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SESC | Serviço Social do Comércio
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A RESPONSABILIDADE SOCIAL E
AS ENTIDADES CORPORATIVAS
Eduardo R. Gomes, Leticia Veloso e Bárbara de Souza Valle
www.sesc.com.br
v.5 nº14
setembro > dezembro | 2010
SESC | Serviço Social do Comércio
Administração Nacional
iSSN 1809-9815
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CooRDENAÇÃo EDitoRiAL
Gerência de Estudos e Pesquisas / Divisão de Planejamento e Desenvolvimento
mauro Lopez Rego
CoNSELHo EDitoRiAL
Álvaro de melo Salmito
Luis Fernando de mello Costa
mauricio blanco
Raimundo Vóssio brígido Filho
secretário executivo
mauro Lopez Rego
assessoria editorial
Andréa Reza
EDiÇÃo
Assessoria de Divulgação e Promoção / Direção-Geral
Christiane Caetano
projeto gráfico
Vinicius borges
produção editorial
Duas Águas editoração e consultoria
revisão
Clarissa Penna
Elaine bayma
revisão do inglês
João mateus Cordeiro Pinto
diagramação
Susan Johnson
produção gráfica
Celso Clapp
A RESPoNSAbiLiDADE SoCiAL E
AS ENtiDADES CoRPoRAtiVAS36
Eduardo R. Gomes, Leticia Veloso e bárbara de Souza Valle
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Eduardo R. Gomes
Doutor em Ciência Política pela Universidade de Chicago e professor de Ciência
Política da Universidade Federal Fluminense, na qual atua também no Mestrado
Profissionalizante em Sistemas de Gestão, na área de Responsabilidade Social. Tem
vários trabalhos publicados sobre este e outros temas, tendo sido professor visitan-
te no exterior, inclusive como Fulbright Scholar. Na atualidade, atua também como
consultor sobre Responsabilidade Social e Terceiro Setor.
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Larissa Morais
Jornalista e professora-assistente do Departamento de Comunicação Social da Uni-
versidade Federal Fluminense (UFF). É também aluna do curso de Doutorado em
Comunicação Social na mesma universidade com pesquisa sobre a participação do
leitor no jornalismo. Como jornalista, já exerceu diferentes cargos em veículos da
mídia impressa e digital, como Jornal do Brasil, O Globo, Globo On Line e Jornal
do Commercio.
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Pelo que foi exposto até aqui, é fácil perceber que a educação não
se esgota na escolarização (mesmo que esta seja corretamente en-
tendida como um direito social inalienável). Refere-se, também, aos
processos sociais pelos quais nos constituímos como seres sociais, e
a partir dos quais diferentes saberes, conhecimentos, atitudes e ha-
bilidades são criados e transmitidos (reproduzidos), gerando cultura
(LOUREIRO, 2006a).
Os indivíduos não nascem prontos, mas se definem enquanto tal
por meio das relações sociais. Consequentemente, educar é uma
prática intersubjetiva intencional, pois expressa nossos projetos e
ideais sobre a condição humana e a sociedade em que queremos
viver, estando para além da sensibilização ou da acumulação de
conhecimentos (componentes necessários ao processo, mas não sufi-
cientes), encontrando-se também na consciência acerca da realida-
de e no modo como intervimos nesta e objetivamos nossos valores
(SAVIANI, 2003).
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CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equi-
librado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;(...)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade poten-
cialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente (...).
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Diante do que foi exposto, uma questão que aparece nas discussões
que visam à normatização da educação ambiental no licenciamento
é: quais são as características que um profissional deve ter para poder
atuar em um projeto com tais especificidades? Enfim, ao contrário de
outros campos de conhecimento, a educação ambiental, pelo modo
como se constituiu, não é uma atividade profissional regulada, ou seja,
não há nenhuma instância que credencie uma pessoa como educador
ou educadora ambiental.
Esse aspecto, se por um lado é interessante, traz em si seu reverso
quando pensamos na gestão ambiental: se todos podem se identificar
como educadores, quem efetivamente pode se habilitar a atuar como
tal em ações de educação não formal? É preciso, portanto, pensar em
algumas condições que possam ser exigidas para que se tenha maior
margem de segurança de que projetos, com o grau de complexidade
cabível em um processo de licenciamento, se concretizem dentro do
escopo previsto.
Não temos a pretensão de estabelecer um modelo pronto, mas al-
guns aspectos que podem ser preliminarmente elencados, inspirados
na sistematização feita pela Cgeam (IBAMA, 2002).
Um profissional, para atuar na educação no processo de gestão
ambiental, tem que demonstrar experiência e capacidade de interlo-
cução com grupos com diferentes faixas de escolaridade (por vezes,
extremamente discrepantes), ou seja, tem que ser capaz de adequar
linguagens e metodologias em função dos sujeitos participantes. Ne-
cessita dominar também os procedimentos pedagógicos para a ação
prioritariamente junto a jovens e adultos, posto que são as faixas etá-
rias que compõem majoritariamente o conjunto dos envolvidos nas
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This study shows that there has been a significant incorporation of ideas from
Social Responsibility by corporatist entities, but this appropriation varies in res-
pect to the mission, objectives and actions of these corporatist organizations,
pointing out to an important renewing of the entrepreneurial view of social
issues, especially if compared to the one of the developmentalist phase, com-
monly built from the industry.
Keywords: Social Responsibility, corporativism, S System, entrepreneurs
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O chamado “Sistema S” não é um sistema orgânico, ainda que algumas de
suas entidades tenham uma estrutura semelhante. Na atualidade, compõe-
se de 11 organizações como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendi-
zagem do Comércio (Senac), o Serviço Social do Comércio (SESC), o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Social
de Transporte (Sest), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat),
o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), a Diretoria de Portos e Costas do Ministério da
Marinha (DPC), que passaram por significativas modificações ao longo dos
anos desde sua fundação.
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Ver Instituto Ethos (2006).
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4
Ver Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase (2006).
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Ver Viva Rio (2006).
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Ver Instituto Ethos (2006).
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Ver Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – Gife (2004).
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Ver Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea (2006).
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• ser transparente;
• ter compromisso público;
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• diminuir os conflitos;
• estimular e reconhecer o capital humano e social;
• valorizar a marca e a imagem institucional;
• conquistar a lealdade do consumidor;
• agregar valor aos produtos;
• alcançar o desenvolvimento sustentável;
• promover a inclusão social.
• discutir as questões relacionadas com a elaboração e a execução
das políticas de Responsabilidade Social Empresarial em âmbito fe-
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• desenvolver seminários, encontros e palestras visando conscienti-
zar e sensibilizar as indústrias, quanto às boas práticas de Respon-
sabilidade Social;
• realizar pesquisa de Responsabilidade Social nas indústrias goianas;
• estimular a realização de ações de Responsabilidade Social nas
indústrias;
• divulgar experiências bem-sucedidas na prática da Responsabili-
dade Social;
• promover a aproximação das indústrias com as organizações go-
vernamentais e não governamentais (terceiro setor), voltadas para
o trabalho de Responsabilidade Social;
• apoiar e orientar as indústrias na implementação da Responsabi-
lidade Social;
• estimular a realização de parcerias para o desenvolvimento de
projetos e ações de Responsabilidade Social.
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Sites consultados:
Federações:
Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC). Disponível em: <http://
www.fieac.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). Disponível em: <http://
www.fiea.org.br>. Acessos em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Disponível em:
<http://www.fieam.org.br>. Acessos em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEBA). Disponível em: <http://
www.fieb.org.br>. Acesso: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado do Distrito Federal (FIBRA). Disponível
em: <http://www.fibra.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Disponível em: <http://
www.sfiec.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FIES). Disponível em:
<http://www.sistemafindes.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). Disponível em: <http://
www.fieg.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
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Outros sites:
Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Disponível em: <http://www.
cni.org.br/f-link.htm>. Acesso em: 4 ago. 2006.
Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE). Disponível em: <http://
www.gife.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE). Disponível em:
<http://www.ibase.org.br>. Acesso em: 12 maio 2006.
Instituto Ethos. Disponível em: <http://www.ethos.org.br>. Acesso em: ago.
2006.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Disponível m: <http://www.
ipea.gov.br>. Acesso em: ago. 2006.
Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE). Disponível em: <http://
www.pnbe.org.br>. Acesso em: ago. 2006.
Viva Rio. Disponível em: <http://www.vivario.org.br>. Acesso em: 24 jan.
2006.
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This article discusses the modernization of São Paulo in the present text of João
Antônio “Abraçado ao meu rancor”, 1986, read in perspective with “Malague-
ta, Perus e Bacanaço”, 1963. The characters of both texts go through the same
streets of São Paulo with two decades of historical distance, which allows you
to map the emergence of new materials present in bars and restaurants moder-
nized, as well as the deletion of the trickster and lounges billiard or pool, giving
rise to both the cleaning of new buildings as the prostitution business in broad
daylight in the city center. The analysis of literary texts, thus, allows to read the
changes of recent city and culture.
Keywords: city, culture, modernization, 80 years
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É conhecida a personificação das cidades nos textos de João Antônio. Como
aparece no texto “Amsterdam, ai”, por exemplo, em várias passagens o narra-
dor trata a cidade por você e estabelece uma relação de desejo entre aquele
que caminha e aquela que o recebe. É também assim que se inicia Ô Copa-
cabana!: “Meu amor. / Hoje acordei encapetado. E me ganiu, profunda, alta,
uma vontade de brigar contigo, te chutar a barriga, sua marafona engalicada!
Vontade não: gana. Urrar e vomitar sobre você. Você e tu. Mijar na tua cabe-
ça, tronco e membros, te socar contra a parede, te fazer sangue. Ao te beijar
ficou perdido de amor é o cacete. Pelas manhãs tu és a vida a cantar é uma
pinóia, uma ova, uma bosta. A tua cara decadentosa parece o mapa do Chile,
estrepe velho, tralha, cadela arrombada, esmerdeada, meu horror. / Mas és
para ser entendida só por aqueles que não tiveram dinheiro nem para comer
um prato feito. E, isto sim, é a pior das sacanagens. / E eu te bato porque te
amo” (Antônio, 1978, p. 11). Aqui João Antônio faz um aproveitamento paro-
dístico do samba-canção Copacabana (1947), de Braguinha e Alberto Ribeiro.
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Assim fica justificado o porre, a dor, a busca pela cidade real, ver-
dadeira, que ele julga ser a mesma da lembrança e vai aos poucos
percebendo que se engana. Em cada antigo ponto de sinuqueiros, em
cada esquina, vê mais miséria e mais dor do que estava acostumado a
ver noutros tempos. Essa cidade que tem mazelas ainda piores do que
as esperadas, contrasta ainda mais com o folheto que a vende. Embora
apareçam no texto em fragmentos distantes entre si, enumero aqui al-
gumas passagens relacionadas ao consumo a que o folheto apela, para
depois comparar com o que o narrador vê ou quer mostrar, a fim de
analisar o movimento proposto por João Antônio no texto:
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É conhecida a imagem de Gustav Le Bon para designar a massa: “Com
poder unicamente destruidor, as massas atuam como aqueles micróbios que
aceleram a desintegração dos organismos debilitados ou dos cadáveres. Assim,
quando o edifício de uma civilização está minado pelos vermes, as massas são
as que produzem a derrocada final” (apud CALDAS, 1991, p. 32). Embora não
estejamos discutindo o conceito de massa e nem a mesma época histórica do
texto de Le Bon, a imagem do edifício minado serve para a imagem da cida-
de, com seus pobres indesejáveis a solicitar atenção, seja pela feiura das suas
misérias, seja pela violência. Não mais a massa bárbara e inculta reivindicando
o poder, mas a massa empobrecida, desafiando o poder instituído, abalando
as estruturas do sistema capitalista com o simples espetáculo de sua presença
indesejada.
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Na edição da Cosac Naify para Malagueta, Perus e Bacanaço há uma apre-
sentação de João Antônio intitulada “De Malagueta, de Perus e de Bacanaço”,
escrita em 1963, mas só publicada pela primeira vez na terceira edição do li-
vro, pelo Círculo do Livro, em 1980. Nela, o autor dá notícias do incêndio: “[o
livro] estava pronto em 12 de agosto de 1960, data em que veio um incêndio,
queimou minha casa, lambeu tudo. Fiquei sem roupas, sem casa, sem livro.
/ Naquela casa, naquele meu quarto, eu trazia guardadas as coisas que me
acompanhavam desde os cinco anos de idade” (ANTÔNIO, 2004, p. 14). No
encarte que acompanha o livro e traz um histórico de sua composição e lança-
mento, Rodrigo Lacerda esclarece que, ao contrário do que diz João Antônio,
só os originais do conto homônimo foram perdidos no incêndio: “João Antô-
nio, malandramente, manipulou tal coincidência de títulos, deixando que o
mal entendido se propagasse” (p. 7). Ilka Brunhilde Laurito confirma a versão
de Lacerda: “Em princípios de agosto, depois de um largo silêncio, recebo
um telefonema desesperado de João Antônio. Sua casa havia pegado fogo.
E, junto com a perda de seus objetos queridos, seu quadros, seus livros, sua
máquina de escrever, ele também perdeu os originais do conto que lhe cus-
tara tantos meses de trabalho e sofrimento” (Remate de Males, 1999, p. 49).
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A palavra vagão, proibida aos jornais pelos órgãos oficiais, só deve ser
usada para transporte de carga ou animais. Assim, que culpa terão os
jornalistas com uma ditadura no lombo, além dos patrões? Alguns,
mais afoitos ou rebeldes, estão comendo processos ou cadeia (p. 134).
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CoNSiDERAÇÕES FiNAiS
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What do the texts produced by readers of a common internet news have to say
about that news other than what has already been mentioned by the media
that transmitted it? Up to what extent do readers reproduce, in their own wor-
ds, the discourse of the medium they visited and up to what point do they exer-
cise their critical thinking, thus establishing a relevant public debate and con-
tributing to the renewal of journalism in present times? And up to what degree
are they able to contribute to a broader understanding of the evening news?
That is what we examine in this essay which takes, as the object of analysis, a
news published on The Globo website about the earthquake which hit Haiti on
January 13th 2010, and the more than 600 comments posted it triggered. The
main theoretical tool used for analysis is found on the French scholar Domini-
que Maingueneau´s Discourse Analysis (DA) methodology, presented here in a
dialogue with authors of reference in the field of Social Communication.
Keywords: online journalism, Haiti earthquake, Discourse Analysis
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12
Jorge Henrique Cordeiro é autor do blog independente O Escriba e colabo-
rador do Blog do Planalto, da Presidência da República. Carlos Vasconcelos é
jornalista da TV Brasil.
13
Dados fornecidos por e-mail em 8 de fevereiro de 2010.
14
Os comentários deixados na página de O Globo devem ter um tamanho
máximo de 500 caracteres.
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15
Nesse cadastro, o internauta deve preencher nome, e-mail e endereço re-
sidencial. O Globo manda em seguida uma senha de acesso que permite a
leitura de reportagens no site e acesso às áreas de comentários de notícias e
blogs, bem como o envio de contribuições à seção de jornalismo participativo
Eu-Repórter.
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16
A tabela completa de classificação de comentários, com exemplo de cada
categoria, está nos Anexos deste artigo.
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17
Como aponta Sousa (2002), o leitor só é valorizado no campo da Comu-
nicação Social como vetor importante do processo comunicativo no fim dos
anos 1980, com os Estudos de Recepção.
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18
Anotações tomadas no curso de Teorias da Análise do Discurso, ministrado
no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense no se-
gundo semestre de 2009.
19
Por jogos de linguagem o autor entende a multiplicidade de ferramentas
linguísticas e seus modos de emprego (BUENO; PEREIRA, in REZENDE, 2001,
p. 250).
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• A fala é tão social e coletiva quanto a língua e, no contexto de
análise, importa tanto quanto ela;
• O foco das análises está nas sintaxes particulares e não na língua
universal;
• O saber linguístico é associado ao saber histórico;
• As análises utilizam corpora concretos, datados no espaço e no
tempo;
• A interdiscursividade (relação de um discurso com outros que o
sucederam) sobressai à intradiscursividade (o discurso no discur-
so, a partir do qual o conhecimento acumulado do sujeito permi-
te a construção de múltiplos efeitos de sentido);
• São ressaltadas as regras sociais, coletivas, das formações discursivas;
• Os discursos são tidos como opacos e não óbvios e transparentes;
• O enunciado não pode ser isolado do momento de sua enuncia-
ção, nem de suas condições de produção.
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20
Na época, o livro foi publicado como de autoria de V. N. Volochínov, discí-
pulo de Bakhtin.
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2 ANÁLiSE
21
Ribeiro (2003) e Oliveira (2005) analisam a legitimação do jornalismo como
fala autorizada perante a sociedade brasileira nos anos 1950.
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22
Por definição, noticiabilidade é o conjunto de critérios que determinam
se um assunto vai ou não virar notícia. Segundo Traquina (2002), os princi-
pais critérios de noticiabilidade são: morte, notoriedade, proximidade (tanto
geográfica como cultural), relevância, novidade, atualidade, notabilidade, o
inesperado, conflito (físico ou simbólico), infração.
23
A letra completa pode ser acessada em http://letras.terra.com.br/caetano-
veloso/44730/.
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24
A Pastoral da Criança é um dos organismos de ação social da Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.
25
O lead é o primeiro parágrafo de uma notícia impressa no jornalismo e, por
definição, deve conter as principais informações sobre a matéria: quem fez o
que, como, onde, quando e por quê.
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26
O Globo costuma recorrer a agências internacionais como suporte para a
cobertura de fatos em países onde não mantém correspondentes internacionais.
27
Usamos “contrato de leitura” nos termos de Eco (1986).
28
Abaixo do espaço de cada comentário que um leitor envia está escrito:
“Normas para publicação: acusações insultuosas, palavrões e comentários em
desacordo com o tema da notícia serão despublicados e seus autores poderão
ter o envio de comentários bloqueado”.
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Eu nao sabia que o Haiti e um pais vizinho do Brasil. Acho que nao
estudei, direito, geografia. Caramba, como sou burro!!! ou e o repor-
ter???? (Site de O Globo, 13 de janeiro de 2010. Comentário enviado
por “olivio pafuncio”).
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29
As outras características são instantaneidade, interatividade, memória, mul-
timidialidade e personalização.
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(...) O governo haitiano estima que até 50 mil pessoas morreram no país.
– Espero que isso não se confirme, porque espero que as pessoas te-
nham tido tempo de se salvar – disse o primeiro-ministro Jean-Max
Bellerive.
A primeira-dama, Elisabeth Debrosse Delatour, relatou que “a maior
parte de Porto Príncipe está destruída” e que muitos prédios do gover-
no desabaram (Site de O Globo, 13 de janeiro de 2010).
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CoNSiDERAÇÕES FiNAiS
• Mais da metade (51%) dos comentários analisados é marcada por
algum tipo de crítica, seja ao governo (23%), à imprensa (6%), a
outros leitores (16%) e até à Pastoral da Criança (6%) – que não
costuma ter sua ação contestada na grande imprensa.
• Do ponto de vista da linguagem utilizada, os leitores são bastante
veementes, chegando muitas vezes a ferir as regras de polidez.
• Os principais princípios narrativos do jornalismo, tais como ob-
jetividade e neutralidade, estão presentes na matéria analisada,
mas não nos comentários dos leitores. Ao contrário, as falas de-
les são eminentemente opinativas e emotivas. Os leitores estão ali
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TRAGÉDIA
Zilda Arns e ao menos 11 militares brasileiros morrem após terremoto no Hai-
ti; há muitos soldados desaparecidos
Publicada em 13/01/2010 às 20h23m
O Globo Agências internacionais
RIO e BRASÍLIA – A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da
Criança, Zilda Arns Neumann, de 75 anos, morreu no terremoto que atingiu
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30
Todas as traduções são minhas.
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31
Tradição essa que tem Heidegger como um de seus herdeiros; autor de
uma importância indiscutível na configuração do pensamento francês con-
temporâneo. Que Heidegger, contudo, tenha sido um crítico do humanismo,
isto não impediu que Derrida, por exemplo, situasse o seu pensamento como
a mais potente forma de insistência no valor “Homem”, para além do próprio
humanismo. Não sendo possível entrar aqui nessa questão, remeto o leitor ao
texto de Derrida (1991) “Os fins do homem”. Tento situar essa discussão de
Derrida, a propósito de Heidegger e o humanismo, em “Derrida e a crítica
heideggeriana do humanismo” (NASCIMENTO, 2005).
32
Poderíamos chamá-la de singularidade hermenêutica.
33
Ou seja, tendo em vista a nossa presente discussão em torno do tema do
autor, em cada um de seus textos, de seus documentos, em cada uma de suas
obras.
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34
Uma importante iniciativa feita nesse sentido, ainda que restrita às obras
de Derrida, pelo lado francês, e Gadamer, pelo lado alemão, encontra-se em
Michelfelder; Palmer, 1989.
35
A crítica humanista pode ser, aliás, por vezes feroz, como retrata John Johnston,
a propósito da reação de “marxistas e humanistas liberais”, ao voltarem suas
baterias contra o chamado “pós-estruturalismo” – entenda-se, Nietzsche,
Heidegger, Barthes, Lacan, Foucault, Deleuze, Derrida, Lyotard etc.; enfim,
todo um universo de autores que, apesar de suas singularidades e de suas múl-
tiplas diferenças, não teriam problema em aceitar o tema da “morte do autor”
e, por isso, se comprimem sob o selo de “pós-estruturalistas”. Uma amostra
dessa crítica: “O pós-estruturalismo parece não fornecer, afinal, nenhuma crí-
tica; em vez de articular novos pontos de resistência em torno dos quais, pos-
sivelmente, um sujeito crítico possa emergir (...), o pós-estruturalismo dissolve
o sujeito ainda mais completamente nas aporias sem fim da textualidade (...),
e celebra essa dissolução com insolência e risada nietzscheanas como se fos-
sem gestos de transgressão” (JOHNSTON, 1990, pp. 68-69).
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36
A propósito de uma possível comparação com a tradição da hermenêutica,
sugerida antes, seria o caso de interrogar se aquilo a que chamamos de “sin-
gularidade hermenêutica”, ou seja, a singularidade do indivíduo – o sujeito-
autor – tal como pensada por Dilthey, mesmo não sendo um sujeito pontual,
auto-idêntico, não convergiria do mesmo modo para um esvaziamento, por
assim dizer, da própria obra, justo por se afirmar como o seu princípio de
explicação. Afinal, como lemos na passagem citada de Verdade e método,
o indivíduo constitui “uma unidade compreensível em si mesma, (...) que se
expressa em cada uma de suas manifestações e que pode, por isso, ser com-
preendida a partir de cada uma delas”. Entendida como sua expressão, a obra
deverá então ser reduzida à individualidade do autor.
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(...) não sei a que conceito filosófico pode corresponder esta palavra
[“liquidação” do sujeito] que eu compreendo melhor em outros códi-
gos: finanças, banditismo, terrorismo, criminalidade civil ou política;
e não se fala, portanto, em liquidação senão que se colocando na
posição da lei e mesmo da polícia (DERRIDA, 1992, p. 270, é meu o
acréscimo entre colchetes).
Tal liquidação, como se alega, teria sido executada por certa ver-
tente do pensamento contemporâneo, e principalmente na França.
Contra tal pretensão, Derrida é enfático:
Se no curso dos últimos vinte e cinco anos, na França, as mais notórias des-
tas estratégias37 procederam, de fato, a um tipo de explicação com “a ques-
tão do sujeito”, nenhuma delas procurou “liquidar” o quer que seja (ibid.).
37
Derrida se refere às estratégias discursivas de autores como Barthes, Lacan,
Althusser, Foucault, Deleuze e dele próprio em que a centralidade reivindica-
da pelo conceito de sujeito é posta em questão.
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38
Uma compilação das respostas dos 19 filósofos, incluindo a de Derrida,
encontra-se em Cadava; Connor; Nancy, 1991.
39
E Mallarmé é, para ele, um autor exemplar neste sentido. Como diz: “Ape-
sar de o império do Autor ser ainda muito poderoso (...), é evidente que certos
escritores já há muito tempo que tentaram abalá-lo. Na França, Mallarmé, sem
dúvida o primeiro, viu e previu em toda a sua amplitude a necessidade de
pôr a própria linguagem no lugar daquele que até então se supunha ser o seu
proprietário; para ele, como para nós, é a linguagem que fala, não é o autor;
escrever é, através de uma impessoalidade prévia (...) atingir aquele ponto
em que só a linguagem atua, “performa”, e não o “eu”: toda a poética de
Mallarmé consiste em suprimir o autor em proveito da escrita (...)” (BARTHES,
1984, p. 51).
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40
A esse respeito, como propõe Foucault, a exegese cristã serviu em grande
parte como paradigma para o modo em que a crítica literária moderna defi-
niu, ou construiu, a figura do autor: de acordo com a De Viris Illustribus de
São Jerônimo, “se entre vários livros atribuídos a um autor, houver um inferior
aos restantes, deve-se então retirá-lo da lista das suas obras (o autor é assim
definido como um certo nível constante de valor); do mesmo modo [deve-se
igualmente retirar da lista das suas obras] se alguns textos estiverem em contra-
dição de doutrina com as outras obras de um autor (o autor é assim definido
como um certo campo de coerência conceitual ou teórica); deve-se igualmen-
te excluir as obras que são escritas num estilo diferente, com palavras e manei-
ras que não se encontram habitualmente nas obras de um autor (trata-se aqui
do autor como unidade estilística); finalmente, devem ser considerados como
interpolados os textos que se referem a acontecimentos ou que citam perso-
nagens posteriores à morte do autor (aqui o autor é encarado como momento
histórico definido e ponto de encontro de um certo número de acontecimen-
tos). Ora, a crítica literária moderna, mesmo quando não tem a preocupação
de autenticação (o que é a regra geral) não define o autor de outra maneira”
(ibid., pp. 52-53, são meus o itálico e o acréscimo entre colchetes).
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41
Renaut se enquadra, nesse sentido, entre aqueles que, no dizer de Derrida,
assumem uma postura moralista, e mesmo policial, de defensor da boa causa,
contra um delito, uma ilusão ou uma falta: “quiseram ‘liquidar’ [o sujeito;
portanto, também o autor; o “homem”], acreditaram poder fazê-lo, nós não
o deixaremos. (...) Nós iremos fazer justiça, nós iremos salvar ou reabilitar o
sujeito” (DERRIDA, 1992, p. 270).
42
Como se sabe, juntamente com Jean-Luc Ferry, Alain Renaut publicou um
livro, Pensamento 68: ensaio sobre o anti-humanismo contemporâneo. O livro
pretende analisar o pensamento representativo da filosofia francesa funda-
mentalmente comprometida com os eventos de maio de 68. Apesar de sua re-
conhecida diversidade, a análise aponta para a afirmação da individualidade
contra a universalidade, a dissolução do Eu como vontade autônoma, a apolo-
gia da marginalidade, como algumas das características, dentre outras, que são
comuns aos diferentes nomes que compõem esse ambiente de pensamento,
como Foucault, Althusser, Lacan, Deleuze, Lyotard, Derrida etc.
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43
Sobre a importância de se questionar o “quem” questiona, na perspectiva do
pensamento de Derrida, remeto o leitor ao meu artigo “Alteridade, violência
e justiça: trilhas da desconstrução” (DUQUE-ESTRADA, 2004).
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CoNSiDERAÇÕES FiNAiS
Talvez fique claro que, afinal, o tema da “morte do autor” não traga
nenhuma novidade ou, por outra, a sua novidade está em manifestar
o que sempre ocorre: o movimento de arquivamento que, em todos
os níveis, se põe em marcha; arquivamento do que nunca esteve lá e
que, não obstante isso, ou, antes e por isso mesmo, exige sempre ser
arquivado. A função-autor, numa palavra, arquiva-se e rearquiva-se,
nisso consistindo o seu descentramento intrínseco, o seu deslocamen-
to constitutivo, enfim, o seu porvir na e pela escrita.
Finalmente, evoco mais uma vez Foucault para responder à indig-
nação dos chamados Humanistas a respeito do tema da “morte” do
Sujeito, do Homem, do Autor:
Não se trata de afirmar que o homem está morto (ou que vai desapare-
cer, ou que será substituído pelo super-homem), trata-se, a partir deste
tema, que não é meu e que não cessou de ser repetido desde o final
do século XIX [i.e. desde Marx, Nietzsche e Freud, os grandes “mestres
da suspeita”], de ver de que maneira e segundo que regras se formou
e funcionou o conceito de homem. Fiz a mesma coisa para a noção
de autor. Contenhamos, pois, as lágrimas (FOUCAULT, 1992, p. 81, é
meu o acréscimo entre colchetes).
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EDiÇÃo 11
EDiÇÃo 12
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DESENVoLVimENto iNFANtiL
Uma análise de eficiência
Vívian Vicente de Almeida
EDiÇÃo 13
bibLiotECA E CiDADANiA
Ana Ligia Silva medeiros
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SESC | Serviço Social do Comércio
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A RESPONSABILIDADE SOCIAL E
AS ENTIDADES CORPORATIVAS
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