza, pêso especítico relativo, c1ívagem ' fratura e
hábi Èos ) , das suas propriedades 6pticas eob luz trang
mitida (tranaparência, pleocrolsmo, caráter axial, si-
na1^-.1
õptíco, índices de refração) e sob luz refletida -
no caso dos opacos -r do seu comportamento em lnã1íee
Termo-Diferencial, bem como na deterninação da composi
ção quÍmica dos principais mínerais da j azida.
Todos os minerais encontrados tiveram
a 6ua identificação confir¡rada por difração de raios X
diversos métodos -r sendo que em relação e alguns
(granadas) foi feita a determínação do parâmetro da ce
1a unitãria. As granadas tiveram a aua composição quÍ
mica esLudada por mãtodo rec6m desenvolvido nesÈa Uni-
versidade, sendo que alguns minerais e materiais de di
fÍcil. caracterização mereceram estudo eBpecÍf ico com
aplicação do espectro de absorção de raios infraverme-
Lhos.
-1-

INTRODUçAO

GE NE RAL I DADE S

A Mina de Cobre SanËa Blandina disEa, em rg


tar 10 quilômetros a sudoeste da cidade de Itapevareede
do município do mesmo nome, situado na parte sul do Es
Èado de São Paulo"
O local da Mina e atingido acravãs de estra
da parËicular que cem início no Km 294 da eeÈrada de
rodagem que vai de Itapeva a Apiaí, via Ribeirão Bran
co r no rumo sudes te.

/- ITAPETININGA
SAO P ULO
ITAPEVA

Pana¡¡Ä
4"'e
f"

Fig. 1 - Si ruagão da ãrea.

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-2-'

A j azida foi descoberta em L94L ' eendo a


única, entre diversas ocorrênci as de minerais de cobre
exist,entes neste Estado r 9ue tem expreseão econômica'
A concessão de lavra da Mina foi outorgada a João B"P
tista Anhaia de Almeida Prado pelo Decreto n9 18 580'
de 10/5 1L946 e vem eendo lavrada a cãu aberto' Por des
monte a partir de 5 níveis, 08 quais avançam ao longo
da zona mineralizada (Foto 1), que ã composta essen
cialmentedemineraisoxidadosdecobre'comquanÈi-
dades subordinadas de sulfetos primários e secundãrios
remanescentes no núcleo da zona oxidada' os nÍveis de
desmonlelcom a8 coEas 718 m, 728rn, 735 m e 740 n' são
conhecidos com os nomes de nÍvel 1, 2' 3 e 4' resPecti
vamenter sendo que o de cota 710 m, iniciado neste anoe
ã charrado "nlvel zero"'
A jazida 6 urn vieiro camada, inclinado' en-

caixado em um escarnito e corta<io quase Èransversalmen


te Por um espêsso dique de diabásio que atravessa' tag
b6n, um esÈoque granÍtico situado a pouco mais de uma
cen t, ena de metros a sudesEe'
!lineralõgicamente a ocorrência era conheci
da de maneira suPerf icia1, eabendo-se mais a respeito
das rochas ali presentes do que dos minerais de inte
rêsse econômico.. Tamb6m a geologia local era pouco co
nhecida, nl havendo Èrabalho de detalhe sôbre a exten
eão da ocorr--ncia dos têrmoe 1ito1ógicos' sua atitude
particular e a relação das meamas entre si e com o mi
nér io .

Êste trabalho, PorËanto r pretende iniciar o


estudo eietemãtico da Mina de Cobre Santa Blandina,
principalmente com a caracÈerização dos minerais que

compõem o minãrio e a ganga e tamb6m com a assinalação


dos pormenores geol69icoB presentes no local' bem como
com a extensão do estudo petrogrãfico das rochae encai
xanres e daquel.'' åo redor da zona mineralizada'
o rnin6rio oxidado foi iniciaLmente Èratadq
-3-

lioto l. * Vi,sta geral d'e l"lina SanÈa BlandiCa. 1g pla


'no: Ltsin{r para tråtamento'do minãrid. ,- -
2q plano: cenÈro: nÍveis de;deauonÈe! es
L¡rrer<iar depósitc de nrinãrio.'

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-l ¡.
.iiÊl 11;¿*.

[ÌoIo ¿ , i I I - rluas entradas da cevetná


^s
[,¡,¡rCe CentrAl do viefro Beparando-B! o
4-

por via úurlda para obtenção de sulfato de cobre e pos


Èerior e1etr6lise, processamento que era feico em i.g
talações-pi loto ao lado da nina. Numa segunda faae o
ninério passou a ser incorporado - em Itapeva, em us!
na da Companhia Brasileira do Zinco c opêrada pela Lam!
nação Nacional de Metais - ao concenErado cuprífero su1
fetado trazido da Ìlina Canraquã (produzido pela Cia. Bra
sileira de Cobre, e¡¡r Caçapava do Su1, Estado do Rio
Grande do Sul) como int,egrante de processo metalúrgico
de redução por carvão, em Forno Mace, para obtenção do
met,a1, ainda com impurezas ¡ para u1Èerior refino.
AtualmenEe o concessionãrio estã procesaan
do o minério no 1oca1, por via úmida, e obtendo sulfa
to de cobre. Está prevista a instalação para o apro
veitamento da parte 6ulferada do n¡inõrio pelo referido
processo de redução e posteri,or cratamento eletrolítico.
O estudo desta jazida apresentå grande inte
râsse por ser a única ocorrência brasileira de mine
rais de cobre ligada a procesBo magmãtico ãcido, ou rne
thor, cuja gênese possa ser aEribuída a um magma gra
nÍtico. A jazida de Camaquã, jâ ciÈada, ã atribuída a
magmatismo bãsico do tipo andesÍtico (Leinz, V. et Al
meida, S.C., 1941) e a de Caraíbas, no Estado da Bahia,
provóm de rochas ult,rabãsicaa do Èipo piroxenítico
(Leinz, V", L948 e Coutinhor J.M.V, et Gomes, C. 8.,
1964) "

TRABALHOS ANTERIORES

û primeiro pesquisador de Santa Blandina


foi Barbos a, O " (L942) cuj o relat6rio, que permanece
inédi to, foi elaborado pars o DepartamenE,o Nacional da
Produção Mineral.
Nea e e tral¡a1ho Barboe a f az conaiderações
geo169icas regionais, onde reconhece aB encaixantes co
-5-

mo da "sãrie Assungui, constituída principalmenEe de


calcáreos e fifiEos".. . "intrometidas de granico, gabro
e diabásio". Aborda aspecÈos Particulares da geologia
da jazida, inclusive supondo "a1Í existir um anEicli
na1, interessando a ponEa SE do fifão principal". Admi
te que as encaixantes formam ttmasaa muito alterada de
xistos Calabouço, que deveriam ser aÍ bastante calcÍfe
roE, pois que ae Èransformaran comPletamente, em cer
tos pontos, em granatito (groasularita cor de carne Ia
vada)". Sôbre a "mineralizaçao até agora conhecida
(20 m de profundidade) ". . . "consta essencialmente de
malaquiEa, em certos pontos noEando-se tambõm cuprita
vermelha e terras amarelas e pardas com cobre coloidal
disseminado. Num tesEemunho de sondagem¡ ûotamoa es
caa6a calcopirita parcialmente lirnonitizadare em dois
outroB poncos alguura pirita comum" crisocola acomPa
^
uha em certos Pontos ¿L trL;rlaquit¿r, eoPrestando-1he tom
mais azulado". Adiante informa que".. " nat pudemo s
ainda enconÈrar a zona secundãria de calcosina... " e

que o "que se revelou ac6 agora foi "Penas a massa su


perficial de minãrio enriquecido Por ação intempãrica,
isto ê,, a zona oxidada".
Afirura que "a j azida Santa Blandina ae asse
melha singularmente com oB dep6sitos hoje famogos de
Katanga, no Congo, e Rodãsia do Nortê. .. rf e que na Mina
de Itapeva "houve uma mineralização primãria de calco
pirica, com enriquecimento superficial por açao das
ãguas vadosas dissolvendo o CO2 atmosfãrico" " Afirma,
ainda, "q,r. o gabro, ou o 6eu magma, Èenha relação com
a minerali zação primãria". o restante do relat6rio en
volve aËividades relativas ãs pesquisas que interessam
apenas ã Geologia Econômica.
Franco, R.R. (1958) compara o escarnito de
Itapeva com o de Itaoca, descreve-o juntamente com o
hornfele lietraclo, rochas cujo termometamorfismo atri
buí ao granito prõximo, ao qual estarÍam em contato di
-6-

reto. A mineralização de calcopirita e bornita impreg


nando os eacarniÈos seria devida ã fase hidrotermal do
mesmo magma, concluindo quetta presença de feldspatog
cãlcio-sódicos e uricroclínio no "hornfels" 6 outro els
mento que reforça a hip6tese aqui levantadat'. Explica
a ausência de llollast,onita no "hornfels, pela presença
de alumina e magn6sia que proporcionaram a formação de
grossulãria e diopsÍdio, re6pectivamenEe"" Adnite co
mo nula a ação do diabãsio no metamorfisu¡o das encai
xantes da jazida.
Barbosa, R.A. (1960) apresenta fotomicrogra
fias e a descrição de onze amostras de rochas obtidas
de Èestemunhos de sondagem em dois locais pr6ximos ao
dique de diabãsio (que chama de gabro) e distantes côr
ca de 500 m encre si, referindo-se sempre a e6cårnit.os,
xistos e mãrmores, não Ëenclo enconrrado hornfels.
mineraliza
Consi.dera a eBcarnítízação e a
ção prinãria singenéticas e apresenta uma plant,a de 1o
calização das amos tras "
Guirnarães, D. (1961, pg. 225) faz referên
cia superficial ã existância de "uma j azida de cobre
cujo prot,omineral 6 calcopirita", em Itapeva.
Abreuo S.I,'. (1962 ¡ pB. 427) apenas noticia
a exietência, em IEapeva, de ttum veio atravessando o
calcãrio cla Sárie São Roque contendo minórios de cobre
em elevada proporção""
Outroe Èrabalhos anteriores, específicoe 80
bre a geologia regional, são ci tadoB no capíÈulo cor
respondente "
PLANTA GEOLOGICA DA ANEA E ARREDORES DA MINA
SANTA BLANDINA, ITAPEVA EST S PAULO
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I t* ttAGNEl:;A -:i:lTO
-6:
GEOLOGIA

GEOLOGIA REGIONAL

His tõrico

A região de IËapeva f.az parte da Bacia do


Rio Paranapanena e ã formada pela porçao mais sudeste
do Estado de São Paulo que integra a Bacia do Rio Para
nã, da qual aquela ã tributãria.
A primeira referôncia geol6gica ã seq{rôncia
litol69ica hoje chamada de Grupo Aesunguí ou são Roque
e que f,orma o aubstrato cristalino da região foi feita
em 1805 por Marcín Francisco ¡ ur dos irurãos Andrada e
silva, €D sua "viagern Minera169ica na província de são
Paulo, em 1805"" outra publicação de 1B20, de JoeË Bo
nifãcio, assinala a o's6rie xistosa asBentada sôbre
"i"
nito porfiroide, passando a graniÈo" (in paolielo rp.c. ,
L964 e Leínz, V. et A.mara1, S"U", Lg69r pg. 9):
outras referâ'cias a easas rocl¡as são dadas
por Paoli'e1o (i964) como as de Gonzaga de campos, L.F"
(L923) que lhes deu o nome de ',sãrie. São Roque,,, de
Leonardos, o.H. e Guimarã.e, D. (193r-r933), de Moraes
Rego, L.F. (1937- 1941), bem como as dos Mapas Geol69i
cos do Es tado. de são paulo editados no6 anoa de Lg29,
L939 e L947.
En 1963 o Mapa Ceo169ico do Esrado de São
Paulo edi Èado pelo rns Ei tuto Geográfico e Geol6gico da
secreÈaria da Agricultura do Estado de são pauloo com
a explanação que lhe acompanha (Bol" ng 4L do I.G.G.)
acolhe a denominação de s6rie são Roque para aquelas
rochas, colocando-as no "pr6-cambriano superior r por
não exietiren¡, aincia, elementos que permitam eubdivi
eõee" (pg. 37 do Bo1. hL do I.G.G.).
por ü 1t iuro , em um trabalho de Ìf el.f i, A. J.
.er al., (1964) é feica uma revisão completa de tôda
-9'
a literatura sôbre a arã então chamada "Sãrie ou Grupo
São Roque", e, tendo em vis Ea a conEinuídade Litol69i
ca do Grupo Assunguí ¿o lrscado do Paranã com a Sãrie
ou Grupo São Roque do Estado de São Paulo, bem como a
prioridade cronol6gica do primeiro nome eôbre o segun
do, adota o primeiro Þara tôda a seqtlência.
O complexo cristalino do Grupo Assunguí ã
recoberto, nos espigõ"s e partes altas em geral da re
gião¡ por rocttas sedimentarea que foram estudadas pri
meiramente, enì 1889, PoÍ Gonzaga de Campos, L.F. ( Gui
marães , D. , L964, PB. 336) , quando foram admitidas de
idade devoniana e ligadas aoa arenicos gue ae estendem
atã às proxi¡nidades de Curitiba e que receberam'depois,
o nome de Formação Furnas.
Pacheco, J " (in I.Iaehburne, C. , 1930) concor
dou com a dacação cle Gonzaga de Campoe, ma8 Oliveira,
E. et lloraes Rego, L"F" (in Petri, S. et Fulf aro, J.V.,
L967 ) <luvidaram dessa idade, preferindo atribuir ida
de permo-carbonÍfera para essas rochas, Mesmo assím
elas continuaram sendo consideradas devonianas ( Mapa
do I.c.c., 1963, Guimarães, Lg64), até gue Petri et
Fulfaro (1967), seguindo novos afloramenÈos consÈituí-
dos pelos cortes recentea de novas egtradas r consegui
ram solucionar a concrovãrsia, restringindo oa areni
toe devonianos, na Região ao Sul de Itapevae apenas
àqueles expos t,os a oes te do espigão d ivisor dos rios
Tananduã e Taquari-Guaçtt (ambos com rumo S-N) atã a

uns 3 Km da conf 1uência dâsees dois rioe. Segundo ês


Be6 mesmos autores, a oesËe do Rio Taquani-Guaçu a8 ro
chas devonianas da Formação Furnas af loram naa partes
baixas, sôbre o embasamento cristalino Prã-Devoniano,
estando cobertas, em muitos espigões, pelae rochas Per
mo-carbonÍferas do Grupo Tubarão, sendo que a leste do
Rio Tamanduã (região da Þfina Santa Blandina) as partes
al.tas, guando coberÈas por areniÈos, o são pelae ro
chag do Grupo Tubarão, as quaiB ae assentam díretamen
.te sôbre o embasamenËo pró-Devoniaûo.

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- 10-'

Fisíografia

A região onde se situa a I'fina Santa Blandi


na apresenEa, nas partes a1Èas r 6uperfÍcies levemenÈe
onduladas, quase planas, f,ormadas peLo capeamento de
rochas sedimenrarea, principalmente arenitos. As par
t.es baixas são sensivelmenËe acidentadas, apresentan
do-se os f lancos de morros com altas declividadee"
Os contatos entre o cristalino e os sedi
mentos, nas encosÈas dos morros, apresentam altitt¡des
muico senelhantes, denunciando uma antiga superfície
de aptainamento anterior ä sedimentação devoniana e
permo-carboníf erae aplainamenËo âsse que deve ter ex
posto a6 rochas do Grupo Assunguí ou São Roque, aqug
las que o Mapa Geol6gico do EsÈado de São paulo, edi
ção de 1963, classifica como do prõ=Cambriano Supg
rior e gue Petri et !'ulfaro (L967) chamamr cuidadoea
menue de t'embaBamento crisÈalino pr6-Devoniano',.
ûsse peneplanor €ü seguida sob atividade
regressiva, foi recoberco pelos sedimentos devonianos
em prrte e pe los permo-carbonlferos , tendo sido suj ei
to ao tectoni smo eocretãcico e, pos teriormente , a um
importante movin¡ento epirogânico o qual deve ter afg
Èado grande parte do Escudo BrasiLeiro, eenão ête
t,ocir.¡ - <iando início a uma intensa fase erosiva que
perdura at6 hoj e, Ij¡n conseqtlência a drenagem f oi se
veramente aprofundada, remanescendo uma superfícíe in
tensamenLe,dissecadao tendo como morroB aB rochas
mais resi.6t.enÈes (quartzitos, metassedímentos catco-
-silj.catados, câ1cãrios, etc.) ou aquelae part es
ainda cobertas pelos arenitos (Furnas a OesÈe e Tuba-
rão åo Norte e a Leste) que resistem ã erosão devido
ao fato dâstes formarem laj eados bem conaolidados, co
mo salientam Petri et Fulfaro (L967).
O coleÈor das drenagens da regíáo õ o Rio
.Taquari-Mirim, o gua1, em algumas parËeB I moBtra Per. .\t
(
t..
.,,\
,/ ,\l
U
_11_.

fi I parciel maturo, sôbre sedimentoe recenteg , devido


a nÍveis de base locaís formado6 por soleiras de diabã
sio, na maioria dos casos"
As demais correntes fluviaie e aB drenageng
secas apresentam perfis aínda jovens, com a erosão em
franco desenvolvimento" Em linhaB gerais, entretanto,
a drenagem é controlada pelas estruturas rochoeag sub
j acenËes r que rhe empreB tam aspecto retangular,
haven
do padrões de drenagem, maís locaie, com outros aBpec
tos.
Os bordos mais altos dos vales principaie
geralmente são formados por esCarpas no arenito, a8
quais eão muitas vâzes abruptas e em alguns rocais for
mam blocos separados do paredão, aeparação
essa cauBa
da pela erosão pref,erencial naa juntas e diáclaeee do
areni to.

EsÈratigrafia

Não hã possibi lidade, com oB elementos co


Ihidos en¡ região relativamente pouco extensa, de con
tribuir p¿rra o merhor conhecíment,o da.seqüância metas
sedimentar do embasamento cristalino no sudeste de são
Paulo, Tampouco ã possíve1 acrescentar algo aos trg
balhos de carãter mais gerar abrangendo tanbán os eedi
menÈos que hoje servem de subsÈrato ãa superfícíes pIg
nãlticas moder-adas pero cicr.o erosivo que se desenvor-
ve"
A observação mais importante a registrar õ
sôbr" areniÈos gue poden ser vistos no6 cortes
1" da
estracla que conduz ã ¡tina, a partir da Estrada rtapeva-
-Ribeirão Branco, (rm 29h), que são róeeos, coincidem
nos demais detarhes com os arenitoe do Grupo Tubarão
descritoe por petri et Fulfaro (rg67) e que, eetratifi
cados horizontalmente, assentam-ee diretamente, em evi
dente diBcordância angurar, gôbre o embasamento crisÈa
-L2-

ri¡¡<l pr6-Devoniano que se acha fortemente inclinado.


ßste fato permitiu modificar levemente a co
l-una estratigrãf ica esrabeld'cida por Merfi (1g64) que
r:studou a geologia das áreas ao redor da Mina de cobre
santa ts1andina, ocasião em que considerou os arenitoe
aÍ ¿rfLoranËes como da Formação Furnas quando, como jã
foi visÈo, são do Grupo Tubarão.
ssim, a coluna eBtratigrãfica LocaI seria
conlorme dernonstrada ã pãgina 13.
O mapageológico da Fig. 2 ê uma parÈe da
quele que foi levant,ado a parÈir de fotografias aãreas
* com contrô1e de campo - por Ifelfi (Lg64) e contãm al
gumas alt,erações que decorreram dôsces estudos. Tais mo
dif icações resuLÈam de observações levadas a efeíto na
ãnea mais pr6xina ã uina e dizem re6peito r prÍncípal
mente, ã locação de alguns contatos 1íto169icos entre
os tärmos do Grupo Assunguí ali presentes.

GEOLOGTA LOCAL

Aspectos Gerais das Zonas Mineralizadas

o vieiro cuprífero principal tem a forma de


c¿rm:rda e acira-se encaixado em meÈasBedimentos rÍtnícos
c;rl.cossilicatados, que Geoffrey, p.R. e Sant,os, T.D.S.
(L942) chamaram de gorr¡tubitoe. Estas rochas, compos
t-as por camadas ciaras e escuras em alternância, aprg
8r:nt am predominância de silicatoe de cãlcio na8 parteg
l;rras e anf ib6lios nas escuras.
r:.

Nos contatos com o vieiro o metaseedimento


sc¡f reu eEcarnici zaçã,o, com o íntenso desenvolvimenÈo de
gr:a¡radas andradiÈa e grossulãria em uma orla rnetamorfi
zar'l,a de mais de 5 nr de espessurae em alguns locais
"

Capeando o gorutubito-existe ume lerrtt, tl e


-li l"ito compost.o de quartzo e sericita. rico em por fi
r¡.rb' las Èos octa6drÍcos de magnetita, submílirnãtricoe
rm 1ne
Litologia Coluna Melfi Coluna Modifícada

cENOZÓICO cENOZ6TCO

Sedimentos recenÈes Quat ernãr ío Quaternãri o


(Aluvião)
MESOZÓICO ME SOZdI CO

Diabãsios Cre t ãceo Cre tãceo

PALEOZõI CO PALEOZöICO

Arenitos Devoniano (Furnas ) Carboaífero (Tubarão)


PRÉ-cAMBRIANo PRÉ-CAMBRIANO
Granitos,
aplitos e Super ior Superior
Pegnetitos
GoruÈub i to s
escarnitos, Sup er ior
calcãrios, Superior
filítos e
(SËrie São Roque) (Grupo AssunguÍ)
micaxistos I

t,
t.

(\
.-
<_-\
'L4-
ral êste q,t. tamb6m pode 8er enconÈrado em uma faixa
reduzida do gorutubito que precede a r,ente de firito.
Esta lente, por aua vez, 6 capeada por eepâeeo pacote
de gorutubito onde ¡ €rrì uma f aixa de algun' metroB de
Largura, tanbãm são encontradoB octaãdros de magnetíta.
A tr apa dâsse vieiro ê conetítuída tambãrn pg
I'o escarnito, o quaL passa ao epíaoÈo-serícita-xieto
descrito por Barbosa (1960), eetando âste último târmo
em contato com um pequeno estoque ou apófise de graní_
to.
A principatr zona ¡nineralizada, com forma de
vi'eiro camada, tem direção concordanÈe com âa encaixan
tes e possui eBpessura nãxima naB proximidades do pog
sante dique de diabãsio que a corta quase transverear
mente' Para sudoeEte o veio ae a<-le1gaçar pâssando da
especoura de quase 30 m parâ pouco maie de 2 m no ex
tremo ST{ pesguisado "
O espe6samento do vieíro se deve, certamen
tê, ã preBença de uma lente caLcãrÍa encaíxada no neg
Eo, a qual, por suas caracteríeticas quírnicas e fisíco-
-quÍnicas, deve ter f.acir.itado a maie intensa deposí
ção prínáría do rnínãrío. por ouÈro 1àdo, como jã acen
t,uara Barbosa ('!"9h2) , o dique de diabãeio poE sua
¡ si
tuação topogrãfica ã meia encosta do morro da Mina e
transvereal ã direção do movimento das ãguas subterrâ
nea8, agíu como uma barragem natural para as mesmas,
proporcionando o mais extens., contato do mínËrio
com
aB ãguas urete6r ícas ri cas de gaBeB € conseq{rentemente
¡ ,
dando maíor extensão à zona oxidada do vieiro.
A extremidade sI{ do af loramento do víeíro
principal, no locar. chamado caruru, apreBenta as cama
dae com direção N-20-8, mergur.hando rgo NI{. um di
que de diabãgio com 5 a Lz cm de espe'Bura corta aB
ca
madae com direção B I^¡, mergulhando 7Oo para S.
O;
nineraís de cobre ÈambËm eão a malaquíta e críeocola
eD crostas, vânulae ou recheando outras cavidadee, bem

, (l,v
/,
(_/
u
-15-

como raros núc1eos de bornita e cal.cocita remanescent,e


em alguns pontos. A ganga compõe-ee de quartzot epído
Ëo e limonica, a16m dos mineraia metam6rficoe da encai
xanLee onde existe tremolita, ouÈroB anfi¡6tioa e píro
xentos.
Há um outro afloramento cuprífero a menog
de 100 m a Leste do vieiro principaL, chamado Fi1ão do
Juvenal, com o mesmo caracÈerÍstico de camada, maE com
direção N-25-E, diferente da dÍreção geral e mergulhan
do pouco mais de 2Oo para NI.I" Nes te ponto o acamamefr
t,o do gorutubito most,ra direção N-15-l^¡ (mergulho de B5Û
para NE) esÈando em direção quase normal ã ¿o pequeno
vieíro do JuvenaX., sendo de se concluir guê, aqui e a
mineralízação se deu atravãs do fraturamento secundãrio
ortogonal ã direção principal do sistema de falhas,
cujo plano ã representado pela falh¿¡ ocupada pelo gran
de dique de diabãsio.
A mineral.í zaçã.o primãria remanescente nes te
local 6 represenÈada apenas pelo quartzo treitoso com
incl,rsões de prismas de epídoto e grande quanÈidade
dâste úttimo mineraL em grãos ou maciço" Os minerais
de cobre presentes são pequenas massas de cal.cocita e
os oxidados, isto 6 o malaquita e crisocola, estas em
crostas superficiaís e em vânulas nilirn6tricas a centi
mãtricas, ocupando as fissuraB e fraturas da rocha;
crosta6 e vênulas de i.imoniLa se intercal.am com os ou
tros minerais . Um pequeno af i.oramento de mãrmore dolo
mítico branco, siËuado a cârca de 40 m I NE do filão
do Juvenal, mostra algumas manchas de bornÍta dísseuri
nadae irregu larmenÈe.
Mais doís af loramentos cupríferoB estão as
sínalados a OesËe do vieiro principal, no Mapa da Fig.
3, formados por pe1ículas e vônulas de malaquita e
crisocola em veios de quartzo com manchas de limonita.
TraÈam-se de ocorrâncias aparentemente sem maior ex
preeeão e que, por iseo, não foram ainda pesquisadas.
I

,l(
,
-16:

Un ext,enso dlquo dc dlabã¡lo con nala do


I 200 ¡n aflorando na ãrea estudada, corta-a na direção
N-18-I'J; sua espessura ã de cêrca de 20 m até 35 m em ar
guns pontos e âpresenta mergulho de 65o para o Sul.
o dique aÈravessa aa camadas eBtraÈigrãfica
mente 6uperiores da ãrea, intercepta a principal camada
minerali zad,a e as demais <las encaixantes eob um ângulo
de quase 600 com a direção de acamamento, indo alcançar
os filitos mais inferiores, i ã fora da ãrea estudadarde
pois de atravessar o corpo granÍcico jã referido. Os
ünicos contet,os razoãvelmente livree do ÍnÈemperismo
são visíveis na zona de exploração do vieiro, onde o d!
que mostra faixa de cêrca de 3 m com disjunção colunar
e' a encaíxante, uma orla de alguns centíuretros com le
ve diferença de tonalidadeo denunciando a pequena ação
pirometam6rfica de contaÈo.
Existe outro dique de diabãsio, anËes não
registrado, e que corta o granito a dudeste cra ãrea da
ninao A exÈensão do af Lorament,o, que poude 8er medida
no barranco oesËe de uma estrada int,erna recã¡n aberta
sôbre um velho caminhoo ã ae 36 metros" A díreção exa
La dêsse dique não foi deÈerminada por.motivo da cober
tura de solo tazão porgue a espesaura medida pode ser
apenas aparente - mas parece que ela 6 nornal ã do gran
de dique que cort,a a mina, o que fndica uma provãver in
tersecção dos doís corpos intrusivos.
A lente de mármore exis tente.a' na ãrea da mi
na estã encaixada no pr6prio vieiro (Foto 3), mas gran
de parte dos seus consÈituintes foi removida por proces
ao de dissolução, resultando uma caverna de razoãveis
proporções (atualmente com dimensões mãximas de cârca
de 4 metros de alÈura, 5 meÈros de largura e 5 metros
de comprimento, sendo visíveis aberturas que devem se
comunicar com outros compartimentos alãn. (FoÈo Z), Âs
paredee, o teto e a superfÍcíe do chão são bern ornamen
tados por mineraie eecundãrios de cobre e de ferro, nas

[(t
_L7:

formae de eBÈal.actites, estalagmitea, superfÍcies mame


lonaree o renif ormes e botrioidaia de cor.oração varian
do do verde da matraquita ao prêto, com locaie de diver
Bas tonalidades de vermerho doe 6xidos de ferro hidra
tadog.

Geologi"_" Tectônica

o levantamento dos contatos 1 itor69icos da


ãrea da mina teve como base mapa topogrãfico levantado
a teodolito, rél escaLa tr:500 o com curvas de nfvel eq{li
distantes de L m" posteríores reduções xerográficas
forneceram o mapa da f igura 3.
A direção gerai. das camadss e do vieiro -e

N-40-8, com variações locais desde N-25-E atã N-75-w,


mergulhando para Nr.¡ desde 40 a B0o. Nas proximidadee
do dique de diabãsio as camari as que formam o bloco au
doeste apresenÈam direções que se aproximam mais de
hrNl"t' dando a impressão de terem sofrido esfôrço hor!
zontaL rumo ssE, causado por movimento dos b10co8 atra
vãs da falha ocupada pelo diabãsio. Medições das cama
das do bloco a nordeste do dique ora confirmam a hip6
tese do rejeito horizontar e ora a contradizem.
Os conÈatos da exÈremÍdade da lente de mag
neÈita-filiro a nordesÈe do dique de diabãsio não pude
ram ser determinados com exaÈidão, mas um doe aflora
mentos, o de número 6/Ol, permite concluir que o movi
mento havído atravãs da farha ocupada pelo dique resul
Èou em um rej eito cuj a componente horizontal teve no
nínímo 30 metros, sendo que o bloco a sudoeste do d!
que sofreu rejeito relativo para NNI.¡ e o de nordesÈe
para SSE.
Não foram ainda conseguídos dados concluden
teB eôbre o sentido da componente vertical do movimen
Èo relatívo dos bl.ocos a sudoeste e a nordeste do di
gue de diabãsío. Entretanto r oB maioria dos casos de
pequenas falhas onde o movinenËo relativo poude aer d
"
l, I(,
/v
L
- 18:

terminado, os blocos sudoest,e sempre sofreram abaixa


mento em relação aos blocos nordeBte sempre revantados
"
Embora êsse fato esteja de acârdo com a hipõtese levan
Èada por Barbosa (1960), a camada guia que foí escolhi
da por eEBa Autora (actinoi.ita-escarnito) não deve ser
a mesma no8 doís Locais das sondagens, poie íeso leva
ria ã conclusão de um rej eito vertical relativo eup.g
rior a 300 m, o que não tem confirmação na posição to
pogrãfica atual. da superfície prã-devoníana nos pontos
ao redor da ãrea da mina.
Fequenaa falhas normaíe foram registradas
em diversoa pontos da ãrea da mina, principalmente com
direção NNt{, que 6 a meema cla falha principal ocupada
pelo dique de díabásÍo. EnÈreÈanËo, oucraa pequenas
fal'has se apreeentam com direção complementar, ou seja,
ENE.

Esse sistema ce pequenas falhas estende_Be


por tôda a ãrea da mina, incrusive no granito, onde fo
ram ¡nedidae diversaa com direção NNl{ e ENE, alguma" d=
las com os reBpectivos planos preenchídos por quartzo
Leitoso.
Un suave antíclinal foi detectado na parte
nordeste do vieiro principal, com eixo na direção no
roeste e mergulho de aproximadamente 60o para norou"tI.
A parte eudoeste do vieiro forma um einclinal. tambãn
Buave, co¡tr eixo mergulhando no mesmo eentído.
Localmente, as camadas prÉ_aevoni anas aprg
sentam-Be dobradas e falhadas, denunciando a sobreposi
ção doe diversos diastrofismos que afetaram a area ate
a õpoca da intrusão do magna bãeico, ap6e o que não hã
regíoÈro de movimentos, poie o diabãsio não apresenta
sínais de ciealhamenËo.

l(ü
-19-
Eventoq Geol69icoe

Apõe a sedimentação dos atuaie eetraÈos cal


''os$ilicatados com intercalações de lentes ora calcã
r ias e ora guartzosaB (conjunto que forma o tôpo
do
ljrrpo Assunguí ou são Roque - prã-cambríano superior),
r:spôsso pacote sediment,ar <ieve ter se eobreposto aoa
i'ìr('frmos por motivo de subsidôncía do então geo6eincl!
rri.'-r. o diastrofismo prã-nevoniano referido por petri
'''t- Fulfaro (L967) teria meÈamorfizado as rochas hoje
¡i{- lorantes e teria possibiritado a f ormação e intrusão
rlo magma granÍtico causador do adernamenÈo das camadas
:).ri-;i noroeste. Êsse meamo magma teria fornecido a8 ao
r'rçües hidrotermais que f ormaram o vieiro e que causa-
'i'¡m a escarnitização doe pacotes cálcicos pr6ximoa
ao
¡rìcs*lo. Tal diasÈrofisrno, c¿!r.lsaclor do levantamento das
,'¡rtnadas , seguido de um prc,., ,.,.,.1. mas
não necessãrio
'rr¡r¡i¡s¡le epi-rogenËtico positivo prã-nevoniano e p6s-
'll;lmbriano, teria possibilitacro intensa erosão
e, ap6s
;"r 1:ase de estabilidade, teria sido formada a superfl
.,' f)e'eplanizada citada por petri et Fulfaro (Lg67)
'eri.o6 mesmos chamada de superfÍcíe prË-Devoniana.
Êsee perìeplano, numa faae regressiva que te
, -i i; se prol.ongado desde o Devoniano
acó o carboníf ero-
¡':"l' menos - f.oi recoberto pelos sedimentoe devoníanos
¡r'r p.rte uaia a oes te do 1ocar. da j azída e peloa
sedi.
rì(ìrìtos permocarbonífero8 na região e n8 parte mais a
',"1rl.e.

o tectonismo p6s-Tubarão na ãrea teria sido


r;; (!'60 e teria possibilitado e8 extensas intrusões bã
: '1¡ìs eocretácíca8, ÈAnto em novos
f alhamentoS COmO por
¡'evivação doe anÈigosr seguido de um Longo período epi
''r¡1
,:.6tico positivorsem qualquer ouÈro movimenÈo tec
'; '¡rico " A extinção ondulante em todos 08 crietaie de
'r;rrtzo observados em 1âminas e inexistência de fratu
',.r no diabãsio confirmam a ídãia.
_20_

l\ faee eros Lva então lnlclada contlnua


aÈ6
no88.,8 tempos, tendo sido a cauaa do profundo
dísaeca
mento regional j ã ref erido no capÍtu10 da Geor.ogia
Re
gíonaI', e causou a conseqüente reexpoeição
do e,r¡etra-
to crietalino prã-Devoniano.

,;(t(
\._--
A\\ PLANTA GE d.erca oa MINA SANTA BLANDINA
./.' -
\.'
ITAPEVA : EST SAO PAULO

j>/g d6 Acoñooñ
^rijr'la
¡-r,.Jrco
- - -C6ioto
l6s;td c.niib
-.-'_
7==:-?srrcos


trt. ry
¡.s

,./
I

,W¡pi fu
ll
I
i
t
-22-
MTNERALOGIA

ME TODO LOG T Â

Amostragenr

A amostragem iiricial da zona ninerali zada, pg


ra exame da associação mineral69íca e orientação
doe
trabalhos futuros, foi feita no níveL de desmonte
com
a cota de 728 metros e (o chamado "NÍve1 1rr), por
ser
aquele que estava expondo os pontos mais profundos
da
-i azida' Foi escolhicla a zona que parece ser o núcleo
rlo vieíro, constituída pela parte que separa
a8 duas
entradas da caverna (Foto 2), pelo fato de
aí existi
'e¡ü díversos sutfetos associados a outroe nineraÍe
"13
l:amente supõrge¡los e em mis tlrr¿r com grande guantidade
de granada e materi¿¡is rjr: 1-Eeração"
¿.

A segunda amosEragem foí sistemátíca, abran


gendo os quâtro níveis rIe desmonte então em
Lavra, t.1
.o a coleta si.o proceclida de metro em metro,
na altu
ra de um metro ac.irna .o piso de cada um
dos nÍveie. Os
¡rontos de retir¿r<la das amostras foram.controlados
com
ljrena e bússola, a partír cle línhae base com
direção
i'¡-3 5-ht - aproxin;rcramenLe pararelas
ã direção geral das
paredes de desmont:e - tendo o ponto inicial
da coleta
l.'ec¿.ri'lo sempre no 10ca1 maie oeste da paredersendo
trg
i.'Ërn oir-¡' ' o rressa ¿ìmostragem as rochag
encaixanteB maís
pr6ximas cto vieiro, para estudo das posBíveiB
artera
ções metassomãticas
' De cada uma dessas amostras foram reti radas
L0 grama6 de matcrial guer depois de triturado
e mis
turado, foi quartcaclo para a obtenção de amostras
me
dias repreaentaCivas de cada um dos guatro nÍveie
de
desmonte"
Ou tras r pf,incípal.mente de rochas, fo
amoa EraE
ram obtidas quando do levantamento geol69ico tr
oca1, ob.
-23:
j etivando caracter ízar a8 díver8a8 r.itoLogias
presentes.
Os demais afloramentos cupríferos, certamenÈe
;issociados ã jazída estudada, foram vieitados quando
do
IevantamenËo geol69ico e acham-se aseinarados
no mapa,
îras não foram amostrados com o mesmo cuidado,
por 8ua8
reduzidas expressões.
Os díferentes mineraie foram I eparadoB por

versos meios, principalmente com o u80 de estiletes
e
cspãtulas de aÇo c obtendo-se amoatras euficientemente
puras para uso nas determinaçöes seguintee.
Algumas amostras foram obtidas a partir de sec
ções polidas, outras tiveram gue ser tratadas por 1íquí
clos pesados (bromof õrmio o solução de C1ãrici
ou iodeto
,ie neti leno) para separação de impurezas mineraíe
pre
sentes.

Propriedades Físicas e Morfol6gícas

Ae propr ieciades físicas foram determinadas pe


ì os mãtodos tradÍci.onais
, s egundo o proced imento cl ãs s i
:o na literatura.
para o pâso específico foí usada principalnen-
rc a Balança de I'res tphal-Mohr, mas em ar.guns
casos f oi
iiÉÌcessãrio o emprôgo de picnômetro com balança
analíti
rrrção de C1ãrici (Vassar, Lg2S) quando
oE grãos míne
raís obtídos, rivres de impurezas, eran de ma'sa
ínsufi
t:iente para apli.ação de outros mãtodos.
A dureza cios exempr-ares foi determinada utíri
:..¡r'do-ae os padrões da Escala de Mohs" A
côr, o brilho,
¡r transparência e o hábíto dos ninerais estudado"
fg
r'¿1Ûì verif icadoe sob lupa bínocular. para classificar o
i:ipo de f ratura e a existôncia de clivagens
o f oi usada
'r lupa bínocular (aunento de atË 3z vãzee) e, em casog
ox.r,t emos , atã o nicroac6pio.

,'rl[t
-24:

Micros copia

O estudo 6ptico foiexecutado em grânuloe de


minerais selecionadoe em peneiras de g0 a
100 ,,mesheB,,,
ieto é, com diânetro entre 0 r!7r e o
rL49 r¡i1ínetros,pa
ra aplicação do mãtodo de in¡ersão (Larsen,
tg2L) .
O Índice de refração foi determinaclo servíndo_
-se da bateria de lÍquidos Cargille, eãrie M,
com in
tervalos de 0'002 para os varôres de Índicee
de refra
gão atã 1,700, de 0rOO5 para os valôree
entre 1,700 e
1r800 e de 0rOL para os valôree superiores a
lrB00.
para os demaía exames sob Luz
transmitida fq
ram confeccíonadas 1âminae delgadas pe10 nãtodo
manuar,
com montagem em bdleano do Canadã, eintãtico.

Secções polidas

A montagem de amo'tras para exame sob luz


re
fletida foi feita, em parte, mediante enprâgo
de baque
tt:;. p6, prensado a cârca de 422 Kg/"*2 (6 0001b/
"r
po r ) e¡n Prens a Bueh rer
, ã teurperatura de 130 a r500 c.
Na naioria dos caBoB, porãm
, foi feita montagem a ba!
xa tennperatura (25 a 400 c) com mistura das
subetân
ciae p1ãsticae políester e nonômetro de eetirenor
8€
gundo técníca divulgada por Cassedane,
J. (Lg6l) .
O polinento foi feito na politrÍz
rotativa
Graton-Vanderwilt segundo a tãcníca descrita
por
Cameron, W.N. (1961), mas devído ao fato
de os mine
rais de cobre apresentarem dificurdadee para
a obten
ção de boas secçõe8 por.idae com âete mátodo, foi dado
acabamento final dae me'ma' na polÍtriz
víbrat6ria vi
bromet, da Buehler, durante cârca de 4 hores,
ugando
como abraeívo o 6xído de magnãeio.

((t
\V\.
-2i-
Difração de Ralos X

Todo6 oa mineraie estudados tiveram a sua iden


tificaçao confirmada por difração de raios x. A tãcni
ca maiB extensamente usada foí a do p6, com filrnes foto
grãricoe em câmaras Debye-scherrer de l14r6 nm de diâng
tro ou a de 57 13 mm de diânetro eegundo Camargo, I.¡.G.R.
(1e63).
Algumas identificações foram feitas com o auxí
1io do difratô¡netro Norelco, sempre que a quantidade de
amostra disponÍve1 fôsse eufíciente.
En todos oa casos de aprícação da difração de
raios x' os dados obtidos foram cotejados com o fichã
rio AsrM (1965) para idenrificação inicial dae eubetân
cias ou para confirmação dos resurtadoe obtidoe a par
tir de outros mãtodoe.
os diagramas de põ foram utirízados, tambãm,
para o cãlculo de parâmetros dae celaa unítárias noa
caaoa necessários.
Foi usada, ainda, uma camara de grande versati
1ídade, a de Gandolfi r gu€ permite a-obtenção de díagra
mas , em fí lnee fotogrãfícos , semelhantes aos obtidos
com as câmaras de põ comung , mas utílizando-se monocris
taie de diuieneões reduzidas , de atã poucoB dãcimos de
ni 1 íne tro .
Nesta câmara o monocristar ã montado na extre
nidade de um bas tão de vidro, o quar sof re um movi¡nento
de rotação em tôrno de um eixo com posição não ortogo
nal ao caminho percorrido pero feixe primãrio dos
raios X. A âsse eíxor por Bua vez, A impriu¡Ído um moví
mento cônico, de tal forma que o monocrigtal, com âseee
movimentoe, aasune poeiçõee taís que perniten fornecer
núttiplae reflexõee ao8 raioa x, tal como Be tratagee
de p6.
A ut íLízação da cânara de Gandolfi pernitiu
_26_

obtenção de diagramaa razoãvelmente nítidos em algune


casos de mineraie aparentemente amorfos, taL como a
maioria das amostrss de crieocola e algumas de malaquí
ta desta j azida. Essa amorfização aparente havía eido
sugerida pelos diagramas de p6 anteriores, obtidoa com
as câmaras de p6 comuns, eegundo o desenho e tãcni
ca Debye-Scherrer.
Para estas últimas câmarae a amootra 6 pre
parada por trituração intenea em gral de ãgata, ac6 re
duzí-la a grãos menoreB do que 0,074 milímetros de diA
metro (que passam em peneira de 200 "meBhes").Essa tri
turação, segundo Camargo (1965) pode provocar amorfi
zação de alguns minerais , oej a porque apresentem pla
nos preferenciais eegundo os quais se dão deslizamen
tos ou sej a por uma cristalização incipiente fìci lmen-
te destrutfvel.
Usando como corpo de prova um fragmento de
crieÈa1, a trituração ã evitada e aB raias maís carac
terísticae podem aer registradas, como reaLmente o fo
ram.
Na maioria dos caaos a radiação usada foi a
do Cu Kc (1,5418 8), em regíme de 30 a 35 KV e L2 a
L7 mA. O Èempo de exposição do material aos raios X
variou entre B a 32 horas, com cârca de gOZ dos f ilmes
obtidos com exposição de 23 horas"
Alguns minerais exigiram radiações diferen-
res, de comprimento de onda maie longos que as do cobre,
devido ao fato de apresentarem aB raias dos respecti
vos diagramaB muito pr6ximas entre ei. Nesces casos
foram usadas as radiações Co Kc (Lr7g}2 8l e a do Fe Ka
(1,9373 8l aa guaie, por auaB freqtlênciae menores, dão
como resultado raias mais diatanciadas entre si e, con
eeq{lentemente¡maior poder reaolutívo aos díagramaa.

.'\, ú'
)

(r'
-27 -

Espectrografia de Raioa X

As anã1íses para dosagem de elementoB traço


foram feitas no EspecÈr6grafo philípe tipo ptÍ-1310, de
2 KW de potência, tendo sido utilizadas, como fontes
de excitação, ae radíações do tungstônio e ado nolibdâ-
nio, policronáticas, dependendo do elemento quÍmíco
pesquisado e dae difÍculdades provocadae pela presença
de outros elementos nos divereoe minerais das amoBtras
n6dias de cada um dos quatro níveie de desmonte.

Estudo Tãrnico

Para o esËudo tãrmico dos minerais gue ocor


rem na j azida foi utilizado o equipa¡nento de Anãlise
Termo-Diferencial montado por Arruda, M.R. (1968) e j'a
suficientemente experimentado em algumas centenas de
anã1ises.
Referido equipamento A inteiramente manual,
com milivoltímetro, pirônetro e variador de voltagem
construídoB ou adaptados por firmas especializadas de
São Paulo
O mí livoltÍrnetro
é do tipo de eixos com man
cais de safira e vai ligado ao circuito termo-diferen-
cial do aparelho; ã aotado de escala com cêrca de 16
cenÈÍmeÈros de extensão, dividida em 6 partes iguais
correspondenÈes a 0rl mV, cada uma das quais ã subdivi
dida em dãcimoe, ou sejar €R 0r01 mV. O zero da esca
1a ã excêntrico, estando colocado no ponto corr""Ool-
denÈe a 2/5 da es.cala. Uma chave inversora da polari
dade da corrente fornecida pelos pares termo-diferen-
ciais permite leiturae na parte maíor da escala Por
ocasião de pícos exotÉrnícoe intensos. un eistema ca
librado de resietências de amortecimento, pode ser in
eerido no circuito, quando a fôrça eletromotriz produ
zída pelos pares termodíferenciaie for euperior ì capa
-28-

cidade de registro do nilivoltÍmetro.


O pirônetro, do tipo de eixos com man
tambã¡n
caia de safira, vai ligado ao circuito determinador da
temperatura do siBtema e poseui escaLa com capacidade
de atÉ 1 2Ooo c, com eubdivisões correapondenteB a l0oc.
O variador de voltagem, do tipo "Variac"rpej_
mite saÍdas de 0 a 120 volte, com entrada de 110 volta;
possuí pocância de 1 r5 quilovates e fornece a energia
necessãria ao forno de aguecimento do eistema.
o forno ã do tipo vertical, com I ohms de re
sietência, a qual ê constituÍda por fio Kanthal A-1. de
1r6 milímetros de diâmetro, enrolado em espirae com 1
centÍmetro de diâmetro. Essas eapirae vão embutidas na
parede refratãria do forno, deixando um espaço cí1Índri
co úti1 de 7,5 centÍnetros de diâmetro.
Os minerais foram analísados em blocos porta-
*amostras conBËruÍdoe de nÍquel elet,rolltico, gendo uti
lizados termo-pares de a1ume1-crome1. Para o8 minerais
sulfetadoe foram utilizados porta-amostraB de porcelana,
sendo a amoatra diluÍda com 70 a 952 de alumina calcína
da a 1 25Oo C; êstes cuidadoe foram tomados para redu
zír ao mÍnimo o ataque dae partäe metãlícas pelos gases
contendo enxôfre.
As amostrås foram sempre Èrituradas atã menoe
de O,147 nilímetros de diâmetro (partÍcu1as que paBsam
em peneiras de 100 t'meshes tt) e compactadas moderadamen-
te no porta-amostras, oa quais foram mantidos descober
tos na maioria das anã1isee, para facilitar a eaÍda dos
gases durante o aquecimento.
A razão de aquecimento dae amostras foi seg
Pre de l0o C por minuËo, a partir da temperaÈura ambien
te e aÈé o mãximo de I LO0o C, poie o equipamento não
pod e funcionar a ternperaÈuras maie elevadas. Esse lini
È€ t entretanto, 6 o ¡nals uÈf1izado, eendo suficiente pg
la f, ornecer resultadoB para quaisquer comparações com

.& /
-29-

a maioria das anãlises disponÍveiB na literaËura.


As curvas apreBentades foram devidar¡tente coI
rigidae, não s6 pela subtração do "back-grouncl" caracEe
rístico de cada base utí1ízada para as análisee, como,
tamb6m, peLas correções da temperat.ura eùr que c.ada it
f lexão da curvå teve lugar, neceseãrias devido ä ínãr
cia caracterlstica do pirônetro inÈegra¡tte do equípamen
to.

anãlises quÍmicas

Ae anãlises químicas - po¡: via ti,,,ida, m6todos


tradicionaie - foram executades no Laboratãrio de QuÍmi
ca do Departamento de Míneral-ogia e PeLrologia do Insti
tuto de Geociências e Aetronomia da U¡riversidade de São
Paulo.
Uma sãrie de anãlisee totais foi feita com
as amostras mãdias de cada um dos quatro níveis de d"g
monte da jazída, para Be conhecer aproximadamente o
teor nãaio de cobre em cada nlvel, bem como as porcenÈa
gens dos outros 6xidos presenteB , obj etivando controlar
a presença doe minerais idenÈificados e poseÌvelmente
cle outros não detecÈadog durante o exame manual das amog
trag.
Alguns 6xidoe (Cu0, MgO, Nr2O, K2o e ItnO) f o
tram doeados por meio do Espectrômetro de Absorção Atômi
ca marca Beckman, urodê1o DBG.
Outra sõríe de anãlises foi feita com alguns
doe minerais da j azida, para verificar a concordância
com a líteratura e para a obtenção, em alguns casog, de
dadoe para a melhor caracterizaçã,o de certoB materiais
cuja identifícação eBtava apreBentando problemas.
- 30-

E¡oocqroErafLa do ab¡orcão dc rato¡ fnfrtvorn6-


thoe

Oe esPectrogramas de abaorção de raíos ig


fravermelhos de alguns doa minerais foran obtidoe em

equipamento Perkín-Elmer Mod. 457 con grade de difra


ção.
As amostraB foram trituradae atã partfculas
com diânetro inferior a O rO37 milluretroB (Paseando to
talmente pela peneira de 4OO "meBhe8") er em seguida,
misturadas e prensadas com brometo de potãseíora vãcuo.
Noe espectrogramas acham-se aesinaladoa dois
pont,os bem determinados e que correepondem aos picos do
-1
poliester! a l.6O1r4 ("t-')-r e a 1'028'0 (cm-'). 0a grã
ficoe fornecidos pelo equipamento foram reduzidoe, por
nãtodo fotogrâtico, a menoe de um quarto do seu tamanho
normal, para possibilitar sua apresentação neste traba
Lho "

GENERALIDADES

A frente de I'avra sítuada na cota de 7LO me


troB o nível zero, aberto recentemente - avançou
pouco mai s de 2 metros aL6m do dique de dí abãs io , t'endo
menos de 5 meEros de largura. Oe minerais de cobre aí
presentes são em maior parte a mal"aquita e a crisocola,
as quaie ãs vê,zes esfão envolvendo pequenas massas de
calcociCa, outras vâzes depositadas sôbre cristais de
quartzo secundário ou ainda ciment,ando fracament,e grãos
de granadas, de 6xidoe hidratados de f,erro e fragmentos
de outros minerais o formando o gue 8e convencionou cha
mar t'malaquita terrosa". Massas verde-claro de bro
chantita impregnam restos da rocha encaixante contendo
principalmenÈe granada, Ìnateriel argilogo e ainda díver
sos 6xídos hidraÈados de ferro.
O nível t' ó a frente de lavra mais antiga da
-31-

mina, onde o filão tem côrca de 30 q¡etros de esPesaura.


O desmonÈe desenvolveu-se na coEa de 7 1B meEros , forman
do patamar amplo (Fotoe 2 e 4) erB cuj a parede su1 eatão
situadas as duas aberturas da caverna. A parte que se
para as aberguras parece ser f o:rmada pelo núcleo do f i
Lão que res istiu ä inten6a oxidação e contãm princi-pal
mente borniLa, calcopirita e calcociEa, inÈercaladae de
f.imonira e outros 6xídos hidratados de ferro, grande
quantí.dade de granada e materiaL argiloso' Quart'zo e
epídoCo alEenado são os outros minerais da ganga. iç1a1.a
quita e crisocola se inÈercaLam em camadas de alguns
cent,Ímetros a decímeÈros de esPessurae mostranclo ås ca
racterÍst,icas superfícies mamelonares e reniformes, em
certos locais recobertas por pseudomalaquita. Em dirg
ção ã capa do vieiro, ã clirei.ta da aberÈura oesÈe da ca
verna, o vei.o não mais apresenta su.LfeÈos e os mínerais
mais abundanteS são a malaqui';a e cr j.socoLa em camadas;
a mBlaquita Eerro6a e 6xidos hidratados de ferro englo
bam os restos da encaixante e depois de cêrca de 3 me

Èros aÈinge-se o escarnito menos alterado, í'mpnegnado


de malaquita e crisocola, ¡\s soluções dôstes minerais,
penetrando atravËs do ¿í.aclasamento da rocha, caminham
para o cenÈro dos blocos, colorindo de verde e åzu1 as
diãclases (Foto 5 ) e inclividu aLízando cada l¡Loco "
Fara LesÈe, ä esquerda da outrê abertura da
cåverna, o minãrio aasume aBpecto nÌtidamente terroso e

com zonas eeverdeadae ou pardacentas e comPosto de mala


quiCa terrosa, zonas ricas de brochantita e 6xidos hi
draEados cle ferro em misturà com o produto da deconfosi
ção do mãrmore dolomíÈico silícatado o Parte dêsse nãr
more remaneace inaLEerado, sobressaindo-se acima da sg
perfÍcie do piso, ai.nda muiÈo coerente e branco' com e6
tr6tos ricos de caLcita e dolorníta íntercaladoe com ca
madas centímãtricae de wollastoniÈa e outros eilicatos
de cã1cio. Pequenae nasBas de borniCa e calcocita es-

tão dissen¡ínadas no nnãrnore e ãe vê,zes preenche¡¡do ti's


-32-

Foto 3 ,- Mãrrnore expo¡Èo.l! nÍvef 3. A'¡ b¡ndae escu


. .ras corresPondem 48 tonåe n¡ls ricab a¡n s11I
cato.8

Fo to 4- Bloco de melaquit'" t""iç" ,, com .lntercalaçõee


de cri gocola e cavidadee não p'f çenchiôas.
-33-

suras e díãclases.
Nesee rumo a parede do nível de desmont.r: t.er
mi.na no contaÈo com o dique de diabásío, onde nao se ve
aurão1a de alteração termaL "
No nÍvel 2 o vieiro ainda ã bastånte espâsso
e a malaquita e crisocola cor¡tinuaru sendo os minerais
mais abundantes da part,e central, maE os 6xídos hidrata
dos de f erro aument.åm a sua proporção. Aparecem co¡rì
mais f reqtlência os veios de quartzo conì epídoto, prirrr:i_
palmente na parte superior do vieiro que se sitrrfl r'¿l l)â
rede oeste da escavação. NesBa parte um bl-oeo tle mãrrno
tre ainda pode ser visÈo a neia aLtura da paredeo rodeado
por material" de consietência terrosa e orrgrnarro e
pro
vàùeImente, da a1Èeração da mesma ror:lr¿,r.. Êsse calcãrio
é remanescente do primitivo corpo i-c:nt.j.cular e acha-se
impregnado de massas de caJ.cnci-t.,.r,
1'al como lro nível 1, em direção ã tapa o vie!
ro mos tra-se de aspecLo Èerroso, com zonas ricas de bro
clrantita e malaquita. Em irat,uras do escarniËo podem
ser enconÈradas a cornetita e lil¡ecl¡e¡rita associadas ã
pseudomalaquita e malaquita. Tamb6¡n a antLerita foi en
contrada nes ta parte do nível 2. LimoniÈa compacEa, com
malaquita e crisocola em fraÈuras, formam núc1eos rodea
dos por macerial argiloso rico em 6xidos hídratados de
ferro e resLoe <ia e¡lcaixante.
No nível 3 o desmonte desenvolve-se na cota
de 735 metros e o vieiro perde um pouco da sua possança,
mas a malaquí ta e a crisocola manÈ6m e sua predoninância
sôbre o6 ouÈros minerais de cobre; regi6t,ra-se o quase
desaparecimento dos sulfetos r gue neste patamar estao
repreBentados por escaasas concentraçoes de calcocita,
apenaB nos locais oncle ôete mineral ficou protegido do
ataque dos agentes oxidantes "
A parte a oeste do vieiro mostra o escarnito
em adiantada alteração, j ã Ëerroso em certas pârtes maís
-34-

pr6xlmae da superffcle do golo, ma8 alnda nu{to lmpreg


nado de malaquita e crieocola nas fraturas e outras ca
vidades. A parEe a leste do vieiro apresenta uma faixa
terrosa provenienÈe da alteração do mármore e contendo
õxidos hidraLados de ferro em mistura com grãos e frag
mentos de granadas, d. epídoto semí' alterado ' nlâssaB in
formes de nalaquiÈa e crísocola, zonas ricas de brochan
tita e antleriÈa, outras com cornetitat libethenira e

pseudomaLaquita. A foÈo 3 mostra uma parte remanescen*


te dâsse calcãrio expostâ no níve1 3, abaixo desÈa f ai
xa alterada. Em contínuação a e88a faíxa segue-'se,r eg
carniEo muito aLterado, que ainda contãm oxidados de cSt
bre e ferro, aCã atingir o escarnito menos alterado '8em
ímpregnações de minerais de cobre, e que constítui a
pa

rede leeÈe dôsse nlvel de desmonÈe'


A' plataf orma que const j tt¡i o níveL 4 'a meis
pr6xirna da superfície do ooIo, ð tÍpica zona de lixivia
ção e s6 a nalaquita e crisocola ainda
per¡üanecem em

fraturas e cavidades, pois os suLfetos prãticamente
não existem clesde o níveL 3" Mesmo os 6xidoe hidratadoe
cle ferro f,ora¡u sendo dissolvidos e levados para outras
parte6 e o escarnito mostra'se cheio de cavidades e al
v6olos vazios, resutÈantes da dissolução dos seus cons
tituintes, sendo os fi1ões de quartzo leitoso os corpog
menos a1Ëerados que podem ser vistos "
us ta verificação das associações mineralögi
cas¡ nos cinco nÍveis de desmonÈe, permite caracterizar
¿ì,,zona de lixi.viação" consticuída pelo níve1 4 e avan
çando pelo nível 3, a "zona de oxidaçãot'
ainda presente
t'zero", bem como a
neste nf vel e evidenEe atË o nlvel
nzona de enriquecimenEo secundãrio" com um núcleo resi.S
Ëente ã oxidação' representado pelo bloco de mãrmore im
pregnado de calcocita e exisÈente no níve1 2 e parÈe no
níve1 1 , bem como pela bornita e calcoci t,a do núcleo do
vieiro o tamb6m neBses níveie. A "zona prÍmária" acha-
-se representacla eln todo6 o8 níveis peloa filões de

l(
-35 -

Foto 5L NÍve1 1 -ParedP oeéte -tlscarnito. diàclaaa


'so1î
, do mosÈrando gineis da percrilação de
çoe,E cuprÍferae a partir dan diãclaset'.

Foto 6 - Gorucubito bandeqdo.


-3 6-

quaruEo com cpIOoeo, rnat no6 nfvo{a 2, I a o'tcrotr apor!


cc, ainda, a parÈe central. do vieiro que ainda co¡rtËm
calcopirita"
A arûostragem sisteruãtica que foi feita nog
níveis 1 a 4 serviu para os estudoe mineral69icos siete
r¡rãticos da jazida e Para uma sãrie de anã1ieee quíuricase
das quaís são dados abaíxo al'gune reBuLtadoa:

Õxr nos IIORCENTAGENS


NÍve I 1 Nível 2 NÍvei. 3 Ní'¡¿¡l 4

-;'r$;52 '!,L 13,52 . 5oo0


CuO r27
s ioz 38,90 41066 38r51r 52 r23
., FerO, 1.0,95 L9 , /¡3 LL ,62 13 , 1.5

a,1203 I ,28 L/r,9I L6,gg 9,36


lln O 0,65 o ,2'3 0r53 o ,53

Tí Oz 0r21 A ;r
v ..-, or36 0,43
Ca O 4 ,61 _1 n:;l 4 r44 2 r19
I'lg O o ,62 c o 042 or84
"2-0
Kzo o'/rl 001.6 0,24 1r04
NtZ O i 046 0 r32 2 e0tr l' ,94
..; 0. .0,95 0 009 0r03 0,02
14

Pz o5 2 oZI+ ì* 9 lq
-¿ .¡. r06 oo61

Foi feita, Eambãm, a dosagem dos eleruentos-


-.Èraço mais imporüa¡rtes na jazida, por meio de anã1íses
especcrogrãficas rie raios X;
EM PARTES POR MILIIÃO
IiT,EMENTOS
NíveI L NÍvei 2 Nível 3 Nível 4

Ni 70 40 55 65
Zn I90 100 140 195
Se B 10 5 2
Rb 1( 20 30 55
Sr 70 50 BO B5
Y 31 22 50 70
Zr 22 22 43 1,0 0
Nb 10 L0 9 14
sb 400 50 50 50
ta 490 50 250 460
Ce 45 L0 90 140
Pb 160 40 20 25
-37 -

vlrtucle da f alta de anoBtraB..padräo ade


iÌn¡
,¿¡das, r,ão pocle ser.' f ei.Èa a closagem do Au e da ttg exis
r:¡rt€6 na jazicia" I'oí possÍvei. gabere apenasr que a
rirsnt.idade rel-ativa de prata, nos níveíe de clesnonte 1
' 4r obedece ã eeguínte proporçãoe trespecgivamente;
: 0rB : 005 : 012"

MI,NERAIS TiIPõGDNOS

CaLcopi-rí. ca

A calcopiri.ta (Ctr Fe SZ) em Sarria ltJ.andi¡ra


xiste em razoãve1 quanÈidade no ¡rúcl.e.o rlr¡ víeiroo ní
ei I- (FoÈo 2), eonstitui¡rda menoa c_ie I0Z do corpo cen
i.al,
que tan,L¡6m estã exposlo ïì,:) rriv,rl. 2" E¡u a t guns

'¡eios de quart.zo hidroterrna.i prirl ,::ur ser encontradas pe


¡Uenas mas6aa rle caic()I.,- r' | ì :l f r etjcrvada da alteração,
'r.¡nr como nos af loramentos <ic mãrmore exisL,enËe na jazí
l;r. BarboBa, I{.^. (1960), exarninando t.estemunhos de
r,rrrdagem de diversas prof unciídades, encontrou celcopi
i ia em qr¡ascr t:ôdas ;ìs âmosÈras" Dc aspecto sempre ma

,::"; " ;;;,";'.:;:":;:;":.;":":::;::;.1",,1';:;:'j':


l)re6entando'-se sernl)re fraturada e transformandct-se en
;ricocitarneocl .igenitia (?) e borniia, com a parte cen
r'¿rl das fi:atr¡i:ar; preenchid{i por goethi.ta ou trepidocro
i t:a, por m*1.t1 t¡il-a e at6 cupri.ca; corn f reqüôncia en
l-ol;a cristais ¡je granada (FoÈo 9)"
P r op r i c <l a ci e s .r! ísí cas

rti': amareLo Latão


'r í.i.ho ¡netã1íco, intenso
f. ¿rrìsparencl-a opaca
r. ¿1ço prôto esverd eado
Irrr':eza menor que 4
.â¡o eBpecífíco relativo 4 ,25
, iìr:, sob luz refLetida amarelo cLaro
, ,rf I-etividade íntensa
'rri r;otropía perceptível
-3 8-

Foco -,llo.rnita no quûrtzo h i.clrocern¿tl, euHstituln


dr: cåIco¡ri.rira (ìi d irci.ra). calcocita.a,rb-e
titu'indo br:¡nita ¿r p¡rrf-ir rle fiâturaB. ttlÍ-
¡nr:ni ta indígena,' rrt) erli\l-v'(r riar,¡ ff¿ftU¡.á!
Âne6tra eerui-poi itia ,,6?. o

FoÈo B- Calcopírlta nrrbstirulda por cal coci ta e


p;rr-tir de fraturas. i,imi¡ni ta no interior
dae fraturaF.
Secção polida-rric,rÍs parale loa - 480 x
-3 9-

FoSo 9,'- Calcopír.i ta lnvadicta pela bo.rníta (oxfdada,


'ed azul). Caleocíta (branca) eubetltuin'do
a bo.rni ta e a calcopirÍ're a pqrtÍr de'fra
tures cot[ lirnonitq, 'Criecal de granad¿ 'ã
díreita. Secção polfda - NÍcois pareleloe
- 100 fi.

Foco 10 - cal"opirite subsritulda por ¡órnlt¡ (rôea


da). Calcocíte (cínza clàro) pubsÈltutndã
bor¡lta e calcopirita a partir de fråtu-
reo coF limoúíta. Secção polida ¿ Nfcol¡
para,leloo L9Z x¡
-4 0-

, uperfície roo*l::::; :::; ::":;.Ï:"r::'::i:::,:'Ï::.:


r:ente. O pêso específico rel.aËivo foi determinaclo
"ot
¿r Lralança de l.lesEphal.-Mohr. Nos testee parå det,ermina
ção da dureza alguns pontos ofereceram resístância ligeí
r:a.nrente maior. talvcz; rievido ã presença de pirita,
Nos exonìes cie secções polidae sob luz refle
t"i<ia não f oran¡ ol¡servaclas iamelas de geminação, mas eão
l.,eru visÍveis as fraturas i.¡rvadiclas pela calcocir:a e neo
tligeniÈa (?) (ltot,os B, 9 e i0), cujas partes cr:irtrais
r,ão ocupadas por goetl¡ita, l,epiclocrocíÈa ou iiuroniÈa.Tam
biim a bornitå aprese¡ìta-se ir¡vaclindo a ca.!.copi.r:ica atra-
,rËs de frat,uras.
O diagrama de p6 oirLirio (:onl difração de
r:aio5 x, comparado corn oB dacit-¡rj c.oìlrJtBntes da Ficha ASTM
rtQ 9-423 (Tabela 1)o rnostrr¡rr iirras raias anônai.as, aB
,luais f ora¡n aÈribuÍdas i prcserrça de ouro, sendo poseÍ-
vr:1. que ôsse mei:frL esÈejrr r:oncentrado en alguns ponCoB
,lo ¡nineral hos¿>ctleiro.
Os pl.cos acrrsaclos p.'t.a calcopirita durante
.A¡rã1ise '.l.erruo-Dif erencial, seguncio diveraoa Autôres rocor
'í enr de acôrdo cûm a t-abel a ¿lbaixo;

Autores I'icos er¡cloÈ,ãrmicog Picos exot6rmicos


(graus Celsiue) (graus Celsiua)
,t
lir;¡¡p, O.C. eL he't-', I

[,"F. (1957) 750 - 790 450


r,cvy, C. (1958) 760 450 625
¡i;¡bati.er, G. (1956) 800 400 zóo
t{aurelo C. (1964) 700 530 600

,, iversos ."..11:';:::î:":"":.,1:::"r::";::::':t: "':::.:"


Írrì¡nperatura em que oB mesmoB eão regietredos. Mas Kopp
r-[-. Kerr diluiram o Bu].feto na proporção de L:15, com
írrerte, usando raxa de aquecimerrËo de L2r5oC por minuto.
- 4r:

i'Â B Iì ¡,/i

JIAGRÀTI/TS DI,', Pö I)E (IAI,COPIRITA


'iiuntb()t l.flrrr'i .0uro
l)¿¡ut¿ì Blandina Iin¡; t arrrl
,,

,purificado
'¡ (R) L/To D
irki" d (8) TIT.
o
3 o0/i 10 .) , ()11 i,l.: t 1.2

?. r6i 0r5 /' e0 -; i)20-00¿o


2" ,3 ?. 0'B 2,355 100
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i. ,,(¡ i /+ l. , . i) I ll :' (l I 't ,). I,0196 6
i.;t¡;; ir) i ìir
. . .. I . tù
0,9358 23
o,9r20 22
0,8325 ,5

(iu Itu - 23 hor¡ls


l(i riV - 77 m/\ )¡icha ASTM n9 9-423
I¡iJnc n? L 670 Ir i eha ASTM nq 4-784
r...ìrr¡ p): a Debye-S clrer r ci: i I /¡ . {¡ rrrt'(/
-42-
'"r'y rrnrpregou taxa <lc rqucci¡rrcrrf:o de 5ooc por minuÈorsa
lr;¡t:ier usou nristrrr:¿¡,ll i¡rcrte r srrlfeto na proporção de
ir/- dôste e aqueceu a Íìmostra rra razão de Boc por rninuto
finalrnenÈe, ìlaul'cl nrisÈurou 6r" cle sulfeEo ao irrerte
o !rsou a taxa de a(lurìci.nrento cie i2Üc por nrinuÈo, Ilsgas
ìi.íerenças de co¡rdiçõ,:s são r(ìrr)o¡lsãveie pelas discre-
t,'ii,cias acusadas.
Nes te r Ì';ri.¡;¡ iir(' r¡so.*se a Èaxa cle åquecimen
r:() tle L0Ûc por minuto '.q'r: ä a ¡rais usacla e recor0enda-
ri
'ì atualmente- e dilui çrio rl . 2.o7. de sulieto no rnateri-,
;ri inert.e (alumirra cal"ci.arla) (ì()r uÈi1izaçã<l de su[re¡'¡g
.','r:ânico ao invõs do bioco clc rriquel.
Forant f citas a'ãl ises cla calcoi;iri.r,a tlt: Ca
,.,,,,¡uã e de uas arnos f r¿ìs de s¿rirüa ßlandiira (tti.gura 4)
<1

' r'.i o$ resultados sño j¿:esunriclor; rbaíxo;


I'r-oçedôncí.a Pi cos ciìrlol,i,'r:ri ::os Iticos exotãrmicos
(gr:.-rus .,,, t r:i.ris) (grs,us Celcius)
I Carnaquã 2.90-71 ) t, tii¡) 400 - 540 - 670
?'Santa Illandina ii-ir) i4Ú--9g0 480
.l- Sarrta Bla¡rui¡ra :¿90-7 t,(t 7 i,(t ggO 510
O pir:.' i-!r¡(ir)i,i:r.rni.r:o obticlo a 290oC nas cul
.ì;: i e 3 e o <lcr i;l0r)C r;r {-iìi.1-.;r 2 rlevem scr atribuí--
lrì': is irnpurez¿ls tl;r ;rrn.$l-t;.t, . r). s;ituados enÈre 710 e
"r'l)oc são corÌe6p(),ldr:rìLcs iì ,i,,rrr)nposição dos suLfaÈos
:;u{ì sc fornrarant 1)()l-:.rxi,tl;tç..i ,, tfn.; strlfetog entre 400 e
o
,rrl-(; (exotõrmjeos).. fì¡;ser; ní ,.,r <lc: {ecomposição dos
'r ll.¿rLoo enr - ,;i.'r cÍrl.,ií:i.(Ì¡ ïsti.cos de minerais su1
^"'l'.1)"
i , l ;ltl os e sulf ¿rEa(.1 ¡)ri, r;cnrl o irrr¡rort¿tnÈes para sua distin
,.:.'l() cie out.ros millr':. ;¡ ; r;,
Os pc(lu{ìno.s pj.cc,s cndotérmicos a 980 e990o
:) ::'Ác¡ clevid<is ä ¿cc()rni)osição tirr carbonBto6, coûro inrpure
r.¡ì rlas anrostras"
As scguinÈe6 rel;rçircs paragenóticas foram
' ,rt if icadas:
-¿¡ c¿rlcopirita ocupa poeição central no nú
t' l,,o do vieiro (f oto Z) , na irar:f;e que Be jrilga Ber rema
i,r:r;ce¡rte da nr irreraliz,rção prinãria.

,ffi
'43-
-acha--Íì r: (:onser.v¿l(l ¿l em grãos ou pequenag
:tì;r,rB[ìg no márnrore at.l.r:r,rnte r¡¿À a¡:ea cla
MÍna.
-exisi:en tambãm, eùi pequenaB maBgag íncIu_
rì 'rri r'ru veios de origeur hic[ ro t-err.al, com quarÈzo e epÍdo
i.o, äsLe em prísmas.
-f oi encorrÈr.a<ia i)or tl ¿rbosa, R.A. (f gO0)
ren
ror:ltas não alteraclas o a Írt.o j r,rrrd irl ¿rrl es Buperiores
a 60
rrtcLro$ (amostras nQ 6\i/+ t, i¡/t,) t¿rmbËm em
c f endae corn o
qrrarrzo e o epicloto (anros {.,.a nÇ 6h6) sempre
, associada
iì nii:i.Èa idiom6rfic¡r t¡ aigrnnn:r .i./cz.es a borníta"
-ern seçõer; porirlas ¡rostra-se sendo substi-
Í:r'ri-clâ por boririÈa (.fol-os g e r.0), por:
neodigenita (?)
(Loto S) e por ca.i c.ocita (tìo.f;or; i)
e l0).
-contijnr inrpuri:r:,is o(: i)uro, taive¿ em forma
rlr: i.rrclusões (.t,abeLa 1).
Tais relações par¿rflciriit. i,,;is parccem condu_
z-ir ¡i conclusão tle que û c;ti co¡r ir i r ¡ ii ¡lineral
primãrio
tta Àlina Santa Illandin;t, tr:tr,í ,.,lira;ijss hidrotermais
tltlp,siCado guarCzo e c'î,iot.rl ;i (:;ì.!-r:'pirita,
esta em ¡naio
ï{)s proporções do qu(ì rri.r i l:;r o l,orni.ta.

tipitlor:c,

Urn iiartr- ¿i ìì;.arrtj j n¿: r, ,r1.,ídoLo, cuj a


f 6rmula
,1rrìrrri.r:;r ó lt ,"2 (Àì."l;,,¡,. lì,;.¡iil
l, ^,,,,r,ro
¡r'.c ser enconErado
ll lrirì'lttr.rr ponto rl ¿t lf i,r,;
, il,:t:, r;l ,,,, nrineralizacla co
llì(t !);ls l:oCltas cltrÌ;ìi,.rl',.,., Irrðx.i'r,.trt, pfinCipal¡nenÈe
nO
r'rìí'.'¡t'lr.í.to. Ge¡.;rt¡rrcrrt.r, ,tri$()ci..r,rr.r ¿ìo qrrafÈZO
hidfOtefmal,
{r})r'llseuta-se conl a í.rnl¿l pr-'i,smãlica i-onga (f
oto r.r) rcour
rxrrrìrr) [ares desrr e f r:a,;õer¡ rle nri ].írnr:
Iro atã mais de um
c:t-rrii.rnert¡:o de rl iâmet.;-r.r" o hiîbit.r., rnais
comum, entretånco
* r\ ¡'.r','rnuiar, cu ¡nar;f;;'¡.$ f l'iãv..l'.r; r¡ trando na
rocha altera
cl :r ' ¡\¡;s<-rcia-se, Lanrbõur,
ã lror.'.it-a. ã carcopirita, ã gra
t¡¿r(l¡l c ¿l diver6oa nri¡rr.rrnis srrpórgc¡ìoB.
I'r:o¡rriedades f Ís ic¿rg
,ô'' Vrrrric cl.aro (verde pist,a-
r:lro)
b¡:i l.lro vítl'eo

fl,(l
-44-
llÂB E tr',

DIAGTì/\MAS DE {'ö ÐI: I'PfDOTO


Íianta Blandina li:¡ç¡ l eyvi lle , Connecticut

d (8) T./T
o
,' (}() TIT. k1 o
Í1,02 0'5 i ,') 8 5 100-1ol
7 ,48 005
| ,0:¿ 3 NI
5,01 4 40 101-10ã
",018
4 r62 L t .,$ ?-I <1. 1 1Ï-ooz
4 o33 oo5
3 199 5 ¿+0 200-2oz
3 o7B 1 <1 111
3 ,50 4 40 2Lî.
3 040 1 7 102-105
3 e22 1 l5 2Lr.-20L
3 e 03 oo5 <1 003
2 r9O !.0 100 30,
2 ,83 tt 5 0'., 2LL-020
'/.
r69 l+
60 0 13-300
7' ,60 .4.. 55 311,
)" r53 J 10 L03-202
',:.
,45 I 7 121-310
'/.
,4t I
70 zr¡--¡r5
i¿ ,3O 3 tc 22î.-30L
?' 005
'2L
7.rL7 3 oÏ-¿05
"i61 25 ¿
?' ,Itr" 3 ,J l1 40 225-22L
2 ro7 I "065 tl qtl-zoB
2 ,O4 oo5 ,0 43 <l 203
2 roL or5 ,l
,0 20 I 4 o¡-4 oo
/- ,003 1 105
I
,914 <1 410
1,876 J
,869 60 3L2-4Lî
-45-
r,AtsELA 2 (continuação)

DIAGRAMAS DB PÕ DE EP fDOTO

Santa Blandina llaw i,eyvi 11 e, Connect í cut


d t8¡ T/T.
o d c8¡ r.lro hkr.
1."779 0r5 Lr773 L
'r
,7 42 I
I ,705 I
1,697 0r5 1r697 I
L,67 2 0'5 L,669 I
1 ,63 6 6 1,635 65
L r622 1t
1,590 11
trr597 I .t ,57 4 13
I ,54 3 I r , 53 9 t7
1r 50 g 0'5
1,459 I 1,458 15
L,436 0r5 10435 7
1,410 I r r4o4 30
1,39/e L it ,3 Bg 25
1,369 0'5
r r297 0'5
L ,27 0 0'5
't
1260 0r5

Cu Ka 23 horas
30 KV L7 nA
Filme n9 L 654 Ficha ASTM n9 9-438
Cânara Debye-scherrer 1t4r6 rn¡nØ
-46-
transparência semi-Èraneparente
Ëraço branco
cl ivagem perfeita, segundo 1001)
durâz a maior do que 6
--. ico relativo
pêso especlf 3,38
carãter axial e sinal 6p tico biaxiaL (-)
índícee de refração"' c L 17L6
ß 1,719
f L,722
p leocroÍemo forÈe
O diagrama de p6 obtido com difração de ra-
ios X, acusou reaultados Bemelhantes aoa da Ficha ASTM
n9 9-438, de amostra procedente de Hawleiville, Connec-
ticut , B. U.A. (Tabela 2J .
A sua aBaocíação ao quartzo hidrotermalrcom
o epÍdoto em prismas ídiom6rficos caõÈicamente dispoB--
tos, parece moet,rar sua origern primãria a partir dae 8o
1uções mineral.izantes. Em certos casos, porãm, não fi
ca excluÍda a origem metam6rf Íca para pequenos grãoe no
eecarnito e no gorutubito, onde não esÈava evidente a
ação hidrotermal dae eol.uções aÈravãe de fraturas neB-
gaB rochag.

Pirita

A pirita (Fe SZ) em Santa Blandina ocorre -


em qusntidadee ¡nuito pequenas, sendo raramente visível
entre os sulfetos, devido ã confusão da Bua côr (amare-
1o latão claro) con a da calcopirita. Em eecções poli--
dae pode ser encontrada raramente, eendo identificável
por 8ua côr amarelo clara e por 8ua forma cúbica idîo--
m6rfica.
Foi identif icada por Barbosa, R.A. (1960) e¡¡
divereae lâ¡¡inas feitae com amoscras de teBtemunhos de
aondagem de diverBas profundidades, senpre em pequenag
quantidadee e em criaÈais cúbicoe idion6rficos.
Embora neste trabalho não tenha eido feito
i¡enhun estudo particular dêete mlneral, a não ser o sdu
-47 |
¡ {ìconhecimento ao microsc6pio, em secções polidaa, parg
i:'e que exiete cont,emporaneidade com a calcopirita, com
rì qrrartzo e com o epÍdoto, com os quaie acha-se Bempre
acsociada (Barbosa, R"A. (i960); amostras nQ 644 e 646
dn eÉcsrnito, € 645, 652 e 653 de uãrmore).

QuarÈ zo

O quartzo (Si ,2) ã um dos mais d ifundidos


"
irrinerais de SanEa BI-andina, ¡¡endo importanÈe conat,icuin
;: de algumas das rochas e clas zonas mineralizadas,
Pode aer encontraclo principalmente com hãbi
to maciço, em fi1ões hiclrote¡:mais (cortando o gorutubi-
r r) e o escarnito), com f rações rìe milímef ro åtã algumas
rìr:zenas de centlmet,ros <le possalìça! ¿rsrìc¡ciado ao epído-
{o, malaquíta, crisocola e öxi.clcr¡ ìljtl i.'atados de ferro.
t'lt¡ interior do vieiro prirre-i'r rJ. ,'r)tl e .Ber encontrado em
¡icôdos de nilÍmetros a cent.i'rnetl,'os cie diâmerro,em cris-
tni.s prismãÈicos ¡uícrosc6picor aEÉ centimãtricos rf orman
il , agregados sul-¡-parale i.o.,j orl r:a6tícos, de evidente ori

r'.(Ìm secundãria (f oto s '1.2 e 19).


Sendo rnuiÈo resiscente ao intemperismo, Ë

;'ons tituinte comum de todos os tif: lora¡nenÈos do vieiro ã


rìuperfície, âssociado ã malaqr-r.iLa, crisocola, goethita
')ìr lirnonita e algumås vezes c('!rìtendo pequenBs massas (a
j,,r'LrpamenÈos cle cristais ?,\ do bornit.a ou calcopirita -
''ìnservadas no seu irrteri.or.- (f oÈo 7), rnuitas vâ_zes f ra-
i urado e co¡¡ì aa aberEuras p¡:t:enchidas por malaquita rcri
::.rçsf ¿ e 6xidos hidratados cle f erro (f otos 11 e 2L).
Parece muito provãvel a origem hidrotermal
'ios filões de quartzo tie SanÈa lllandina, bem como das
"ônulas que preenchem fraturas das rochas encaixantes e
,l¡rs outrae'maia pr6ximas do viej.ro.
A mineralização si licatada t,eria Be intenei
íi.cado a partir de uma f ase intermediãria, eendo gue o
,'pídoco seria ainda mais tardio, poie s6 aparece nas
Ir{rrt,es centraie dos filões.

,l,u
-4 8-

Foto' 1i qpÍdoto prlamÁïlco no quert,¿o hldroterm.¡l .


FoËo co¡¡ lupa fotocrãf ica L f0 l(¡ :

Foro 12 - Agregado.aubparalclo de prl¡¡¡es de .qurrtuo


secundario, monoterminado¡. .prí¡oa¡ . nor
traudo curvatura.
_49-

Soluções descendentes seriam as responsãve-


i s pela minerali zaçÁ'o secundãria de quartzo na8 abertu-
ras do vieiro remanescentes da primeira faee e naquelaa
resultantes da diesolução de minerais dae encaixantes '
¡em como na8 fraturas provenienLes de atividades tectô-
¡ricas. Taie atívidades não teriam aido interromPidas an
res dessa f ase mineralízaclora escendente, Pois crísta-
<1

is <le quartzo secundãrio (f oÈo'1.2) most,raú priamas cur-


v sdos .

MINERAIS SUPÉNCEHOS

AntLerita

A antleri-tao CuSOr'2 Cu(oll)r' foi enconÈra-


rla na lfina Santa Blandina nos níveis 1! 2 e 3t na parte
leste das paredes de desmortte, isro ã, para o lado da
lapa do vieiro"
Nas ocorrâncias verif icadas o mineral creg
ceu em fraÈuras do escarnifo alEerado, destacando-se pg
la sua côr verde-clara azul-acla (f oto 13) sôbre a super-
fície recoberta de 6xidos hi<lraÈados de ferro ' Forma

agregado pulverulento de minúsculos cristais prismãti--


cos, em cerËas partes mostrando superfÍcie botrioidal'
A16m de ocorrer isoLada, foi enconÈrada Èambãm nistura-
daconbrochant,itaremmBssãsdeaspecEoterrosorconfen
clo outros mi¡rerais secundãrios e fragmenEos da rocha
a1

terada"

cor rrerde-clarar azulada


1¡ri1ho vítreo
Èra¡¡aParencla t ransParente
clivagem perfeita, segundo (ofo¡
carãter axial e sinaL 6ptico biaxial (+)
indices de refração or L
"726
g 1,738
y 11789

1t eo cro í emo bem vieÍveL


-50-.
TABELA 3

ùracneuns DE Põ DE ANTLERITA
Santa B!,andina Amostra Sintãtica
d (8) \.1-o
T (¡ (l) 'llro hkL
6, B1 I 6rB0 11 ¡. 10
6 ro2 2 6 rol. 26 020
5 ,40 2 5 ,4O 23 0l x.

4 ,8-l n0 4,86 100 L20


4 ,53 or5 4 9 111
"52
4 rL4 0'5 4 rL3 B 200
3 ,8C' I 3 r79 16 L2L
3 ,61 I 3,60 77 130
3,4L ?, r40 3t 20L-220
'J
3r35 t 134 9 031
3 ,09 2 .i ,l)9 L6 131
2 199 3 3,00 LB. 040
2 ,7'l i. 21762 L2 LL2
2 1698 9 o22
2 168 I 2,683 77 310
2 ,57 I 2,566 85 L22
2 r50 3 2,5O3 26 320
2 1439 6 202
2 r42 I 2,43O 13 240
2 r398 4 2L2
2-,3L5 'i7 L32
2 r3L t

2 1307 4 150
2,26 I 2 r259 13 222
2 rL3 7 2 rLgL 69 o42
2,083 6 232
2 rO6 L 2 ,065 18 400
2 ro3 I 2 r034 20 4r0
2 ,00 or5 2,0o4 4 3L2
1r951 2 420
L rg44 2 L,946 I 160
'1
19 27 7 411
-51-
fABELÁ, 3 (contínuação)

DIAGRAMAS DE Põ DE ANTLERITA
,SanÈa Bl.andina Amoat,ra Sint6tica
d (8) TIT o d irl TITo hk
I,898 0'5 1 o gg3 3 242
I , 83 7 L L,835 L2 430-151
1r 81.7 I I,B14 15 331
1,901 2 260
1,758 I 133
1,713 0'5 1,711 6 252
Lr6B9 2 1,6B7 9 4r2
L,667 J o62
1,639 2 1,634 16 162-510
r,620 o'5 ! ,617 6 360
i.,:tgg 2 520
1,569 I 1,566 13 450-27 L
.1. ,55 2 L I o55L L5 3 s2-243
1 1(
L DJC LJ tî 530
1,518 1
1.,511 L2 004
1r502 t L,500 9 080
1,486 t t o4uL 2L 442
L r467 2
ii"460 005 1,455 2

i,438 9

i "426 x.

1,393 005 1,390 l+

r,365 I
Lr362 0'5 1,360 3

i,319 L ir3l6 7

I,281 I
1,27 g 0'5 L,277 3

1,10B L

Cu Kc 23 horae
30 KV 15 mA F i. chas ASTM nQ 7 4O7 e
I,'í lne nQ l61I 7 408
Câmara Deby e- S ch er r er 11406 mmØ
- 52-

O mineral foi identificado inicialment,e pg


I'o diagrau¡a de pö em aâmara de LL4,6 miLímetros de díâ
metro, cujos resultados foram comparados com oa da Fi-
cira n9 7-407-ASTM (Tabela 3), obtidoe a partir de amoB
tra sint6tíca.
.Apesar da pequena quantidade de material
obÈido, foi feita a Anãlise Termo-DiferenciaL do mine-
ra1 (F'i.gura 5), com diruição dn 5oz de arumina; a cur-
va obtída mostra dois picos endotãrmicos inÈensos a
480 e a 800oc, um fraco a 650oc e um exotãrmíco, inten
8o, a 94ooC"
O pico de 4BOoC deve ser o do rompimento
da estrutura com & perda de ãgua de cristai.i zaçãoc 8o
pa6so que o de 650.,c corresponde ao ponco de decomposi
ção do sulfato, sendo o de B00oc o da iormação de cuO
e curo e o de 94ooc corresponcleria ao da fusão do mate
rial' A antlerita É ticra .onro cie origem secundãria ,
formada na zona de oxidação dos fi lões cuprÍferos a
partir da decomposição clos sulfetos. Eeeas condíções
são as observadas e¡n SanEa Blandina.
Ressalte-se, neBte ponto, a observação de
trrandke (1925) de que os surfaEos tem maior possibilida
de;'de desenvolvimento quanclo oa sulfetos primãrioe fg
ram formados em temperaturas maie altae, devido à ma-
ion eolubil.idade dôsres ú1rímos.

Azurit.a

A azuriËa, 2CuCOr.Cu(OH)r, é extremamente


¡:ara em sanÈa BLandina ne8 tA faSe de desmonte, tendo
s ido encontrada apenaB uma a¡nos Ëra j untamente com o'mi
nõrio extraÍdo, não tenrlo sido possíve1 localizar ,"f
ponto de ocorrância. Associada a pequenas quantidadee
<le malaquita, apreBenta trãUito uraciço (f oto 14) .
?ropriedades físicas
cotr azu 1-ce les te , intenso
brilho vítreo
-53-
TABEL¡. 4

bracRauas DE P6 ÐE AZURTTA

'Santa Bl.andína National.


'CataLog Museum-USÂ
R-8545
d (8) TIT
'o cl (8) tl\o h k

5,15 7 5,15 55 002


5 ,08 30 011
tt,99 11 100
4 r7L 005
l+ 0r5
'26
4 ,o4 005
3 , B6 J oL2
3,80 1 110
3r68 5 3 o67lt 50 Loz
3,52 n0 i) L00 L02
3,33 t
3,09 t. 3 , i 07 L1 Ire
2 1964 J 013
2,920 9 020
?-,82 o'5
?. r8L L 2 !, I i.1. 7 02L
2 0'5
"67
2 r6O 005 2,590 L1 Ir¡
2 1540 25 o22
:¿ 152 L 2 r523 20 120
2r510 35 r. 13

2,503 30 200
2 0'5
'l¡5
?. ,33 1l
I 2 r336 1.7 îoq
2,28 2 2,299 l3 2LO
2 Þ287 35 1.zz
2 ,265 25 7tt
2,22 005 2
"224 70 21L
-54-

TABELA 4 (conÈinuação)
ÐIAGR,AI'ÍAS Dts P6 ÐE AZURITA
NaEionaL Museum-USA
Santa Dlar¡dina Catalog R-8545
d tR¡ v.lLa *r (8) t/ro hk ¡'

2,L7 ûr5 2r 1ó8 iE


&J îr¿
?, L0/+ '! 114
2 r'l,'2 0'5
2 sO6 o r5 2rO5Ì 3 lzt
2 ,01. 0r5 2r015 3 r2i
i. ,g 49 i i.,948 20 1.ts
1r904 0r5 1r900 7 220
L,873 û05 I , 87 9 5 lzt -ztg
L , 85 B
I
J 22L
-zot,
1,828 2 i, {ì36 7

Lo794 1 .ì_.791 9 115

L,766 005 11786 9 r24


'i 2L 006-I32
,7
1,695 0 o5 1.,696 3 033
l. r66B
1
L 300
L,646 0r5 1e6'ì1. 3 016

1 ,59 5 2 l ,;95 l5 133-31 1

i.r570 l! r. o568 5 î,ts-toz


L't+77 j
"1,
,657 n5
[,433 t

Cu Ko I'5 i¡orae
30 KV - l5 rn¡l

Filne nQ I 600 Ficha ASTM nQ 1.1-13ó


Câmara Debye-scherrer L14 ,6 mmø

/fr
-55-

Iröto l3 it¡1 r
r';r rii( r,¡ i,'l ilc¡ -i !;t;ri¡ dg
nrt L .,,, ¡ì.r 'r;ril,r. Can
ro, í L; ..r. ¡,i,7"í ' it{}tti gtpgã
t o l;,, ¡ J!,¡i ..Í.j¡ltäticã
.. ? r)

Foto L4 Aii;'1. !)
' 11 ftf¡ocleda
lll J]
j
r 1,{'e,¡'rãficà -

ilr
åååååå
RsBãã

80Ã N ITA
(ttapEvA)
FIGURA 6

cnÁncos DE A.T. D.

rlt
//u
-57 -
â+llEpafenCl,A eemi-ÈranBparente
r.'Lço azul-claro
I i vagem i.mperf ei ga
llrezA menor do que 4
rìräter axíal e sinal 6ptico biaxial (+)
,rtl ices de ref,ração o 1,730
ß L r75g
Y lo83g
-
(:ocro¡.8mo visíve1

Sua idenEificação foi confirmada com o dia


i;rüla de pó, comparado6 os seus reBultados com os da Fi
Ir¡r ASTI'1 nQ 11-682 (tabela 4).

ouÈro exame pode ser feíto com a amos


Nenhum
i r'¿ì, devido ã insuficiância dr: r',1teriai. A azurita 'e,
t¡ttretantoo mineral de origerrr srrcund¿iria, provenience da
:,r;ão de ãguas bicarbonaÈa<las sôbre minerais sulfetados
i': cobre ou de soluções cupriferaa sôbre ninerais carbo
'.t l- ados .

tsarita

A bari. ta, Ë um mineral. pouco encontrado em


ruLa Blandina, ¡nas existe ern aigumas cavidades, crescen
,, sôbre a malaqui ta f ibrosa. lixibe trãuito p1.ac6ide, em
': r,rcas hexagonais t,ransparentes, colocadas perpendicular
"'r)te ä superfícic de implantação (FoÈo 15). Aasocia-se
.r,rì-,ã¡n ã pseudonral,aquita, LibeÈeniÈa e 6xidos hidratados
,' f erro "
A idencificação foi confirmada por diagrama
', p6, difração de raios x (tabera 5), cujoe resurÈados
''ìr.'Am comparados com os da Ficha ¿1,srM ng 5-44g, ôstee ob
'ri os a partir de amostra procedent,e de Malinckrodt.

Ì'ropriedades físicas
incolor
ilho vrtreo
,üü
-58-
TABELA
I

DTAGRAMAS DE Pö DE BARITA

Santa Bl.andina Mal íngkrod È

ir (8) Í/L o
,i (8) T.l ro l¡k
rt
,42 0r5 6 044 1.7 200
4,34 2 4,3t+ 36 011
'l ,92 5 3r90 57 111
3,80 1
]L 3,77 L2 20L
-ì,59 J 3r576 31 002
3 r45 10 3 . 100 ¿L0
"1t42
3 ,32 v 3 ,3L7 67 LO?.

3 o 10 9 3,101 91 2LL
2 rB4 5 2,83h 53 LT2
')" l.\ 4 16 301
""/
2 r73 )I ') )2i, 147 020
'¿ 2L2
r4Bl 14
2r4Ì 1. 2 r444 2 311
)-,32 " 2 1322 L5 220
2,303 6 r03
2. r28r 7 302
'l. 2 ,2Og 27 22L
r2L .)

?. rL2 B 2 rLzO 80 113


;¿, !.0 ,! 2,L04 76 3L2
7 ,os '4
2 r056 23 410
! r947 <l 222
t,93tr l" 1r930 7 32L
1,857 2 1,857 L6 303
1,797 0r5 L17B7 3 004
L,760 9 031
L,757 1 Lr754 9 313
Lr726 5 1.3 1

tr" ,7 26 0r5 tr. ,7 23 6 50r


-59-
TABELA 5 (continuação)
DIAGRAMAS DE PÕ DE BARITA

Santa Blandína MalingkrodË


d t8l rlr
'o .¡ (l) Íllo h k I

1,681 7 230
't
,67 tr L r,673 L4 42L
L 1669 1.0 r 14
I ,64 tr T 1,636 B 231
t",593 I 't3 2

10592 L l.,590 7 502


1,534 L8 323
t1 512
L r529 2 L Àf
"526
L r4g7 0r5 ! rl¡95 3 024
L,474 tI ).,47 4 ¡.0 L24
L r457 3 52L
L,423 ¿ L o426 I 610-133
L r420 I

L r3Bl oo5
L r26L 2

Cu Ka 23 horas
30 KV L7 mÂ

F'i Lne nQ I 609 Ficha ASTM n9 5-448


Camara Debye-Scherrer 114 r6 rnm@
:60-

Fo co 1.5' - Cevidada n¡! bor.uit.r Il;ri¡¡¡ 1{,) corÌ¡ plACAS


:'
héxâßorri¡.i.x,le l.¡i ¡. ( r"'ttì sp ¿ir er¡ tê, ågsocía
d a ¡ì nr.':l I ;r<1 rr i. t:;:. í r i ¡ ;i.r ç('nr ìriiþito rcnifoF
r

me. Ftlfcl rom llrn;; rii r)fr ' ,ì f. ; c¿i - 20 x.

FoÈo l6 Borni t.;.1 c()rn . irv r (i ¿iri c()r) t. endo ualaquiCa


f i-l:r'rr¡r ;¡':'('¡rr ;r;i i, ; t ,' ,'¡ir{.orme e p1åcât he
x(,goir¿tj.l; ,l. lr¡r, ; I r ,. i ,,, {) 1 5) . ,6xidoC hÏ
drat¡rio:r tlr. l.(ì¡i! ìr Ì)i1.¡. tr: i¡rf erlor dã
Bmoatr.3.
-61-

t ransparâncía t, r ans f, ar ent e

t raço branco
c I iv agem perf eira (001 )
dureza maior do que 3
pâso específico rei.ativo 4,48
caráter axial. e sinal 6ptico biaxial (+)
Índices de refração c l.,636
ß l_ ,63I
Y 1,648
pleocroisno não tem

o bãrio necessãrio para a criscalização (ra


barica deve cer sido mobilizado a partir do pr6prio mãr
móre encaixado na j azida, cu j a dissolução liberou o rÌr€
tal existente em baixa proporç,ão ncssas rochas cart,ona
Èadas (Rankana et Sahama, i954, pg. 449) r para junÈar-se
ao sulfaÈo proveniente da oxidação dos suifetos da jazi
da.
Bornita

A bornita (CurFeSO) <ie Santa Blandina ã en


contrada no núcleo do vieiro (Fot.o 4) que escã expost.()
nos níveís L e 2" em nassas cujo Èanranho varia de mili
¡netros cúbicos a atr-guns decírnetros cü¡icos , consc ituin-
do cêrca de 2OZ cio corpo centrai.. Ðxiste, Èambén, nB
forma de grãoE ou g16bu1os de rirações <ie milímetros atã
alguns centímeÈros de diârneÈro, inclusos not mãrnóres
aflorantes ou expostos na ãrea da Mina. Raramente in
ctr usa em vieiro de quarÈzo hiciroterinaL (Foto 7) ,
egundo tsarbos a , R. A.
S ( 1960) , foi enconEra
da em EeBÈemuniros de sondagem:
- a 63r10 metros, na amoS tra 644, de escar
nito, BXiste.e6caggamente com cai.copirita , piritao epí-
doto e microclínio "
- a 67 r25 netroa na amostra 645, de mãrmo-
re em quantidades reduz id as , j r.È amen te com pirita e
-62-

quart,zo o

- a 24r20 rnetrose &mosEra 646, de eecarnito


com cal.copirita, piri.ta, epídoro e microclínio"
- a 45 ,9 6 met,ros e 46 ,29 metros , amoB Èrag
nr6. 652 e 653, <ie mãrmore, com quar tzo, calcopirita e
pirita"
Nos Locais onde pode ser observada, a bor¡rr
Èa de Santa Blandina a.presenta-se sempre com náuito nraci
ço (Fotos 16 e 17)o às vôzes granurar, mas nunca eln cris
tais idiom6rf icos " Na maioria dos casos cont.õrn incrusões
de granadas (Foto i.B) e pode apresentar c¿vidacles (Foto
16) contendo malaquita fibrosa e barita em placas hexago
nais"
A su¿l côr, em fr.rrur-.,r recente, Ë vermel¡ro-
-acaaEanhado, mas bastam al¡;u.s nri¡ruEos de exposição ao
ar para que a superfície adqrrri"ra a côr azul-pavão(irides
cente) que the ã car¿cËerÍsLi-ca" Apresent.a-se fraturadao
com as aberturas preenchidas por ma laquiÈa e goecrrita ou
limonira (Foto ,7); muitae vôze.s rI f orma de vãnu1as inva
dindo a calcopirit.a e outras vâzes nodeando inteiramenÈe
pequenaa massas dõ.s.se mineral. (l'oto 7)
"

Propriedades físicas

cor verme lito-acas r anhado


, em
fratura recente, recobrin
do-se ràpidamence por pe-
1íct¡1a de côr azul-p'avão,
iridescenÈe
britriro mecãlico
Èransparência opacå
traço cinza-escuro
clivagem não observada
fratura eemi-conc6ide a irregular
dureza maior do que 4
pêeo especÍfíco relativo 4,85 a 4,97
-63=
TABELA 6

DIÂGRAMAS DE põ DB BoRNITA

Santa Blandina l"f eg e ína


¡ Tranevaal o
South Africa
d <81 TITo d (8) T.lr.o hk t
6,4L 0r5
5r5g 005
t$ 178 005
4r08 0r5 4,08 l0 105-213
3 r66 005 3 r6tr, 5 2L4-O06
3r4B 5 310-106
3 r29 l4
3131 40 116-312
3 r 16 4 3118 60 224
3 r02 I 3 ,01. 5 LO7 -32L
2r80 2 2 o ??, Zt, 305-3 23
2r73 ti 2., Ì/, 50 008-400
2,6t1 1 z,b3 5 2L7.4LL
2 ,49 I+
2,5O 4A 4r3-325
2r38 t
2 e'!.7 0r5
2,L3 20 425-5tt
2,LO I 2,L'1 5 336-11.10
1r935 10 1,937 100 440-408
I,873 I l.,B50F t0 21.t1
lr7Bt 0'5
Lr 6g 005
L r64'Ì 2 1.652 lo 624-22. L2
lD57B I 1,584 10 448
Lr5lt 1 1,534 10 7L2-11.14.
L r47 r I L,47 4 5 705-723
L r44 ,
I L,427 20 31.. 1.4-53. 10
'!.
137 r, I L,370 20 800-00.16
1r33" 0r5 1,335F 5 44, L2-904
1,304 005 L r300F 5
1r2g0F 5 660- 22. L6
1r25gF 5 62.L2
L,2483 0;s
-64-
TABBLA 6 (conrinuação)

, DIAGRAMAS DE Pö DE BORNITA

Sant a Blandina Mes s ina, Tranevaal,


South Africa
d 18¡ LI'oT, d (g) rlro hkl
L ,225F 5 40. 16-940
L,lgg 0r5 lrlgBF 10 844
LrL74 I 1,16gF 5 64.L2
1r145F 5
.,
!.r117 t,,1¡.9 50 44,L6-g4g
i. ,097F 5 80.12
l.,054 x 1,053 10 22 ,20-66 . L2
Lr026 0r5
1rotr 8¡',' 5 64.L6
0r996 0r5 1.,9853F 10
o,967 1
T

0rg4o 0r5
o rg25 I
0 1907 0r5
0r878 0r5
0,966 I

Cu Kc 20 horae
30 KV 1.5 ¡rA
Filne ng L 495 Ficha ASTM nQ I4-323
Cânera Debye-Scherrer ¡,14 r 6 nnØ
-65-

côr, sob luz reí1..¿ i<1 a ros a claro nea superf Í-


cies recËm polidas ; azul
claro nas BuperfÍcies
-j ã oxidadas
ref letividade mãdia
anisotropia perceptível

As 6ecçoes poliri :i,;. sob Luz refletida, mos


tram suPerf Ície azul-ctr aro ,: rr(lo a bornita acha-se rg
(1

coberta por pelícrrl-a de oxirt ,.¡i¡ (Foto 9), a qrral desa


parece com uür lervl: repolimerr' iuanual, paSSando a mos
Èrar côr normal r'osada-ciariì r'r)Èo 1B) oL¡ pouco mais
escura (Foto 10), com refio' , rrade i*ferior ã ¿a cal-
copirita.
As secções mosr' irri;'1rj.¡¿ enì gfAnde6 mAg
sas rodeando €r ll.r'¿r¡racla (' , t)ti¡ invadindo a calco
pirita fratur¿rti¡ (irotos l) rr '.)) e sendo substiÈuída por
calcocita ¿¡¡¿¡rrr:.-; (las iraa-rr, , (FoÈo l8) , subs tituição
essa que se l)r o¡:r.r;)la Èanbó¡n ,;ìvés dos limites entre
os minerais ììr{'r',"r}rl A fr. !(l nrnsÈra, Èambãmn a gra
nada (escura) r ¡¡,,.)c.lida pelri ,,¡rica jâ subsrituÍda pe
la calcociEa (i,r',rirra).
O !'f'ri1'I i.aclo do ¿r ',rlr'¿rma de p6 obtido com
diração de rai,ri. '. ioi cornì). ¡,i(-¡ com aquô1es constan
tes da Ficha .,\:l ', , ¡4.-323 ¡rr; es a amostras
, r'rrf prove
nientes de Iler:r;,,','fransv;i . jifrica do Sul (Tabela 6)
¡\ r\rr 'l i.se Ter¡no' iierencial da bornita acg
8a mudança (r(i ,:r:rrlrrLura (or-'Ì ,;rtlû para desordenada) e
eSSa transf or:nrÍtÇii,) uanifeet,'. ie pela existância de um
pico endotãrrnico ,t 22OoC e ni, c:xotãrmico a 330oC, 8e
gundo apurou l rn.rlr Jr. o A. .í. (J950). l'lae Levy, C.
(f958) registrori ìin pico ex(Ìi i-ir"rnicoI69OoC e um endo
tãrmíco a 760'''l',, ;,o passo qrii i'faurel, C. (1964)explica
um pico exoÈãr'nr j 'r, encontratlr flrrtre 600 e 630oC como
ref erente à lr¿rrri, ':-ormação <in. irornit,a em CuO, CurOo
Fu203 r CuSOO ,i. :''r't
).
-66-

FoÍ feira a Anãlise Termo-Diferencial de


amostras de Itapeva e de Camaquã, cujos resultadoa conS
tam da Figura 6 e vão resumidos abaixo:

Procedênci a P i cos endo t ãrs¡i coe Picoa exocãrmicoe


I
(graus Celsiue) (graus Celsiua)
I - Canaquã 200- 270-360-7 60-990 3 10-3 80-600
2 - ltapeva 1B0-250-340-730-970 320-390-590

Os trâs primeiros picoe endotõrmicos e os


doi.s prineiros exoÈãrmicos são de pequena intensidade
e oB demais são bem intensos , nas duas amoat.ras.
linhas geraís os resultaclos obtidos cog
Bm
cordam com os da literaËura, apre.se¡rtando al.guns picos
excedent,eg que podem ser ai¡,.iì,uicios ãs dif erent,es con
dições de snã1ise, ta1 co¡0o explicado no Ëocance ã cal
copirita" rmpurezas não suspei tadae quando da escolha
das amos traa podem ser respons ãveis por out,ros picos.
. 1guns desvios de picos, para Ëemperaturag
^û,

mais baixae, devem ser explicados pela utilÍzação de


diferentes suportes durante as anãlís es .
Foram verifí.c¿rdas B6 reLações paragenéti
cas I eguint,es ¡
algumas aecçõeB policlas (Foto 10) mos
tram a borníta eubstiruindo a cal.copirita.
'Outras
sugerem coexistância (Foto 9) mag
ao mesmo tempo apresentam fraÈura n8 calcopÍrita (ama-
rela) invadida por borníta (oxidada, azul).
- Ilornita e calcopirita coexistem com piri
ta em amostraB de profundidade, em 1âminag estudadas
por Barbosae R.A. (1960).
- Graos e pequenas massas de bornita exÍs-
tentes no .rnármore, o qual não apresenta vestÍgios de
.enriquecímento de cobre de uma prirnitiva calcopÍrita
-67 -

Foto 1'7 Ll¡i l l,, r a bornita.


I o t r¡

Foto l8 lJoI-itt ' : iri,r '0, ¡1 ftCAIXAnÈe


stll,r,¡ ì .,r riìArl'om) . CalCocl
L¿{ ,i(.. ¡¡rrbstituição -
d¡r i ' j r,l.r!i'ås e dog 1t
n.ir, - rlìr ;¡cl as . L imoni tã
,
Il (l ., l"r; ulâBsag, dè
Cf)¡. !',1, , ri r :r.; Ít.:r l¡offiltargão
e ; ,,,rr',r
cl
Sêcr', ir 'r.r!¡rleicls.- 75 :(.
-68-

ou de eaÍda do ferro excedentc, que forçosamente


Ëeria
que ser transportado, conduzem ã idõia
de uma origem
primária "
Pequena massa <i e L¡ornita incrusteda
em
quartzo hidrocermal (Forto l) iras corÈada
por vônuras de
goethíta ou Limonita, corn r.sros de calcopÍ.ríta
não subs
tiruída, índicam onigem secundãr j.a"
Os fatos verificados parecenì perrnitir
,L
conclusão de que uma pequena qrrarìtídade de
l¡ornir:a ¿ep9
sítou-se primãriamente a parti r dss soluçõe,,
¡ni.erariza
doras, juntamente com muito mai_or quanticl
arie de calcopi
rita' pequena qua¡' tidade de pi ri-ca e erirrra,
v quartzo e
epídoto abundantes.
teriormente nIì .ìr) i rrçiics clescendentes
Pos
"
cas em cobre, promoveram a r;ìr,r;,.,j.rrrição ,rÅ
da maior parCe
.a calcopiríÈa, trsnsformanro-a ern borni.ta
e removendo
o ferro excede'Èe para precipitã-to ¡ra
forma de goethi
ta, lepidocrocita ou Limonira.

Brochantiüa

A brochanÈita, ütiÍìûO.3Cu(OIt)r, em
SanÈa
BlandÍna apresetìra riisrribuiçr,o È:x,Ëenaa (s6 não foi en_
contrada no níve 1 4) , mas scul)re ¡ìa parf,e
terrosa do
vieiro, o I"ado les te das paredes de clesmonte
"

os ¡>rismas submíiinlãtricos estão sempre


mersog em massa t.errosa, mistt¡raclos _i
com fragmentos de
granada, epídoco e 6xídos hi<lratadoe
de ferro; äs vâzes
estã tambãm associada ã antlerir:a.
Propriedadee fÍsicas

cor vercle esmeralda claro


britho vltreo
t,ransparêncía fransparenÈe
clivagem perfei Èa (0f0)
- 6g-

TABELA 7

DIAGR,AMAS DE Pö ÐE BROCHANTITA
Sant,a Blandína llo L and a Biebee-Arizona rUSA
d t8l rlt' o d (8) T./r. d (8) ¡l\o
o hkt
7 r7O 1 TrBo E
6r35 4 6 ,51. 40 6,50 67 200
5,89 3-5
5r45 <l
5r34 l+
5r36 60 5140 58 2 iû
5 e i.5 6
5,05 3-5
t+,93 6 4 ,r) (t
3 020-101
4 177 <1
/+r38 4r1+1 3 111-t11
4 o25 ¿1

3 ,90 I 3 ,90 85 3,9'i. 100 3LO-220


3 r65 <1
3,62 <1
3r2g <1 3,32 7 NI
3 r22 2
3 r 19 3,19
4 40 3,2O 42 400- 130
3,06 L-2
3,03 <1
3,01 <1,

2rg83 <L
2 r9L 2,923 20
2
2,94 20 002-202
2,886 2
2r869 <l
2r80 0r5 2,8L3 4
2,68 5 2,67 g 50 2 ,69 50 420
2 1628 B
2 ,60 T
2 ,601 1B
2 ,52 ¡.0 2,521 100 2,53 67 022-122
2,466 L0
2 ,46 ¿ 2,460 L4 2 r4É' ¡.0 040-5 10
-70-

TABELA 7 (contÍnuação)
DIAGRAMAS DE PO DE BROCHANTITA
Santa Bl,andina Hol and a Biabee-Arízona,USA
d <81 rl¡.^ d (g) T/T. d
o o r8t ¡/To hk I
2 r421. lr
2,39 I 2,386 14 2 r39 7 212-L22
2,3O or5 zr3oo I 2 ezg 13 240
2 r292 <¡.
2 r26 L 2,266 L4
2 r207 -r-5
2 r2O2 2
2 rlg L 2rl9o 14 2 eLg r.3
2 rL4
032_232
o o5 z,Lqo 1.0
2 rL27 2 L,
"
14
L1 3 3 L2-3L2
2,0gg 2
2 ro8 or5 2,079 I 2 r07 10 610
2r01 oo5 21016 I 2 roL 7 530
2,o02 ,
L,972 or5 !.1969 I L,96 13 232-432
1,959 ' or5 rrg4g 6
Lrg46 0r5
L rgo2 o,5 L ,gog l+ Lr89 3 042-vqz
¡. ¡, gg4 or5 I,BB5 l+
L ,820
l
L
lL,g2 L7 332-532
r7g3
L,739 l+
r,74 33
plus l9 Plus l6
Lines to Linee to
lD50g 1r14
(*) (**)
Cu Kcr 23 horag
30 KV 15 nA ('t) Ficha ASTM ng 13_398
Fílne n9 I 6L9 (**) Fícha ASTM n9 g_282
.Câmara Debye-Scherrer ll4,6 mmØ
-7 L-

pê'so específico rel.atívo 3 ,82


carãter axial e einal 6ptico biaxial (-)
índice de refração 0t 1. ,7 2g
ß L,77L
Y 1,800
pleocroísmo percep ËÍvel

Sua identificação foi fei ta aos raios X pe


Lo diagrama de p6, em câmara Debye-scherrer de LL416 uri
1ÍmeÈros de diâmetro, cujoB resultados foram comparadoe
com os da Ficha ASTM ng l3-398 (Tabela 7)
"

l'oi executada a Anãtise Termo-Difere¡rcia1


da brochanÈiÈa (Figura 7), ma8 a amostrâ não pocle 8er
purificada completamente das imputezas de granada e a
curva mostra picos de baixa intensidade, sendo um endo
térmico largo r oâ região de 320 a 600o{r, ourro afilado
a 73OoC, e um exotãrmico entre 6hO e 6BOoC.
O pico entre 32Oo e 6OOoC pode ser atribuÍ
do ã quebra da estrutura e perda de ãgua <le críetaliza
ção; o exotãrmico, em partee à formação de cuo e o úrti
mo pico endotãrmico seria devido ã ¿ecomposição do sul
f ato e f ormação do res tant,e CuO e CurO.

A onigem secundãria da brochantíta Ë reco


nhecida por Èodos oa autôres consultadoe e ã semelhante
ã da antLeriËa, minerai. com o quar. 6 freqüentenente con
fundida.
Calcocita

A cal.cocita (CurS) da Mina Sanra Blandina


ocorre principalmente no corpo calcãrio remanescente no
níve L 2, em maBsas de dezenas de centïmetros cübicos atõ
pequenas dissemínações, grânulos e preenchimento de fra
turas, j.ntamente com a bornita.
No núc1eo do vieiro(Foto Z) aparece em vâ
nulae invadindo a calcopír'ita e bornita (Fotos 9 e l0)
ou então eubstituíndo a borníta a partir de fendae e dos
-7 2-

limítes entre a borníta e ouÈrog míneraie (Foto


lS) "
Quando em fraturas, contãm 6xÍdos hidratados de
ferro
no seu interior,
Propriedades fíeicae

côr cl.nza escuro a prâto


brilho metã1íco, pouco intenso
transparância opaca
Èraço cinza a prâto
c 1 ivagem
não observada
dureza iguaL a 3
pâso especÍfico reLativo 5,47 a 5r5B
côr , sob luz ref 1e ticl a branco levenente azulado
ref letividade mãaia
anisotropia perceptivei

l\ sua identificaç.io f.oí. confirrnada por <lía


grame de p6 (Tabela B) comparado
com a Ficha AsrM ng
9-328, obtida com amostra6 procedentes do
Mãxico.
FoÍ.f,ef t¡':Anãtise Termo-Dif erenciaL
de ca1 ..
cocita de santa e de canaquã (Figura B), diluí
'r.andina
da a 2o7' em inerte cie arumína carcinacra,
cujos resurta
dos vão abaixo resumidos;
Procedância Picos endotËrrnicoe picos exotãrnicos
(graue CelsÍue) (graus Celsius)
Camaquã 780 1000 465 500
Itapeva I 720 990 480
Itapeva II 780 990 480 530
Itapeva III 750 890 - 980 470 510

Levy, C. (1959) acuea para a calcocita


doíe picos endotãrmicos a 76Ooc e a 1O50oc
e exotãrrni
coa a 470 e 540oC" MaureL o Co (1964) expLíca
que a rea
ção exotãrrnica aos 5z0oc corr"rpond"'ã fornação das
fa
ses CuO, CuSOO e S92"
-7 3-

TABE!. 8

DIACRAUAS DE pö DE cAr.cocrrA
Santa Blandina uéxi co
d r8l ¡lI o
a t8l r/ro hkl
4r10 5 3,93 5 300
3 177 10 3,77 10 133-3 20-062
3 ,60 l0 3,60 10 260
339 2A 3,39 30 340-0 80
20 3,31 10 233-153
':"
180
3 ,15 20 ',-,' :,
3 ,01 !.0 3,05 20 342-O82
2rg7 5 400
2,Bg 20 2,89 20 420
2 rgL 20 2,84 5 191
2r73 l0 2,73 l0 362-440-402
, r_u, t0 2,67 10 282
2 r5g 5 380
,'-', 2 2 ,54 10 304
2,47 20 460
70 2,4O 70 382-344-O84
':oo 2,34 5 520-27 4
2,22 20 006
2 ,L4 10 0 "L2,2
2 ,06 l0 275
, roo 80 1,969 80 600
L,934 80 1,937 5 5 80- 504
1,971 100 I,870 100 3. t2. 2-0. L2. h-346-096

L,797 5 366-395-406
L,692 30 1r695 40 60 4-0.160
L,649 L,645 20 682-644-0. 16.2
:o
-7 4-

TABELA I
DIAGRAMAS DE Pó DE CALCOC I TA
Santa Blandina
Hãxi co
d c8l rlr o d t8l Llr hk
1r595 5 ¡.,599 5 0,Lu
1,514 20 6g 4-3 . l6 .2-O . L6 .4

L,47L 5 3 .L2.6
1r370 ¡.0 I ,3 51. !.0
L,27 g 30
l.r119 ¡.0
L rO7,4 t0
o ,97 t+ t0

Cu Ka 23 horas
30 Kv 1.7 nA
!'r lme nQ L 672
Cânara Debye-Scherrer ll.4r6 nmØ

Ficha ASTM n9 9-328

,ilt
¿dsåå;i

BR OCH Ail T ITA


(ITAPEVA}

o-
cAlcocltA
IIlAPE VA)

c At co ctTA
iltAt E VA'

o-

cnÁncos DE A.T.D.
76-

::::'::".T::;;::::o "'o:,"::::, rr"l j;


t
renres pecu,,::i.
realização dae análises , oe reBul tados aqui obtidoscon
cordam com a literatura, sendo que os picos exot6rmicos
devem-se a suceesivas fasee de oxidação dos sulfetos e
os endotãrmicos à ¿ecompoeição dos aulfatos formados e
so aparecimento de cuo. o pico endotÉrmico a g9Ooc, na
anã1iee 3, deve-se a impurezas de calcãrio na amostra.
calcocita foi tida¡ por muito tenpo,como
^
de origem secundãría, provindo da decomposíção dos su!
fetos de cobre das partes superíores dos f i1ões e rede
posição na zona de enriquecinento aecundãriortambõu¡ cha
mada zona de cimentação (Lei.nz, v. eÈ Leonardos, o.II.,
1971)" Foi reconl¡ecida, entretanto, sua origem prirnã
ria em Bristol, Connecticut, E.U.A. , (Batenan, A.M.,
L923) depositada a partir de sor.uções ascendentes. Numa
outra maneira de deposição a calcocita poderia ser foa
mada peLa ação de soluções aLcalinas ascendentes agindo
sôbre e bornira (Ford, 1966).
Santa BLandina parece que a origem
Em a
partir de soLuçõea cuprÍferas descendenteB, precipitadas
na zona de enriqueclmento secundãrio á a ünica compatl
ve1" A associação mineral69Íca encontrada e a forma de
ocorrência, vistae em secções polidas, s6 admitem eBEa
hip6Èese.
Corneti ta

dos fosfaËos de cobre existentes


Um em
santa BLandina ó a cornetita, cr3p04 (olt)3, a qual foi
encontrada em fraturas da encaíxante, formanclo uma cros
Èa com minúsculos cristais prismãricos na 6uperfície.
PosÈeriormente foÍ encontrada associada ã pseudomaLaqui
ta e libethenita, ou ã malaquíta e 6xidos hidratados de
ferro, de preferâncía em fraturae do escarnito, maB tr[
bãm em outras cavidades e alvãor.os resultantes da diseo
1ução de mineraís e atã creecendo aôbre cristaie milimó
t'ricoe de quartzo aecundãrio (Fotos 19 e 20). A corneti
-77-

tâ, ortorrônbica, 6 dímorfa da pB.eudomaLequíta, rnonoclf


nica.
Propriedadee f Ís icae
côr azul pavão
brilho vít,reo, intenso
transparência traneparente
traço azu L

c 1 ivagem não aparente


dur e za 4
pâso eBpecítiåo relativo 4,l'0
carãter axial e sinal 6ptico biaxial (-)
índice de refração or 1r765
I 1, g1
Y L r 82
ânguLo 2Y, estinado entre 30 e 40o
pleocroÍsmo vi.sÍve1
idenrificação inicial. foí feita com difrg
^
ção de raios x (diagrama de pó) cujos resultados foram
comparados com os da ficha AsrM ng g-49s, obtÍdos a par
tir de amostra procedenÈe de Bwana Mkubwa, Northern
Rhodesia, Ãfríca (Tabela 9) " os dados 6pticos verifica
dos posËeriormente confirmeram a identíficação"
Foí procedida a anãlise química do mineral
com o8 seguintes resultados¡ güe concordam com aquê1es
apresentadoe por Berry¡ L.G. (1950):
CUO 7L,082
P
eos L7,ggz
Hzo ,2gZ
9
F"zo3 LrTLZ
99,967.
 local.ização da cornetita em fraturas da
rocha encaixant.e e entre minerais reconhecidamente Be-
cundãrios, na zona de oxidação do vieiro, jrstifiea a
origen secundãria que Be the atribuí, mas durante a1
Bum tempo permaneceu sem explicação a orÍgem do Íon
TABETA 9 -78-

DIAGN,AMAS DE PO DE COhNETITA

SanÈe B1 and ina Bwana Ìlkubwa,


Rodãaia do Norte, África
d (8) 'o
TIT. dc8¡ Tlro hkl
7 ,03 0r5
5 r47 5 5r4g 50 I 1 1-200
5,06 5 5.07 60 2L0-o2L
4,55 3 4 r55 30 L2L
4 ,29 I 4,29 90 220
3 r69 7 3,69 70 L3L-22L
3r54 1 3 ,53 l0 230-002-040
3 ,L7 I 3 oL7 80 23L-022-04 1-3 1t
3,0/t !.0 3 ro4 100 L22-L4L
2 194 5 2195 50 240-32L
2r74 3 2174 30 13 1- 222-24L
2 r54 2 2 r54 30 302-420
2 r50 , 2 r50 20 250-042-íLt -312
2 r43 2 2 r44 30 L42
2r3g 2
2 r34 2
2,23 I 2,23 20 43 1-33 2-06 I
2 rL5 3 2,L5 30 402-260-440-2 13
2 r06 7 2 106 70 26L-342-44 1-5 1 I
1,968 2 1rg59 20
¡.,930 0'5
1rgg3 0r5 L rggT tr0
¡.r925 or5 1,933 5
Lr7g8 I 1r 791 20
1,731 0r5 1, D7 40 20
TABELA 9 (conrinuação) -7 9-

DIAGRAMAS DE Pö DE CORNETITÁ,

Santa Dlandina ' Bwana Mkubwa,


Rodãsia do Norre r'Ãfrica
d <8¡ 1/ ro <8) rlro hkI

,703
¡. ¡. ¡.r703 ¡.0
L"673 0 r5
I r639 0r5
1r608 o r5
Lr575 J 1r574 40
L,547 3 ,545
tr 40
1,510 2 1r509 30
L"47L 2 1. r47 L l0
1r451 2 L 1445 10
¡.,41.9 2 l.r41g 20
l.
,401 0'5
1r396 0r5
1,368 1 i. o369 10
L,349 0r5
1r333 I
I,320 0;'5 L r32g 10
t ,266 t0
P !.us Lt+ ad i r ional.
L ines

Cu Kcr 23 horas
30 KV L7 nA
F i Lr¡e n9 l. 601 Ficha ASTM n9 9-495
Cânara Debye-Scherrer LL4o6 mnØ
- 80-

¡'oto 19 C<J'¡rrÌi.tL¡r ,'irl i.í. ,, sôbre prig


IIB:l,.lt¡ ilii:,¡. i .li) ' r rülitos dã
pEr:lttrltlmaI;l lr I I , l.a..loa ã cor-
net-ita. I ot,ci nif ica - 6 x.

Foco 20 Co ¡ r 'i i ,1 ,.' i.ìrr t r':l:ocrígtgi¡


t.ì
dt: I ¡: i f ,r i' lr r ¿r ¡lr) e8 c8rní,to .
Fr', ''.\ l'(¡ x.
-Bl-
fosfaÈo necessãrio para a cristarizaçã,o do mineral em
santa Blandina, mesmo conBiderando-se a pequena porcen
Èagem do mesmo na zona cuprífera.

O estudo dae rochas encaixantes do vieiro,


entretanto, trouxe o esclarecimento do problema ao re
velar a existância de pequenas quantidades cle apatita
no escarnito e no gorutubito. A apatita, so1úver em
ãcidos, teria sofrido a ação das sor.uções descendentes
que atravessaram a zona de lixivíação do vieiro e 8e
enriquecera¡u de ãcidos, principarmente o surf rÍrico.
Outros eBtudos com a cornetita não puderam
ser feitoe, devído ã grande dificurdade de obtenção de
material suficientemente puro para o8 fíne desej ados.

Crisocola :

A crisocoLa (CuS íO3.ZIl2o) na Mina Sanre


Blandina pode aer encontrada em todos os níveis de cres
monte e atã ã 6uperfÍcie, nos divetrsos afloramentos do
vieiro. Sempre aBaociada ã malaquita, aparece tanbãm
junÈo ao quartzo e r.ímonita. Freqüentemente deposita-
da em finas camadas sôbre a malaquita (Foto s 22, 23 e
25), ou intercalada com ela (FoËos ZL, 24, 27 e 33)ou
aindao como salienta Grigoriev (1965), substituÍndo-a
em parte, eeja invadindo-a pei.as fraturas ou atravãs
das superfícies de contato dos indivíduos crietalinos
(Foto 26) . É difíci 1 enconrrã-1a junro ã malaquita
quando esta cresce diretamente sôbre a bornita ou ca1
cocita, ã custa dêstes sul.fetoso .

Normalment,e assume o trãUito reniforme a


botrioída1 da rnalaquíta, qtrando íntercalada em cama
das com e meama (Fotos 2I e 23), mas ísoladamente pg
de preencher tot,aL ou parciaLmenÈe ar.gurnas cavidades
(Foto 2L), exibindo hãbito maciço, de aspecÈo corofor
me e côree maie e8cut88¡ Quando cresce independente-
mente da malaquíta, o que não ã nuito comumr pode apre
'sentar o rrãuito reniforme ou mamel0nar e atã ¡otrioi.
-82-
dal. (Foto 22)"
Apenas en uma amostra examÍnada
mostrou-se
em inÍcio de cristalização (Foto ZS) denunciado pelo
t¡ãbíto levenente fibroso, semelhante
ao da malaquita.
A crieocola Ë Liberada da malaquita
tríturação at6 partículas com menos por
de O rL74 mm (grâ
nu los passando na peneira ,,meshes,,)
de lO0 e separação
pelo bromof6rmio, em virtude do
aeu pâso específÍco
2"2 ser bem inferior ao da maLaqui.ta
que 6 4rO"
3_!_g¡lriedades f íe i cae

cor azuL ci.aro a azut celes


te
brilho sedoso a vitreo
t r ans p arâncí a
TI"îs1úcida I semi-rrane
ruclda
t raço
branco a branco-azulado
c1ívagem
não observada
fraÈura conc6ide
dureza maior do que z
pâso especÍf i co re L at ivo 2rO5 a 2r23
carãter axiaL e sinal 6prico biaxiaL (-) (?)
Índice de refraç ão 1,590
p I eo cro lsmo
perceptÍvel

Oe diagramas de pó raramente
apresentam
raias r mas quando presentee e 1ae
são largas ou difusas
dificultando a8 medídas e a interpretação. ,
os fragmen
Èoe côrca de um milímetro cúbico
- dão alguma" ,"i;;
na cânara de Gandotf í, sendo os resultados
(Tabela r0)
comparados com os da Ficha ASTM
ng LI_322, cuja amoa
Èra procede de Star of Congoo Congo
Belga.
As curvas da Figura 9 mostram os
obtidos na Anãlise Termo-Diferencial resultados
da crisocoLa de
santo Blandína (rtapeva) de amostras
da sardenhà r(ttãlia
e Arízona (¿'u'A'), e8ta8 0btídae )
no Mueeu de Mineralo
êía dâete rnstituto. o resumo doe resultadoe â o eeguin
-83=
TABELA 10

DIAGRAT'ÍAS DE Põ DE CRISOCOLA
Santa B I and ina Star of Congo o
Belgian Congo
d t8¡ TIT
'o d <81 Tlro h k 1

S rLz 6 8,30 60
5 179 J 5,72 30
4 ,43 10
3175
3,46
3Ð57 5
2 r94 I 2 rg2 g0
2 r3L 2

2,49 45
1,638 45
1 ,491 10 1,494 100
1,374 5 L,334 30
1r239 2
1.,Ll0 I
0,957 5
o,g7g 5

Cu Kc 22 horas
30 KV L7 mA
Fí lne ng I 532 Ficha ASTM ng LL-J22
Cânara Debye-Scherrer LLí 16 mnø
84-

lioto ,:l r-I riJ (lt' irJi.ìl:rz(l irirlr-oL.erm¡l ,


1' .l.:i-tì ,: r-- ctvidadP
: r; i.ì¡ !i,;. , cf igoCo
..,.'.,
¡¡ jl.l".i ,l: i r r.r'{.',Foto, com
.l a: .; , ,i,' r',,,ipo1ida.

F<¡t-rr l? l.I lì , ,' lr-¡n;lr cu¡iì detalhes


|rt,; r 1 r . i.i',)(.¡ irrï l, Cemadá eX
t t, ' r;. 'Ì
r ,!r, r l;rrt-r) recobãr
l- r, t: : ;r iìlr''ì. i I or¡ne (ve¡î
ri r
-85-
te s

Amostrae fi.cos endotãrnicoe 4icos exot6rnicos


(graue Celsius) (graua Celeius)
IÈapeva 110 950 675 935
Ar i zona 100 950 350 675 - 930
S ard enha 1l5 950 390 665 925
O pico de IOO _ 1150 C deve_se à perda
de
ãgua e o de g5oo c correeponde 8., ponto de
fusão, enquan
to o de 350 39Oo C parece ser o da decornposição
do mi
neral e o8 demaie ã fornação dos novog 6xidoe
cuprit" I
tenorita.
Kauffman, A.J. Jr. eÈ Di11i.g, D. (leso)
apenas acusam um píco endotérmico a 1000
c e doie exg
tãrmicosa690e9l0o C, eendo, o penülrimo, mais afila
do e íntenBo "
material.
O residual da A.T.D. e que fôra
aquecido atã 10500 c, foí submetído ã anár.iee sob difra
ção de raios x, tendo acusado a presença de tenorita
(Cuo), cupríra (CurO) e crÍstabalira c (SíO2).
A crieocola de Santa Blandina foi analisa
da quÌnicamente e apresentando oB seguintes
reaurtados:
si02 37
"322
CuO 44,8O2
H20 1.6 , 407.

412O3 0,4L7.
F u203 L.O5Z

9g,gBz
A curva da Figura 1.6 corresponde ao
espec
trograma de abeorção de raios infravermelhos.
seus re
eultadoe coincídem com aquâ1es obtidos por
Moenke, II.
(1960) a partir de amostra proveniente
de Bísbee, Arizo
D8, E.U.A., dentro da f aixa de 400 a l. gOO ("r-l),
eeja, de 25 a 505 nicra. A análíae agora procedida ";
86-

"b":Tte faixa muiro maior do especrro, de 300 a 4.000


(cm '), que corresponde ã banda de
33r3 a Zr5 micra.
A origem secundãria da crisocola parece
ser evidente, sendo depositada a partir
de sor.uções a-
quo'a8. A sí1ica neceseãria ã rormação
da crisocola de
santa Blandina seria proveniente da dissorução
de si ri-
catos do gorutubíto, removidos para a deposição
dos aul
fetos €, tambãm, dos silicatos existentes
no mãrnrore.
Não flca excluída a posBibiridacre
da proveniância o"
guma quanridade de sÍ1ica a partir
da dissor.ução do prg"l
prio guar tzo, poís em algune pontos ôte
8e apreserrÈâ -
completamente friãve1 e impregnado de eais
de cobrii.
Cuprita

A cuprita (Curo), nesta fase de lavra


da
Mina santa Blandína, não foi e¡contra,a
em quantidade -
suficíente para os exames, embora Barbosa,
O. (Lg4Z),na
ápoca das primeiras pesquisas, tivesse
regisÈrado a Iar
ga ocorrância dêste mineraL,
Apenas em uma das secções poLidas a
cupri_
ta foi identificadar âo microscópio, juntamence
com goe
chita, crisocor'a e malaquita. Ern duas outrû6
secções a
identifícação foi duvidosa.
A Bua assocíação a minerais oxidados ã
nor
mal em vírtude .e aer tida como
' de origem secundãria.
Entretanto, foí identificada em vãrias a-
mo6tras r co¡n auxí1io da dif ração de raios
x, como procru
to finaL resultante de aquecimento atã cârca
de r000o;
durante a anã1ise Terr¡o-Diferencial de
carbonatos, ,íti
catos e sulfeÈoa de cobre de santa Blandina (Taberas
ng
16, L7 e 1B).
Goethira
Um dos díver6og 6xidos hidratados de ferro
ê a goethita, Fe203.,H20¡ 9u€ em Santa Blandina
ocorre
em todos os níveis de Lavra, associada,
príncipalmente,
aoa míneraie eecL!ndãrioe, maB tar¡bã¡¡ ã borni.ta
e calco_
- 87,-
TABELA 1 I

DIAGRAMAS DE Pö DE GOETITA
Santa B I andi na

d (8) r.l r o d (8) r/r o hkl


4,95 6 4 ,97 60 002
4 rL7 ¡.0 4r18 t00 o:'
3 r35 6 3,36 60
2,69 7 2 169 70 013
2 160 6 2 r58 55 L02
2 r48 40 004
2 r44 I 2 r44 BO 111
2 r30 r0 020
2 r25 6 2 r25 60 112-103
2,L6 6 2rlg 60
2 tr4 L0
2 ro9 15 022
2 rol 20 113
Lr92 40 104
l r Tgo t+
I ,80 50 L2L
L r77 30 11¿e
1r718 6 L,72 70 L22
L r69 50 o24
tr'r65 40 105-006
1 ,63 10
tr.,608 l+
1,60 50 L23
1r559 5 1r56 65 L15
1. , 515 5 1r5¡. 60 200
TABELA 11 (conrinuação) -88-
.DIAGRAMAS
DE PÓ DE COETITA
Santa Blandina
d t8l 1/ro r8¡ r.l r hkl
tr ,46 40 106
I ,450 l'r45 60 202
L r42 50 2LL
1r39 50 116
L r37 40 203-017
I,36 50 131
1r35 20 L25-026
L,32 60 L32-2L3
L r29 40 204-t07

Cr¡ Ko 23 horas
30 Kv Lt nA
Filne ng f 594 Ficha ASTM n9 3-0249
Cânara Debye-Scherrer 114 6 mmØ
r
89.
pirÍta. A goethita aparece em
finos agregadoB acículareg
formando superfÍcies reniformes
e botrioídais, a maíoria
das vêzes nuiÈo porosa (desidratação
?), mostrando atã
esfruturas microalveolares frãgeis
ou quebradiças. Sua
côr ã marrom claro avermettraao,
quas.;", brilho, e a do
Èraço 6 amarelo acastanhado.
Sua identíficação foi confirmada
ma de p6 (Tabela 1l), comparado por diagra
com oB resul.tados da Fi_
cha ASTM n9 3-O24g.
A origem da goethita de Santa
tr'igada ã diseolução dos sur.fetos Blandina es tä
de cobre e ferro do vi_
eiroo bem cono ã alteração de
outros mínerais de ferro
das encaixantes, princíparrnente
magnetita, cr)m posterior
precipitação em aberturas.
Segundo Blanchard et Bosweli (1925),
Eença de cobre nas soluções a prS.
fãrricas provoca rãpida pre-
cipitação do f erro, produzinco ,,limonita
indígena,,r r8_
zã,o por que a borníta e calcopirita
de Santa Blandina es
tão nuítas vôzes imersaB em massas
de 6xidos hidratados
de ferro' estando ôstes mineraíe
tambÉm nas fraÈurae da_
queles sulfetoe.
Oe 6xidos hidratados de ferro
apresenÈam_se
na8 suas formas cristalinas
conhecidas como goethita
lepidocrocí ta, bem como amorfa, e
chamada limoni ta.
Em seções po1ídas não ã
difícíl a disrinção
enÈre as trâs formas, pois a goethita
mosÈra côr cinza ,
poder refletor menor que â
lepÍdocrocÍta, fraca birreflec
tância e viefvel anisotropia,
ao passo que a lepidocroci
ta á de côr branco acinzentada,
nítida birrefrectân"r;';
sendo vísíveL a anisotropía sob
nícois cruzados. Â límo_
nita mostra aspecto col0forme, poder
refletor rnuito me-
nor e côr avermelhadar sem birreflectância
tropia eob nÍcoís cruzados, e aem anieo-

LÍbethenita

Outro foefato de cobre (cu, (poO


identificado ), . Cu (oH) Z ) ,
e¡n Santa Blandina e a libethenita,
que se
-90-
TABELA L2
,
,DIAGRAMAS DE Pó DE LIBElENITA

'Santa Bl.andina .Líbethen


'd t8l T.l ïo d (8) .T/Í h k
o
5 r90 9 5,95 90 110
4,82 t0 4 r 81 r00 01 1- 101
4,L3 !. 4r11 10 111
3,75 't
u' 70 2LA
3,65 2 ':
2 192 9 2r92 90 220
2 r64 IO 2 ,63 100 112-031
2 ,57 4 50 310
2 r53 2 ':tu
2 r45 2
2 r42 6 2,4o 60 202
2,39 l+

2 ,35 1
.l¡-

2 r32 7 2 r3O 60 2L2


2 ,07 2 r07 40 222
2 ro2 20 L32
L,967 'I L ,97 20 410
L rg2g 5 1r91 60 103-013
I
L ,863 !.r96 40 113-4t 1
1,gtg ]t *: to 20 322
rrTgg I
¡.,739 L

1r7tr1 7 L"7L 70 042


1,665 4 u' 50 3 40- 430
L ,646 t ':
Lr620 5 L,62 60
1r581 6 1r5g 70
1,549 5 1r55 60
1 ,531 2 1r53 30
1r507 3 1r50 40
L,47 4 q
L r47 60
-91-
lABELA L2 (conrínuação)

DIAGRAMAS DE Põ DE T.IBETENITA

Santa Blandina
Li.bethen
d t8l T./T d (8) T/T
o
o hkl
'!"
r456 6 1r45 70
L r426 3 l.,43 40
L,394 I
1r3g 20
L,37O 3 Lr37 40
| ,343 3 L r34 40
L 1322 4 n:t' 60
1,313 tt
L,293 5 L r28 60
Lr27g 5 L 126 60
r,237 J o:" 4A
L,234 2
I,0gg 3 L,097 40
1,057 4 1r056 50
1,034 l+
L,03¿r 50

Cu Ka; 20 horas
30 Kv. 20 nA
Fi cha ASTM n9 B-107
Fílne ng L 614

Câmara Debye-Scherrer LL4 r6 mnØ


)2-
apresenta em finas crosÈe8 constituídas
de prísmas mi_
crosc6picos e sob cristais de cornetita (Foto
20) , geral
mente nas fraturas das rochas encaixantes
e, tambãm, en
volvida por massas de 6xidos hidraÈados
de ferro alveo_
lares o associada ã peeudomaraquita, cornetita
e n¡ar.aquí
tâ, sempre na zona de oxidação do vieiro.
Propriedades Líeicas
côr verde oliva claro
brilho sub-vÍtreo
transparância semi-transparente
t raço verde oliva claro
c l iv age¡u
indistinta, segundo (i00)
pêso espe"Íti"o relativo 316 e (010)
carãter axial e einal 6ptico biaxíaL (-)
Índice de refração q r r7O2
ß L,7 45
,V
I , 7 gg
ângulo 2y, estimado 85 a 9oo
p leocroísmo
impercepcíve1
A i.dentifícação inicial foi feita com
o
diagrama de p6 (difração de raios x),
sendo os resulca-
dos comparados'com os da Fícha AsrM ng g-r07,
âstes ob-
tidos de exempr'ares procedentes de Libethen,
nungría(Ta
bela LZ).
As demais anã1íses previstas neste cstudo
não puderam ser feitae com a libeÈheniÈao
devido ã pu_
quena quantidade do material e ã díficuldade
de separa-
ção dos minerais associadoe. segundo o8 dados obtidos
,
encretanto parece que ¿r libethenita de
' santa Blandina
cem 8ua origem escreitamente 1ígada
ã da cornetita e.da
pseudomalaquita do mesmo Local, sendo
secundãria e pro-
veniente da decompoeição da apatita (que
forneceu o Íon
Eoafato) e doB aulfetoe de cobre da jazida.

MagneËita

r\ magnetita (FeO.FerOr) em Santa Blandina,


pode ser encontrada em octaãdro"-"ãro
constituinte acea
TABELA 13

DIAGRAMAS DE Pö DE MAGNETIlA
danta Blandina bi sp erg- Swed en
fudia
d c8l r/r o d r8l tlt- o hk I å rtl r/t o hkI
4, 85 40 111
3164 , 0r5
2,95 4 2,966
3 r66 25 oLz
70 220
2,69 5
2,52 10
2,69 100 104
7,530 loo 311
2 r5L 50 110
2,4L9 10 222
2,295 2 006
2,09 2
2,2OL 30 113
2,096 70 400

1,939 1
2,07o 2 202
1,705 0r5 1,939 40 024
Ln7L2 60 422
1,696 I
1,690 60 116
I
I ,634 4 2Lt.
ro
t
ÎABELA 13 (conrinuação)

ÐIAGRÁ,MAS DE Pö DE MAGNEÎITA
Sauta Blandina Bisperg-Sweden f.nd ia
d <81 rl r. o 4 <81 rlfo hkl 4 c8t TITo hkl
1,614 2 1,614 g5 333-511
1r596 16 018
l',489 o ,5 1,483 85 440 1 ,494 35 214
L 1452 35 300
L r34g 4 208
L,327 20 620
1,310 20 1.0"10-119
L o264 10 622 1.259 8 220
Plus 10 lines to 0r8113 Plus 18 lines Èo 0r9080
Cu Ka 20 horas (*) (**)
30 KV 15 mA (*) Ficha ASTM n9 11-6r¿
Filne nQ L 623 (**) Ficha ASTM nQ 13-534
Câmara DebyejScherrer 114r6 nrnØ
I
t\Þ
5
l
\
è<{-\
/-ì--_--
-\:-
95*
s6rio das rochas neËam6rficas encaixantes, principalme¡r
te numa faixa sítuada estraËigräricamente acima
da carna_
da mineralizada prÍncipa1. Essa faixa abrange
unra le*re
de fÍlito e as partes do gorutubito encaixante q.e
rhes
e ão cont íguas .

Na zona do vieiro a magnetita ã comum


rìos
níveis t'zero,' e t'um,,, aeBociada ao quar tzo, borniÈa,
caI
copirita e demaie õxidoe hidratados de ferro,
sempre con
trã¡ i to maci ço.
Propriedades fÍeicas
cor preto cinzento
britho metãlíco
transparônci.a gpaca
du re za
6
hãuito granurar e octa6drico
pâso específ ico rel.ativo 4, B5 a 5r0g
A variação do pâso específico rerat ivc¡ nas
diversas amo'tras examinadas deve-se ãs íncrusões
de he-
matíta detectada aos raios x, sendo que o diagrama
de pó
(Tabela 14), comparado com os resultados
consÈa'tes da
ficha AsrM ng 11-6r4 rmostrou diveraas rais
excecrentes,as
quais foram identificadas com as da f,icha
nÇ r3_534
da hematita' Devído ã pequena intensidade ^srM
das Linhas da
hematitar consi.erando as da magnetita, concrui-se
que
hã pequena quantidacle de hernatita em miBtura,
deve'do es
ca ser proveniente de oxidação de parte da magneti
ta pre
Bente e atravãs de físsuras e fraEuras.
 existância de magnetita nâ aÈual zona de
oxidação da jazida pode 8er atri¡uí¿a à presença
de
decorrente da decomposição dos carbonados existentes. "o2'
no
mãrmore a1í encaixado, poía, segundo Whi
te (1941 ) , ôsse
gâe nas soluções ricas em ferro provenientes
de sulfeÈo,
facilíta a precípítação de magnetita e não dos outros
õ-
xíd os
Malaquíta
A malaquita, CuCOr. Cu (OH)2, ê enconrrada,na
Mfna santa Blandina, em quase todos oB rocais
doe atuais
-9 6-

clnco nfv¡l¡ de ¡,¿vr¡ o tm codoa o¡


¡f,loren¡onEo¡ do vf_
eiro, ínclueíve naquelee a oeste
e a leste da zona mine
ralizada principal. Na grande maíoría
das vâzes es,;-;;
socÍada ã crisocora, em alternância
de camadas conì;r;r-
ções de milÍmetro de espessura atã cârca de
um centíme-
tro (fotos 2I , 26, 27 e 30). Outras
vâzes reve6Èe as
paredes de cavidades, recheando-as
em parte:. (fotos 27 e
33) ou totalmente, chegando a formar
blocos maciços, co
mo exemplo o da Foto 4o bl0co
ôsse de volume excepcio-
na1, com mais cle doís metros cú¡icor¡.
Revestindo aB 6uperfÍcies da caverna
vel I r apresenta-se com formas. cre estalactites rfo ní
e esar,;u
mites, com aspectos namel0nares, reniformes
e botrioida
is (f otos 22 e 23). pode apresentar_Be
oncleada, que 6
um8 forma singur.ar aínda não víst8
0u descrita n¿l lite_
ratura consultadao assemelhando-se
a uma superfÍcie ra_
custre ou marinha batida por f ,rrtes
ventos, ou a uma su
perfÍcie arenosa com marcas de ondas
acentuadamente prg
fundas e com as¡ crístas curvadas para
uma dada direção,
(foto z4) ' Eu¡bora as camadas sucessivas
indíquem cres-
címento semerhante äquelas amos tras
normalmente re.ifor
mes ou mamelonares, a superfícíe
resultante dã a impres
são de ter sofrido aprofundamenÈo
dos sulcos entre as
O:r erosão" Todas as amosrras visras com êsse
::::tas,
nab¡'to esteo cobertas com uma útt'ma
camada de pseudoma
laquita.
Nos afloramentos dos vieíroe a
malaquìa"
8e apre6enta na f,orma de manchas ou
delgadas pelícu1as,
com alguns centÍmetroe quadrados
de ãrea, recobríncro o
qusrtzo e outros mineraía, assumindo
aspectos botrír¡i¿a
ir a8 quaie ãs vôzes 8e spresentam
' desgastadas pero in
cemperiemo
Fraturas naB encaixanÈes e na ganga
são oÊ
cupadas pela mar'aquíta (foto 34) e
hãr €n' certoe rocais
impregnaçõee avançando atrav6s de
nícrofraturas e colo-
rindo de verde as regíões penetradaB (foto
5).
Bn alguna locaiB age como cimento,
ligando
frouxamente fragmentoe de outros nineraíe.
(pfÍùcipalmen
-97 n

TABELA Lt¡'

DIACRAMAS DE PO DE MALAQUITA
Santa Blandina Sintãrica
d (8) T-IT
'o d (8) Tlro hkl
,49
7 2 7 r4L tl 110
6,O4 6 5rgg3 55 020
5,0g 7 5r055 75 L20
4 rlL 2 4 ,699 13 200
3,70 I 3 ,693 ' 85 220
3ro5 2

3,O2B L7 310
3 ,00 2 2,gB8 L7 040
2 r87 10 2,857 100 ão r- 140-t B6
2 r923 40 i11-021
2r79 6 2r778 45 320-211,
2 r53 5 2052Q s5 240
2 r49 2 2,477 30 20L
îÀ
2 ,44 2 r46Ìt 35 330
2 ,39 I 2 ,425 20 2LL
2 r3t+9 1? 400-13 I
2,32 2 2 r3L6 ]"7 ã¡r
2 r29 0r5 2,299 L7 221,
2 r26 2 2 1252 7 5zt
2 rLg 3 2,186 20 041-420-T41
2 rL4 3 2 rL6O 7 340
2,Lzg 20 250
2,07 2 2,07 6 L7 5¡r
2,054 9 3r1
2 1022 5 430
2 r0o 1
4 l.,ggl 11 060
LrgT7 L lrg6g L7 32L
L rg49 2 L rg47 t5 160
l rgL2 2 1¡911L L7 ïsr-z¿r
1, ggg 13 350
1r955 3 510

L
-98-
TABELA L4 (conrÍnuação)
DrAcRAlrAs DE põ DE MATAQUTTA
Sa nt,a Blandina Sinrãtica
d c8r rlr o d (8) ¡lro h k
I ,826 0r5 1 ,933 g Vst
1 ,795 I
i.,759 11 411
Lr6gg 3 L,696 9 4 2L-06L
t.r691 25 îor
Lr676 2 L,679 13 4sa
L ,647 I 1r640 il ão t
L r623 I 1r616 L7 431
1,593 2 I,5gg t7 0r2-540
L,577 L t,57L t3 351
LD54B 0r5 10541 7 102
1,53tr 13 11,2
1,510 3
lr4BL 4 i.,480 5 r80
'i,
,47 6 L7 17 l- 232-550
L,472 1t 5 zz- szt
L r425 tr,422
2
7 4si-5:e-s¡r
¡,,411 I 1,419 t5 tot Z

L,406 5 1t'z-3st
1"391 1,386 9 640
L 1362 3 232
L 1352 9 380
I,359 3 L,349 11 302
t,337 0r5
L Ð260 0'5
'L
r2LL oo5
L,L67
L rL2V 0r5
1,095 0'5
Cu Ka 23 horae
30 KV 15 nA
Filne nQ L 67L FÍcha ASTM n9 t0-399
C âmar a Debye-Scherrer
1L4,6 nnØ
-99-
te quarÈzo, grarrada e epÍdoto) e f ormando o que se co¡
vencionou chamar de malaquita terroga"
As superfícies de crescímento livre Èem aB
pecto sempre mamelonar ou reniforme, onde 6 comum serern
encontradoe esf erur.ito6 quase perf eitos, f ormados cle ca
madas concântricas de diversa6 tonalÍdades de verde.
O tráUito acicuLar, fibroso ou fibro-radia-
do ã mais comum quando a malaquita cresce diretamente
sôbre a bornita ou a caLcocita, a cujas expensas se for
ma (fotos L6 e 17). Êsses agregados sub-pararelos rem
pouco mais de um mírínetro de espessura e aB aclculas
são facílmente deetacãveis co¡u o uso de estilete, são
de côr verde mais pura e mais transrúcidas que as amoa-
tras com outros hãuitos. podem 9er encontrados, em cer
tos locaís, agregados de malaquita fibrosa entre cama-
das de malaquita maciça (foto 2s), tendo sido, portancq
formada a partir de soluções aquosas ttazidas de ouÈras
parÈes e não ã custa de sulfetos de cobre daquele mesmo
ponto.
Propriedades fÍeicas
cor verde cLaro atõ verde
es cu ro
br i tho perlãceo a sedoso
Èr'ansparêncía translücida a quase op3
traço verde claro câ
clivagem perfeita, segundo (001
nas acículas
fratura s emi-conc6ide a rrregu-

dureza lar
menor do gue 4
pêso específico relativo 3r72 a 3r93
carãËer axiaL e einal 6ptico biaxial (-)
índÍces de refração g 1,655
B 1,975
Y 1,909
pleocrolamo perceptÍvel
Os prineiros diagramas de p6, feitos
com a
mal.aquita maciça finamente triturada e usando a câmara
Debye-Scherrer, não deram resultado satiefat6rio, poís
a'e raÍas obtidas nos f i lmee eram em pequeno núrnero e
,
-100-

Foto 23 , r()sa (Carrl-o lr rl r , í.riiluerdo


r e cober t;t. p or ll ,' r í.¿r. inaCíçA
ronr cambdas ri ,ì{:r)lâ.

Foto 24 icada; c()rCe r¡r.:frl í poli.rJo mos


ia de cerlla(l¿ìs ilr_,:,trìnlaqrritar-
ì, criBoc()1a (;r::r.r'ì. clrrro) e
t-a (verde encrll-()), Â camada
" Euperficial ii rìr,
o Com lrrpa í r) l'rr," ', r'r'.1;ct.trlo¡la-
t'..t, 3 X.

t
-101-

a1ãm disso, Largaa e dÍfusaa. For oucro lado, os fi lmea


-diagrama obtidos com a malaquita acicular ou fibrosa ,
com a mesma t6cnica, deram filmes excelenÈes.
InterpreE.ando âsse faÈ.o como eendo decor-
renËe da cristaLini¿ade incipiente das primeira.s amos-
tras our então, de amorf ização das mesmas por efeiro de
de trituração que precede a anã1ise -como jâ fôra mos-
trado por Camargo et Bruder, 1965- foram feitos alguns
diagramas dâsse s¡ineral com a câmara de Gandolf i, util.i
zando fragmentos do mineral, não Èriturados, tendo siclo
obtidos diagramas muiËo mel.horeB.
A Tabetr a L4 compars os resulÈados ol_¡t-rdos
com a malaquita fibrosa e os da ficha ÂSTtf nÇ l0-399rre
ferente a amostra sintética, preparada ¡to Natural Bure-
au of Standards (E.U.A. ).
As curvas da f ig " i.0 mos tram os resultados
obtidos na nnálise Termo-Dí.f.erçnciaì- da malaquita de
Santa Blandina, Itapeva e e de amostras provenientes de
Adrian6polis, no Iistado do Paranã. Beck (1950) esÈabele
ceu que a malaquita decompõe-se a 3Bsoc¡ rêação que se
inici.a a 325oc e t,ermina a ¿+2Ooc. Cocco (195f) encon-
trou esEa reação a 4L0oC, concluindo que a fusão da ma-
laquita se dã a 1080oC"
Nas aná1ises procedidas o pico enclotËrmico
foi registrado a 375oC na malaquita de Santa Blandina e
a 3B5oC na de Âdríanõpolis. Hã um pico endotãrmico fra
co a 100oC, nas cluas curvaE , que regís tra a perda d e ã-
gua de umidade e um muito intenso a cârca de 950ocr eue
corresponde ao ponto de fusão do mineral. Não ã conveni
ent,e atingir essa ú1tíma Èemperatura na A.T.D. da maía-
quita, pois a fusão do material invariavelmente inutili
za os pares Eermo-diferenciaís do equipamenËo, causando
eãrioe transCornos.
O maEerÍa1 resultante da queima das amos-
tras de malaquita duranËe a A.T.D. foi anaLisado sob di
:
fração de raios-X (díagramas de p6) tendo acusado a for
mação de cuprita e de tenorita.
A mal.aquita forneceu os seguinÈee resulta-
-r02-

NOv a ,l

Foto 25 lÍ¿ilaqrrica fibrosa em procesBo de substÍtui


çåo por cri.socola . 0 conjunÈo fo rmou-8 e
em c.avidade sôbre restos da encai xante al
terade. 0xidos h idratadoa d.e fer ro em rnaî
rpm egcuro. Fo to com lupa fotogr a1.b-.
rce.
30 x.

t
,
Fo to 26 !faLaquíta e crisocola em ccmadae eltgfnedes.
A cfisocola substituindo a malaquita Ê par
tir .de f raturae e dae 6uperf ícies dc.contaî
to doa crietalÍto5. fotorcom lupa, dc emos
tra eeuripolida. 20 x.
-103-
dbe na anãlise quÍmica procedida:
CUO 66 ,7 gZ

c oz Lg,og7.
Hz o g ,687"

si oz 4 r5BZ

F"z o3 r ,907"
100 ,032

A elevada quantidade de eÍlica detectadå de


ve-se ãs finas camadas de crieocola inÈercalada.s com as
de malaquita e que não foram ínteiramente retiradas na
seleção do material. O ferro acusado deve-se a minúscu
los pontos escuros nos tr imites entre cada camada"
A curva da Figura L6 corresponde ao espec
trograma de absorção de raios infraver¡nerhos " seus re
sultados coincidem compLetamenr.e com aquâles obtidos
por Moenke, H. (1960) a partir de amosÈra proveniente
de Nishne Tagi1, Ural, dentro da faixa de 400 a 1 800
(.r-1) , ou sej a, de ZS a 5 r5 micra. Â anãlise agora
procedida, ent,retanto, abrange f aixa muiÈo maior do es
pecËro, de 300 a 4 000 ("r-1), ou seja, de 3313 a 2"5
micra "

 malaquíta da Mina Sant,a BLandina apresenta-


-se em doís tipos díferentes, segundo o grau de crista
linidade. o tipo de menor grau pode t,er hã¡ito maciço
(Foto 4) ou em camadas intercaladas com crisocola ( Fo
tos 24, 26 e 30), oü, ainda, cimenÈando frouxamente
grãos de outros minerais - a malaquita terrosa (Foto 23),
F' dif íci1 individuaLizar os cristaríros e, nos dois pri-
meiros casose noscra aer maie coerenÈe (maior dureza)
sob a ação do estilete, tEansformando-se em pó fino sob
a ação dêsce ingtrumento. A côr varia em diversos tons
de verde pãri¿o (Foto 27) e a transrucidâz é uraie baixa
que no típo bem cristalizado " Âo microsc6pio apresenta
ativídade õptica incipient,e, com figurae de inrerferân-
eía díf usaB " I' o tipo que domina em tocros oa nÍveie cle
'104-

Foto 27 - ltalarluit.a (verde claro) ser¡clo eubFÈituida


por crisocoLa (azul muito claro) e Èor
l):ìclr<l<:,nial.aquíÈa (rrer,le escrrro). No ientro
ern t.(.rr;a(lo, õxidos hirlraÈados de ferro.
I'f arr¡sliq cortado à
Foto com lu
prr f otogrãf íca. l0"eripolido.
x.

Foto 28 * l'l aLe<¡uit;r (vertJe e amarelado) em processo


<ìe Êr¡t)stituição'or calcita (u,rrrrl").;;;i
rando grÊtas concânrricas (redução á"- ;ã
lurnq pela eaí,la <lo cobre). l,imånite: .ñ
vermelho. Lâmlna delgada. Nícois parate
los.' 24 x,
-1 05-

desmonÈe e a sua origem pode ser aÈribuÍde a soluções


descendentes que se enriqueceram ã custa do ataque a
sulfetos primãrios ou secundãrioe, indo depositar.-ee
nas fraturas (Foto 34) e ouËras cavidadee (Foto 33)
rpo
dendo ser chamada de malaquita transportada. A sua ag
sociação ã sempre com crisocola, às vêzes com pseudoma
laquita, est,as muitas vôzes substituindo-a (Fotos 26 e
27), como jâ foi mostrado por Grigoriev (1965), a par
tir de fraturas ou então a partír das superflcies de
contato dos cristaliËo8 " As análises química e termo-
-diferencial, bem como o espectro de absoreão de raios
inf ravermel'hos, f oram f eicos com amost,ras dêste tipo.
O segundo tipo 6 bem cristalizado, âpf,esen
ta-se sempre como acÍcu1as arranjadas em agregados sub-
-paralelos a fibro-radiados, formando carnadas sub-mil!
mãtrícas a milimãtricas (Fotos 16 e r7). rstã sempre
associada ã borniËa ou ã calcociÈa, em contato direto,
pois sua formação 6 atribuída ao ataque a ôsses sulfe
Èos por soLuções descendentes. pode ser chamadao poI
tanto, de nalaquita aut6ctone ou de substituição. sua
côr ã ¿e um verde maís intenso e uniforme, 6 mais trang
parente e apresenÈa maior nitidez nas figuras de inter
ferância do que a malaquita maciça ou transportada"
Algumas vâzes, porãmr pode ser encontrada
malaquita fíbrosa, com todos os caracterÍsticos físi
cos típicos mas depositada entre camadae de rnalaquita
'
rraciça (Foto 25): provãvelmente foi formada a partir
de camadas maciças maie puraB que se recristarizaram
na forma fibrosa ou acicular.
Em alguns pontos a malaquita sofreu ataque
de soluções que removersm t,odo ou quase todo o cobre
da aua constíruição r transfornando-se em calcita ou
calcita cuprÍfera. o fenômeno ã fãcilmente perceprÍ
ve1 pela descoloração da mar.aquÍta em zonas serni-esf€
rícas (Foto 28), acompanhada do aparecimento de fratu
raa seDelhantee a meía 1ua, cujae curvaturae são con
-106-
cântricas e acompanhando a eemi-eefericidade da zona d"g
colorida. Taie fraturas sãb grâtae que talvez aejam prg
venientee da contração de volume da cela unitária da ma
laquira ( 3B g,L2 83t para a cela unitãria da calcira
(2gLrL2 831 decorrenre da subetituição do cobre pelo cát
cio no retfculo da malaqu ita"

0uro Nativo

Devido ao aeu carãter quÍmico, o ouro tende


a isoLar-se quando são decompoetos os mineraie onde se
encontra disseminado. Sendo å calcopirita o mineral poI
tador mais provãvel (Tabela 1), a exten6a decomposição e
substituição dêste mineral, havida em Santa BlandÍna, 1i
berou o ouro existenteo o qüaf depositou-se em finae pg
1ículas preenchendo fraÈuras nos nineraís prã-exÍatentes,
principalmente sôbre quartzo e magnetÍta. Embora rara
mente, ainda podem aer enconÈradas taia pelÍculae doura
dae, principalnente no nlvel. 1..

Prata Nativa

Nas meBmaa condições do ouro, a prata tambãm


se ieola quando 06 minerais que a contãm eão decompostos.
Embora não tenha sído detectado o mineral prinãrio porta
dor, pârece provãveI que ôsse n:tneral seja a mesma calco
piríta"
A praÈa tambên forma vênulae em fraturag (fg
to 29), sendo maie fãci1 de aer encontrada do que o ouro,
preferentemente asBociada ã malaquiÈa, aog 6xidoe hidra
Èados de ferro e ã magnetita.

Pseudomalaquita

A peeudomalaquita, Cr3 ro4 (oH)¡ , ã o fosfa


to de cobre dimorfo da cornetita. Em Santa Blandina exis
te pequena quantidade do mínera1 em todos oB nfveis de
-107-

.ì t (.r 2.9 lf i . i. . 1 r. ,':-,::.i,,. i,ì ,,,. l;li I l) i,aÈ1va.


/ì. ¡l ri <: <'. i it <r ;i o ll (ì rJr T¡i r, ,¡í ,1 ív'er-' ,, oxidos
lrj,:¡'jil ¡t(lr.r:. iii, i r , r ¡tl Íii'I 'r: ' : Ç{iO' po
Ii<1+, I'iiroir¡ pai' I ql;;

FoÈo 30 ìi! o.i¡ll;ì(1Bs concen


f'(:tti ¿: r' j. r] r, r:<l I A , (bf al
i;ít-,i. ,l€r i,iiriatlui.te põr
r'i.liii i,:i. í'v'lfì{le egCUfO) .
¡,,1)rir-¡ ";Lt'¡li latt. Âmos
. /r,., i¡¡ir:r r (rt.o¡lfãTiãa.
_108_

desmonËe, exceto no nível quatroo O trãUito maie comum


ã na forma de crostas finas, de pequena exteneão, com
a parte superficiat deeenvolvendo-se na forma ap6fises
(Foto 31) ou de esferuliCos rodeadoe de ap6fieea (Foto
32) assemethando-se a minúsculas f lores verdes. Outras
vãzes a crosta recobre superfÍcies reniformes a bo
t,rioidais da malaquita e crisocola, apresentando
""Ou!
to externo musciforme (Foc 22, ou quase liea (Foto 23).
Apresenta-se, ai.nda, na f orma de camadas lisas reco
brindo a malaquica ondeada (Foco 24), podendo ínterca-
lar-ee em camadas com ãste mineral. Pode aer vista,
tambÉm, substituindo a malaquita no interior de corpog
reniformes (Fotos 27 e 30), mas provãvelmente não sube
Èitui a crisocola (Foto 27). Alguns esferulitos de
pseudomalaquita, isolados, podem ser encontrados sôbre
minúsculos cristaÍe de quartzo secundãrio, associadoa
ã corneÈita. (Foto 19) "
Alãm do fato de não ter sido encontrada
com formas cristalinas exEernas, deve-ee salientar que
a pseudomal.aquiÈa de Santa Blandina raras vâzes aprg
senta-ae isenta de inclusões de 6xidos hi.dratados de
ferro e de outros materiais de a1Èeração, oe quaiB en
globa durante aeu crescimento.
Proprie<lades fÍsicas
côr verde escuro a verde
azulado
br i tho resinoBo
tr an I parAnc i a semi-tranelúcida; seni-
transparente nae bor'das
mai e f inas
Êraço verde egcuro
clivagem não obeervada
dureza pouco euperior a 4
a-.
pôso específ ico relaËivo 3 r6
caráter axial e einal 6ptico biaxial (-) ?
índices de refração 1r73 e 1r88
'pleocroiemo lmperceptÍvel
TABDLÂ 15
-109-

DIAGRAMAS DE Põ DE PSEUDOMALAQUITA

Sant,a Blandina Saf f ord, Graham Co., Arizona


d t8¡ T,I T
o d <81 rlÍo hkI
8r51, <10 200
5,87 0'5
5 r32 1

4 r79 1 l+ ,7 8 10 210
4 r47 ¡.0 l+ r49 100 001
3r59 I
3,46 5 3,46 50 Ir r-¿ ro
3 ,34 <10 111
3 r24 1'5 3 ,256 <10 2LL
3,13 14
3el.L 4A õor
3 ,05 30 401
?
3 ,02. 3 ,02 <10 5rr
2og{i 40 311
2 r93 I 2 192 30 510
2 ,867 10 o20
2 rB2 2 2 r832 10 120-600
2 r724 30 7rn-ZZO
2 r7OO 10 411
2,66 0r5
2 r55 I 2,561 20 320-610
2,468 30 5rr
2,45 6 2,443 60 511
2,4Lg 60 6or-ozr
2 7 2,386 70 601.-121
'l+o
2 r35 5 2 1324 50 izt-zzt
2 r2B I
2 r22 6 2 r234 40 ¡zr-6rr
2 rlg6 10 6 I 1-520
2 rLzg l0 îzt
2 rLO I 2 r094 20 42L
2 roL E
2r018 10 ozo-7rr
- 110*
TABELA 15 (concinuação)

DIAGRAI'TAS DE Pö DE PSEUDOMALAQUITA

llanta Blandina Safford, Grahan Co, ¡ Ari zona


,r (l) tlÍo d <81 rlro hkl
1,993 10 810-Ï1 1

L,961 10 52L
1,945 <10
1,906 <10
1,855 30
L,816 r0
r rB0B 1 L,791 10
11765 40
t,731 3 L
"7
30 50
1.,704 2 1,703 1o
11692 ro
1,ú70 20
1.,624 2 L s624 20
1,598 1

i,571 3 Plua 20 Lineg to 1r040


t.,503 0r5
1,481 0r5
i,416 1

11352 I
t.0330 3

ûu Ka 23 horae
30 KV L7 nA
Eilne n9 L 673 Ficha ASTM n9 13-28
Câmara Debye-Scherrer 114 ,6 mmØ

,k'k
U
:111-

c't

Iroto 31 . 'foame.

Fotq¡ 32 r {ii¡ ¡ t .'i : ,r' i :ir!; r()dt:;rnflo eFferu


¡ atil){ r î f lo¡:ers. Foto , coñ'
".:if í c ¡
-LL2-

A pseudomalaquita de Santa Blandina, ao ni


crosc6pio, apresenta-se com aspecto semifibroso a naci
ço e ã sempre cripÈocrisÈa1ina, mo6trando-Be iluminada
durante o giro de 3600 da platina, sob nlcois cruzados;
não tendo oferecido condições de estudo 6ptico nem com
a obj etiva de maior aumento (de i.mereão) "
A identificação do míneral foi confirmada
aos raios X (diagrama de p6) sendo os resultados compa
rado6 com os da ficha ASTM nÇ L3-28, âetes obËidos a
partir de amostra proveniente de Safford, Arizona,
E.U.A., (Tabela 15). ALgumas raias não idencificadas
no mineral de Santa Blandina, podem ser arribuídas a
impurezas microsc6picas da amostra.
A origem da pseudomalaquita de Santa Blan-
dina parece ser secundãria e semelhanÈe àe doa outros
f osf atos al.i present,es.

o'ê:gi-lg"

Na zona de oxidação do vieiro principal da


t'iina santa Blandina foi. enconcrado um material com es
pecto argiloso preenchendo cavidades de alguns milímg
tros atã muitos centÍmetros de diâmetro" É muico abun
dante (quase 57. de jazida) e possui côr verde, em tona
lidades que vão do claroo quase branco, atË vercle mui-
ro escuro; ou então côr marrom, desde o claro, rosado,
at6 o escuro aemelhante ã côr do cafá.
As fotografias nrs. 30, 33 e 34 moBtram
"".gi1as" de diversaa côree, associadas à malaquíta,
crisocola e 6xidos hidratados <le f erro. O trãUito ã ma
ciço, ãs vêzes mostrando grêtae de resBecamento preen-
r:hidae por malaquita ou peeudonal-aquita.
Propriedades fÍe icas
cor verde e marrom, divergoB
to ng
brilho ceroso a fôsco

1.,'
TAB E LA I6
RE S fDUO DA QUE IMA D¿ ,ARGILAS '' VERDE S
Es cura Clara s Cristobali ta Tenor i t a Cuprita
d <81 r/r o d c8l rlr o d c8l 7/ro d t8l rlro d c8l 1lÍo
4 ,03 10 4 ro9 10 4,05 100
3,11 0r5 3,13 0r5 3,135 11
3r0o 0r5 3,01 0r5
2 ,90 0r5 2,85
3 ,020 g
1 2,941. 13
2r72 0r5
2,7 5L L2
2 ,530 49
2,5L 8 2 ,55 4
2,523 100
2 2.0
2 146 2 r48
"485
1 5 2,465 5
2 o465 10O
2,323 96
2,3L 9 2 r34 4
2 1312 30
2,L3 0r5 2 rl5 1
2 37
2elLS 5
"L35
2 roz 0r5 2,OLg 3

1"959 3
L,g2 5 0r5 L,g29 5
1,958 2 1,97 3 1,970 7
I

l¿t
1,966 25 l
TA3ILA 16 (conrinuação)
nesfnuo DA QUE rM.å, DE "ARGILAS " VERDE S
És cura Clara c Cristobalita Tenorita Cuprita
d <81 T./T. d t8l r/r o à (8) rlr ä r8l
o ¡lro d c8l ¡lro
L,77 g 2

L,707 L,743
0r5 1,690 3
1,613 0r5 L,6L2 5
1,600 3
1,575 1
1"591 L4
1,533 3
1,502 2 1,512 1,505 20 1 ,510 27
L,467 0r5 L,494
I ,431 3
1 ,413 1 L,4L4 0r5 L,419 L2
1.,399 10410 15
L,37 5 1 1,392 0r5 1,375 19
1,301 0r5 L r2gg 0"5 I,3C4 7
1,291 3

L L7 I
"297 ts
L,265 a.
.t
- -. J '.- -:.4 16 (ccnr:nuação;
R.E s iDUO JA QU¿ TþfA DE "ARGILAS '' VERDE S
Es cura C1 ara s Cristobalita Tenorita
d <Rl ¡lrs d (8) r./r o ¿ CRI r/r^O Çuprira
d <81
\--l T./r d t8l rlÍo
1,257 0,5 O

L 1262

1,196 L,233
0r5 1"1961 2
L,Lzg 015
1,1556 4
1,099 0r5
1 ,0 916 6
0,ggog 4 0,9795 4
0,9390 4

Cu Ka-23 horas Cu Ka-23 horas Ficha ASTI{ Fic,t¡, ASTM


30 KV-17nA 30 KV-17 nA Fictra ASTM
Filne ug I nP 11-695 n? 5-55i
635 Fil¡ae n9 i 63g n9 5-6 67
1
C.âmara Debye-S.cherrer 1 14 ,6 mmø
(¡l
I
TABELA L7

RE S lDUO DA QUEIMA DE ''ARGILAs


'' MARRoNS
Escura Clara Cris tobalira Cupríta
d <81 r/r o d (si ¡/ro ä(8 )
Teuorita Ferro c
T./r
o d C8l y/ro d C8l ylro d tgl r/r. o
4,o7 10 4,07 10 å,os 100
3,L4 0,5 3 ,13 5 11

2 r87 3 ,020 9
3 2, gg 3 2,94L 13

2,751 12
2,52 2 2 r52 2,530 49
2,523 1oo
2,495 20
2,46 10 2,46 9 2,465 5 2 100
2,33 2 2,32 2 "465
2,22 0r5 2,323 g6
2 rl3 2 2
"3L2 so
2,135 37
2,119
2,O4 2 2,o4 2
2 ,09 0r5 2 ,0Lg
2,0269 lOO
L,g4g 0r5 I
1,959
o\
I
TAE E LÅ J. I (continuação)

RESÍDUO DA QUEIMA DE
Escura
''AR GITAS'' MARRONS
Clara Cristobalira Cupri ta
d (8) rlr o d (8) r./r^ d rgl rlr
TenoriÈa Ferro c
o d 8¡ T"lro d c8l r/r^ d cll TITo
'1,
5
"g2g
lng7o 7
1,865 I 1,969 I
1"966 25
1,703 0r5
L g
L
"692 0r5 "77
2

I,664 L,743
1 1,665 I 1,690 3
L,623 t I,625 1 L,6L2 5
1 ,600 J
L ,576 2 L r57 4 3
1,591 14
10533 J
1,510 2 1,504 0r5 1"5ic ,1
1 ,505 20
L"494 5
L,44L 3 L,443 4
L 19
1 ,431 3 "4332
L ,4L4 0r5 1,413
I
1. ,419 L2
F
I "410 15
I
T.å.tl E LA 1.7 (conrinuação)
RESTDUO DA QUETVA DE
Escura ''ARG ILAS '' MARRoNS
Clara Cris tobali ta
d (8l r/t o Cuprita Tenoríta
d (8) ï/t^o _ (R)
d rlr ¿ f8l
Ferro c
\--, Ll
o ¡lro d (A) rlro d rgl r/r o
1,379 0r5 Lr374 1,399

L,290 2 1,293 1,304


0r5 1,291 L,297 L7

|,265 6
L 1262
L,249 0r5 7
L
1,19o "233
1"1961
1,130 0r5 L,L702 30
1,099 0r5 1,092 1"1556 4
0r5
1,063 I 1,0916 6

1,0134 g
o"g7g5 0,ggog 4
Cu Ka-23 horas Cu Ka_23 horas 0"9390
Ficha ASTM Ficha ASTM 4
30 Kv-15 nA 30 Ky_15 mA 0,903 4 L2
nQ 11-695 u9 5-667 I
Filne n9 I 666 Fílne n9 L 0 6
Cânara Debye-Scherrer LL4
667
Ficha ASTM "9275 H
æ
rnnØ 16
Ficha ASTIf I

n? 5-661 n9 6-696
_119_

tranBparânci.a eemi translúcidae a opa


cas
r rsço
branco a verde eacuro,
tambËm marrom
fratuna semi_conc6ide a írregu_
1ar, atã plana
durezs 1r5 a 305

Para facilitar o trabalho de pesquisa e a


exposição doe resultados, resolveu_se
classifícar âsee
uraterial em quatro tipos, segundo o
crit6rio da côr:
típo 1 - ""rgi1a" verde clara
tipo 2 -,,"rgila'n verde escura
tipo 3 - tt".gi1a" marr om c i. ar a
tipo 4 - ""rgila" marronr ef;cura
Aeeím, o pêeo específico relativo encontra_
do para og quatro típos f oi o segui¡rte:
tÍpo1-O16TalrlO
tipo 2 - L,ZO a lrg0
tipo 3 - 1,45 a L,7O
tipo4-L,7SaL,gz
Ao mícrosc6pio, sob Luz cransmiticla,
consÈa
tou-se que o material Ë quase totalmente
coloidal, com
r*ras partículas submicrosc6picae apresenÈando
ativictade
'iptica perceptívetr - Ern apenas uma 1âmi¡ra crergada, f eita
ijorrr material inrermediãrio entre os tipos
I e 2, consÈa_
tou-se a íntercaração de ar.gumao camadas
de calcita trang
¡rar"ente o muito f inas " A identif icação
da calcíta deveu_ -a.
--rir:ì à 8ua alta birrefringãncia
e efervescôncía
(rue de um esrilere umedecido
em ãcido c10rídrico"ro-" ¿iruÍ¿l-.
so, 1uz ref letida o material não apresenta
refretívi¿ade
e não mostra qualquer atividade 6ptica.
Tôdas as tentativas para obtenção
de resul
t:ado8 com difragão de raíoe x foram
infrutÍferas, ,"jl'
na cânara Debye-scherrer com amosËraB
purverízadas ou na
de Gandolfi' com fragmentoa, ou aínda
no difratômetro com
.FåååË
ltt

GRÁFICOS DE A.T. D.
-72r

Fo to i,l;r¡.. ,ir: mal,a


r ,,i rrì t'na g f ltaT.
,i:,r .l rrpfi foÈOgrã

Foto 34 lr(ir "irr:gilatt, com


'':ì rrttlll-";rdag por ¡0al,a
.-r ltrl-r,,iÌlíf ica, 4 r.
-L22-
p6 compactado.
¡\mostras'dos quatro Èipos de material fo
ram pulvetízadas e aÈacadas a frio, durante r4 horas rpor
ãcido clorÍdrico diluí<lo (zoz). o resÍduo insolúvel foi
lavado e eôco em estufa (goo) após o que deu resultados
negativos nodifratômerro de raios X.
Una separaçso por pípetagem, do material ar
giloso maís fino e acusou no difratômetro de raios x a
presença de porcenËagem nuit.o pequena de caul.inita e <le
nontroni. ta "
As "r.gi1as"
foram st¡brueliclas ä ¡tnãfise Ter
no-Diferencial, conf orme f iguras l1 a l4 (urna parå cada
um dos tipos), cujos resultados vão ¡rL¡aixo resumidos:
Tipoe Êicos endotõrmicos Pícos exotármicos
(em graus Cejsirre) (eo¡ graus Celeius)
verde cl.ara' 140-510-7 30*9 7v 69 0-9 20
verde eGcura r50-510-730-970 69 0-9 20
marrom clara 130-530-700-820-970 720-910
marrom escura l-50-530-790-970 7 2s-930

As curvas de " são aemelhanÈes entre sí,


^.T.D
principarmente ern relação aoa picos cxotãrmícos, que cor-
respondem aos da crisocola. Â nalaquita tambãm apresenta
o pico exotãrrnico de alta temperatura, mas a 940oc e não
a 910oc como a crisocola. parece que a quantidade de ma
1 aquita na mistura ã ineignificante, pois o seu intenso
pico endotãrrnico aoB 35ooc não apareceu ou então foi com
pletamente mascarado.
relação aoB picos endotérmicos, o de 130
Em
a 150oc é comum aos quatro tipos e deve referir-ee ä per-
da de água, enquanto o pequeno pico d¿ 510 a 53ooc ã devi
do a pequenas porcentagens de cauL ini ta presente , pois
âsse pico ã caracterÍstico para ôe te mineral. o pico en
ddtérmico na região doe 7oo a 730oc pode 8er atríbuÍdo ã
oxidação do cobre e forrnação <le cu0 e ã comparãve1 a outrag
c.urvas apresentadaa, ao passo que o pico na regíão de 7g0
_L23._

a 820oc, embora sej a comum ã malaquí ta . à crísocola


rpo
de ser melhor atribuído a âste úrtimo mínerar.
A rea
ção endotãrmica aos 97ooc, comum aoa quatro tipoe de
"argilastt, corresponde ao geu ponto de fusão.
O material
foi analisado quimicamente e for
neceu os geguintes result,ados r €rl porcenÈageng:
Ti.po L Tipo 2 r 1.po J Tipo 4
s io2 31,36 27 ,o4 31034 31,16
CuO 29 r64 2Brg3 L3,51. 13r66
CaO 1,33 1r00 2,33 1r65
Alzor 4 r0L 2 r04 10,49 13,79
F"203 2 o69 l.rg0 Br91 5 ,06
coz 0r49 0 ,20 0r59 0,5g
HZO total 30,99 3B,Bo 32 r6t4 33 ,97

Somas 99,50 99,91 99,81 9g


"97

anã1ise quÍmica ciemonstrou que o maÈerial


.t1,
constitui minãrio de elevado Èeor em cobre, sendo
mais
ricos oa tipos 1 e Z, ao passo que os tipos 3 e
4 pare
cem dever sua côr mârrom ao maior tôor em ferro.
A erg
vada Porcentagem de sÍlica parece ser devida ì
crisoco
la presente na mísÈura e' tambãm, a um pouco de
caur.ini
t¿r, a qual seria*Eelhor justíf icada nos típoe
3 e 4, de
vido ã ¡raior quantid ade de alumina detectada.
o reeÍduo dae anãrises termo-diferenciaÍs
(aquecimenEo atã 105OoC) de cada típo de
mareríal foi
analísado sob difração de raios x, tendo o diagrsma
de
pó do reeÍduo das tt"rgi1ae" verdes acusado a pregença
de cristobaLita c, tenorita e cuprita (Tabela 16).
o re
eíduo das argirae marrons acusou, a16m daqueres,
s for-
mação de alumÍna (Tabera L7). Êsces resurtados
parecem
conf Írma'r oa dadoe obtidoB nas anãlÍeee quÍnÍcas proce-
-L24-
didas.
Outra tentatíva para def inir estas,,argilas,,
consistiu na execução doe espectrogramae de
abeorção de
raios infravermerhos (Fígura r6), cujos reeultadoe
parg
cem justificar a classificação dâsse matería1 nos qua
Èro tipos., j ã ref erídos.
Hã tazoãve1 siniraridade raa bandas de absor
ção entre as curvas dos tipos tr e 2, bem como entre ag
dos tipos 3 e 4. TanbËn a intensidade dos picos,
(lue
corresponde ã porcentagem de absorção d a rad
íação na8
diversas bandas de comprinrento de oncraB, mostra
a seme
thança dos tipoa verdes entre ei e aos tipos marrorls,
tanbãm entre si "
por outro Lado, hã nír.r-rl .r ßcrrìelhança
entre
os gtâticos obtídos com as r'"rgit¡ir" :., () grãfico
da cri
socola, não havendo ease semer-'.lnçr^ ,.^tre aquô1ea
e o
da malaqui ta. Estes dacros parecem ser confirmados
pela
aná1i-se química procedida, onde o alto teor
em sílica e
col¡re seria explicado peLa presençå rle crisoco
la neBsas
""tgi1as", a quar estaria em mistul:.ir conr o maËeriar
de
alteração de outros minerais, provävei.nrente argilas
-. cau
rrn¡'Èicas e nontronÍticas.
 origem secundária das,';rrgi1as,, p.rece
es
tar suficientemente provadà, não tenrl0 sido possÍve1
a
sua perfeíta caracterização, em vi.rtrrdc ae tratar-Be
de
uma míBture de substâncias minerais tle
compoeiçõea di
versas, em proporções não def ini.Ias. '

Material'rprâto avermelhado"

Um outro materiaL de difîci1 caracterização


e largamente difundido na zona cle oxiclação da Mina
San-
ca Blandina recebeu o nome de material "prãto
avermelha
do ", devido a sua cor preta quando em
massaB de eBpesBu
ra de aJ.guns nilÍmetros r mas com reflexões incernaB
de
côr vermelho vinho quando em j.ascas maíe f Ínae.
- L2s-

A sua associação ã prefercntemente com mi


nerais oxídados - malaquica, crisocola e 6xidos hiclra
Èados de ferro mas exíste tambéni jii*to À bornita e
calcocita. seu aspecto Ë invariäve1¡nenÈe macíço, ma
croscðpicamente aem qualquer tipo de textura e sempre
como material de preenchimento de cavidadee e interBcí
cioe entre ninerais (Fotoe 2L, 25 e 26)
"

!ropriedades fÍsicas
côr pre Co ; averme thado naB
lascas ¡nais f inas
bri lho sedoso
transparäncía semi t!:¡t¡rr;1íicido a opaco
traço CAS l: aillrrr ;tve1' melhadO
fratura senti ( (,,¡r-iiitle a irregular
dureza
pâso especÍfico reLativo l , (i';
índice de refração 1rB0 a 1-r83
O exame do material ao nri.crosc6pio, sob luz
transmitida, mostrou que o mesmo [?aï{:r.e Ërat.ar-6e de
substância ainda no estado semi-co1r'irla1. mostrando ati
vi<tade 6ptica i.ncípiente, embora hal,.r ,,:xrinção em certas
par tes de cada grão durante o gi ro d¿r p l a.t ina do micros
c6pio. (Extinção ondulante), As rerrrarivas com a obje-
tiva de maior aumento (de imersão), r:ar*bäm se mostraram
--
infrutiferas na determinação do caräLcr" axial e-; sinal
6ptíco"
Foram f eitoe vãrios diagr,r'*u,, com as diver
sas câmaras de p6 e com o dif ratôrnet,ro, para obtenção
de resultados com difração de raios x, todos acueando
a f alta de cristalinidade do materia,l "

A anãlise termo-diferencial feita com o ma


terial mosÈrou um píco endot6rmico a l.30oc relatÍvo ã
perda de (Olt) ligado ao ferro e outro a 29OoC que parg
ce referir-se ã perda de (oH) 1ígaclo ao alumínio (rigu-
ra 15); outro pico endotérsrico a 750o pode Ber devido
TÂEE LA 18
RESÍDUO DA QUEIMA . ''PRETO AVERMELHADO ''
Santa Blandina Magnetita
d Hemat ita X-Alunina
<8¡ T/t o d c8l 7/ro hk1 d t8l rtro d c8l rlT.o
4,95 2 4 30
"96 111
3,75 1
3 25
2,95 6 2,97 60
"66
220
2,69 4
2 169 100
2,52 10 2,53 1OO 311
2"42 1 2,425 10 222
2,20 1
2,40 40
2,09 2,2O1 3O 2 r27 20
4 2,o97 50 400 2,07 o
1,943 t 2 z,LL 30
1 ,83 g 40 lrgg
1,700 3 L,7t4 40
20
1,619
422 1,690 60
s 1,615 6CI 333-:rl
i"482 e 1,494 'lo 1,53 10
I,453
440 1",494 35
1

11395 1,452 35
1
(*) (**) 1,39 100
Cu Ko 23 horas (***) I

30 KV L7 ¡nA t9
o\
Filne ng L 662 (*) Ficha ASTl"f n9 I I 614 ¡

Cânarå Debye-Scherrer 114,6 (**) F icha ASTM ng 13 534


nmØ
(***) Ficha ASTM ng 4 880
-127 -

I
\ ,/-l
ì,,\.
i1, \ i ì. ,'\ ni,,i'
i
\

','
l,j\, '/ vï
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I
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| '.. a

FIGURA 16 -DIAGRAMAS I,] JNFRAVEffMELHOS SåttJTi\ ELANDINA - ÍTAPEVA


-t2a-
..:

'''l "',l'.*'-t.....\.i...'.*i

.......i,._...1..... .

1600 1400 1200 1000 800 700 600 s7o [cn-J


llil¡l 15. lIll.l0.I)irrgrnr¡rn von (,1ìr.yA,,k,,¡l ¡rrrs Bi¡lrr,. ,\rizr¡r¡,r

D"/o r"

80

60j

40 _.
L.

i/-
I
N
20 /\lAL/ L!ilr
Nt5HNt: l^Gt L UnAL

1400 1200 1000 800 700


rl I I

600 500 [cn-J


llilrl l.' llll. lrì.1)irìßÌ[Î[r¡ vo¡¡ lfrlnclrit, l,'r¡rrrlort liíi¡Lrrr, 'lìrcil. trr¡rl

,,Goath,¡'
-FeCOll
Co/ c ro do

Nolo¡e;¿ne¡t
rucJ;
Co¡nwotl

Oo/o
Ru b rnqlrm.. e¡
- FrO OH
S,èten

I 800 1600 t4oo t200 tc7o Bco 7oo 600 soo I cî;al
IÌ,1,1 r; \' .l t.. t tl \ -, : i til ,r¡¡.1 l, oUtt llr:,, r ,rÙL

FI GURA I7 - DIAGRAMAS DE INFRAVERMELHOS


_ L29_

ã formação de magnetita, âo passo que o pico exotãrrni


co a 670oc e aquâle acima de 9O0oC não pud er am aer
exatamente correlacionadoe.
O resÍduo do material "prôto avermelhado"o
depoie da queima atã 950oc duranÈe a anãfise termo-di
ferencial, foi submetÍdo ao exame sob difração de
raios X, na câmara de p6 Debye-scherrer de LLî16 rnilÍ
meÈros de diânetro, tendo acusado a presença de magne
titar cristobalita c e alumina (TabeLa 1B).
A anã1í.ee químíca acusou oB seguinteB re
eultadoe:
sio2 10,382
CUO 6,882
A1203 38,19i;
Ft2o3 25 ,6 | ',/.

HZO total L8-.'2l.2-


100,0.t.2

O espectro de absorção de raios infraver-


melhos do s¡at,eria1 "prâto avermelirado" (l'igura 16)foi
cotejado com diversos outros só ten<lo sido identif ica
da a banda de absorção da goethita de 6,45 a 5r95 mi
cra (1 550 a 1 680 cn-1). As demais bandas estão no
domínio das freqtlâncias caracterÍsticas de complexos
de rnetal e OIt2 de 9 a 18 micra e de ¡netal e COZ - 20
a 25 nicra (Nakamotoo K.o 1970), parecendo confir
inar a presença de óxidoe hidratadoe de ferro e de car
bonato de cobre.
As diversas tentat ivas d e caracterização
dôsse material "prêEo avermelhado" foram feitas tendo
em visÈa a sua larga distribuição na jazida e o aeu
alto conteúdo em cobre. Os reaultados atingidos, en
tretanto, Berviram apenaB para class ificã-to como de
natureza gemicoLoidal (não cristaLina) e de origem ae
cundária. A eolubilidade da aÍlica e doe 6xidos de

,lÅfu
-130_

cobre e ferro são reconhecidas, não eendo dífÍcil ligar


a origern dôgses componentes do material "prôto av€rme-
thadott, ã ¿issolução dos minerais da encaixante e do
vieiro. O conteúdo em aLumina, embora elevado, pode ser
explicado pelo fato de que ela e6 se mant6m dissolvidã
em meios com pH inferior a 4 ou superior a 9. como as
soluções ãcidas descendentee tendem a elevar seu plt rã
pidamente, em virtude da solubilização doe Íons dos mi
neraiB aÈacados e conseq{Iente saturação da sua capacida
de de reação, parece provãve1 a precipitação da alumina
e dos 6xidos de ferro e cobre a partir dae soluções com
ptl neutro ou fracamente alcalino.
-131-
MINERAIS DE ORIGEM METAMõRFICA

Crisotila

En diversos locaie do víeiro


de Santa
Blandina, principarmente em fraturas do escarnito altg

;:::',:;:"::"::'::ï":.;:::"ï:l il:,iî;"l.: l:l;",..;


a 6xidos hidratados de ferro, malaqui ta, crisocola,gra
nada e epÍdoto. Tambõm em um testemunho de sondagem
(de profundidade não determínada) foi encontrada
uma
fratura' no escarnito menoe alterado, inteiramente prg
enchida por crisotir.a (FoËo 42)
" Nessa amostra de eg
carnito oa principaís constituintes etram o quartzo gra
nu1ar, clorita e granadas "
propríe4adee físicas
cor verde-oliva claro
brilho sedoso
t rans p ar ânci a traneparente quando em
pequenoa feixes de fi
bras
Èraço branco Leítoso, esver-
deado
c 1 ivagem distinra, segundo (010)
dureza 2r5 a 3
carãter axial e sinal 6ptico biaxial (+)
Índicee de refração , $r11504ecLr4g
pleocroÍsmo percept Íve 1

i.dencífícação foi confirrnada po.r dig


.A
grams de p6 sob dif r!ção de raios x, sendo os
result,a
dos comparadoB com diågramas de crisotíla de di.rersal
procedânciae (TabeIä l'g) o catâIogadas por Beatry,
S.
van D. (1950) .
rôdas aB referências bibliogrãficas con
sultadas sôbre o asBunton dão como mais provãvel a
ort.
gem metam6rfica paralr a crisotiLa, por alteração de an
ABELA 19
DIAGRAMAS DE Pö DE CRISOTILA
Santa Blandina Lab rador Easton Canadá " Suiça
d (8) T/T d (8) rlr o
o d f8l T./r
o
d (8) rlr o d r8l rtr
9,22 3 9r1 6t
o
9r1 sf
8, 51 10 8r3 v.st gr4 v"st
7 r35 0r5
5,24 0r5
714 st 7 13 st
5r03 sk 5ro1 l¡k
4 177 wk
4,56 3 4 ,49 st 4151 st
4,29 I 415 st 4r55 r¡k
4,L7 v.r¡k 4 r2O wk
3,94 0'5
4ro st
3 ,60 v.wk
3 r40 3 r66 st 3 sr
2 3 ,42 r¡k "65
3,30 3 3 126 st 3r2g v.st
3,13 9 3,10 v.st 3rL2 v.sÊ
3,03 1
2,95 1
2 rBL 2 2r78 wk 2, gO wk
2 172 5
2 169 v.¡¡k I
2 r6L 2
2,59 v.wk (¡t
N
t
TABELA 19 (conrinuação)
DIAGRAMAS DE PÓ DE CRISOTILA
Santa B1 andi na Labrador
d t8l Eas ton ôan ad á
Tlt o d <81 r.tr d (8) rtro
Su iça
2 r55
'o d t8l ¡lro d <81 rlr o
1
2,45 0r5 2,55 r¡k
2,40 0r5 2,43 wk
2 r37 rk 2r3g r¡k
2,34 2
2 r28 0r5
2,Ll 2
"22 v.wk
3 2 rL6 v.rk Z rL4 v "wk
2 ro$ v"wk 2rOlO v "wk
2 rO2 3
I, gg03 l,ggg kk
0r5 1,gg v "trk
1,960 wk
1,go3g I 1 ,89 r¡k l, ggg n¡k
1,91 13 I 1 ,90 rk 1,89 uk
1 ,907 ¡rk 1 ,94 rk
I,7g sk
1 ,75 v.r¡k
1,6549 2
1,69 wk
1 ,63 8t 1,631 st
L,62gL I 1,62 8È
I,6093 I
1 ,613 st
I
H
t,
(.,
I
TABELA I9 (conrinuação)
DIAGRA}ÍAS DE Pö DE CRISOTILA
Santa Blaudina Labrador Ea s ton anad ã
d t8l C Suiça
TITo d (8) rlr o a r8l d <81 rlr o
1,5891. 0r5 1,58
T.I T
o d f8l rtr o
sk 1,592 ¡¡k
L,537 4 0r5 1"559 wk L r54 st
L,5L24 4 1r50 sÈ 1,499 st
L,467 3 0r5 l.,451 r¡k I,45 wk
L,4439 4 L,434 v.l¡k L,432 wk
L"374 v.wk
1,3654 0r5 L,352 v.wk 1,359 r¡k
L,3457 0r5
L,3L47 1 1,321 v.sk Lr32l v"wk
L,29gg I L,299 v.rrk Lr295 wk
L,269 v.wk L,265 v.wk
L,243 v.wk
L,Lg29 0"5
L,L254 0r5

Cu Ka 23 horas
30 KV 15 mA BeaÈly, S. van D.
Fi h¡e 1 626
American Mineralogist - I95O
Cânara Debye-Scherrer I 14 v.35 pp.579-589
,6 nEø I

(,
¡.
I
_135_

fib6rios e piroxânios magneeianoe, atã de


monticerlíta
(olivina), chondrodita (nesosailicato
hidratado), vesu
vianica (sorossilicato hidratado, co.plexo)
e tarco(f!
lossilicaro hidratado). A ssBociação mineral69ica vig
ta no testemunho de sondagem parece confirmar
a Líga
ção da sua origem aos processos metam6rficos que ae
so
brepuseram na região da Mína santa Blandína.
Na zona
de oxidação da j azida as indicações exiarentes
revam ã
afirmação de que a crisotila e a granada provãvelmente
sej arn pDodutos de fases diferentes de
metamorfísmo
anÈeriores ã mineralização e que elas eão remanescen
tes nessa zona Por que resistiram ao
ataque das eolu-
ções ascendentes e descendentes "

o grupo de minerais da ganga maís


ex
tensamente dietribuÍdo em santa Blandina
ã o das r""rr"-
das, que existe no escarnito em todos o8
níveis de des
monte em tô¿a a excensão do vieiro, ma' principalmente
nos níveis I e Z, onde a es carnitização
encontrou o
campo mais favorãve1 para o seu desenvolvimento,
cons
tituído pela lente de mãrmore aÍ encaixada.
Em certos
locais a concentração dos cristaia ã naÍor,
ocupando
30 a 407' do volume totar. da rocha hoepedeira.
Gerarmen
te os porfíroblastos são submilimãtricos _
alguns tôrn
mais de um milÍmetro de díâmetro a grande
maioria na
forma de ro¡rbododecåedros , mas exie tem
icositetraedros ¡
Nos exemplares examinados não foram encontradas
faces
de outroB s6lidos geomãtricos a não
Ber a do rombodode
caedro (110) e a do icositetraedro (hl1). -
As granadas acham_ee aBsociadas princi
palmen Èe ã bornita e calcopirita
na parte central do
vi e iro , mas tambãm ã calcocitar tnslaquita
e demais mi
nerais oxidadoe, quando em outroe locaíe.
Blas 8ao
muito comuns no material terroso proveniente
da altera
ção do escarníÈo, juntamenÈe com grãoe de epldoco
rnl'
"
_136.-

terial argiroso, formando maasa fracamente


cimentada
por 6xidos hidratados de ferro; quando
âsse material
terroso ã cimentado por carbonato de
cobre hidratado
forma a "malaquita terrosaÍ. Os crietaloblastoe de
granada freqüentemente são portadoree
de inclueões de
magnetita, mas exístem alguna menos impuroa.
propriedades fÍsicas
cor verde claro a castanho
bri l.ho v Ít reo
transparência eub tranBparente a trans
1úcida
traço incolor
clivagem não obeervada
fratura conc6ide a írregular
dureza 6,5 a 7
pâso especÍfico relativo 3,4O a 3r84
comportamento 6ptico ieõtropo
índice de refração l.,765 a 1, BB5
Inicialmente pensou-se que a granada
presenÈe em sanÈa Blandina fôsse
exclusivamente a gros
su1ãria" As idenÈificações com dífração
de raioe;,
por diagramas de p6, mostraram sempre
as raías predo
minantes da andradíta, com aLgumas coincídindo
com as
da grossulãria' para algun8 raros exemplaree
de côr
amarelo esverdeada clara, naie trangparenceg,
a íden
tificação recaiu nâ híbschita, variedade
híd""a"0";;
grossulãria.
Tendo em vista essas díscrepânciag
com
o que era esperadoo bem como o fato
de as granadas for
marem s6ries isomorfas às vâzes
conpletas, com o8 Íons
metã1íco8 8e intersubstituindo nas rnais
divereae prg
porções, foi preferida a claeeificação
dâstes minerais
por meio do mãtodo aprimorado por
camargo et Madureira
(1970) que utiliza o pâso especÍfico
' relativo, o ÍndÍ
ce de refração e um parâmetro complementar.
Tal parâ
_L37 _

metro ã a diferençar êrt ângetron', entre os valôres


Itdrr (dietância interplanar de
obtida em diagrama de p6)
da raia mais intensa da granada (4ZO) e do
quart zo
(1011) " Eete mãrodo símplifica o trabalho
de claasifi
cação, pois torna desnece'sãrio o cãrcuro do .o da
.ce
1a unitária do mineral, .i ìj aquela dif er"r,çã 6 f un
cão
-o do a

Para a aplicação do mãtodo foram eaco


thidos exemplares representativoe das varÍedades
de
granada encontradas, caracterizadaa pela côr
verde esme
ralda clara e per'a côr castanha avermelhada. Foram
ae
parados, Èamb6m, exemplares da côr verde mais
clara e
mais transparente. para eEsaa amostras foram
determí-
nados oa respectivoe pâsoa eapecÍficoe reLativoe
e Ín
dicee de refração, adiante indicados:
Pêso específico fndice de
relativo refração
granada verde 3r81 1,975
granada caBtanha 3 ,94 I,gg5
granada verde cl.ara 3,4O L"765
Utilizando êsses dados e parânetro
compLementar, o resulËado encontrado foí o
Beguinte:
granada verde 922 de andradita
2Z de píropo
6Z de espesBartita
granada cas tanha 9VZ de andradita
2Z de piropo
LZ de espessartita
granada verde clara 4gZ de hÍbechita
232 de groseulãria
292 de andradita
As duas primeírae amostrae eão, pol
tanto, andraditas quase puras e a terceíra cont6m me
no' de 307. de andradita e maie de 707. da séri"
,rorrr
1ãria-híbschita. Deve 8er considerado que a t iu""nf
T¡AEI.A 20
Deterninação de parânetro de
substância cúbica
Granada verde de Santa Blandina_Itapeva
20, d
TlT
o
(8) hk1 N" a *:
"*2obs.(ro7¡ (D 2(10') (o*. 2)2.x" {t014)
20,99 2 4,2507 220 I ^
05534 69 .L7 5
29 7 3,0094 +242 468.5r2
"66 400 16 LLO42 69.0r2
33 10 2,6890 +79 99.8s6
"29 420 20 13830 69 .150
34,93 1 2,5664 +217 94L.780
332 22 15183 69.0L4
36,54 5 2,4570 +81 I44 .342.
422 24 16565 69.020
39,13 2 2,3591 +87 181, 656
43r 26 17983 69.165
41"01 2 2,L989 +232 I.399 "424
52L 30 20682 68.940
,46,46 3 1, g52g +7 L.470
611 38 26223 69 .008
47,79 1'5 1,9015 +75 2L3.7 50
52,64
620 40 27657 69.L42
I L,7372 444 48
+209 L.747.240
33136 69. 033
54,99 3 L,6697 +100
640 52 480.000
359L2 69.062
57,2L 6 I, 6089 +L29
642 56 38636 ó8.993
865 " 332
6L,56 1r5 1,5051 +60
800 64 44L44 68.97s
?01. 600
69,79 1r5 L,3464 +42
7L,79
840 80 55163 68.954
112.896
2 I,3138 +2L 35.280
73,69
842 84 57s35 68.970
115 L,2845 +37
664 88 60608 68 " 873
LL4.996
-60 316.800
I
H
(,
æ
t
co¡iTIì,;UAçÃO O¿ TABEI.A 20
20 rlf o d (8) hk1 *, 1
tt<
N
c a a 'obs . (10') (D
1
2(10') (D 2)2.N"{t014)
79,58 0r5 L,2L63 ^
94L 98 67595 68"974 +41
^
97,03 2 1,ltg7 L64.738
r0"4.0 tr6 7990s
gg, 93
1r5
68.884 _49 278.5L6
1,0996 I0 "4.2 L20 82705 68.92L
92,63 1 I,0651 880 L28
-L2 17.280
88149 68 .8 66
100, 11 0r5 L,0047 12"0.0 -67 57 4 .592
r44 990 66 68.796
102,10 0r5 0,99043 -r37 2.702.736
L2.2.o 148 1,01941 68.879
104,03 1r5 o,97725 L2.2.2 L52
-54 431. s68
L,047L0 68.888
-45 305.775
solf¿,s"....... c. L"602 11,04304
11.800.139
Resultado: ao = L2r04L t o,ooz I
CUK 23 horas Cânara Debye Scherrer, 114r6
30 n¡n ú
KV 20 nA
.e = nãdia de 3 leituras
2
Fflne * 1659

I
(,
\o
t
TABELÀ 21
Deterninação de parânetro de suì¡stância
cúbica
Granada castanha de SanÈa Blandina
Itapeva
2O rlf o d (8) hkl N *t *
c a*2obs. (ro7¡ (D 2(10') 2.
20,95
(o 2) Nc (rola¡
1 .4,2568 220 B 05518 68.575
^ e
29,65 7 à, ors: .+ 54 23"328
33,29
400 16 10598 68.737 -183
10 2,6899 535.824
34,92
420 20 13821 65.105 +185
0r5 2,567 2 684. 500
36,52
332 22 15173 68.968 +48
6 2,4583 50. 688
39,07
422 24 L6547 68.945 +25
1r5 15.000
41,05
2
"36L9
43L 26 L7925 68.942 +22
lr5 2rlg69 52r 30 207L9 L2.584
46,49 6s.063 +143
3 L,g52r 6L3.470
47,75
611 38 26242 65.0s7 +I37
1 1,503 713.222
52,58
6 620 40 27596 68.590 +170
1 1, 7390 196.000
444 48 33067 68.889
54,58 3 L"6697 -31 46.L28
57,22
640 52 35913 65063 +143
6 1, 609 6 1063348
61,50
642 56 38647 6g.oL2 +52
1r5 1,5065 473.984
800 64 44062 68.846.
69,83 1r5 L,3457 -74 350.464
7L,79
840 80 5522L 69-026 +106
2 I,3139 898.880
73,7 5
842 84 57927 68.960 +40
1r5 I,2835 r34.400
664 88 60705 689B2 +62 338.272 I

¡-
o
I
CONTINUAçÃO DiUIâBELA 21
2o TlT d (8) hkl lÌ_ 1k) -, tt< 'l *
o
c a a 'obs. (10') (D 2(10') (D Ð.2. n" {1014 )
gB, g6
" a
1r5 1, 09 93 10.4" 2 LzO 82754
92,7
68.961 +4I 20L.720
6 1 L,O646 880 I28 88237 68 .935 +25
100,41 0'5 28.800
I,0025 12.0. 0 I44 gs5o2 69.100 +180 4.665. 600
117,98 0r5 0,85869 L2.6.0 180 i"23823 68 " 790
120,03 -130 3 " 042. 000
0r5 0,88883 L2.6.2 L84 I,26582 68
"794 -L26 33.8s6
L3g ,7 6 I 0,82031 L4.4.2. 2L: 1,48610 68 "770 -150 4 .860. 000
SOIÍAS:....."". 1 68 11
"6 ,49589
18.982.068

Resultado: L2,O4r t o,ooz 3

CuK - 23 horas Cânara DebyeScherrer 114,6 smØ


30 KV 20 mA 2 a= nÉai. de 3 leituras
Fflne nq 1648

s.
I
ÎABELA 22
Deterrninação de parâmetro de
substância crîbica
Granada hidratada de Santa Blandina_IËapeva
20 I/t o
d c8l hk N
a t*2ob (ro7¡
c
"
(D*a 2 (L07 ) (D*. z)2.N"(r014)
29 ,Lg 2,9960 400 16 11141 59.63L +L07 18.455.616
33
"49 2,6735 420 20 13991
4

36,49 69:955 +1398 39"088.080


2,4602 422 24 L6522
39,09 58.842 +-.295 L.949.400
2,3605 ßL 26 L7 947
40rgg 2,2000
øg .026 + 469 5"718.986
52L 30 20661
46 1,9556 68.870 + 313 2.939"070
5L,74
"29 611 38 26L48 - 68.723 + 166
L,7653 444
1.047 .L28
48 3208 9 66.852
54,99 L -1705 139.537.200
"6684 640 52 35925
57 ,29 e9.086 + 529 14 .5 5I .7 32
1 ,606 7 642
61,59
56 38737 øs.L73 + 616 2r.249.
1,5045 8OO 64 44t7 8
s36
6g,gg 6 9.028 + 47L
L,3447 840 80 55303
L4.419.665
71 ,59 69.t28 + 57L
1,3170 842 84 57654
26 .083 .2 80
73,64 1,285 2
68.63s + lg 511.0s6
664 88 60s4 2
86,99 58.7s7 + 24O
1,1191 10.4.0 116 79847
5 .06 8. 800
gg, gg
1,1000 IO .4.2 68.833 + 276 8. 83 6 .4L6
t20 82645 58.870
92,34 L,0677 + 313 1r.756.280
880 128 87720
99,99 5,8.531
I ,0056 12. o. o 26 86.528 I
L44 98889 68.67 2 + 115 ' I .904 .400 Ë
i
ÎABELA 22
Determinação de parâmetro de
substância cúbica
Granada hidratada de Santa Blandina-IEapeva
20 \/r o qCSl hk I
101,94 o,gg224
N
c q ath)-obs " (lO')
t
(D*" 2 Qo7 ) {D*a 2)2 .Nc (r014)
12.2.0 148 101570
103,99 0"97919 L2"2"2
68.628 + 7I '146.068
L52 104509
117 ,89 0,99913 L2 .6 .0
68.7ss + t9g 5 .99 I .2r2
180 L23 69 5
119,99 0,99945 L2 .,6 .2
68.7 20 + 163 4.782"420
L84 126 420
I24 ,39 0
68"706 + I49 4.084.984
"97484 888 L92 130660
I33 ,7 4 68 .0 52 505
0,83759 12"8.0 208
48 "9 64 " 800
L42593 68.530
136r64 0,92 gg8 27 151.632
L4.4.0 2L2 145551
L3g ,29 68.656 + gg 2.077 .8L2
0,92155 L4 .4 .2 220 .148160 67 "345 -L2L2
2.630 1.803.047 L21.167.680
703.L76"78L
Resultado: .o 12,0ll ! o,o03 I
Câmara de Gandolfi 114r6 nnø
Radiação Cu Ka 30 KV 20 ¡rA
23 horas Filne ng I 546
2O = nãdía de 3 1eituras
I

¡.
(,
I
-L44-
ta 6 uma variedade hidratada de grossulãria.
Apesar da obtenção dâsses resultados,
foi levado a efeito o cã1cu1o do parâmetro da cel.a uni
tãria dessas trâs variedades de granada, aplicando-se o
m6todo exposto por Gomes et a1. (196g) , conforme demoirs
tração feica nas Tabelas Drs o 20, zL e 22, e resultados
abaixo:
granada verde z +
12 ,041 I 0,002
granada castanha 12 ,041 I a 0r002
granada verde clara L2,977 I + 0 ,003

Tremolita

Na-extremidade sudoeste do vieiro prin


cipal, no local conhecido por caruru, foi encontrada a
Èremolita¡ ufr anfibó1io calcio-magnesiano hidratadorca,
(oH)z (si¿, ott)2, que é consrituinte comum do goru
"85
Èubito e do escarnito existentes na área da Mina. Embo
ra nestas rochas a tremolira s6 esteja presente em pe
quenas massas fibrosas, no caruru e1a se apresenta em
mâssas com alguns cenÈl¡netros de diâmetro, com r¡ãuito
f ibroso e colorida de verde per.as sor.uções cuprÍf eras
que peçeolam as encaixantes pr6ximas do vieiro.
Propriedades físicas

cor acinzentada
brilho s edo so
t,ransparância semí tran8parente
traço branco
clivagem perfeitan segundo (110)
fratura irregular
dureza 5
carãter axial e si-
nal óptÍco biaxial (-)
índíces de refração c L ,6L4
ß L r620
Y L ,634
-r45-
TABELA 23

DIAGRAMAS DE Pö DE TREMOLITA
SanÈa Blandina t.
S Go t Èhard , Swí tzerl. and
d (8) r/t o d t8l ¡/To h k I
9 ,07 J
g
,42
8r98 L6 o2o
9 g,3g 100 110
5,10 I
4,gL
5 ,07 L6 130_001
I
4 T
4 r87 to lrr
"77
4 r5L
h 176 20 200
2
4,Lg
4 ,51 20 040
I
3rgg
4 ,20 35 220
I 3,97o
3,38
L6 ï¡r
4
3,376 40 1 so_04 1
3 r2B 5
3,268 75 240
3 o 13 10
3 rL2L 100 310

2,94
3,029 1o :rI_e¿I
2rBo
4
tI
2 rg3g 40 ïsr
2,905 45 330
2,730 16 421
2"7L B

2,59 ,
2 r7O5 90 151

2
3
2 r592 30 lr e_oo r
,53 3
2 ,529 qo ioz-ooz
2 ,37
2 r4o7 s l¡z
0 ,5 2r380 30
2 r33 350-400
3
2 r335 s0 3sï
2 r29
2
"32L 40 42î
0r5 2,29B L2 420-07L
2,2L
2 r273 16 LLz
0r5 2 r206 6 ,.42-o4z
2r181 6 44î.
2 rL6 J
2 ,L63 35 171-261
-L46-
T4BELA 23 O:r"tinuação)

DIACRAMAS DE Põ DE TREMOLITA
Santa Blandina St . Gotthard r svi tzer land
d (8) tl\o d<8t ¡lro hkl
2 ros I 2,O42 18 081-280
2 eOL l+
2,0L5 45 202
2 1002 16 351-370
L,g7 L 0'5 I ,963 6 2BÏ-190
L,926 0r5 L rg29 6 L52
LrBg2 5 L rgg2 50 510
r,866 I L,964 L6 460-191
1,817 2 I, Bt4 t6 530
Lr752 I L,746 6 iot
1,688 1 1,686 10 003-282
L ,647 3 L,649 40 2. 10. 1
tr,639 10 480-s1t
1,616 1 Plue 9 Lí. ne e t,o L .439
r,609 2

1r560 0'5
I ,537 I
I ,503 2
1,439 5r5

Cu Ka 23 horas
30KV-L7nA
Filme n9 I 681 Ficha ASTM nQ 13-437
Cânara Debye-Scherrer 114r6 mnø
-L47--
pleocroÍemo tmperceptível
ângulo 2Y, estimado goo

o diagrama de p6 obrido com difração


de raios X confirmou a identíficação, Bendo que seug
dados foram comparados com oa da ficha ASTM nQ L3-437
(Tabela 23)
Parece c¡ue a origem metam6rfica da
t,r emo I i ta não tem sido submetida a díscuesões,
sendo
atribuÍda a al terações de piroxânioe cal_co-magneeia_
no8 "

Wol1asËonita

Algumas das camadas silicatadas do


calcãrio metam6rfÍco que se acha exposto nos nÍvei a
1 a 3 da Mina santa Blandina contãm wor.lastonita,
o
piroxônio cãlcico de f6rmula Ca Si03. O mineral
e
fibrorradíado e as fibras estão dispostas no plano
daquelas camadas, formando cfrculos de maie de um
cenËímetro de diârnetro"
P_ropriedadee fÍsicas
côr branco Leitoeo
brilho sedoso a nacarado
cransparância translúcÍda
traço b r anco
dureza 5
clivagem perfeita a díetintar eê-
gundo (110)
f ratura irreguLar
pôso especÍfico relativo 2rg
carãter axial e sinal
óptico bíaxial (-)
Índices de refração r lr6lg
B L,632
Y L ,634

lt
-.14 6 -
pleocrofsmo não obeervado
ângulo 2Y, esÈimado 4oo a 45o
ex t inç ão paralela; algumas vâzee tn
clinada com ângu1o de 50

Aidentificação foi confirnada po, d!


fração de raios X, com diagrama de p6 cujos resultados
foram comparados com oB da ficha ASTM ng LO-497 (Tabe_
La nQ 24)"
A distinção enrre wollastonira ( de bai
xa temperaturs' entre 600 e 11200 c), e para!¡o11asËo
nica (de alra renperarura, acima de 1120o c) ã
oo""i
ve1 pelo diagrama de p6 de difração de raios X, pela
existância de duas reflexões de ínteneidade 5 (na esca
1a de 0 a 100) com as'distâncias interpranares de 4
r37
e 3r73 8, e gue são disrinrivas no caso da paras¡ollas
tonit.a; no diagrama de p6 da wol.lastoníta de santa Blan
dina (Tabela 24) essas duas reflexões não existem, mas
como a intensídade da8 mesmas É muito fraca, procurou-
-se o ouÈro meio de distinção que 6 0 ângu10 de extin
ção entre S e y. Na para$/ollastonita êsse ângulo 6 0o
e na wollastonita 6: ¡¡ 50 (Deer er a1., Lg67, Vol.
2,
pg. L72) como jâ se havia conetatado no exame ao rni
crosc6pio.
Nos díveraos locais de ocorrância conhe
cidoE a r"¡ollastonita tem sido encontrada como consti
tuinte de rochas calc{rias ou carco-eilicatadas que so
freram metamorfismo termal de contato e essar; explica
ção parece satisfazer ãs condições de formação do.mine
ral em santa Blandína, devido ã Bua locarização no ca!
cãrio meÈam6rfico encaixado no vieiror €' leitos eiri
cãticos alternados com os leitoe carbonãticoe do mãrmo
rg.
-149:
TABELA 24

DIAGRAMAS DE Pö DE }TOLLÁ,STONITA

SanÈa Blandina ch lapaS, Mãx i co


d c8t TIT o ¿ <l¡ rlr.o hkl
7 17o 5 7 r7o 40 200
4 ,05 10 H1 L
3 ,84 I 3 ,83 80 400
3,51 9 3 r52 80 002
3 ,40 5 HI L
3,32 10 3,31 80 202
3,l6 5 ltI
3 r 09 B 3 ,09 30 202
2
"97
I 2 r97 tr 00 310
2, B0 10 3rÏ
2 r72 2 2172 L0 401
2 ,55 2 2 r55 30 I r 2-600
2 ,47 1
2 r47 60 LL2-402
2 ,34 2 2 r33 40 003-510-3 It
2 ,29 4 2 r29 40 6o 1-205
2 ,L7 3 2 rLg 60 6or-3r2-s1r
2 r09 0'5 2ro8 5 405
2 rOL or5 2 rol 20 sLz
I ,9 80 I lrgB 20 602
L 19L7 I 1r91 20 800
1r883 0r5 I ,88 20
1,,863 005 1, g6 10 020
1r83 60
1r80 5 PSE.UDO-CELL
IND ICE S
-150-
TABELÂ 24 (continuação)

DIAGRAMAS DE Pö DE woLLAsToNITA
SanÈa Blandina Chiapaa, Mãxico
d c8l T/T.
o d <8¡ IlT o hk I
L r79 5
1,755 q
¿ L174 40
L,7Lg 5 L172 60
L,602 2 L,602 40
L,534 1
1r531 10
1.r515 5
Lr477 2 L,478 208
L,456 t 1,455 30
L,42L 0r5 L r426 5
1,386 I 1,397 5
1r360 3 1r359 30
L,343 0r5 L 1332 10
1,312 5
tr2B0 1 Plue 7
Línes to
L,239 I 1r 164
I,2L2 I
1,171 I
L ,Lzg

Cu Kc 23 horae
3O KV L7 mA
F i lroe nQ I 630 Ficha ASTM nQ 10-487
Câmara Debye-Scherrer LL4' 6 m¡nø

LM
-151-
PITROGRAFtrA

GRANITO

o pequeno estoque granÍticor ou ap6fise,


- côr¡
aproximadamente 0 r2 quí 1ômecros quadrados
aflorante a
sudeste da Mina ã cortado por doíe diquea
de diabãsio
que ae inÈersectam. O graniro apresenta
a peculiari_
dade de 8er rosado na8 parÈe8 u¡aie externa6
e acinzen
tado numa região pr6xíma do cent,ro do corpo,
a quaI, ã
superfície, tem forma elíptica alongada.
Macroscõpícamente o granilo das partes
mais
exCernaa e de coloraçao avermel.hada,
de granu lação não
orientada e muÍto varíãve1 (entre 0,1 e
5 milÍnetros,
atã nais) , bem coerenLe, sendo cortado por
linhae de
fraturas que formam um si.stema ortogonal.
Ao n¡i. cros c6pio a rocha mos tra texCura
cata
c1ãstica com diver6as evicrôncias dos esforços
sofridos.
o quartzo e o felclspato potãssico, o plagioclãsio
s6¿i
co e o anfib6lio só,iico formam oa crisÈais
maiore6, os
quais são envolvidos por material de granulação
maie
fina mas da mesma composição mineral69ica (Foto
39).
O quartzo mos t,ra extinção ondu lante,
os f e lds
paËos se apresenÈam com a6 linhag de geninação
retorci
das (Foto 3r) e aml¡os se mostram fraturadoe
e microgra
nuladoe o muitas vâzes formando porfirocrastos.
Arguns
cris tais de quartzo parecem t:r gido recris
talizados
ap6s os esforço8 tensionais, poie se mostram
aem fra
Ëurae e co¡n extinção normal (Foto 36).
A rocha deve 6er claeeifícada como granito
ca
taclasado ou cataclasito de compoeição granítica. -
O grani to acínzentado da parte central
tambãm
e coerente, cOm grãoe não
orientados variando entre
0 ,1. nn atã mais de 1 cm,
apresentando-ae intensamente
f. raturado.
-t62-

lio to 35 * GraniÈo cinzen'to. MicropeBmatito. rodean


¿o qrão de feldspato. NÍcoie cruzades.'-
30 x..

Foto 36 Granico cinzent0; quartzo reeristalÍzado.


NÍc:oie cruzados. 30 x
,,i' iR de
r.l';lBdO'8.

!t, .!r.,,i i,..¿() t,i,¡.'anCO)


i\, 1,,., 1it) .Kr

'lll
-154-

A textura cataclãstica ö conBÈante em tôdae as


l-ârninas, com a maioría dos cristaie de quartzo e de
feldspato fgaturados g deformados, com zonas de miloni
tização mostrando grãos mais finos recrietali zadoe ap6s
o esmagamento (Fotos 36 e 39).
Em diversas 1âminas do granito cinzento podem
ser vistas franjas micropegmacíticas nos bordoe dos
grãos maiores de feldspato e de quartzo (Foto 35) ou
então penetrando f raturas ne6ses minerais, Ta1 f enôm-e,
no pode ser aErit¡uíao ã ação de soLuções deutãricas pog
ceriore6 ao fraËuramerìto, àe quais geralmente õ acribuí
do carãter residual, sendo provãvelmente, provenientes
das fases finais da conaolidação do magma granÍtico.
A quase toÈal porcentagem da rocha ã constitu!
da por quartzo e feldspatos, ôstes sendo principalmente
microclí¡rio e plagioclã.sios sódicos. Alguns poucos
grãõe de epídoto e de mir¡erais opacos completam a com
pos ição ¡nineral69i ca <la rocha, a qual deve receber o
me8¡¡ro nome ¡ ou sej a: granito cataclasado ou cataclasito
de composição granÍtica.

DIABÃS IO

O diqtre intromecido na zona da Mina apresenta


cextura basãltica nos concatos com as encaixantes, onde
ã vieíve1 a disjunção colunar devida ao reefriamento.Ã
J.

pido deesa parÈe. À medicla que se avança para o centro


do corpo os minerais ae tornam ¡nais vieÍveis, atã gue a
rocha t,oma aspect,o holocris taLino, de coloração 'cinza
escura, coetrent,e, com minerais não oríentados e de gra
nulação f ina, variando ent,re 0rZ e Zr0 milÍmetros.
Ao microsc6pio mos tra texËura sub-ofÍtica (Fo-
to 40) o plagioclãsio ã a labradorita (AnUr) e oa cris
Eaí e Be apresentam ripiformes, geninadoe aegundo as leis
da albira e do periclínio, eendo revemente acinzentados "
.1.5 5 *

.fi'ot"o 39 ii , ,:,t., t e l¡ rl i I ..rì, t,rl- AnCo )


, 1,: ¡ . pl.¡l i.(. i em ri
¡:| i i',, .t r ; i zarl tr.. i.i : ,,6;i R (: f UZA*

Irrltcr 4() {' I ì rì

I tr
-r56-

o piroxênio 6 representado pela augíta, de si


nal 6ptico (+), 2 V= 50o, que não ê pleoc16ica e apre
sentia-ge incolor ou com tons ãs vâzes levemente roaa
dos ou esverdeados.
o anfib6tio present,e ã a hornblenda pardo-es-
verdeada. A clorica e I s erpent,ína aparecem em peque
na quant,idade, sendo de côr verde.
A olivina encontrada estã quase sempre alter d

da a nontronita ou a cLorofeita, havendo tambãrn apaË I


Ca e oPacos.
A composição mineral6gica nodal õ a eeguint,e
Plagioclãsio 54 ,OZ
Piroxânio 3 B o07.
Clorita e Berpenti.na 2 ,07"
Olivina L ,07.
IIornb lenda L ,47"
Apati ta e opacoa 3 ,67"
100 ,0z

GORUTUI}ITO

Os metassedimentos rÍtrnicos calcossilicatados


exis tentes na ãrea cla llina e , de f orma extensa, nos
seu6 arredores, foraru chamados por Melfi, A.J. (1964)
de gorutubitos, segundo comparagão que f.ez com aB ro
chas que foram assin denominadas por Geoffrqy, p.R. €Ë
Souza Santos, T.D. (L942) afloranËes na Serra do Goru-
tuba ou da Boa Vista, enEre as cidadee de Apiaí e'Itao
câr ambas situadas no Estado de São Paulo.
São rochae de esÈrut,ura bandada, com faixas
claras e eBcura6 a1Ëernadas (i'otos 6 e43)aquelae varian
do de branco acinzentado a rosa claro e, eetae, de veI
de-acinzent,ado a cinza escuro. As bandae podem ter de
2 milímetros atã mais de 10 centÍmetros de espesEura,
geralmente com pouco maie de 1 centÍmetro. De granula
ção nuito fina, são rochae coerenËes e resistentes ao
-157-

Fo[.t¡ 'ii i {¡ (:()¡rl roÍalhaa ir¿t¡rd¿u¡rloto.


'il) ]:.

f'o È o 42. ¡ l'or qrom cri.qotila"


,IJ V
- r58-

f oto 43 llr¡r'tr L.t¡ l) ¡. E.o cloûì il;r¡rdamenco. Nicoii cru


i.¡irìo¡r * 3() x

FcrEo 41, j,ì i..(r e c¡r.i , i o (em grãos


:.r'.': ,..1
claros).envol
.,r ,i i irtz,a eBcufo)
r ilrr.i,;j
'lisj.t.,¿i dctinoliÈa
I, (: {rlr;ìj r.r!.o (bfanco). NÍcoie cru-
iiii¡;: 75 ..Â
_159_

ÍnÈemperismo, sendo comuns intercalaçãee de lentes ca!


cãrias e qu atÈ.zo-setricÍticas r geralmente gradacionais.
Microscðpicamente oo grãôs poden ser índivi
dualizados e o aeu diâmeËro nã¿io ã de orol mi1Ímetro,
sendo que as bandaa craras apresentarn, principalmente,
guart'zo, diopsÍdio, epíaoto, bem como wollastoniËa,
tremolita e microclínio (Foto 9). Ae fraÈuras são
preenchidas com quartzo e calcita (Foto 45)
"

As bandas eBcuraa cont6m pouco guartzo naa


são ricas de actinolita, zoísita, arbita e crinozoisi
tâ, esta última freqüentemente zonada. pequena quanÈi
dade de apatita distribui-se irregularmente na rocha.
0s opacos são magnetita, hematita ou martita.
O aspecto macrosc6pico desta rocha, bern como
a sua constituíção mineral6gica, rextura e estrutura,
coinciden¡ com a descrição feica por Franco (195g) para
as amostras que chamou de hornfeLs. (Fotos 4L e 43)com
figura 10 de fls, 3O de Franco). Mas dada a extensa
distribuição dôsses meÈassedimentoe e a írnpossibitida
de de correlacioná-1os a contatos com magmãticas,a não
5er em raros locais, parece não aer apropriada a deno
minação dada por Franco (1958), pois as relações de
campo não sarisfazem ã aerinição para o târmo (Franco,
1958¡ pB. 19).
Por ouÈro lado, as descriçõee de Barbosa, R.
A. (1960) para o "epíaoto-serícita-xisto" da aua amos
tra ng sp-643 e para o "epÍdoto-clorita-serièita-xist;-,,
da sua amosËra ng sp-649 eão coincidentee com oB dados
obtidos para ôece Èraba1ho, åncr.usive com referência
ao decalhe da exierância de feldepacos (¡nicroclÍnio e
albita), embora eBsa Autora n'ão registre a presença de
apatÍta.

ESCARNITO

É a encaixant,e direta do vieiro, formando 8e


Lt{
('
-1(50-

['oEo 45'- tiscarnico, com woll.a.stonita (prisma lon¡;o,


hra¡rco, parte nxtinta) guartzo (grãos.bran
coS ) , calci.ta (grãos brancos , rnieturadoe -
com oB de quartzo), zoieita (f ratur.adarcom
calcita e- quarLzo,,na f ratura). 30 x.

l'oto 46 - irsr:arniÈo, com granada (re1êvo alro) mala


quit¿¡ (ctara) e limonire (prât,a). Nfcoíã
ps.ralalos - 3l)

/
kL['
,V

U
-161-

Foto 47 scarnito f raÈrrrado


!ì com cri ¡oco1a (branca)
e limorrjLa (p.:ôtr). NÍcoio pâra1è1oe - 30 x.

Foto 48 * scarnito f raturado, com incl,uBao de cal


I:
coc.ita (prêta) ròdeacla por malaquita., Lî
moni.ca nas f raÈuras. 30 x.

t
k,
,'/u
,//
\-'
-162-

Fo Èo 49 Escarníto substituÍdo por rnal¿r(lr.i J i-i. (vt-'r


de) crisocols''(branca) e f.imonita (escurã)
Cristal de granada zonada e fraturad0. 'NÍ
coie eruzados - 1.0 x.

lfoto 50 F,r¡ carni to f raturado, com ma laquita (elara)


e I imoni ta (prâta) . NÍcols paralelos -
30 x.
_163_

raLmenÈe a capa e a rapa do corpo tabular miner aLizado,


em quase tôda sua extensão. f, uma rocha clara, às vã
zes :listrada de faixas mais escuras, podendo ser bem
escura em cerÈos pontos, principalmente à profundidade.
f, bem diaclasacra, com mais de um sistema de diãclases
ortogonais, resur cando na formação de blocoe aproxima
dament,e rombo6dricos. pelos planos de diaclasamento,
nas regiões pr6ximas ao vieiro, circu laram eoluções
contendo sais de cobre, as quais penetraram para o in
terior dos blocos enì direção ortogonal ãqueles planos,
colorindo de verde os limites enÈre os blocos (Foto 5).
os minerais integrantes da rocha são microsc6picos,
salvo os cristaloblastos de granada, os quais se 80
bressaem na massa afanÍcíca da rocha. são visÍveis em
alguns ponÈos, massas. ou grânu1os dc e¡Lídoto e atã cris
tais de microclÍnio eqt/i<rime¡rsi-on¿r1 ou idíom6rf ico,bem
como grânu10s de calcoci t-¡r o bornita e raros de calcopi
rita
As diversas läminas examinadas mostraram Ín
tenso fraÈura¡nento y com fraturas atã mirimãtricas co
¡nu¡nente contendo quartzo, calcita, epÍdoto e microclí
nio. outras fraËurâs contãm preenchimento de *"toquf
ta e crisocola, algurnas vâzes mogtrando a primiti.rl'
borniÈa alcerada para calcocira, malaquita e Lirnonita
(I¡otos 4B e 50).
A ¡uassa da rocha ã constituÍda por quar tzo,
cloriËa, diopsídio e sericita, cimentando grande quan_
tidade de grãos de granada andradita e ãs vê'zes grossu
1ãria. outros miner:ais f oram anotados: lrorraetorrita,
(Tabela 24), rremol.ita (Tabera 23), bem como a crisoti
La (Tabela 19) tambãm existente no gorutubito.
Comume n a massa da rocha acha-se comp I e-
È e
famente subsricuída por bornita e raramente por
cal co
pirita, remanescendo apenas as granadas como testemu
nho da substicuição (FoÈo 46).
Vônulas de quartzo hidrotermal. atravesBam a
-L6 4_

rocha, q qual pode es car acompanhado


de crieocola e li
moniÈa (Foto 47) provenientes
da alt,eração de ouÈrol-
minefai s"

das amosÊras, obtida de um testemunho


Uma
sondågem de profundi.ade não de
determinada, apresenta côr
verde eacuro a prâto e uma fratura
de cârca de 7 rnili
metros inceiramenËe preenchida
de crisotila (Foto 42)
os ruinerais principais são o quartzo
e I crorita, com
cârca de 3OZ de granada.
A escarnicização ã um fenômeno pirometa¡n6rfi
co coni¡ecido e, nestê câsor reconhecido
por Barbosar O.
(L942) e Franco, R.R. (1958),
bem como ass inalado por
Barbosa, R.A. (1960)"
Entre tanto r as amos tra6 es tudadas
para âs Ce
trabalho, bem como aquelas vis Èas
por Barbosa (1960) ,
indicam que a escarnitízação clo
gorutubito de Santa
Blandina diminui cle grau ã medida
gue o6 afaeta do
vieiro em direção ao granito,
contrãriamente ao que 8e
deveria esperar se o responsãvel
pelo fenômeno fôsee o
calor de conEato com o magma granÍtico.
Êsse fato 1e
va à co¡rclusão de que a escarnitização
se deve ao ca
lor Eraziclo clo magna pelas soluções
u¡ineralizadoras e
não àquele proclu zído .iretamenEe
pe10 graniÈo intrusi
Vo, pois âs ce corpo magmãtico,
de pequenas proporções
não teria ticro ca10r auficiente para ,
atravessar mais
de uma cente¡ra cle n¡etros de rocha
para, depois, produ
r'-!-
zir aqueles efeiÈos.
ilã a considerar, ainda, que o filito
na parte sudeste da ãrea da Mina, exposto
pr6ximo ao afl0ramen
to do segundo dique de diabãsio
- no barrsnco oeete da
referida es Èrada recãm aberta
- não apresenta qualguer
ef,eito termomeÈarn6rfico no seu
conËato direto com o
granito,
OuÈro fato que invalida a idãia
da escarni ri
zação pelo calor tranení tido
d'o ¡nagma at ravãs dae ro

,1 \+l
-165-

chas int.ercalaclas , ã a exis tância de um corpo calcärío


entre o vieiro e o grani Èo, pr6ximo ao Filão do Juve
nalr'o qual não mostra maior ef eito termometam6rf ico
que aquele exibido pelo mãrmore, encaixado diretamenÈe
no vieiro, embora contenha, tambãm, inrpur ezaB eilicádi
cas suf icientes para a forrnação de mineraie de mais
to grau termometamõrfico. "j

MÃR}IORE

As len tes cal cãr i as meE amor n ízadas , en caixad as


na ãrea da Mina, são compostas por rocha cle côr branco-
-leit.osa, coerenËe, granulação fina, macroscõpicamenÈe
estratificada com leicos alternadamente pobres e ricos
de silicatoa, âstes tamb6m br:anco6, como estã evidencia
do na FoÈo nQ 3"
Microscõpicanente mosÈra pouca orientação dos
grãos e a textura ã granoblãstica (troto 5l) com estru
tura levemente xis Èoaa. os estratos carbonãticos são
composcos de cârca e g5z de calcit,a e dolomiÈa. o res
<1

tance ã formado por wolrastonita, Èremoríta, diopsÍdio


e algum quartzo granular.
Os es IraËos mais silicãticoe eão bem r¡àis ri
cos dos citados miner ais, com a wol1asÊonit,a f ibro-ra-
diada bem desenvolvid a, com acÍculas de atã 2 centíme
trog.

MAGNI'TITA-FI,LITO

o filico afloranre na ãrea da MÍnaresÊratigrè


ficamenÈe acima da camada míneralizada, acha-se int,em
perizado e mosLra cororação amarelada a amarelo averme
lhado, sendo um pouco friãve1 e, em alguns pontos, rnog
Erando acamamento discordante da xistosidade incipiel
Ëe: nout,ros po.toB hã concordância entre xistosidade e
acamamento. Mesmo mactroecõpicamente eão visíveie pon
r66

ir o tcr )I l'r;t¡.1ìlOfe. Ir:xLura gra¡rnr¡lar: i\ic<trs cruza


rior; "'75

jir:l:o 52 l¡ilircl com cri s t: ¿r I nb i. as tos o (: t ¡redr icos


ii+ rìtâgnerita. .NÍcois cruzado.s - 75 x.
-167-
to8 negros que ã tupa manual, revelam
' forma occaãdri
ca; são p6rfiroblast,os que atingen atã
alguns dó.;;;;
de milÍmetro em tamanho, alguns exibindo
genínação.
Nas 1âurinas examÍnadae êesee p6rfirobrasÈos
chegam a atingir 15 7. dos mineraie
da rocha, com m6¿Ía
pouco abaixo dos Lo7" do total. Microscõpica¡nente o
quartzo e a sericita são predominante6,
mo8Ërando tex
tura granob 1ãs tica no conjunto. A rnagnetíta
ã 8er¡pre
idiom6rfica (Foro s2) com ramanho
nãaio de 0r05 ¡irilÍ
metros ' outros minerais presentes
na rocha são a aIb!
fa e algun6 cris cais de turmalÍna,
sendo que a primeira
6 razoàvelmente freqüente.
convencionou-ee denominar esta rocr¡a
como r,rrg
netit..-fi1ito" para diferenciã_ta de ouÊros
filitos
aflorantes na região e não portadores
de ta1 quantidade
dêsse urineral opaco, benr como pelo
fato de o corpo ro
cl¡oso ter forma lenticurar, encaixado
no gorutubito e,
por isso, ter servido como camada_guia
para determina
ção da componente horizontal do rejeito havido
atrav6s
da falha ocupada pclo grancle dique
de diabãsio que cor
ta a camada mineraLízacl,a.
Nas parte6 mais alteradas da rocha,
ã superfÍ
cie a nagneÈiÈa foi compr-etamente oxidada,
' perdendo a
suscetibilidade magnãtica e transformando-se
em marcita,
EanËendo, porãm, a primitíva forma
occaãdrica.
-168-
GBNESE DO DEPóSITO

r O estudo das relações paragenãticas


ve
rif icadas no vieiro principal da Mína de
Cobre Santa
Blandina e nas rochas encaixantes pr6ximasr
paE€ce eugg
rir que a primeira ativictade rnagmática que
contribuiu
Para a formação da j azid a, t eria e ido de temperatura
e
levada, a qual seria responsãver pela extensa
escarnit.i
zação dos meÈassedimentos calco-siLicaÈados
e pela fo:
mação do microclínio existente em tôda
faixa de escarni
to "

Bssa temperatura, cons iderando_se que


o mãrmore encaixado na jazida ã branco, deveria
ter si
do superior a 605o c' que 6 a cemperaÈura
de descorora
ção do calcãrio, segundo Bateman (Lg57 r pg. 53). Enrre
Èanto, Guimarães, D. (1961, pg. 60-61), ã
¿e opiniãl-
que a feldspatização microclÍnica deve se
real izar a
cemperatura inferior a 6'oc c, limite ôsce
muito pr6xi
mo da descoloração do mãrmore"

Outro provãve1 indicador da temperatu


ra havida nessa fase poaeria ser a presença
de wolrasto
ni ta no mãrmore, tida at6 hã pouco tempo
como formada
a parcir de 6O0o C (Deer er a1., Lg67, Vol.
2, pg. 171).
A fase mineralizadora, que se eeguiu a
parenfemence sem interrupção, foi de
Ëemperatura pouco
inferíor, segunclo interpretação do diagrama
de eiuiri
brio de fases <lo sistema Cu _ Fe _ S (Figura
1B) cons
truído por Roseboom et Kullerud (1g5s), e que
õ cicado
tambãm por Deer er a1. (Ig67 Vo1. 5, pg.
o l6l) . Segundo
êsse diagrama o equitÍbrio carcopirita-pirita
s6 ã pos
s Íve1 acírna de 56Bo C. Êstes
mineraíE coexietem no
núcleo remanescenËe cra zona prinrãria do víeÍro
e foram
d.etecÈados ã profundidade por Barbosa,
R.A. (1960) ,,a
maioria das 1âminas que deecreveu, onde 8e
acham geraL
mente preenchendo fraturås da rocha hoepedeira.
-169-
600

743
139 8ígura 18 Dia.
?00
()
grama de equílí
tt
Ds (Bn) brio de faseg no
\
b 600
sistema Cu-Fe-S.
S
È
È
l

500 i 507"
"CurFñi+ Py 492"
434" 'Cu.FcSi
400 L
0 l0 30 40 50 óo 70 80 90 t00
Fe
Weþht pet cent. Cu

t'ro. 30. Tho solidu¡ (in tho preeence of a vapour) in thc


s¡'stom Cu-Fo-S betrçoen ¿OO"_8OO.C, projéctod
oa the
Fo-Cu-Tompororuro plnuo.
_Cv = c6yo¡¡;[.,-Íjg: aiguoiø,
Bn = bornit¿,_py = p.r,rito, po _ p¡.rrhotito, õO
pyrito (afrer Roseboom and Kuliorud, tOOó¡. -" = "¡¡"o-

temperarura máxima, nesaa fase,


^,
poderia ser superior não
a 6l5o C se a pressão parcial do
vapor de enxofre fosse baixa (da ordem
de 20 mm de mer
cúrio) segundo BaËemam (Ig57, pg. 5O) pois
, a pirita se
insÈabilizaría formando pirrocita e,
a pressões de equi
tíUrio mais elevadas, a temperatura poderia
chegar atã
73go c (Figura 1B), quando seria atingida
a zona de es
tabilidade da pirrotita. parece mais razoãvelr por;rr=
admitir..se que a ÈemperaÈura tenha
atingído o seu mãxi
mo durante a feldspatízaçã,, e, a partir
daÍ, o gr"¿i"i-
te tenha passado a ser decrescente, tendo
se mantído
tre 60oo e 56Bo c, peJ.o menos durante ";
a deposição dos
sulfetos e durante grande parÈe do perÍodo
de forrnação
dos fi1ões de quarËzo.
O contínuo decrãsci¡no da temperatura
permiciu que o epí<toto passasse a
ser depositado quando
o limite superior de formação dêsse
¡¡Íneral _ 5OOo C
foi atingido (Rosenqvist, Lg52, in
Deer et aI., Lg62,
pg' 202) ' A crieralização do epÍdoto
pode ter continua
do atã temperaturas bem nais baixas,
poie Keith et
Cremer (1968) acharam gue âsse mineral,
quando de ori_
gem hidrotermal, 6e deposita
atá a 3ZOo C.
TeôricamenÈe ã possíve1 que pequenas
-170-
quantidades de bornita tenham
sido formadae primãriamen
re quando a temperarura baixou
a menos de 56go c,;;"-*
essa hip6tese não parece u¡uito
provãvel em vírtuds da
pequena quancidade de pirita
existente, ineuficiente pa
ra justificar Èocro o ferro guêr então,
estaria disponí
ve1. Entretanto, não se pode ignorar
a presença da bor
nita em Locais profundos (Barbosa,
R.A., 1960), ;;:
ros onde o fenômeno de enriquecimento
secundãrio"_' g;;i
cilmente pode Èer atingido.
Depois da fase hidrotermal,
sição final de quarrzo e epÍdoto, com a depo
teve inÍcio a oxida
ção das parres superficiais da jazída,
acirna do nÍve1
estãtico das ãguas subterrâneas.
Tal fenôrneno, entre -;;
tanÈo' s6 foi possÍve1 depois que
grande espessura
capeamenÈo (atã 2 OO0 rirerros
?) foi sendo removída para
permitir o contato com as ä¡;rras
nete6rícas. Nesse pol
Èo deve Èer exercido importante
papel o díque de diabã
sio que corta a jazida pouco abaixo
da meia encoeta do
morro, pois¡ segundo jâ observara
Barbo6a, O. (Lg42),
essa intrusiva funcionou como
verdadeira barragem natu
ral para as ãguas subterrâneas,
mantendo grande
ra da jazida imersa em ãgua e permitindo -;;
"rO";;;
a foruração
"zona de enriquecimenËo secundãrÍo,,0
com a extensa eubs
tituição da calcopirica peLa bornita
e pela calcocítarã
custa do cobre crazítlo cle cima para
baixo.
s6 ne6ta fase começou a se formar
junto de minerais oxidados, o con
no qual se incl.uem os
nacos siricatos e 6xidos,
' sulfatos e foefatoe ds "..;;
bem como os 6xidos de ferro _ ".0;;,
hÍdrat¡do¡ ou não t.odos
de baixas condições de pressão e
temperatura e de am
biente oxidante
Çonclusõee

a mineralizaç ão em Santa Blandfna


po
deria ser claasifÍcada como de nã¿ia
profundldadc, d;
origem hid rotermaLr'cuja font,e
e¡tarla llgede to oagna
-Ll L-

granÍtico vizinho e teria sÍdo precedida


por uma fase
feld:spatÍzante de temperatura provãvelmente.
superíor a
60oo c' a qual tería promovido, tambén,
a escarnitiza
ção de uma faixa vizinha de metassedimentoe calco-eíri
caÈ ado s "

MINERAIS FASE HIPOGÊNICA FASE SUPERGÊruICA


I cotcocirito -t
ci.ito
I
I quor1-zo
I .p,'ooto
I
ouro
I
I
o'oto
oornito
I

I
colcocíi-o I

I
I
crisocolo I

lmotoquíro I

ozurito I

I
onf lerito
I

brochonrí.t'o
cornetiro I

ribefhenFo i

I
pseudomotoCuifo
I

cupríto I

Figura l9: Seq{lâncía ninerr169Íca


_L7 2_

- os mineraís prímãrlos da jazída podem


ter sÍdo a calcopirita e a pirita (Figura
1g), formados
em t'eurperaturas que varíaram de
60Oo a 56go C ro" O,r"r,
foram acompanhados de quartzo e epÍdoto,
sendo que êste
último teria 8e formado a temperaturas
mais baixas (500
a 32Oo C) , j ã na fase final da mineralÍzação.
o enriquecímento supãrgeno teria
inÈenso devido a fatôres topogrãficoe sido
ariadoe ã preser¡
ça do dique de diabãsío, âste funcionando como
eador das ãguas subÈerrâneae. repre
-L7 3-

AGRADECIMENTOS

0 A. cumpre com 6atisfação e dever


trar a valiosa colaboração que de reg 18
recebeu de pessoas e en
tidades guê, direta ou índiretamente,
contríbuíram pa
ra a elaboração dâste trabalho.
O Prof" Dr. William G.R. de
Camargo, profes
sor catedrãtico de Mineral0gía do
Departamento de Mine
ral0gia e petrol0gia do rnstituto
de Geocíânciae
tronomía da universidade de são pau10, "'^;;
orientou o8 .;;
'";
balhos e reviu a redação, sempre
estÍmulando o A.
tôdas as fases cla pesquisa"
O Sr. João BapËista Anhaia
de A1¡neída prado,
proprietãrio da Mina e titurar
principal do condonÍnio
Mina Santa Blandina _ que a explora
desde o inÍcio _ s
poiou os trabalhos <re pesquisa
geolõgica e r¡Íneral69i
ca que deram oportunidade para
a execução dâates
dos e forneceu Uô1sa de estudos ";;;
a um estagiãrí"
dante, o qual pre6tou valioso
auxÍ1io no8 trabalhoe";;;de
laboraÈ6rio e Èa¡r¡bãm no campo.
O prof" Dr. Josã Moacyr Vianna
feesor Titular de pecrologia do Coutinhorpro
megmo Inetítutor pFeS
tou auxílio substancial,ao esÈudo
sistemãtÍco das ;;
chas - macrosc6pica e microscðpicamente ^;
efeito pelo Ce6logo Marcos AurãtÍo 1evad.
FarÍas de Ollveíra,
Profe880r Assistente de petrol0gía
do Departemento de
I'fineralogía e petrología do
f.C.A.
O prof. Dr. Viktor Leinz, profotsor
tico de Geologia do Departamento Catedrã
de Geol0gia Geral do
r'G'A' e o prof' Dr. Reynaldo Ramos
de saldanha da Ga
r¡âr aposentado como professor
cacedrãtÍco de Mineral0
gia da então Faculdade de Fil0sofia,
ciôncfas e Lear.î
da universidade de são pau10,
sempre estir¡ularam o pes
quisador e Boubera¡n incurir_1he t;:
o âní¡no;"";;;;;r;
ra vencer os naturaie obetãcu1oe
encontrados no 0"";;
rer do trabalho. -
-L7 4-

de qurmrca
^I desta Universidade, obteve auto.rização
o Bioquímico paul0
para
RoberÈo Ifierle executar
do espect,ro de absorção
as anã1ises
de raios infravermelhos.
O QuÍmico Raphael Hypolito, profeseor Assis
tente de petrologia clâste Inscituto,
orientou o anda
mento das anã1ises quÍmicas executadas
sabilidade pero QuÍmico rncrustrial sób sua ,""Ooi
Joeef Robert Gser.mann.
O QuÍmico Marcos Berenhol.c
executou ås anã
lises espectrogrãficas sob raios
X, das amostras mõ
dias do minãrío, com objetivo
de determinar os
Èo6-traço " "r"r;;
o ce6logo Josã Barbosa de Madureira
Professor Assi6tente de Mi neralog Fílho,
ia dôste Departamento
do I.G.A., colaborou no es tudo
da composição das granå
das da j azíd,a, por meio do m6toclo
no quaL se especiali
zou e desenvolveu.
o ce6Iogo yusiriro Kihara, quando
foi bolsista esÈagiãrio da FApEsp estudante,
junto ao Departamen
to de Mineralogía e Petrologia
da então Faculdade de
Filosofia, Ciôncias.e Letras
da Universidade de São
Paulo, ocasião em Qu€r sob a orientação
Dr' Idilliam G'R' de camargo e do professor
do A.r levou a efeito es
tudos Èãrmicos ae diversos mineraÍs
carbonatados, sili
catadoa e sulfecacros cra jazida, juntamente
outras procedêncías, bem como com oa de
fez o estudo preliminar
de diversas secções polidas de
mineraie do ninãrio.
O 6egundo_anista de Geologia
Oj ima, estagiãrio fínanciado
Luiz Massaíoehi
pelo Conceeeionãrio da Mi
trB prestou relevante auxÍrio no
' eetudo macrosc6pt", ;
roentgenográfico de minerais,
bem co¡no na execução de
díversas anãliees termo-diferenciais.
0 QuÍnico Angelo MarcÍI1o,
do rnstituto de
Pesquisas TecnoI69ícae desta
Univereidade colaborou com
eficÍância e boa vonrade em determinaçõea
de gãe carbô
-17 s-
nico em diver6as amostras.
O Engenheiro de Minas e MeÈalurgieta
Epitãcio passos Guimarães, Josã
respon6ãve1 pela faee de 13
vra da Mina e grande conhecedor
da área, leu o texÈo
apresentou inúmeras sugestões e
para merhoria doe traba
thos, tôdas elas procedences
"

A Fundação cie Amparo à pesquÍsa


de são pau10 deu substancial do Eerado
suporte financeiro 80 Cr3
balho r euêr no fornecimento
de bôlsas de iniciação cien
tÍfica ao estagiãrio Kihara
durante maís de dois ,;;;:
para trabalhos que interessaram
ã execução dâste, guer
fornecendo auxÍtio díreto
na fase final da pesquisa pa
ra posBibilitar as diversas
viagens ao campo e ínúmerae
outras despesas para as quais
o pesquisador não tinha
outros recursos. Êsce ú1timo
auxílio teve a nals pro
funda e benãfica reperc,.rssão
no tãr¡nino do trabalhorpor
Èer contribuÍdo para dar ao
A. a tranquilidade impres
cintíve1 na finalização da fase
mais trabalhosa
-"veq da pes
u'r
qúisa" ¡
-
Diversos colegas do fnstituto
cias e Âstronomia, principalmente de Geociân
alguns do Departamen
Ëo de Mineralogia e petrologia
r prestaram colaboração
desinteressada ao pesquisador,
não s6 estimulando_o e
dando-1he alento para o trabalho,
como executando, aI
gumas vâzes, tarefas vãrias
que the eram atribuÍdas ou
simplesnentc adoËanclo atitude
ç compreeng
su'rl'reen8lva en relação
ao mesmo
O DepartamenÈo de Geología
Geral e
-";o de pa
leonÈologiae Esrrarigrafia dâste Institu.;,
dos seus chefes ou integrantes, ;;r";:
peruritiram õa uti Líza
ufIIlZ_
çao de equipamentos não existentes no
Mineralogia e petrologia onde Departamento de
vo A'
A. reali
Áea'Llzou suag Peg
quisas"
A todos oB que ajudaramr p€ssoas
des, mesmo ãqueles involunràriamenre e entida
o Autor exCerna a Bu€r prof unda não mencionaaosl
grat id ão.
-L7 6-'.

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À*
- 180-.

f ¡¡nrcr Do s MINERAIS E ROCHAS

Pãgina
Minerais hip6genos
Calcopirita 37
npÍdoto 43
Pirita 46
Quartzo 47

Minerais strpãrgenos
Antlcri.ta 49
Azurita 52
Ilarita 57
Bornita 61
IJrocirantita 6B
Calcocita 7L
Cor¡rctita 76
Crisocola 81
Cuprica 86
Goerhita B6
Libethenita 89
14agnetita 92'
Malaquita 95
0uro nati.vo 106
Prat¿r nativa 106
Pseudo¡nalaquita 106
"r\agi1as" 7r2
"Prôto avermelhado" L24

Minerais <le origem metam6rfica


Crisotila 131
Cranadas 135
Tre¡nolita L44
Wollastonita L47

Roch as
Grani.Lo 151
Di.al-¡ãsio 154
Gorucubico 156
Escarnico 159
Mãr¡nor e 165
If agne t i ca-f i 1i to 165

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