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Introdução a Informática

Rosemeri Coelho Nunes

Florianópolis
2009
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poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros,
sem prévia autorização, por escrito, dos autores.

N972i Nunes, Rosemeri Coelho


Introdução à Informática / Rosemeri Coelho Nunes – Florianópolis
IF/SC : 2009.
90 p.

Inclui bibliografia.

ISBN: 978-85-62798-10-8

CTI Informática para Internet.

1. Informática - Fundamentos. 2. Informática – Segurança da


Informação. I. Instituto Federal de Santa Catarina. II. Título.
CDU 005. 71

Catalogação na fonte: Maria Guilhermina Cunha Salasario - Bibliotecária CRB 14/802


Organização de conteúdo:
Andrino Fernandes
Elaine Luz Barth

Comissão Editorial:
Hamilcar Boing
Andrino Fernandes
Elaine Luz Barth

Produção e design instrucional:


Andrino Fernandes
Elaine Luz Barth

Projeto gráfico:
Paulo Ricardo Rodrigues de Lima

Capa:
Lucio Baggio

Revisão ortográfica:
Marcos Pessoa

Editoração Eletrônica:
Paulo Ricardo Rodrigues de Lima
Sumário
Capítulo 1 – Fundamentos de Informática
Conceitos básicos................................................................................. 11
O que é um computador?..................................................................... 12
Tipos de computadores........................................................................ 12
Computador: Passado Presente e Futuro
Breve Histórico da Informática............................................................. 14
Computador no presente...................................................................... 16
Computador no Futuro......................................................................... 18

Capítulo 2 – Hardware
Unidades de Entrada e Saída de Dados (I/O)....................................... 23
Unidades de Entrada de Dados............................................................ 24
Unidades de Saída de dados................................................................ 26
Unidade Central de Processamento (CPU)........................................... 27
Unidades de Armazenamento.............................................................. 28

Capítulo 3 – Software
Sistema Operacional............................................................................ 35
Aplicativo............................................................................................. 35
Utilitários.............................................................................................. 36
Software Proprietário e software livre................................................... 36
Como funciona o computador............................................................. 37

Capítulo 4 – Peopleware: os profissionais da área de informática


Conceitos............................................................................................. 41

Capítulo 5 – Sistemas de Numeração e sua Representação


Sistemas de Numeração....................................................................... 52
O sistema binário................................................................................. 52
Operações aritméticas no sistema binário............................................. 53
Soma binária........................................................................................ 53
Subtração binária................................................................................. 54
Multiplicação binária............................................................................ 55
Divisão binária..................................................................................... 56
Conversão entre os sistemas de numeração......................................... 57
Teorema Fundamental de Numeração (TFN)....................................... 57
Conversão decimal para binário........................................................... 58
Conversão binário para decimal........................................................... 59
Conversão decimal para octal.............................................................. 60
Conversão octal para decimal.............................................................. 60
Conversão decimal para hexadecimal.................................................. 61
Capítulo 6 – Redes de computadores
Conceitos................................................................................................. 66
Tipos de redes.......................................................................................... 66
Hardware de rede..................................................................................... 69
Como funcionam as redes........................................................................ 70
Redes sem fio........................................................................................... 71

Capítulo 7 – Internet
Conceitos................................................................................................. 75
Como funciona a internet......................................................................... 78

Capítulo 8 – Segurança da Informação


Conceitos................................................................................................. 83

Referências bibliográficas................................................................ 87
Apresentação

Caro aluno,

Algumas descobertas ocorridas ao longo da história da humanidade muda-


ram completamente os acontecimentos futuros. Podemos citar algumas de-
las: a descoberta do fogo, o advento da escrita, a descoberta da eletricidade,
enfim... e, há algumas décadas atrás, o computador e a internet. O uso em
grande escala dos computadores deu à informática um lugar de destaque na
sociedade.
Ao estudar informática você vai perceber que existem diversas áreas e es-
pecializações, e o estudo de qualquer uma delas requer que você adquira
conhecimentos de conceitos básicos e gerais. Este é o objetivo desta unidade
curricular; formar uma base sólida que torne possível a acumulação ordena-
da de conhecimentos sobre informática, conhecimentos estes que lhes serão
úteis em outras unidades curriculares que tratarão de alguns temas visto aqui
com maior profundidade.

Bom estudo.

Profa. Rosemeri Coelho Nunes


CAPÍTULO

1
Fundamentos de Informática
Objetivo
Este capítulo introduz você no mundo da
informática, apresentando os principais
conceitos básicos relacionados a esta área
e apresenta, também, um relato histórico
do nascimento da informática, passado,
presente e futuro.
Fundamentos de Informática

Conceitos Básicos

A seguir, apresentamos uma série de conceitos básicos relacio-


nados à informática, alguns deles serão aprofundados nos capí-
tulos seguintes:

Tecnologia: Segundo a enciclopédia livre Wikipédia, “tecnolo-


gia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico
e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a
partir de tal conhecimento”. Isso inclui desde os processos ou
materiais mais simples, como um palito de dente, até os mais
complexos como um supercomputador.

Informática: O termo Informática foi criado na França em


1962 e surgiu da contração de duas palavras: Information Auto-
matique, traduzindo, Informação Automática.

Computador: Máquina eletrônica que realiza processamento


de dados.

Processamento de Dados: Consiste no trabalho com a infor-


mação através da Entrada de Dados, Processamento e Saída.

Hardware: Parte física do computador.

Software: Programas.

Peopleware: Elemento humano que, direta ou indiretamente,


trabalha com informática.

Programa: Conjunto de instruções fornecidas ao computador


para que este realize determinada tarefa.

Linguagem de programação: É um conjunto de regras sintáti-


cas e semânticas através das quais se elabora as instruções para
o computador. Cada linguagem de programação possui suas
próprias regras, regras essas que devem ser seguidas pelo pro-
gramador para elaborar determinado programa. Podemos fazer
um paralelo das regras sintáticas e semânticas de uma linguagem
de programação com um determinado idioma, por exemplo.

11
Introdução à Informática

O que é um computador?

Pensar no termo computador, de uma maneira geral, é pensar como
sinônimo de cérebro eletrônico, e isto é aplicável a diversos tipos de
LCD - Liquid Crystal Display, ou máquinas hoje em dia, desde as calculadoras eletrônicas até as TV’s de
Tela de Cristal Líquido.
telas LCD e plasma, passando por eletrodomésticos como geladeiras e
lavadoras de roupa, celulares e caixas eletrônicos de banco.
Pensar, porém, em computadores como computador pessoal (PC -
Personal Computer), como o que usamos em casa e no trabalho, é
um pouco diferente. Um computador é, hoje em dia, uma máquina
eletrônica, multifuncional, programável e interativa. Eletrônica, por ser
composta de componentes eletrônicos; multifuncional, por realizar
várias funções (algumas simultâneas); programável, por poder ser
programada especificamente para a função que se deseja; e interati-
va, por permitir uma adequação às necessidades do usuário.

O funcionamento de um computador pode ser esquematizado em três


etapas: entrada, processamento e saída de dados.

ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA


Fonte: a autora

Tipos de Computadores

Existem inúmeros tipos de computadores, classificados geralmente


pelo seu tamanho, forma de utilização ou capacidade.

Microcomputadores - Os computadores pessoais (PC- Personal


Computer), foram primeiramente conhecidos como microcomputado-
res, pois eram computadores completos, destinados ao uso de uma
só pessoa e construídos em tamanho menor que os grandes equipa-
mentos então usados pelas empresas. A expressão Personal Compu-
ter foi usada em 1972 para caracterizar o Alto do Xerox PARC. Os
historiadores, hoje em dia, relacionam o termo PC com o IBM PC™,
lançado em 12 de Agosto de 1981, que foi a
versão original e progenitor da plataforma de
hardware dos IBM PC compatíveis. Devido
ao sucesso do IBM PC, o que tinha sido um
termo genérico passou a significar especifica-
mente um microcomputador compatível com
a especificação da IBM.

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart

12
Fundamentos de Informática
Portáteis - Os Laptops também chamados notebooks, são com-
putadores portáteis que integram monitor, teclado, dispositivo de
apontamento ou trackball, processador, memória e disco rígido
em um único volume operado também por bateria, ligeiramente
maior do que um livro de capa dura.
Os Palmtops, também conhecidos como Assistentes Pessoais Di-
gitais (PDA - Personal Digital Assistent), são computadores in-
tegrados e compactos que geralmente não possuem teclados,
mas sim uma tela sensível ao toque (touch screen), tecnologia
usada para a entrada de dados. São geralmente menores do
que um livro de bolso e muito leves. Uma versão ligeiramente
maior e mais pesada do palmtop é o handheld (computador de
mão), já o netbook é um termo usado para descrever uma classe
de computadores portáteis derivados do notebook, com dimen-
são menor, mais leve, de baixo custo e geralmente utilizados em
serviços baseados na internet, tais como navegação na web e
e-mails.

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart

Mainframes - Quando surgiram, os mainframes eram grandes


computadores que podiam encher uma sala ou até mesmo um
andar inteiro. O tamanho dos computadores diminuiu, sua capa-
cidade aumentou e o termo mainframe foi abandonado em favor
da expressão servidor corporativo (enterprise server). O servidor
é um computador aperfeiçoado para prover serviços para outros
computadores em uma rede. Geralmente possui processadores
poderosos, grande quantidade de memória e discos rígidos com
grande capacidade. Já os chamados supercomputadores podem
custar centenas de milhares ou até milhões de dólares. Apesar
de muitos supercomputadores serem formados por sistemas úni-
cos, a maior parte é composta por múltiplos computadores de
alto desempenho trabalhando paralelamente como um sistema
único. Os mais conhecidos supercomputadores são construídos
pela empresa Cray Supercomputers.

Minicomputadores - Um termo raramente utilizado hoje, os mi-


nicomputadores ficam entre microcomputadores (PC’s) e main-
frames (servidores corporativos) e atualmente são conhecidos
como mid-range servers. A última tendência em computação

13
Introdução à Informática
são os Wearable, que são essencialmente aplicações de computadores
comuns (e-mail, banco de dados, multimídia, calendário, agenda) inte-
gradas em relógios, aparelhos de som, celulares, câmeras fotográficas e
de vídeo, viseiras e até mesmo em roupas.

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart

Cronologia Computador: Passado, Presente e Futuro


1642 - Pascal projetou a primeira
máquina de calcular capaz
apenas de somar e subtrair, Breve histórico da informática
baseada em engrenagens
dentadas.
A história da informática confunde-se com a própria história da huma-
1694 – Os estudos de Pascal
nidade. Durante muitos anos, estudos, teorias e descobertas ajudaram
foram ampliados pelo ma-
temático Leibniz, que projetou a construir não só o que chamamos de computador, mas a maioria dos
uma calculadora capaz de, além equipamentos eletro-eletrônicos de que hoje desfrutamos. No entanto,
de somar e subtrair, multiplicar,
dividir e extrair raiz quadrada. a época em que o computador teve real desenvolvimento, e onde ele
assume uma identidade própria como computador, ocorreu durante
1822 – Charles babbage,
a II Guerra Mundial (1939 – 1945). Foi nessa época que os pesqui-
matemático inglês, estabeleceu
os princípios dos computadores sadores pensaram em usar um componente simples, mas que estava
eletrônicos através do seu projeto presente na maioria das grandes invenções: a chave. Qualquer tipo de
da “máquina diferencial”.
dispositivo que pode abrir ou fechar um circuito elétrico é chamado
1833 – Babbage apresentou o de chave.
projeto da primeira máquina
As chaves automáticas mais conhecidas e eficientes naquela época
programável ( programa
externo), “máquina analítica”, eram o relé automático das companhias telefônicas e a válvula. O relé
projetada para ser capaz de era um dispositivo eletromecânico, formado por um magneto móvel,
realizar qualquer operação
matemática; é considerada que se deslocava unindo dois contatos metálicos. As válvulas tinham
a precursora dos atuais seu funcionamento baseado no fluxo de elétrons no vácuo, ou seja,
computadores eletrônicos.
havia fluxo elétrico mesmo sem o contato entre os terminais polari-
1944 – John von Neumann zados – efeito termoiônico. As válvulas eram bem mais rápidas que
propôs que os programas os relés, o problema é que esquentavam demais, consumiam muita
fossem internos à máquina e
estabeleceu os fundamentos para eletricidade e se queimavam com facilidade. As válvulas foram usadas
a construção do computador para criar os primeiros computadores eletrônicos, na década de 1940.
eletrônico.
Os principais usos eram a codificação e decodificação de mensagens
1946 – Entrou em cifradas e os cálculos de artilharia.
funcionamento o primeiro
computador eletrônico: o ENIAC.

1951 – Entraram em
funcionamento, na universidade válvula
da Pensylvania (EUA), os relé automático
primeiros computadores
fabricados em série, o UNIVAC e Fonte: http://pt.wikipedia.org
o IBM701.

14
Fundamentos de Informática

Gerações de Computadores

PRIMEIRA GERAÇÃO - A substituição


dos relés por válvulas permitiu a criação
da primeira geração de computadores.
Na Inglaterra, em 1943, o matemático
Alan Turing construiu o Colossus, um
computador para missões de guerra que
usava válvulas. Em 1945, nos EUA, um
grupo terminou a construção do Eniac
ENIAC com a ajuda dos pesquisadores John
Fonte: http://pt.wikipedia.org Mauchly e John P. Eckert. Na mesma
época, John Von Neumann estabeleceu
a arquitetura básica de um computador,
O ENIAC (Electronic Numerical Integrator Analyzer and Com- empregada até hoje: memória, unidade
puter), era composto por 17.468 válvulas, além de 1.500 relés central de processamento, dispositivos de
e um grande número de capacitores, resistores e outros compo- entrada e saída dos dados. Chegam ao
mercado os primeiros modelos.
nentes. No total, ele pesava 30 toneladas e era tão volumoso
que ocupava um grande galpão. Começou a ser construído em SEGUNDA GERAÇÃO - Em 1947,
cientistas dos Laboratórios Bell, ligados
1943 mas tornou-se operacional apenas em 1946. à AT&T (American Telephone &
Telegraph), criam o transistor, que faz
Em 1947 um grupo de Stanford inventou o tran- as mesmas funções das válvulas a um
custo bem menor, mas só no final da
sistor, usando elementos chamados semicondu- década de 50 é que chegam ao mercado
tores (elementos que podem ser condutores ou os primeiros modelos totalmente
transistorizados, bem menores do que os
isolantes sob determinadas condições). Como movidos a válvula e com preço acessível
as válvulas, os transistores podem funcionar para as empresas privadas.
como chaves, porém, são menores, mais rápi-
Fonte: http://pt.wikipedia.org TERCEIRA GERAÇÃO - Em 1958 a
dos, esquentam menos, duram mais e conso- Texas Instruments anuncia os resultados
mem menos energia. Um transistor é composto basicamente por de uma pesquisa que revoluciona o
mundo: o circuito integrado. Esses
três filamentos, chamados de base, emissor e coletor. O emissor circuitos são um conjunto de transistores,
é o pólo positivo, o coletor, o pólo negativo, enquanto a base resistores e capacitores construídos
é quem controla o estado do transistor. Quando o transistor está sobre uma base de silício (microchip).
Com ele, avança a miniaturização dos
desligado, não existe carga elétrica na base, por isso, não existe equipamentos eletrônicos. A IBM é a
corrente elétrica entre o emissor e o coletor. Quando é aplicada primeira a lançar modelos com a nova
tecnologia em meados da década de 60.
uma certa tensão na base, o circuito é fechado e é estabelecida
a corrente entre o emissor e o coletor. Cada transistor funciona QUARTA GERAÇÃO - Já no final dos
como uma espécie de interruptor, que pode estar ligado (1) ou anos 60, a Intel inaugura uma nova
fase. Projeta o microprocessador, um
desligado (0). dispositivo que reúne num mesmo
circuito integrado todas as funções do
processador central. É a base para os
microcomputadores.
Chave aberta, não passa corrente elétrica (0)

Chave fechada, passa corrente elétrica (1)

Fonte: Paulo Ricardo Rodrigues de Lima

15
Introdução à Informática
A melhor forma de visualizar como o computador exibe imagens, texto
MICROCOMPUTADORES – ou vídeo, é imaginar que eles são uma vasta coleção de chaves in-
O primeiro modelo é o Altair, terruptoras em forma de transistores microscópicos gravados em uma
baseado no microprocessador
lâmina de silício (microchip), que controlam um grande painel feito de
8080 da Intel, vendido na
forma de kit para aficionados da colunas e fileiras de lâmpadas (o monitor de vídeo).
eletrônica. Em 1974, o então Acionando as chaves certas para acender determinadas lâmpadas, é
estudante da Universidade de
Harvard, Bill Gates, junto com possível desenhar qualquer figura no painel. Supondo que haja cha-
o colega Paul Allen, desenvolve ves-mestras que controlam dezenas de outras chaves, já previamente
o sistema operacional do
arranjadas, ao acionar uma única chave, acenderia uma combinação
Altair. Um ano depois os dois
fundam a Microsoft. Em 1976 de lâmpadas que criariam um número, uma letra ou um símbolo no
é a vez do Apple I, o primeiro painel.
computador pessoal, criado
numa garagem pelos americanos
Steve Jobs e Steve Wozniac,
revolucionar o mercado. A
resposta da IBM vem cinco anos
depois quando lança seu PC
(personal computer), e contrata
a Microsoft para desenvolver o Fonte: http://pt.wikipedia.org
sistema operacional, o MS-DOS
(Disk Operating System). Sua Supondo-se uma matriz com 11 linhas e 11 colunas de
arquitetura aberta, ou seja, um lâmpadas. Se pudermos controlar as lâmpadas apagadas
sistema que podia ser licenciado (em branco) e acesas (em preto), podemos desenhar qual-
por outros fabricantes, determina quer coisa no monitor de vídeo.
um padrão para o mercado.
Em 1983 a IBM lança o PC XT, Fonte: Paulo Ricardo Rodrigues deLima
baseado no microprocessador
8088 e com disco rígido. Em
1984 a Apple apresenta sua
Nos anos 1960 surgiram os grandes computadores, também conhe-
resposta ao PC, o Macintosh,
revolucionário na utilização do cidos como mainframes. Em pouco tempo, já estavam do tamanho
ícone, símbolo gráfico que indica de uma escrivaninha. Nos anos 1970 surgiu o microcomputador, que
um comando, e do mouse, que
substitui muitas das funções do ainda é referência para os computadores de hoje. No começo dos anos
teclado. 1980 os computadores se expandiram para o campo da engenharia,
das artes e da edição de imagens e nos anos 1990 houve, além da ex-
plosão mundial da internet, a união dos computadores com os serviços
de telecomunicações, que continua a se aperfeiçoar ainda hoje.

Computador no presente
Os computadores, hoje, são partes de praticamente todas as atividades
desenvolvidas pelo homem em todas as áreas do conhecimento. O
desenvolvimento de softwares e hardwares específicos para determi-
nadas tarefas, aliado ao crescimento da internet por meio de sua fusão
com as telecomunicações, difundiu informações através do mundo
como nunca se viu antes. A revolução digital que acontece hoje, se-
gundo historiadores, só encontra paralelo na história com a invenção
da imprensa.
O salto tecnológico ocorrido a partir dos anos 1990 fez os computa-
dores mais populares, que usavam Pentium 100, 133 ou 266 Mhz em

16
Fundamentos de Informática
1998, passarem a usar O Dual Core 2.2 Ghz em 2008. Essa
evolução possibilitou que inúmeros softwares, até então só ope-
rados em estações de trabalho de alta performance, pudessem
ser operados em pequenas empresas e até mesmo em casa.

Em suma, um livro, um pequeno filme, um desenho animado,


uma pesquisa mundial, uma conferência e muitas outras coisas
podem ser feitas em casa, em um computador comum que pode
ser comprado em qualquer loja, desde que atenda as especifici-
dades da atividade a ser desenvolvida.

As mudanças que fatos como estes causaram nas atividades pro-


fissionais foram radicais para muitas profissões. Paralelamente a
isso, a evolução da internet, no mesmo período, foi igualmente
espantosa. Dos primeiros GIF’s animados de 1998 à fusão com
a televisão em meados do século XXI, a internet influiu não só
nas profissões, mas também no comportamento deste século.
As metodologias de ensino, a educação escolar e até mesmo as
relações humanas ainda passam por um período de transforma-
ção e adaptação à internet.

Em relação a tecnologia, a computação está chegando perto de


seu limite, isso se considerarmos as atuais tecnologias emprega-
das. Os microprocessadores de silício são o coração do mundo
da computação há mais de 40 anos. O atual processo usado
para compactar mais e mais transistores em um chip é chama-
do de litografia ultravioleta profunda (DUVL); é uma técnica
como a da fotografia, que foca a luz através de lentes para gravar
padrões de circuitos em pastilhas de silício. A DUVL começou a
alcançar seu limite por volta de 2005, então os fabricantes de DUVL - Deep Ultraviolet Lithography
chip tiveram que procurar outras tecnologias para gravar mais
EUVL - Extreme Ultraviolet Lithography
transistores em silício para criar chips mais poderosos. Muitos já
estão de olho na litografia ultravioleta extrema (EUVL) como
modo de ampliar a vida do silício pelo menos até o final da dé-
cada. Esta tecnologia usa espelhos em vez de lentes para focar
a luz, o que permite à luz, com comprimentos de ondas mais
curtas, focalizarem precisamente a pastilha de silício.

Computador no futuro

Duas das novas tecnologias emergentes, que segundo os espe-


cialistas serão o futuro dos computadores, são os computadores
de DNA ( utilizam a biologia molecular ao invés das tecnologias
tradicionais baseadas em silício) e os computadores quânticos.

17
Introdução à Informática
Os computadores de DNA têm o potencial de levar a computação
para novos níveis. Há várias vantagens de usar DNA em vez de si-
lício, a vantagem principal é que fará computadores menores e com
maior capacidade de armazenamento do que qualquer computador
já inventado. Um quilo de DNA tem a capacidade de armazenar mais
DNA - Do inglês informações que todos os computadores eletrônicos já construídos. A
deoxyribonucleic acid, ou eficiência computacional de um minúsculo computador DNA, usando
Ácido desoxirribonucleico;
as portas lógicas de DNA, será mais poderosa que qualquer supercom-
é um composto orgânico
cujas moléculas contêm as putador existente hoje no mundo. Mais de 10 trilhões de moléculas de
instruções genéticas que DNA podem caber em uma área de 1 cm3. Com esse pequeno mon-
coordenam o desenvolvimento e
funcionamento de todos os seres tante de DNA, um computador poderia ser capaz de armazenar 10 TB
vivos. (Terabytes) de dados e realizar 10 trilhões de cálculos ao mesmo tem-
po. Diferentes dos computadores convencionais, os computadores de
DNA poderiam realizar cálculos simultaneamente. Essa computação
paralela é que vai permitir ao computador de DNA resolver problemas
matemáticos complexos em horas, o que os computadores atuais leva-
riam centenas de anos para concluírem.

Os computadores de hoje trabalham manipulando bits, que podem


assumir dois valores: 0 ou 1. Os computadores quânticos não são li-
mitados a dois valores. Eles codificam informações em bits quânticos,
ou qubits. Um qubit pode ser 1 ou 0, ou pode existir em superposição,
ou seja, ser simultaneamente 1 e 0 ou algo entre eles. Qubits represen-
tam átomos que estão trabalhando juntos para servir como memória
de computador e microprocessador. Como um computador quântico
pode conter esses estados múltiplos simultaneamente, ele tem o po-
tencial de ser milhões de vezes mais poderosos que os mais poderosos
supercomputadores de hoje. Um computador quântico de 30 qubit
teria a capacidade de processamento de um computador convencio-
nal capaz de executar 10 teraops (trilhões de operações por segundo).
Para conhecer mais sobre a Os mais rápidos supercomputadores de hoje atingem velocidades de
história da computação, inclusive cerca de 2 teraops.
sobre a história da computação
brasileira, acesse o site:
http://www.museudocomputador.
com.br

18
CAPÍTULO

2
Hardware
Objetivo

Neste capítulo apresentamos os principais


elementos que fazem parte do hardware dos
computadores, bem como os principais dis-
positivos de armazenamento e periféricos.
Hardware

No capítulo que iniciamos agora e nos capítulos 3 e 4 a seguir,


apresentamos a você os três pilares básicos onde se sustenta a
informática: PEOPLEWARE
• O elemento físico ( Hardware);
• O elemento lógico ( Software);
• O elemento humano ( Peopleware).

HARDWARE SOFTWARE

Fonte: a autora
Vamos ao primeiro deles

Hardware é o nome dado ao conjunto de todos os componentes


físicos que formam o computador, isto é, tudo que for tangível
em um computador é chamado hardware. O hardware é parte
integrante de todas as etapas de funcionamento de um compu-
tador: a entrada, o processamento, o armazenamento e a saída
de dados.
Fonte: a autora

Unidades de Entrada e Saída de dados (I/O)

Um computador é uma máquina que processa dados e seus


circuitos internos operam sinais eletrônicos. Para que o proces-
samento ocorra, é necessário que dados e informações sejam
representados através de um equipamento físico que o compu-
tador possa acessar.

Esses dispositivos são chamados de unidades de Entrada e


Saída de dados ou periféricos. Portanto, unidades de entrada e
saída de dados são dispositivo físicos que permitem a comuni-
cação entre o usuário e o computador, tanto para receber dados
como para exibi-los ao usuário.

Resumindo, os periféricos são encarregados de transformar a


informação de entrada em sinais eletrônicos para que possam
ser “entendidos” pelo computador, ou de “traduzir” os sinais
eletrônicos produzidos pelo computador para que possam ser
“entendidos” pelo usuário.

Os periféricos são classificados de acordo com a função desem-


penhada junto ao computador da seguinte forma:

21
Introdução à Informática
• De entrada: Estes periféricos basicamente enviam informação
para o computador, como por exemplo, mouse e teclado;

• De saída: Periféricos que transmitem informação do computador


para o usuário, como por exemplo, impressora e monitor;

• De entrada e saída: Estes periféricos realizam as duas funções


citadas anteriormente, ou seja, recebem e enviam informações.
Como exemplo, podemos citar, monitor de touch screen e drive
de CD/DVD;

• De armazenamento: São periféricos que tem por função arma-


zenar dados e informações, como por exemplo, disco rígido e pen
drive.

A utilização dos periféricos é imprescindível nos sistemas informatiza-


dos e a evolução dos sistemas de informação provocou o surgimento
de uma grande diversidade de periféricos, alguns nem sonhado há
algumas décadas atrás. Cabe ressaltar que sua disposição física pode
ser próxima ou distante do computador ao qual está servindo.

Unidades de Entrada de dados

A seguir examinaremos as principais unidades de entrada de dados


utilizados em computadores:

Monitor de touch screen é Mouse, trackballs e tablet – Dispositivos de apontamento cuja função
uma tela sensível ao toque. Ao é apontar os objetos na tela do monitor. Há também as telas sensíveis
tocá-la você pode selecionar
opções, portanto está realizando ao toque de mão (touch screen). Juntamente com o sistema operacio-
entrada de dados e ao mesmo nal, esses dispositivos possuem a habilidade de localizar a sua posição
tempo você poderá obter
informações provenientes do
na tela, através do movimento, no caso do mouse, e do toque, no caso
computador, logo, saída de dos tablets e da tela touch screen.
dados.

Primeiro Mouse do Mundo

Fonte: http://www.museudocomputador.com.br
Fonte: http://www.sxc.hu

22
Hardware

Teclado – Dispositivo cuja função é permitir a entrada de da-


dos alfanuméricos além de alguns comandos simplificados. O
sistema operacional varre constantemente as teclas em busca de
interrupções que indiquem que uma tecla foi pressionada, após
localizar, ele identifica a tecla e executa o comando dado.

Fonte: http://www.sxc.hu

Scanners – Dispositivos destinados a digitalizar elementos reais.


Uma luz varre o objeto a ser escaneado; ao encontrar sinais de
cor, a luz é refletida e captada por um diodo fotossensível; em
seguida, os dados são lidos por um Conversor Analógico-Digital
(ADC) e após identificar as cores, as informações analógicas ADC - Analogic-Digital Converter
(comprimentos de ondas para cada cor), são transformadas em
informações digitais, podendo então ser armazenadas no com-
putador. Os fundamentos do scanner são utilizados desde o lei-
tor de código de barras até a tomografia computadorizada.

Fonte: http://www.sxc.hu

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart

Tablets e mesas digitalizadoras – Dispositivos destinados ao


desenho ou escrita de punho, diretamente para um programa de
desenho ou edição de imagens.

Fonte: http://www.sxc.hu

23
Introdução à Informática

Unidades de Saída de dados

Constituem unidade de saída de dados os equipamentos que apresen-


tam os dados ao usuário, tais como o monitor, as caixas de som e as
impressoras.

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart
Logo abaixo você vai observar as principais unidades de saída de da-
dos utilizados em computadores:

Monitor – É o dispositivo de saída mais usual. Sua função é apresentar


na tela os dados e informações ao usuário. A tela consiste num siste-
ma de representação através de pontos luminosos denominados pixel
(picture element).
A resolução da tela é dada pelo número de linhas horizontais e verti-
cais, sendo que o encontro dessas linhas forma os pontos a que cha-
mamos de pixel. As configurações mais comuns são: 800 x 600, 1024
x 768, 1280 x 1024 pixels.
O tamanho de uma tela é dado pelo diâmetro, em polegada. Como
exemplo temos telas de 15”, 17”, 21” e 24”. O tamanho indicado pelo
fabricante normalmente em polegadas (14”, 15”, etc), não correspon-
de a largura da tela e sim a medida realizada na diagonal da tela do
monitor de vídeo. Alguns fabricantes divulgam o tamanho nominal e o
real da tela de seus monitores. Veja a tabela abaixo:

Tamanho do Monitor Tamanho da área visível


14” 13.2”
15” 13.8”
17” 15.9”
20” 18.8”
21” 19.8”

Projetor de vídeo – O projetor de vídeo, também chamado de data


show ou projetor multimídia, permite a exibição da tela do computa-
dor (ou de outro dispositivo), de maneira ampliada em uma parede
ou em um telão apropriado. Dessa forma, é possível a todos os pre-
sentes no ambiente assistirem apresentações de slides (seqüências de
fotos, vídeos, etc). Assim como o monitor de vídeo, a resolução de um
projetor pode influenciar na qualidade da imagem. Quanto maior a
resolução, melhor é a definição de certos objetos exibidos.

24
Hardware

Unidade Central de Processamento (CPU)

A Unidade Central de Processamento (CPU - Central Processing


Unit) constitui-se de todos os hardwares, geralmente internos, do
computador que colaboram no processamento dos dados:

Placa-mãe - A placa-mãe (motherboard) é o equipamento res-


ponsável pela comunicação entre todos os componentes do
computador. O componente básico da placa-mãe é o PCB (Prin-
ted Circuit Board) que é a placa de circuito impresso, onde são
soldados os demais componentes: capacitores, resistores, vários
tipos de microchips e MOSFET’s (reguladores de tensão).

Fonte: http://www.guiadohardware.net

Microprocessador - É o cérebro do computador, encarregado


de processar a maior parte dos dados. Os principais tipos de
processadores atualmente são os da família INTEL de arquite-
tura NetBurst (Pentium 4, Pentium D, Pentium Extreme Edition
e Celeron) e da plataforma Core (Core 2 Duo, Core 2 Quad,
Pentium E e Celerons 4xx) além da família AMD (Athlons de 32
bits, Athlons de 64 bits e Semprons).

Fonte: http://www.guiadohardware.net

Placa de som – Componente da CPU destinado ao processa-


mento de som, que pode conter inclusive um processador exclu-
sivo destinado a aliviar o processamento do processador princi-
pal.

25
Introdução à Informática

Fonte: http://www.guiadohardware.net

Placa de vídeo – Componente da CPU destinado ao processamento


de vídeo, que pode conter também um processador exclusivo destina-
do a aliviar o trabalho de processamento do processador principal.

Fonte: http://www.guiadohardware.net

Drivers de entrada, saída e armazenamento de dados – Compo-


nentes da CPU destinados a facilitar os processos de entrada, saída e
armazenamento de dados. Geralmente esses dispositivos trazem de
fábrica o hardware necessário para o ajuste físico do equipamento e
o software para estabelecer a comunicação com o computador, como
é o caso dos drivers de disquete, disco rígido, CD e DVD, as entradas
USB, as entradas para mouse, teclado, caixas de som, vídeo, microfo-
nes, leitoras de cartão, etc.

Fonte: http://www.guiadohardware.net Fonte: http://pt.wikipedia.org

Unidades de Armazenamento

As unidades de armazenamento dividem-se em vários tipos de memó-


rias que podem ser permanentes ou temporárias.

Memória RAM - As memórias do tipo RAM (Random Access Me-


mory) são memórias temporárias, voláteis, rápidas e que lidam es-
sencialmente com armazenamento de cargas elétricas em capacitores,
possibilitando o armazenamento e a visualização simultâneos (tempo

26
Hardware
real). Esse recurso torna possível a tarefa de desenvolver uma
atividade em um programa e ver o que se está fazendo ao mes-
mo tempo. Uma característica importante da memória do tipo
RAM é que ela necessita de constante alimentação elétrica,
ou seja, uma vez desligado o computador, ela é descarregada.

http://www.clubedohardware.com.br

Memória ROM - As memórias do tipo ROM (Read Only Me-


mory) são permanentes e programadas em fábrica, destinam-se
aos comandos mais básicos e gerais de uma determinada tarefa
do computador.

http://www.clubedohardware.com.br

Memória Flash - A memória Flash, diferentemente da memória


RAM, permite armazenar dados por longos períodos sem pre-
cisar de alimentação elétrica, praticamente com a mesma ve-
locidade. Graças a isso, a memória Flash se tornou rapidamente
a tecnologia dominante em cartões de memória (para câmeras
fotográficas digitais) e pendrives. Esses dispositivos, que apare-
ceram no Brasil no começo do século XXI, substituíram comple-
tamente os disquetes, que realizavam a mesma função.

http://pt.wikipedia.org

Disco rígido e disquete – São dispositivos cuja forma de grava-


ção é magnética. Ao receber as informações a serem gravadas,
um componente chamado cabeça de leitura e gravação magne-
tiza o filme de óxido de ferro presente na superfície do disco,

27
Introdução à Informática
polarizando as partículas que representarão os códigos para a leitura
do computador.

http://pt.wikipedia.org

CD , DVD - Os CD’s e DVD’s são gravados a partir do computador.


Após receber as informações dos arquivos a serem gravados, um feixe
laser queima os sinais codificados em uma camada de policarbonato
no interior do CD ou DVD.
Para saber mais sobre hardware
visite os sites:
http://www.guiadohardware.net
http://www.clubedohardware.
com.br

http://pt.wikipedia.org

28
CAPÍTULO

3
Software
Objetivo

Neste capítulo estudaremos os conceitos


relacionados aos principais tipos de sof-
twares: sistemas operacionais, aplicativos
e utilitários.
Software

Software, em termos gerais, é o nome dado aos programas de


um computador. Diz-se em termos gerais porque um programa
é definido como um conjunto ordenado de instruções expresso
em linguagem especial compreensível para a máquina. Um sof-
tware não é constituído apenas de um programa, um software é
constituído por um conjunto de programas que, combinados
ou não, realizam determinada tarefa.

Sistema Operacional

O Sistema Operacional é um conjunto de programas que ge-


renciam todas as operações de funcionamento do hardware e
software de um computador. Ele faz a chamada interface entre
o homem e a máquina. Permite, entre outras coisas, a criação
e manutenção de arquivos, execução de programas e utilização
de periféricos tais como: teclado, vídeo, unidades de disquete,
impressora.
Há vários tipos de sistemas operacionais que se prestam às mais
variadas tarefas, os mais conhecidos são o Microsoft Windows
para PC’s, o OSX para computadores Apple Macintosh, o UNIX,
muito utilizado em servidores de rede, o LINUX, uma alternativa
para PC’s e para pequenas redes, e alguns outros mais antigos,
mas ainda utilizados como DOS, Amiga, Eudora e MINIX.

OSX Minix

Fonte: http://pt.wikipedia.org Linux

Aplicativo

É um conjunto de programas que se presta para a realização


de uma tarefa específica, como por exemplo, edição de texto
(Microsoft Word, Writer), desenho (Corel Draw, Adobe Illustrator,
Auto Cad), edição de imagens (Adobe Photoshop), animação
(Adobe Flash), edição de vídeo (Adobe Premiére), Modelagem
3D (3D Studio Max, Maya), jogos, antivírus, etc.

31
Introdução à Informática

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Utilitários

São programas aplicativos que servem como auxiliares de outros


aplicativos ou sistemas operacionais, como por exemplo, os antivírus,
os aceleradores de download (FDM- File Download Manager), os aler-
tadores de segurança, os limpadores e desfragmentadores de disco,
restauradores de sistema, aplicativos de backup (cópia de segurança
de arquivos), etc.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Software Proprietário e Software livre

Segundo o site Wikipédia, a enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org),


software proprietário, ou não livre, é aquele cuja cópia, redistribuição
ou modificação são, em alguma medida, restritos pelo seu criador ou
distribuidor. Normalmente, a fim de que se possa utilizar, copiar, ter
acesso ao código-fonte ou redistribuir, deve-se solicitar permissão ao
proprietário, ou pagar para poder fazê-lo: será necessário, portanto,
adquirir uma licença, tradicionalmente onerosa, para cada uma destas
ações.
Alguns dos mais conhecidos softwares proprietários são o Microsoft
Windows, Microsoft Office, o RealPlayer, o Adobe Photoshop, o Mac
OS, o WinZip, algumas versões do UNIX, entre outros.
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software Foun-
dation é qualquer programa de computador que pode ser usado, co-
piado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. A
liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao con-
ceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido
almejando lucro (software comercial). A maneira usual de distribuição

32
Software
de software livre é anexar a este uma licença de software livre, e
tornar o código-fonte do programa disponível. Um dos softwares
livres mais conhecidos atualmente é o Open Office que no Brasil
é conhecido por BROffice.
A origem do BrOffice.org remonta a
meados da década de 90, quando a
empresa alemã Star Division criou um
pacote de escritório chamado StarOffice e
Como Funciona o computador começou a distribuí‑lo gratuitamente para
as plataformas Windows e Linux.
Quando você liga o computador, um sinal elétrico segue cami-
Em 1999, a Star Division foi adquirida
nho até o processador, ali ele limpa os dados deixados nos regis- pela empresa americana Sun
tradores e encaminha um sinal, que dará início ao processo de Microsystems. Logo após lançar o
StarOffice 5.2, em 13 de Outubro de
boot (inicialização), para o chipset do tipo ROM que é o Sistema 2000, a Sun Microsystems doou parte
Básico de Entrada e Saída (BIOS- Basic Input/Output System). do código fonte do StarOffice para a
comunidade de código aberto, tornando-
se colaboradora e patrocinadora principal
O processador manda sinais através do barramento (bus) do sis- do recém lançado projeto OpenOffice.
tema para ter certeza de que todos os componentes estão pre- org.
sentes e funcionando. Fonte: http://www.broffice.org

Fonte: http://pt.wikipedia.org

A BIOS procura no disco rígido, os arquivos do sistema opera-


cional necessários para a inicialização e os transfere (carrega)
para a memória principal (RAM). O sistema operacional não é
carregado em sua totalidade, apenas o suficiente para que as
operações principais possam ser realizadas e os links (ligações)
com as demais funções sejam estabelecidos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Ao utilizar qualquer aplicativo, você clica em seu ícone na barra


de tarefas ou na área de trabalho e ele é transferido (carregado)

33
Introdução à Informática
para a memória principal. À medida que você vai trabalhando em seu
aplicativo a memória principal vai se carregando com os dados que
você vai entrando (seja um texto, um desenho, edição de imagens, ví-
deo, etc). Até então, o arquivo não possui existência física, apenas vir-
tual, só será registrado, e portanto, terá existência física, quando você
Salvar (gravar) esses dados em uma unidade de armazenamento.

Fonte: http://pt.wikipedia.org
Fonte: http://www.sxc.hu

Quando você usa o comando SALVAR, o aplicativo comunica-se com


o sistema operacional que aciona os dispositivos apropriados para gra-
var o arquivo na unidade de armazenamento escolhida. O acionamen-
to dos dispositivos inclui motores, como no caso do disquete, disco
rígido, CD’s e DVD’s. Os drivers destes dispositivos são programas
Um driver de dispositivo é feitos em fábrica que se integram ao sistema operacional, auxiliando
um software que permite que no desenvolvimento destas atividades.
o computador se comunique
com o hardware dos diversos
periféricos instalados. Sem um O disco rígido e o disquete possuem um componente chamado ca-
software de driver, o hardware
beça de leitura e gravação que, integrados ao sistema operacional,
conectado — por exemplo, uma
placa de vídeo ou impressora — produzem sinais na camada de um material magnetizável (geralmente
não funcionará corretamente, óxido de ferro), existente na superfície do disco, variando sua polarida-
pois estará conectado apenas
fisicamente. de para indicar o código (0 ou 1) dos dados gravados.

Já os CD’s e DVD’s queimam com um laser, a camada de policarbo-


nato existente na superfície do disco para indicar o código dos dados
gravados. A diferença de capacidade do CD para o DVD vem do feixe
laser do DVD que é muito mais estreito e, portanto, capaz de gravar
mais dados.

Os pendrives são memórias do tipo Flash RAM e podem ter arquivos


gravados, excluídos e regravados livremente. As portas USB (Univer-
sal Serial Bus) foram desenvolvidas primeiramente como solução para
que máquinas (fotográficas) de diversas marcas pudessem entrar seus
dados no computador. Com o tempo foram aperfeiçoadas para outros
componentes, inclusive o pendrive.

34
Software

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart
Fonte: http://www.sxc.hu

35
CAPÍTULO

4
Peopleware - Profissionais da área de
Informática
Objetivo

Este capítulo completa a tríade que forma


a Informática: peopleware - os profissio-
nais da informática e suas várias especia-
lidades.
Peopleware

Você deve saber que o computador por si só não é capaz de


realizar nenhuma tarefa. Ele não é um “cérebro eletrônico”, é
somente uma máquina capaz de executar tarefas cuja execução
lhe é ordenada. E para tanto é necessário que o homem lhe dê
instruções, formando programas.

Peopleware são pessoas que trabalham direta ou indiretamente


com a área de processamento de dados, ou mesmo com Siste-
mas de Informação.
Abaixo, listamos algumas das funções desempenhadas pelo ho-
mem dentro desta ciência chamada informática.

Técnico operador: Também chamado técnico em informática,


é o profissional especializado em um determinado (ou vários)
software(s) que desempenha uma tarefa específica na empresa.

Técnico em manutenção: Profissional especializado em manu-


tenção de hardware e software. Sua principal função é garantir o
perfeito funcionamento do hardware e software em um sistema
computacional.

Programador: Em computação, programador ou desenvolve-


dor de softwares refere-se ao profissional que faz programação
de computadores e desenvolve softwares.

Analista de sistemas: Análise de sistemas é a atividade que tem


como finalidade realizar estudos de processos a fim de encontrar
o melhor caminho racional para que a informação possa ser pro-
cessada. Os analistas de sistemas estudam os diversos sistemas
existentes entre hardwares (equipamentos), softwares (progra-
mas) e o usuário final. Os seus comportamentos e aplicações
são desenvolvidos a partir de soluções que serão padronizadas e
transcritas de forma que o computador possa executar.
Os profissionais da área geram softwares (programas), que são
executados em hardwares (equipamentos) operados por usuá-
rios (indivíduos), preparados e treinados em procedimentos ope-
racionais padronizados, dotados de conhecimentos do software
e hardware para seu trabalho. A partir de então, a análise de
sistemas é uma profissão cujas responsabilidades concentram-
se na análise do sistema e na administração de sistemas compu-
tacionais.
Cabe a este profissional parte da organização, implantação e
manutenção de aplicativos e redes de computadores. Ou seja,
o analista de sistemas é o responsável pelo levantamento de in-

39
Introdução à Informática
formações sobre uma empresa a fim de utilizá-las no desenvolvimento
de um sistema para a mesma, ou para o levantamento de uma deter-
minada necessidade do cliente com a finalidade de desenvolver um
programa especifico com base nas informações colhidas.

Tester: Profissional especializado em testes de softwares e sistemas


computacionais cuja função principal é encontrar os limites do sistema
ou software e suas possíveis falhas para posterior correção.

Webdesigner: O web design pode ser visto como uma extensão da


prática do design, onde o foco do projeto é a criação de web sites e do-
cumentos disponíveis no ambiente da web. O web design tende à mul-
tidisciplinaridade, uma vez que a construção de páginas web requer
subsídios de diversas áreas técnicas, além do design propriamente dito.
Áreas como a arquitetura da informação, programação, usabilidade,
acessibilidade, entre outros.

Usuário: Num sentido mais abrangente, o usuário em sistema de in-


formação é qualquer pessoa (agentes externos) para quem o produto
ou serviço é concebido e que usufruem da tecnologia para realizar
determinado trabalho.

Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart

40
CAPÍTULO

5
Sistemas de Numeração e sua
Representação
Objetivo
Neste capítulo você verá o modo como o
computador trabalha com a informação e
como ocorre a conversão entre os diversos
sistemas de numeração.
Sistemas de Numeração e sua Representação

O homem, através dos tempos, sempre utilizou a escrita para


registrar e transmitir informação. Podemos destacar:
- O alfabeto pictográfico que data de aproximadamente 4.000
a.C. e que consistia de desenhos simplificados;
- A escrita cuneiforme entre 3.250 e 1.950 a.C. que consistia
basicamente em gravar figuras sobre tábuas de argila;
- A escrita Hieroglífica que teve início na civilização Egípcia por
volta de 3.200 a.C.. Era utilizada pelos escribas, também para
decorar os templos e câmaras funerárias;

O alfabeto, como um conjunto de símbolos, se desenvolveu ori-


ginalmente na Grécia e posteriormente em Roma; constituiu a
origem do nosso alfabeto atual.

Quanto aos números, uma das primeiras tentativas de registro


foi o sistema de numeração indo-arábico do qual se originou os
sistemas de numeração atuais.

Observe a evolução do sistema de numeração na figura abaixo:

45
Introdução à Informática

No nosso dia a dia lidamos, do ponto de vista numérico, com o sistema


decimal e do ponto de vista alfabético com um determinado idioma.
Já o computador, por questões técnicas, em ambos os casos, utiliza-se
de uma série de códigos e trabalha somente com o sistema binário.

O sistema binário utiliza apenas dois dígitos (0 e 1). Portanto você deve
estar se perguntando:
Como então podemos representar todos os números e caracteres do
alfabeto com apenas dois dígitos?
Bem, a resposta é simples, utiliza-se uma cadeia de dígitos binários (0’s
e 1’s) organizados de forma a codificar esses números e caracteres.

O termo bit é um acrônimo (contração) de binary digit ou dígito bi-


nário. Quando se fala em bits, pensa-se quase que imediatamente em
combinações dos dígitos 0 e 1 que compõe o código da linguagem
de máquina. Embora seja um conceito abstrato amplamente aceito,
poucos realmente entendem o significado destes dígitos ou o que eles
representam.

A história da codificação binária começa na época do telégrafo de Sa-


muel Morse. O código Morse previa a codificação de letras e números
através de traços e pontos: um toque curto na chave Morse produzia
um ponto, um toque longo produzia um traço. O principal problema,
para ser utilizado em outros tipos de máquinas, era o código com ta-
manho desigual para os diferentes caracteres.

Código Morse

Telégrafo Morse

Fonte: http://www.sxc.hu

Emile Baudot foi quem primeiramente fez um código em que o núme-


ro de elementos para cada caractere era fixo. O Código Baudot previa
uma combinação de dois elementos (0 e 1) em cinco combinações
diferentes para codificar um único caractere, portanto, podia codifi-
car até 32 caracteres (dois elementos, 0 e 1, em cinco combinações
diferentes é igual a 25 = 32). Esse número de caracteres não era o
suficiente para codificar todo o alfabeto maiúsculo e minúsculo mais

46
Sistemas de Numeração e sua Representação
os números e sinais de pontuação, por isso, o Código Baudot só
usava letras maiúsculas.

Telégrafo Baudot
Receptor Baudot Código Baudot

Fonte: http://www.sxc.hu

Em 1966, as principais companhias americanas de teletipos, co-


municações e computadores se reuniram para elaborar um có-
digo próprio: o ASCII (American Standard Code for Information
Interchange) ou Código Padrão Americano para Intercâmbio de
Informações.

Este código previa os elementos (0


e 1) em sete combinações diferentes,
resultando num total de 128 caracte-
res (pois, 27 = 128). O ASCII define
96 caracteres imprimíveis, isso pos-
sibilita codificar todo o alfabeto em
maiúsculas e minúsculas, os números
de 0 a 9, as marcas de pontuação e
sinais gráficos, além de 32 caracte-
Fonte: http://www.sxc.hu
res de controle que definem funções
como retorno de carro, avanço de linha e espaço.

Aos sete elementos (bits) do código ASCII, foi adicionado mais


um, chamado bit de paridade para checagem dos dados, inau-
gurando assim uma das unidades mais conhecidas da informáti-
ca, o Byte (Binary Term) grupo de 8 bits.

Um microchip é uma coleção de transistores, geralmente agru-


pados 8 a 8 (1 Byte), em que cada um deles pode ser combi-
nado de 256 maneiras diferentes (28 = 256) para codificar uma
informação. Com a evolução dos sistemas computadorizados,
foram surgindo múltiplos das unidades (bits) que possibilitaram
um armazenamento maior de informações.

47
Introdução à Informática

A combinação de chaves
(transistores), no interior do
microchip, criam os códigos
para as informações neces-
sárias para a construção da
imagem, como cores, posi-
ções, transformações, etc.

Fonte: http://www.sxc.hu

EM RESUMO:

BIT é uma unidade representativa de uma informação no computador. Na


prática é um transistor que pode estar carregado eletricamente (1) ou não
(0).
Um conjunto de oito destes transistores (Byte) pode codificar uma informa-
ção completa, por exemplo, uma letra, um algarismo, uma cor, etc. Esta in-
formação completa, em se tratando de imagens, é o que chamamos de uma
unidade fundamental da imagem: o PIXEL, acrônimo de Picture Element, ou
elemento da imagem.
O PIXEL, embora seja um conjunto de informações contido na memória do
computador, é tratado hoje em dia como um sinônimo de PONTO, o que
não é errado, uma vez que ele codifica a informação contida neste ponto,
logo REPRESENTA (ou simula) um ponto da imagem.

Sistema de Numeração

Um sistema de numeração é fundamentalmente determinado pela


base. A base nada mais é que o número de símbolos utilizados; por
exemplo, o sistema decimal utiliza dez dígitos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
9), o sistema binário dois dígitos ( 0,1), o sistema octal oito dígitos (0,
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7) e o sistema hexadecimal 16 dígitos (0, 1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F).

O sistema binário

O sistema binário é o sistema de numeração utilizado pelos compu-


tadores. Neste sistema são utilizados os dígitos 0 e 1 para representar
quantidades, portanto sua base é dois ( número de dígitos do sistema).
Como vimos anteriormente, cada dígito representado neste sistema
chamamos de bit. A determinados conjuntos de bits damos nomes
específicos :

48
Sistemas de Numeração e sua Representação

O valor 1024, ao invés de 1000,


advém do fato de o número ser
binário, portanto, de base 2 (210 =
1024).

Fonte: a autora

Operações aritméticas no Sistema Binário A melhor forma de compreender a


ordem de grandezas, como o Exabyte por
exemplo, é compará-la com coisas que
Soma Binária fazem parte do dia-a-dia de quem usa a
tecnologia. Então vejamos:
O que é possível guardar em um
Ocorre de forma semelhante ao sistema decimal só que, como exabyte?
trabalhamos apenas com 2 dígitos ( 0 e 1) , quando o resultado * 314,1 bilhões de músicas em MP3
(tamanho médio de 3,5MB cada)
excede esses símbolos, transporta-se o excesso para a soma par- * 1,8 bilhão de horas de vídeo em
cial imediatamente a esquerda. qualidade DVD (média de 0,6 BGB por
hora)
* 137,4 bilhões de fotos (em alta
Observe a tabela de somar abaixo: resolução – média de 6 MB por foto)
* 165,2 milhões de games para PCs de
última geração (o Crisis, por exemplo,
TABELA DE SOMAR NO SISTEMA BINÁRIO ocupa 6,5 GB)

0+0=0
0+1=1
1+0=1
1 + 1 = 10 ( 0 com transporte de 1)

Exemplos:

Somar os números binários 100101 e 10010

1 0 0 1 0 1 ..................... 37 decimal
+ 1 0 0 1 0 ......................+18 decimal
_____________ ______________
110111 55 decimal

49
Introdução à Informática
Somar os números binários 11001 e 10011

Somar os números binários 101110 e 1111

Somar os números binários 10.1 e 11.01

Subtração Binária

A subtração binária também é semelhante à subtração decimal. Veja


a tabela abaixo:

Tabela de subtrair no sistema binário

0-0=0
0 - 1 = não dá
1 - 0 = 1 ***
1-1=0

*** Quando o subtraendo exceder o minuendo, subtrai-se uma uni-


dade do dígito imediatamente à esquerda no minuendo (se existir e

50
Sistemas de Numeração e sua Representação
seu valor for 1), convertendo-o a 0. Em seguida subtitui-se o mi-
nuendo por 2 que corresponde a 1 * 2 da unidade extraída. Se
o dígito imediatamente à esquerda for 0, procura-se nos dígitos
consecutivos, lembrando que o seu valor é multiplicado por 2 a
cada deslocamento para a direita.

Exemplos:

Subtrair os números 111111 e 101010

Subtrair os números 11101 e 111

Multiplicação binária

A multiplicação binária ocorre de maneira semelhante a multipli-


cação decimal, difere apenas pelo fato da soma final dos produ-
tos ser feita em binário.

Tabela de multiplicar no sistema binário

0*0=0
0*1=0
1*0=0
1*1=1

51
Introdução à Informática

Exemplos:

Multiplicar os números binários 110101 e 1101

Multiplicar os números binários 1010 e 1110

Divisão binária

A divisão binária ocorre de forma semelhante à divisão decimal. Ape-


nas temos que nos ater ao fato de que, as multiplicações e subtrações
referentes ao processo, são feitas em binário.

Exemplos

Dividir os números binários 100010 e 110

52
Sistemas de Numeração e sua Representação

Conversão entre os sistemas de numeração

Teorema Fundamental da Numeração ( TFN)

Este teorema faz a conversão de uma quantidade expressa em


qualquer sistema de numeração para a mesma quantidade no
sistema decimal.

11101(2) - sistema binário corresponde a 29(10) – sistema deci-


mal

4701(8) - sistema octal corresponde a 2497(10) – sistema deci-


mal

Como funciona o TFN:

Suponha um certo número A, expresso numa base B qualquer.


Representamos por Xi cada um dos dígitos que compõem este
número. O índice i associado ao X corresponde a posição de
cada dígito de A em relação a vírgula decimal. Partindo da posi-
ção à esquerda da vírgula numeramos de 0, 1, 2 e assim suces-
sivamente e à direita da vírgula numeramos com -1, -2 e assim
sucessivamente.

Fórmula ...+X4*B4+X3*B3+X2*B2+X1*B1+X0*B0+X-1*B-1+X-2*B-2+...

Exemplo 1: Converter número do sistema octal 768 para o sis- Usaremos o ponto (.) decimal no lugar
da vírgula(,) que separa a parte inteira da
tema decimal: parte fracionária de um número.

762(8)= 7*82+6*81+2*80=448+48+2=498(10)

Exemplo 2: Converter o número 101.1 do sistema binário para


o sistema decimal:

101.1(2) = 1*22+0*21+1*20+1*2-1=4+0+1+0.5 = 5.5(10)

53
Introdução à Informática
Exemplo 3: Converter o número 200 do sistema hexadecimal para o
sistema decimal:

200(16) = 2*162+0*161+0*160 = 512+0+0 = 512(10)

Conversão Decimal (inteiro) para Binário

A conversão de um número inteiro decimal para binário faz-se com


divisões sucessivas do número decimal por 2 até que o quociente seja
zero. O binário correspondente será formado pelos restos, tomados em
ordem inversa.

Exemplos:

Converter o número decimal 16 para binário

Converter o número decimal 324 em binário

54
Sistemas de Numeração e sua Representação

Conversão Binário decimal

Converter o binário 1011 para decimal

Utilizando o TFN temos:

1*23 + 0*22 + 1*21 + 1*20 = 8 + 0 + 2 + 1 = 11(10)

Há um outro método para converter um binário em decimal,


para isso, basta conhecer a tabela de potência de 2.

Em uma tabela, com as posições e respectivos valores, posicio-


na-se o número binário da direita para a esquerda. Em seguida,
soma-se os valores correspondentes a cada posição.

Exemplo: 1111(2)

Posições ... 2048 1024 512 256 128 64 32 16 8 4 2 1


1111(2) 1 1 1 1

Somando-se as posições onde estão os dígitos binários 1, tere-
mos: 8+4+2+1 = 15(10)

Exemplo: 111101(2)

Posições ... 2048 1024 512 256 128 64 32 16 8 4 2 1


111101(2) 1 1 1 1 0 1

Somando-se as posições onde estão os dígitos binários 1, tere-


mos: 32+16+8+4+0+1 = 61(10)

Exemplo: 10111011101(2)

Posições ... 2048 1024 512 256 128 64 32 16 8 4 2 1


10111011101(2) 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1

Somando-se as posições onde estão os dígitos binários 1, tere-


mos : 1024+0+256+128+64+0+16+8+4+0+1 = 1501(10)

55
Introdução à Informática
Conversão Decimal-Octal

A conversão de um número inteiro decimal para o sistema Octal faz-se


com divisões sucessivas do número decimal por 8 até que o quociente
seja zero. O octal correspondente será formado pelos restos, tomados
em ordem inversa.

Exemplo

Converter o número decimal 500 para octal.

Converter o número decimal 2009 para octal .

Conversão Octal-Decimal

Dentre os vários métodos existentes, o mais utilizado é o TFN onde a


conversão é realizada aplicando-se diretamente a fórmula.

Exemplo

Converter o octal 3731 para decimal.

3731(8) = 3 * 83+7 * 82+3* 81+1* 80 = 2009

56
Sistemas de Numeração e sua Representação

Conversão Decimal-Hexadecimal

A conversão de um número inteiro decimal para o sistema He-


xadecimal faz-se com divisões sucessivas do número decimal por
16 até que o quociente seja zero. O hexadecimal correspondente O Sistema Hexadecimal utiliza16
será formado pelos restos, tomados em ordem inversa. símbolos para a representação de
quantidades. Esses símbolos são:
0123456789ABCDEF
Exemplo Aos símbolos A,B,C,D,E e F são
atribuídos os seguintes valores absolutos :
A .....10
Converter o número decimal 2009 para hexadecimal. B .....11
C .....12
D .....13
E .....14
F .....15

Converter o número decimal 500 para hexadecimal.

57
CAPÍTULO

6
Redes de computadores
Objetivo

Neste capítulo, apresentaremos a você os


principais conceitos, tipos e funcionamen-
to de redes de computadores.
Redes de computadores

As redes de computadores,
como quase tudo na informá-
tica, passaram por um longo
processo de evolução antes de
chegarem aos padrões utiliza-
dos atualmente. As primeiras
redes foram criadas durante a
década de 1960, como forma
de transferir informações de
Fonte: a autora um computador para outro.
Na época, o meio mais usado para armazenamento externo e
transporte de dados eram os cartões perfurados, que armazena-
vam poucas dezenas de caracteres (o formato usado pela IBM
permitia armazenar 80 caracteres por cartão).

Entre 1969 e 1972 foi criada a ARPANet (Advanced Research


Projects Agency Network), o embrião da Internet. A rede en-
trou no ar em dezembro de 1969, com apenas 4 nós (compu-
tadores), que respondiam pelos nomes SRI (Stanford Research
Institute), UCLA (Universidade da Califórnia), UCSB (Universi-
dade de Santa Barbara ) e UTAH (Universidade de Utah ). Eles
eram interligados através de links (canais de ligação) de 50 kbps
(kilobits por segundo), criados usando linhas telefônicas dedica-
das e adaptadas para uso como link de dados. A rede cresceu
rapidamente e em 1973 já interligava 30 instituições, incluindo
universidades, bases militares e empresas.
Em 1974 surgiu o protocolo TCP/IP, que acabou se tornando
o protocolo definitivo para uso na ARPANet e mais tarde na
Internet. Um protocolo é um conjunto de normas que regem a
fabricação de hardware e software, no caso do TCP/IP (Transfer
Control Protocol/Internet Protocol), para redes, assim, o equi-
pamento funciona não importando a marca do fabricante ou
a plataforma adotada. O livre tráfego de informações levou ao
desenvolvimento de recursos que usamos até hoje, como o e-
mail (correspondência na rede), o telnet (protocolo que permite
acesso remoto a outro computador) e o FTP (protocolo para
compartilhamento de arquivos na rede).

Com o crescimento da rede, manter e distribuir listas de todos


os computadores conectados foi se tornando cada vez mais dis-
pendioso, até que em 1980 passou a ser usado o sistema de
nomes de domínio, dando origem ao Domain Name System, ou
simplesmente DNS, que é o mesmo sistema para atribuir nomes
de domínio usado até hoje.
A segunda parte da história das redes começa em 1973 dentro

61
Introdução à Informática
do PARC (Palo Alto Research Center, o laboratório de desenvolvimen-
to da Xerox, em Palo Alto, Califórnia), quando foi feito o primeiro
teste de transmissão de dados usando o padrão Ethernet. O teste
deu origem ao primeiro padrão que transmitia dados a 2.94 Megabits
através de cabos coaxiais e permitia a conexão de até 256 estações de
trabalho. A ARPANET e o padrão Ethernet deram origem, respectiva-
mente, à Internet e às redes locais, duas inovações que revolucionaram
a computação e definiram o seu curso até os dias de hoje.

Conceitos

Uma rede de computadores consiste de 2 ou mais computadores e ou-


tros dispositivos conectados entre si de modo a compartilhar seus ser-
viços, que podem ser: dados, impressoras, mensagens (e-mails), etc.

Protocolos – Protocolos são conjuntos de normas que regem a fa-


bricação de hardware e software para um determinado fim, no caso,
comunicação em rede de computadores.

Arquitetura de rede - É um conjunto de camadas e protocolos que


regem o padrão da rede, ou seja, a maneira como será estabelecida a
comunicação em rede. A especificação de uma arquitetura deve conter
informações suficientes para permitir que um implementador desen-
volva o programa ou construa o hardware de cada camada, de forma
que ela obedeça corretamente ao protocolo.

Tipos de rede

Segundo sua arquitetura, as redes podem ser do tipo Arcnet, Ether-


net, Token ring, FDDI, ISDN, Frame Relay, ATM, X25, DSL. As mais
conhecidas e utilizadas ainda hoje são o padrão Ethernet, que é ba-
seada na idéia dos pontos da rede enviando mensagens, semelhante a
um sistema de rádio, em um cabo comum ou canal; o padrão token
ring usa um símbolo (token), uma trama de 3 bytes, que circula numa
topologia em anel em que as estações devem aguardar a sua recepção
para poder transmitir; o padrão ISDN (Integrated Service Digital Ne-
twork) ou RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados), conhecida po-
pularmente como linha dedicada, é uma tecnologia que usa o sistema
telefônico comum.

O padrão DSL (Digital Subscriber Line) é uma família de tecnologias

62
Redes de computadores
que fornecem um meio de transmissão digital de dados, apro-
veitando a própria rede de telefonia que chega à maioria das
residências. As velocidades típicas de download de uma linha
DSL variam de 128 kilobits por segundo (kbps) até 24 Megabits
por segundo (Mbps) dependendo da tecnologia implementada e
oferecida aos clientes. Algumas variações na arquitetura e velo-
cidade do DSL criaram os padrões HDSL, ADSL, VDSL, SDSL
e UDSL.

Segundo a extensão geográfica as redes podem ser do tipo


SAN (Storage Area Network), LAN (Local Area Network), PAN
(Personal Area Network), MAN (Metropolitan Area Network),
WAN (Wide Area Network), RAN (Regional Area Network) e
CAN (Campus Area Network). As mais conhecidas e utilizadas
são as LAN’s e WAN’s.

As LAN’s são redes locais cuja extensão geralmente não ultra-


passa 400 m, como a de um prédio, de uma sala de aula, de um
colégio. Já as WAN’s são de longo alcance e vão desde a rede de
uma empresa que possui vários pontos distantes espalhados pela
cidade, até redes particulares de bancos que interligam agências
de todas as regiões do país.

Segundo a topologia física, as redes podem ser:

Rede em anel (ring): Sua topologia consiste em estações co-


nectadas em série formando um circuito fechado;

Fonte: Ilson Gripa

Rede em barramento (bus): é uma topologia de rede em que


todos os computadores são ligados em um mesmo barramento
físico de dados. Quando um computador transmitir um sinal,
toda a rede fica ocupada, e se outro computador tentar enviar
um sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é preciso reini-
ciar a transmissão;

63
Introdução à Informática

Fonte: Ilson Gripa

Rede em estrela (star): Nesta topologia, toda a informação passa


obrigatoriamente por uma estação central inteligente que conecta cada
estação da rede e distribui o tráfego de forma que uma estação não
receba, indevidamente, dados destinados às outras;

Fonte: Ilson Gripa


Rede em malha (mesh): O segredo do sistema de rede em malha
está no protocolo de roteamento, que faz a varredura das diversas pos-
sibilidades de rotas de fluxo de dados, e seleciona qual a rota mais
eficiente a seguir para chegar ao seu objetivo;

Rede ponto-a-ponto (P2P- peer-to-peer): É uma topologia de rede


caracterizada pela descentralização das funções na rede, onde cada
terminal realiza tanto funções de servidor quanto de cliente.

Fonte: Ilson Gripa


Segundo o meio de transmissão as redes podem ser do tipo rede
por cabo, rede por cabo coaxial, rede por cabo de fibra ótica, rede por
cabo de par trançado, rede sem fios (wireless), rede por infraverme-
lhos, rede por microondas, rede por rádio.

64
Redes de computadores

Hardware de rede

Cabo coaxial - O cabo coaxial é um tipo de cabo condutor


usado para transmitir sinais, constituído por um fio de cobre con-
dutor revestido por um material isolante e rodeado por uma blin-
dagem. Este meio permite transmissões até frequências muito
elevadas e a longas distâncias.

Fonte: http://pt.wikipedia.org
Cabo de fibra ótica - Fibra ótica é um filamento de vidro ou
de materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz. A
transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, indepen-
dentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um
feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas características
óticas do meio, esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões
sucessivas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org
Cabo de par trançado - O cabeamento por par trançado (Twis-
ted pair) é um tipo de cabo no qual dois fios são entrançados um
ao redor do outro para cancelar interferências eletromagnéticas
de fontes externas e interferências mútuas entre cabos vizinhos.
A taxa de giro (giros por metro) é parte da especificação, quanto
maior o número de giros, mais o ruído é cancelado.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

65
Introdução à Informática
Placa de rede - Uma placa de rede (também chamada adaptador
de rede) é um dispositivo de hardware responsável pela comunicação
entre os computadores em uma rede. Sua função é controlar todo o
envio e recebimento de dados através da rede.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Hub - Também chamado concentrador, é o dispositivo ativo que con-


centra a ligação entre diversos computadores que estão em uma rede.

Fonte: http://pt.wikipedia.org
Roteador – O roteador (router) é um equipamento usado para fazer a
comutação de protocolos. A principal característica desses equipamen-
tos é selecionar a rota mais apropriada para repassar os pacotes de
dados recebidos, ou seja, encaminhar os pacotes pelo melhor caminho
disponível para um determinado destino.

Fonte: http://pt.wikipedia.org
Como funcionam as redes

Para que uma mensagem, um arquivo ou qualquer outro dado trafegue


na rede, precisa passar por várias camadas que garantem a integridade
e precisão dos dados, do computador de origem até o destinatário.

Fonte: Paulo Ricardo Rodrigues de Lima

66
Redes de computadores
Redes sem fio

Em uma rede sem fio (wireless), há o ponto de acesso (WAP -


Wireless Access Point), que tem a mesma função que o switch
desempenha nas redes com fios, ou seja, retransmitir os pacotes
de dados, de forma que todos os micros da rede os recebam.
Os pontos de acesso (WAP) possuem uma saída para serem co-
nectados em um switch tradicional, permitindo a união da rede
tradicional cabeada com a rede wireless, formando uma única
rede. O mais comum é utilizar uma rede cabeada normal para
os PC’s e utilizar uma rede wireless complementar para os note-
books, palmtops e outros dispositivos móveis.
Para redes mais simples, que precisam apenas compartilhar o
acesso à Internet entre poucos micros, todos com placas wire-
less, você pode ligar o modem ADSL (ou cabo) direto ao ponto
de acesso (WAP). Alguns pontos de acesso trazem um switch de
4 ou 5 portas embutido, permitindo que você crie uma pequena
rede cabeada sem precisar comprar um switch adicional.

Existem ainda roteadores wireless que incluem um modem


ADSL, chamados de ADSL Wireless Routers (roteadores ADSL
de rede sem fio). Basicamente, eles incluem os circuitos do mo-
dem ADSL e do roteador wireless na mesma placa.
Embora mais raros, há também roteadores com modems 3G
integrados (chamados de Cellular Routers ou 3G Routers), que
permitem conectar celulares Vivo, Claro, Tim e outras, usando
um plano de dados. O modem celular pode ser tanto integrado
diretamente à placa principal quanto instalado em um slot PC-
Card. A segunda opção é mais interessante, pois permite que
você use qualquer placa de modem.

Praticamente todos os notebooks, muitos modelos de palmtops


e até mesmo smartphones incluem transmissores wireless inte-
grados.

Para saber mais sobre equipamentos de


rede, confira os sites:
http://www.guiadohardware.net
http://www.clubedohardware.com.br

Placa Wireless
WAP Placa Mini PC

Fonte: http://www.guiadohardware.net

67
CAPÍTULO

7
Internet
Objetivo

Neste capítulo, veremos como funciona a


internet e os principais conceitos que en-
volvem a rede mundial de computadores.
Internet

Internet – Acrônimo de Interconnecting Network (redes interco-


nectadas), é como chamamos a rede que interliga as redes do
mundo inteiro.

Servidor – É um computador, geralmente de grande capacida-


de, que contém um software capaz de prestar serviços a outros
computadores ligados à rede. Há diversos tipos de servidores
cuja denominação advém de sua função na rede: servidor de
páginas da internet, servidor de e-mail, servidor de nomes de
domínio, servidor de impressão, etc.

Cliente – Computador ligado à rede que contém um software,
capaz de solicitar serviços de um servidor. O Microsoft Win-
dows é um sistema operacional cliente-servidor, ou seja, possui
capacidade tanto para solicitar quanto para prover serviços em
uma rede.

Navegador – O navegador, ou browser, é um software capaz


de estabelecer contato com um computador servidor ligado à
rede, e exibir páginas da internet para um computador cliente.
Os navegadores mais conhecidos são o Internet Explorer, Mozilla
Firefox e Google Chrome.

Fonte: http://www.baixaki.com.br

Site – É um conjunto de arquivos, em linguagem HTML (Hi-


pertext Mark up Language), agrupados em páginas sequenciais
(semelhante a um livro) e que delimitam um espaço cativo na in-
ternet. Geralmente esses arquivos são colocados em servidores
especiais chamados hospedeiros que se encarregam de prover
a solicitação dos clientes às suas páginas. As primeiras páginas
de cada site são chamadas de Home Page (página inicial), e
geralmente são páginas de apresentação e um resumo do que o
site oferece.

URL – Universal Resource Locator ou Recurso Locador Univer-


sal, é o endereço eletrônico de sites disponíveis na internet.

Nome de domínio – Nome exclusivo do site conseguido após


o registro em sites especiais chamados registros de domínio
(semelhante ao cadastro de empresas no CNPJ, as quais são

71
Introdução à Informática
atribuídos nomes de fantasia), no Brasil um dos principais registro de
domínios é o site http://www.registro.br.

Fonte: Paulo Ricardo Rodrigues de Lima

Protocolos – Para o funcionamento da Internet, existem três camadas


de protocolos. Na camada mais baixa está o Protocolo de Internet (IP
- Internet Protocol), que define datagramas ou pacotes que carregam
blocos de dados de um computador da rede para outro. A maioria da
Internet atual utiliza o IPv4, quarta versão do protocolo IP. O proto-
colo IP permite que diferentes tipos de máquinas e sistemas possam
conectar-se à grande rede.

Na camada média está o TCP, UDP e ICMP. Esses são protocolos no


qual os dados são transmitidos.

Na camada mais alta estão os protocolos de aplicação, que definem


mensagens específicas e formatos digitais comunicados por aplica-
ções. Alguns dos protocolos de aplicação mais usados incluem DNS
(informações sobre nome de domínio), POP3 (recebimento de e-mail,
como no caso do Microsoft Outlook Express), IMAP (acesso de e-mail),
SMTP (envio de e-mail), HTTP (dados da WWW – World Wide Web)
e FTP (transferência de arquivos).

Os protocolos da Internet foram desenvolvidos para serem indepen-


dentes do meio físico de transmissão, ou seja, qualquer rede de co-

72
Internet
municação, seja através de cabos ou sem fio (wireless), que
seja capaz de transportar dados digitais de duas vias é capaz
de transportar tráfego da Internet. Por isso, os pacotes Internet
podem ser transmitidos por uma grande variedade de meios de
conexão tais como, linha telefônica, cabo coaxial, cabo de fibra
ótica, redes sem fio ou via satélite.

E-mail – É provavelmente um dos serviços mais utilizados por


quem utiliza Internet ou Intranet. A palavra provém de correio
eletrônico. É um serviço que permite compor , enviar e receber
mensagens.

nome_de_usuário@ifsc.edu.br
nome_de_usuário: o nome do usuário;

@: o símbolo “@” (arroba) representa a preposição “em”. No exemplo


acima, significa que este é o endereço deste usuário no domínio ifsc;

ifsc: nome de domínio do provedor;

edu: designação da atividade desenvolvida pelo provedor. Neste caso,


uma instituição educacional (edu);

br: designa o país de origem.

Fonte: a autora

Download – Ato de copiar (baixar) arquivos de um servidor


para um computador cliente.

Modem – Acrônimo de Modulador/Demulador. Aparelho que


realiza a Modulação dos dados do computador para uma forma
adequada ao meio externo de transmissão e, ao chegar ao desti-
no, a Demodulação dos dados para que possam ser entendidos
pelo computador destinatário.

Intranet – É uma rede de computadores privada. Podemos dizer


que Intranet é uma versão privada da Internet

73
Introdução à Informática

Como funciona a Internet

Fonte: Paulo Ricardo Rodrigues de Lima

74
CAPÍTULO

8
Segurança da Informação
Objetivo

Neste capítulo, serão apresentados a você


os principais aspectos sobre segurança,
proteção e riscos, relacionados à informá-
tica.
Segurança da Informação

Segurança da Informação está relacionada com proteção de um


conjunto de dados, no sentido de preservar o valor que possuem
para um indivíduo ou uma organização. São características bá-
sicas da segurança da informação os atributos de confidencia-
lidade, integridade e disponibilidade. Não sendo restrita so-
mente a sistemas computacionais, o conceito se aplica a todos
os aspectos de proteção da informação incluindo também a se-
gurança dos sistemas em si.

Vírus

Vírus de computador é um programa malicioso desenvolvido


por programadores experientes que, tal como um vírus biológico,
infecta o sistema, faz cópias de si mesmo e tenta se espalhar para
outros computadores, utilizando-se de diversos meios. A maioria
das contaminações ocorre pela ação do usuário executando o
arquivo infectado recebido geralmente como anexo de e-mail.
A segunda causa de contaminação é por Sistema Operacional
http://images.clipartof.com
desatualizado, sem a aplicação de corretivos, que poderiam cor-
rigir vulnerabilidades conhecidas dos sistemas operacionais ou
aplicativos. Ainda existem alguns tipos de vírus que permane-
cem ocultos em determinadas horas, entrando em execução em
horas especificas, os principais tipos de vírus, hoje em dia, são os
worms, os cavalos de tróia e os spywares.

Worm

Um worm (verme) é um programa auto-replicante semelhante


a um vírus. Um vírus infecta um programa e necessita deste pro-
grama hospedeiro para se propagar, já o worm é um programa
completo e não precisa de outro programa para se propagar,
além de poder ser projetado para tomar ações maliciosas após
infestar um sistema, tais como: deletar arquivos em um sistema
ou enviar documentos por email.

Cavalos de Tróia

Geralmente os Cavalos de Tróia (Trojans) não são vírus. Eles


apenas permitem que uma pessoa execute à distância as mes-
mas tarefas possíveis a quem está sentado na frente do compu-
tador, ou seja, que alguém, à distância, controle o computador http://zoomdigital.org
infectado.

79
Introdução à Informática
Sozinhos não causam danos aos programas. É preciso que haja al-
guém (um hacker) funcionando com o sistema de forma remota.
A tática é simples: envia-se um programa, por exemplo um screensaver
(proteção de tela) que na verdade contém inserido um outro programa
que dá ao hacker acesso remoto à máquina onde o cavalo de Tróia foi
instalado. Estes programas são verdadeiras portas de acesso ao com-
putador.

Spyware

Spyware (programa-espião) é um programa automático que recolhe


informações sobre o usuário e transmite essa informação a uma enti-
dade externa na Internet, sem o seu conhecimento ou seu consenti-
mento. A diferença para os cavalos de Tróia é que eles não têm como
objetivo que o sistema do usuário seja dominado ou manipulado. Os
Fonte: http://1.bp.blogspot.com
spywares podem ser desenvolvidos por firmas comerciais que desejam
monitorar o hábito dos usuários para avaliar seus costumes e vender
este dados pela internet.
Por outro lado, muitos vírus transportam spywares que visam roubar
dados confidenciais dos usuários, como dados bancários por exem-
plo.

Firewall

É o nome dado ao dispositivo de uma rede de computadores que tem


por objetivo aplicar uma política de segurança a um determinado pon-
to de controle da rede. Sua função consiste em regular o tráfego de
dados entre redes distintas, e impedir a transmissão e/ou recepção de
Fonte: http://1.bp.blogspot.com
acessos nocivos, ou não autorizados, de uma rede para outra. O termo
inglês firewall faz alusão comparativa, da função que este desempenha
para evitar o alastramento de acessos nocivos dentro de uma rede de
computadores, à uma parede corta- fogo que evita o alastramento de
incêndios pelos cômodos de uma edificação.
O firewall existe na forma de software e hardware, ou na combinação
de ambos (neste caso, normalmente é chamado de appliance). A com-
plexidade de instalação depende do tamanho da rede, da política de
segurança, da quantidade de regras que autorizam o fluxo de entrada
e saída de informações e do grau de segurança desejado.

Pirataria

O termo pirataria de software abrange diferentes atividades, incluindo:


cópia ilegal de programas, falsificação e distribuição de software ilegí-
timo e às vezes até mesmo o compartilhamento de um programa em
Fonte: http://www.baixaki.com.br
rede. O estudo global sobre pirataria de 2002 da Business Software

80
Segurança da Informação
Alliance relata que dois entre cada cinco aplicativos de software
de empresas em uso, no mundo todo, não têm licença ou são
roubados.

Em alguns países ou regiões, até nove de cada dez aplicativos de


software de empresas em uso, não têm licença ou são roubados.
A lei no Brasil considera a pirataria como crime, estando sujeita
às sanções previstas na Lei 10.695, de 01/07/2003.

Hackers

Originalmente, e para certos programadores, hackers são indiví-


duos que elaboram e modificam software e hardware de compu-
tadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adap-
tando as antigas.
Originário do inglês, o termo hacker é utilizado no português
concomitantemente com a forma traduzida, decifradores. Os ha- Fonte: http://media.photobucket.com
ckers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares
de forma legal.

Crackers

Cracker é o termo usado para designar quem pratica a quebra


(cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem
ética. Este termo foi criado em 1985 por hackers em defesa con-
tra o uso jornalístico depreciativo do termo hacker. Fonte: http://farm4.static.flickr.com

81
Referências Bibliográficas

AZEVEDO, Eduardo; CONCI, Aura. Computação Gráfica – Teoria e Prática. Rio de Janei-
ro: Campus, 2003.

CLUBE DO HARDWARE – Responsável: Gabriel Torres. NET. Disponível em http://www.


clubedohardware.com.br/

CORRIGAN, John. Computação Gráfica – Segredos e Soluções. Rio de Janeiro: Ciência


Moderna, 1994.

DERFLER, Frank J. FREED, Les. Como funcionam as redes III. São Paulo: Quark Books,
1998.

GHDPress – Responsável: Carlos E. Morimoto. NET. Disponível em http://www.gdhpress.


com.br/

GONICK, Larry. Introdução ilustrada à computação. São Paulo: Harper & Row do Brasil
Ltda. 1984.

GUIA DO HARDWARE – Responsável Carlos E. Morimoto. NET. Disponível em http://


www.guiadohardware.net/

WHITE, Ron. Como Funciona o Computador III. São Paulo: Quark Books,1998.

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