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dialógico-discursiva
MANASSÉS MORAIS XAVIER
Educomunicação em perspectiva
dialógico-discursiva
Editora Mentes Abertas Editora da UFCG
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Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida ou trans-
mitida ou arquivada, desde que levados em conta os direitos do autor.
ISBN: 978-65-87069-20-3
a Deus,
ENTREGA / A DEUS TODA GLÓRIA
Intérprete: Aline Barros (CD Graça – MK Music – 2013)
[...]
E eu entrego, Senhor Jesus
Tudo que tenho, tudo que sou
Meu coração é Teu
A minha vida a Ti pertence
Hoje e sempre: Glória e Louvor
Te darei Louvores,
Te darei toda Honra
Toda Glória seja Tua, pra sempre Tua, Senhor
Toda Glória, toda Glória, toda Glória
Maria de Fátima Almeida, minha orientadora desse trabalho, pessoa que, sem me
conhecer, me abraçou e me aceitou como parceiro na academia e na vida.
Maria Auxiliadora Bezerra, minha professora, pessoa que me abriu portas, que
enxergou em mim potencial.
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Referências.............................................................................................. 227
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Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas;
CNPq; sheilagrillo@uol.com.br.
na União Soviética, exercendo atividades didáticas e administrativas: começou
como professor de história, sociologia e língua russa, bem como integrou várias
comissões de educação em Niével no final dos anos 1910; e finalizou como pro-
fessor de literatura estrangeira e chefe do departamento de literatura geral na
Universidade da Mordóvia, em Saránsk. Esses dados biográficos são amplamente
narrados nas duas biografias russas de Mikhail Bakhtin (КОНКИН[KONKIN],
КОНКИНА [KONKINA], 19932; КОРОВАШКО [KOROVÁCHKO]3, 2017).
Mikhail Bakhtin produziu ainda um excelente ensaio sobre sua meto-
dologia de ensino de língua russa na Educação Básica, Questões de estilística no
ensino de língua 2019[194-], em que relata suas aulas sobre o período composto
por subordinação sem conjunção, sob uma abordagem em que a sintaxe com-
pleta-se com a estilística, assim como já havia realizado em seus trabalhos dos
anos 1920 e 1930 sobre enunciados literários. O ensaio é marcadamente dirigi-
do a professores, ficando claro que as concepções de língua e linguagem bakh-
tinianas iluminam não só a literatura, mas também o ensino de língua materna
na Educação Básica.
Portanto, quando o professor e pesquisador Manassés Morais Xavier
elege a Teoria Dialógica da Linguagem para orientar a sua investigação e a sua
metodologia de ensino, ele acertadamente propõe que o conceito de enunciado
- constituído pelos aspectos verbais e extraverbais entre os quais se destacam
as relações dialógicas ou dialogismo - é central para seu trabalho. Por um lado,
identificamos que, nos trabalhos filosóficos de Mikhail Bakhtin no início dos
anos 1920, já estava presente a percepção de a língua abstraída de sua dimensão
extraverbal ser insuficiente para explicar o estilo artístico/a expressão artística,
como observamos no fragmento abaixo extraído do texto “O autor e o persona-
gem na atividade estética”:
De fato, o artista trabalha com a língua, mas não como língua, como
língua ele a supera, pois ela não deve ser percebida como língua em
sua definição linguística (morfológica, sintática, lexicológica etc.), e só
na medida em que ela se torna um meio de expressão artística. (A pa-
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Primeira biografia de Mikhail Mikháilovitch Bakhtin em formato de livro na Rússia, esta
obra foi lançada em 1993 e escrita por Semen Konkin, teórico da literatura e professor entre
1976 e 1993, no mesmo departamento que Bakhtin chefiou em Saránsk, e por sua filha, La-
rissa Konkina, também teórica da literatura.
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Uma síntese dessa segunda biografia pode ser encontrada no texto:
GRILLO, S. V. C.. O retrato de Mikhail Bakhtin em sua mais recente biografia russa (2017).
In: BRAIT, B.; PISTORI, M. H. C.; FRANCELINO, P. F.. (Org.). Linguagem e conhecimento
(Bakhtin, Volóchinov, Medviédev). Campinas: Pontes, 2019, p. 15-42.
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lavra deve cessar de ser sentida como palavra). (БАХТИН, 2003[1923-
1924], p. 249)4
Por outro, é nos textos publicados entre 1928 e 1930 que o conceito de
enunciado ganha uma centralidade que une os três autores-base da pesquisa de
Manassés: Mikhail Bakhtin (1929), Pável Medviédev (2012[1928]) e Valentín
Volóchinov (2018[1929]). O enunciado, unidade da comunicação discursiva,
é formado por elementos verbais e extraverbais. Esse conceito parece-me fun-
damental para sustentar uma pesquisa que objetiva construir uma metodologia
de leitura de textos jornalísticos da editoria de política a fim de formar “leitores
críticos-responsivos”.
Um segundo par de conceitos que me parece fundamental para o tra-
balho do professor e pesquisador Manassés Morais Xavier é ideologia e signos
ideológicos. Estreitamente relacionados e com nuances nas obras de Bakhtin,
Medviédev e Volóchinov, esses conceitos ganham, a meu ver, uma maior clareza
nos trabalhos de Valentín Volóchinov: a ideologia é “todo o conjunto de reflexos
e refrações no cérebro humano da atividade social e natural, expressa e fixada
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Действительно, язык обрабатывает художник, но не как язык, как язык он его
преодолевает, ибо он не должен восприниматься – как язык в его лингвистической
определённости (морфологической, синтаксической, лексикологической и пр.), и
лишь постольку он становится средством художественного выражения. (Слово
должно перестать ощущаться как слово)
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(…) Собственно словесный стиль (отношение автора к языку и обусловленные им
способы оперирования с языком) есть отражение на данной природе материала его
художественного стиля (отношение к жизни и муру жизни и обусловленного этим
отношением способа обработки человека и его мира); художественный стиль работает
не словами, а моментами мира, ценностями мира и жизни, его можно определить
как совокупность приёмов формирования и завершения человека и его мира, и этот
стиль определяет собою и отношение к материалу, слову, природу которого, конечно,
нужно знать, чтобы понять это отношение.
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pelo homem na palavra, no desenho artístico e técnico ou em alguma outra
forma sígnica.” (VOLÓCHINOV, 2019[1930], p. 243); e o signo ideológico é
um fragmento da realidade material (som, sinais gráficos, desenho, pão e vinho
na Santa Ceia etc.) que reflete e refrata uma outra realidade, sendo constituído
no processo da interação discursiva e constitutivo dos enunciados. Ao realizar
uma síntese dialética entre o interior dos indivíduos e o exterior dos produtos
ideológicos, entre psicologia e ideologia, bem como tratar de signos verbais e
não-verbais, esses conceitos sustentam tanto a leitura de enunciados jornalísti-
cos, constituídos por signos verbais e visuais (fotografias, gráficos, diagramação
etc.), quanto a formação de “leitores críticos-responsivos” que interiorizarão es-
ses enunciados de um modo ao mesmo tempo social, próprio e responsivo.
Um terceiro conjunto de conceitos que sustenta a pesquisa do professor
e pesquisador Manassés advém dos trabalhos de Mikhail Bakhtin produzidos
no início dos anos 1920. A partir dos conceitos de ato, responsabilidade/res-
pondibilidade, singularidade, eu-outro, Manassés assume o conceito de leitura
como “um ato de compreensões responsáveis e responsivas”, conceito que co-
loca o ser humano no centro do processo de leitura: esse ser humano é situado
no tempo e no espaço; faz suas escolhas e responsabiliza-se por elas; entende-se
na relação de diferença com o outro; está em constante processo de mudança e
portanto é inconcluso; está sujeito às determinações ideológicas da sua classe,
grupo, geração, família, nacionalidade etc. O sujeito leitor dessa pesquisa assu-
me toda a complexidade da condição humana, que não se deixa aprisionar por
nenhuma determinação prévia ou fórmula matemática, isto é, nos termos do
protagonista da novela “Memórias do subsolo”, para esse ser humano tão com-
plexo 2+2 pode ser 4, 5, 6 etc.
Retomando Bakhtin (2019[194-]) e Roland Barthes, o professor Ma-
nassés propõe que na escola a leitura é interação entre sujeitos e o ensino de
língua compreende uma parceria estreita entre gramática e estilística, segundo o
pensador russo, ou estrutura e acontecimento, segundo o semiologista francês.
O ensino de língua e leitura envolve a consideração das formas mais estáveis -
mas não estáticas - da língua (fonologia, morfossintaxe, sintaxe etc.) e os aspec-
tos relativamente estáveis (estilo, tema, construção composicional etc.). Nessa
proposta, a gramática não é dispensada, mas convocada a assumir um papel
complementar, em parceria com a estilística.
A pesquisa se insere no campo da Educomunicação que, na propos-
ta do professor e pesquisador Manassés, “objetiva oferecer a formação de uma
recepção participante para as mídias, bem como a gestão dialógica de ecossis-
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temas comunicacionais.” (p. 101) Essa recepção ativa, participante, responsiva
busca “a formação de sujeitos que leem a mídia e posicionam-se efetivamente
sobre ela, sujeitos engajados, comprometidos, e que se interessem por produ-
zirem atividades como eventos sociais, programas de rádio e TV, produção de
jornais, atividades artísticas em prol da consciência cidadã.” (p. 80) Trata-se de
refletir sobre e atuar em um conjunto de esferas ou campos ideológicos - as
mídias, os eventos sociais, os programas de rádio e TV, os jornais - que desem-
penham um papel fundamental na divulgação de informações, na formação de
opinião, no encontro entre esferas (ciência e ideologia do cotidiano, por exem-
plo), no debate político. Sem essas esferas, certamente nossas sociedades seriam
menos democráticas, menos abertas ao diálogo, menos informadas, o horizonte
ideológico da população seria mais restrito.
A metodologia da pesquisa baseou-se nos direcionamentos da pesqui-
sa-ação, cuja especificidade é a “função política que está, valorativamente, inse-
rida em uma prática de transformação social dos envolvidos com a intervenção,
ratificando o compromisso que essa tipologia exerce junto às comunidades em
que atua.” (p. 107). Nesse quadro metodológico, o professor Manassés junta-
mente com outros professores e pesquisadores desenvolveram o blog pedagógi-
co Leituras da mídia política: você faz?, a fim de promover e investigar a audi-
ência participativa para as mídias de estudantes do Ensino Médio de uma escola
pública de Campina Grande. Manassés compreende o blog “enquanto suporte
de gêneros e enquanto gênero discursivo.” (p. 116). O olhar pesquisador mirou
tanto as atividades, habilidades, processos dos adolescentes estudantes, quanto
as impressões do professor-pesquisador, pois ambos implicam-se, no dizer de
Manassés, em um processo cooperativo e participativo
Por meio da leitura de enunciados de gêneros variados - artigos de opi-
nião, capas de revistas noticiosas, depoimentos de artistas, manchetes de blogs
- os estudantes são instigados a se posicionarem por meio de respostas escritas,
as quais - a partir do advento da internet 2.0 e 3.0, aquela em que a interativi-
dade é efetivamente possível - compõem a seção de “comentários”, que costuma
acompanhar enunciados jornalísticos. Essa estratégia pedagógica aproxima os
estudantes de uma prática de leitura e produção de textos na internet, que é
extremamente importante em textos jornalísticos na contemporaneidade. Os
enunciados do gênero “comentários” produzidos pelos estudantes são analisa-
dos sob o viés dialógico, metalinguístico de Bakhtin e do Círculo, que permite
identificar compreensões variadas dos gêneros propostos para leitura: descrição
do tema central dos enunciados lidos, depreensão das posições ideológicas dos
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autores e veículos de comunicação, estabelecimento de relações entre textos etc.
Percebe-se que os estudantes-sujeitos da pesquisa são leitores mais ou menos
experientes, mais ou menos críticos, com repertórios variados de leitura e com
posicionamentos ideológicos também diversos.
Durante o desenvolvimento das atividades de Educomunicação, os
estudantes fizeram leituras do que Manassés chamou de “ato reconhecimento
linguístico” e “ato dialógico-discursivo de compreensões responsáveis e respon-
sivas”. O objetivo da pesquisa era desenvolver nos estudantes o segundo tipo de
ato, o que aconteceu com a maioria deles, embora não com a totalidade. Alguns
estudantes partiram do “ato reconhecimento linguístico” e permaneceram nele
durante toda a pesquisa-ação, outros começaram por ele e avançaram para o
“ato dialógico-discursivo” e outros já de início fizeram leituras de tipo “dialógi-
co-discursiva”. Esses resultados levam-nos a pensar, por um lado, na singulari-
dade dos percursos de aprendizagem dos estudantes e, por outro, no desafio de
elaborar práticas pedagógicas para dar conta dessas singularidades.
A tese transformada em livro do professor e pesquisador Manassés
Morais Xavier destina-se a educadores, professores, comunicadores e pesqui-
sadores interessados em compreender como a teoria dialógica, metalinguística,
sociológica decorrente dos trabalhos de Bakhtin e do Círculo pode iluminar
práticas de leitura na escola e, em especial, a leitura de textos do jornalismo
político.
Referências
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russa (2017). In: BRAIT, B.; PISTORI, M. H. C.; FRANCELINO, P. F.. (Org.).
Linguagem e conhecimento (Bakhtin, Volóchinov, Medviédev). 1ed.CAMPI-
NAS: Pontes, 2019, v. 1, p. 15-42.
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O clique inicial
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trabalho da seguinte forma: Geral – analisar a percepção dos pontos de vista
e a construção deles em leituras que os alunos do Ensino Médio produziram
sobre textos do jornalismo político em função da cobertura das Eleições 2014
para Presidência da República do Brasil e para o Governo do Estado da Paraíba.
E Específicos – elaborar um Plano Didático Dialógico-Discursivo de leituras
da mídia política baseado na Teoria Dialógica da Linguagem e na Educomu-
nicação; descrever e analisar o impacto das leituras à formação da consciência
política dos alunos, bem como as suas avaliações sobre a participação no projeto
pedagógico intitulado de Leituras da mídia política: você faz?; e acentuar os
desafios e os avanços dessa intervenção educomunicativa à formação do profes-
sor-pesquisador.
No que tange à justificativa da pesquisa, assumimos que ela revela-se
como uma intervenção pedagógica capaz de colaborar: a) com práticas de en-
sino de Língua Portuguesa que produzam significados efetivos às aulas de lei-
tura e que visam estudar os fenômenos linguístico-discursivos a partir de si-
tuações concretas de comunicação e de interação discursiva; e b) com práticas
educomunicativas, concebidas em uma perspectiva dialógico-discursiva, que
promovam leituras da mídia, sobretudo, política, aproximadas ao conceito de
audiência participativa, isto é, leituras que interrogam, que percebam e que
construam pontos de vista.
Dessa forma, à luz da Teoria Dialógica, justifica-se por estudar a lingua-
gem no âmbito do signo ideológico e de suas funções sociais e, à luz da Educo-
municação, por contribuir com a construção de ecossistemas comunicativos de
aprendizagens conectados à necessidade de formação crítica de cidadãos para a
recepção (de modo acentuado) e para a produção de mídias.
No que toca à metodologia, mencionamos sua filiação à pesquisa-ação,
que consiste em “[...] uma atividade cooperativa entre os representantes de uma
determinada situação e os pesquisadores convidados” (LUDWIG, 2009, p. 60).
Logo, entendemos essa tipologia de pesquisa como uma possibilidade de cons-
truir conhecimentos em que, dentro de uma abordagem dialógica, funcionam
como dados os gerados pelos sujeitos pesquisados e os gerados pelas impressões
situadas a partir dos pesquisadores envolvidos.
A pesquisa-ação desenvolvida na discussão desse trabalho ocorreu no
período de setembro a novembro de 2014, com 12 encontros presenciais viven-
ciados em uma turma do 2º ano do Ensino Médio de uma escola pública da rede
estadual de ensino localizada na cidade de Campina Grande – PB. A turma era
composta por 16 alunos e os encontros efetivaram-se, de maneira geral, sema-
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nalmente, com duas horas/aula cada.
Para gerarmos os dados da pesquisa, elaboramos o blog pedagógico Lei-
turas da mídia política: você faz?, criado com o fim de nortear e instigar nos
alunos a formação crítica e reflexiva no que concerne à leitura de textos jorna-
lísticos vinculados à editoria política e cuja temática incidia sobre a cobertura
das Eleições 2014 à Presidência da República do Brasil e ao Governo do Estado
da Paraíba.
Tendo como foco da discussão a “corrida” eleitoral, o blog pedagógico,
toda semana, era abastecido com textos oriundos da mídia. Nele, foram posta-
das matérias extraídas das editorias políticas de blogs jornalísticos e de outros
veículos midiáticos. As postagens eram discutidas com os alunos participantes
que, em seguida, produziam comentários escritos relacionados às leituras no
blog pedagógico. Tais comentários representaram, para essa pesquisa, as leitu-
ras que os alunos empreenderam sobre o conteúdo hospedado no blog.
Vale destacarmos, nesse momento, que nesse trabalho não desenvolve-
mos um estudo sobre a produtividade do uso tecnológico do blog pedagógico.
Esse estudo realizamos em outros trabalhos, como podemos citar Xavier, Al-
meida e Bezerra (2017a; 2017b), Xavier e Almeida (2016; 2015), Freitas, Xavier
e Almeida (2014) e Xavier (2013a). Nesse livro, reservamo-nos a tratar da lei-
tura dos alunos e das discussões educomunicativas produzidas com esses par-
ticipantes.
A seguir, convidamos à leitura do capítulo Teoria Dialógica da Lingua-
gem: abordagens sobre a vida verboideológica, que apresenta-se no propósito
de situar a Teoria Dialógica da Linguagem no tocante a pontuar: 1) o Círculo
de Bakhtin e seus dois projetos fundantes; 2) a concepção de linguagem para o
Círculo; 3) os conceitos de língua, interação, dialogismo, texto e discurso para o
Círculo; e 4) a natureza verboideológica da linguagem.