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Vitor de Almeida Monteiro de Barros

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME “ EU, DANIEL BLANK”

O filme é contado em um período de algumas décadas passadas, no entanto, aborda


assuntos e conexões bastante contemporâneos, principalmente na ótica do cenário
previdenciário Brasileiro. A história de Daniel Black apesar de um ser contata em uma ficção
retrata os principais problemas de um cidadão médio no momento que se torna vulnerável
devido a problemas financeiros, escassez de trabalho e devido a circunstancias alheia a sua
vontade, mas que todos nós estamos passiveis de nos inserirmos.

Neste filme pode-se notar uma incompatibilidade entre a realidade e a teoria da


previdência no qual o ator no papel de Daniel Black fazendo jus a benefícios assistenciais é
tolhido pôr uma serie de burocracias e má vontades da administração pública. Neste contexto,
e no de milhões de pessoas, vão acontecendo simultaneamente diversos eventos na vida do
cidadão que apesar de ter que aguardar toda a lentidão do Estado não tem alternativas de
auto sustento, ficando a mercê do destino e passando por situações desumanas.
Após analise do filme podemos constatar o emaranhado de regras e falta de
informações faltantes ao cidadão comum, pois apesar de contribuir por anos aos sistemas
previdenciários no momento em que o filiado mais necessita de um direcionamento não
possui informações básicas sobre os seus direitos, muitas vezes por falta do conhecimento
técnico outras por simples má vontade de servidores e até mesmo recursos digitais limitantes
para uma boa parcela da sociedade carente.

O filme é envolvente e mostra a realidade de um sistema previdenciário falido em que


a finalidade não é cumprida de acordo com o que se espera dele, criando barreiras e limitando
o seu funcionamento em prol do interesse público, por hora, conotando até uma intenção
dolosa do próprio Estado para que não funcione.

No Bojo desta confusão burocrática é notória a necessidade de que todo cidadão


durante toda sua vida busque o conhecimento sobre direitos previdenciários, sendo também
dever do Estado propiciar conhecimento nesse sentido, visto que existem diversos meios
inclusive como disciplinas escolares para jovens, mini cursos e ou propagandas
governamentais voltadas para os direitos e deveres previdenciários, haja vista o assunto ser de
interesse público.

Não menos importante é a necessidade que o Estado como interessado principal no


sistema previdenciário e no bem estar social que reveja rotineiramente procedimentos e
busque alternativas para que de tempo em tempo observe seus atos evite fraudes,
pagamentos indevidos para que o sistema funcione, mas que também sejam eficazes no
tocante ao tempo de espera, pois os vulneráveis não possuem muito tempo de sobrevivência
financeira, levando em consideração que pouca parte da população adquire reserva financeira
para se manter durante a espera do processo administrativo previdenciário. Sendo muitos
como foi o caso do ator principal levados a situações humilhantes, degradantes e até a morte
devido a toda burocracia estatal.

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