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NAP - NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO IV ATIVIDADE DE

REVISÃO

EDUCADOR(A): CLÉCIO DE ARAÚJO SÉRIE: 9º ANO TURMA:

ALUNO(A): Nº:

TRIMESTRE: 3º DATA: _____ /_____ /_____ NOTA:

ITEM 01

O labirinto dos manuais

Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era
capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar.
Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei
executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever
todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava.
Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio!
Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo
botar a campainha de volta!
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na
capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada
instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando
cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar!
Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca,
que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax
com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O
atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a
luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o
início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é?
Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho
realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco

(A) a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.


(B) a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.
(C) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.
(D) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.
(E) a ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética.

ITEM 02

São características da crônica:

I. Gênero narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica.
II. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de acontecimentos
cotidianos.
III. Obra de ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
IV. Gênero que se define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance,
apresentando uma estrutura fechada.
V. Tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é escrito em
primeira pessoa.

(A) I e II.
(B) I e III.
(C) IV e V.
(D) I e V.
(E) III e IV.

ITEM 03

Não rimarei a palavra sono Estes poemas são meus. É minha terra
com a incorrespondente palavra outono. e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
Rimarei com a palavra carne ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna
ou qualquer outra, que todas me convém. em qualquer estalagem, se ainda as há.
As palavras não nascem amarradas, — Há mortos? há mercados? há doenças?
elas saltam, se beijam, se dissolvem, É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,
no céu livre por vezes um desenho, por que falsa mesquinhez me rasgaria?
são puras, largas, autênticas, indevassáveis. Que se depositem os beijos na face branca, nas
Uma pedra no meio do caminho principiantes rugas.
ou apenas um rastro, não importa. O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
Estes poetas são meus. De todo o orgulho, da ausência de comércio,
de toda a precisão se incorporaram boiando em tempos sujos.
ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinícius [...]
sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo.
Que Neruda me dê sua gravata ANDRADE, Carlos Drummond de. Consideração
chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, do poema. In: _________. Nova reunião: 23
Maiakovski. livros de poesia. São Paulo: Companhia das
São todos meus irmãos, não são jornais Letras, 2015. p. 103.
nem deslizar de lancha entre camélias:
é toda a minha vida que joguei.

Releia o trecho:

“As palavras não nascem amarradas,


elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.”

É possível dizer que há uma personificação de “palavras” no poema. Com que finalidade o poeta fez isso?

R: ele fez isso com a finalidade de expressar que se pode usar as palavras para diversas coisas,
não há limites as palavras podem ser usadas tanto para fazer um texto formal quanto para se fazer
um desenho.

ITEM 04

Uma das características da poesia de Drummond é a metalinguagem, isto é, o fato de que ele utiliza a
língua par falar sobre o uso que faz dela no poema. Destaque trechos em que há metalinguagem no
poema.
R: “Estes poetas são meus”, “Estes poemas são meus”.

ITEM 05

Da imagem abaixo se pode inferir que:

(A) Nesta imagem há uma metáfora com o que simboliza as cores da nossa bandeira para
mostrar que os nossos recursos naturais estão sendo destruídos e roubados.
(B) Nesta imagem há uma comparação com o que simboliza as cores da nossa bandeira para mostrar
que os nossos recursos naturais estão sendo destruídos e roubados.
(C) É um exagero o que é mostrado na imagem, pois nosso país sempre se preocupou em proteger os
seus recursos naturais.
(D) Nesta imagem há uma metonímia com o que simboliza as cores da nossa bandeira para mostrar
que os nossos recursos naturais estão sendo destruídos e roubados.
(E) Nesta imagem há um paradoxo com o que simboliza as cores da nossa bandeira para mostrar que
os nossos recursos naturais estão sendo destruídos e roubados.

ITEM 06

Metáfora Na lata do poeta tudo nada cabe,


Pois ao poeta cabe fazer
Uma lata existe para conter algo, Com que na lata venha caber
Mas quando o poeta diz: "Lata" O incabível
Pode estar querendo dizer o incontável
Deixe a meta do poeta não discuta,
Uma meta existe para ser um alvo, Deixe a sua meta fora da disputa Meta
Mas quando o poeta diz: "Meta" dentro e fora, lata absoluta
Pode estar querendo dizer o inatingível Deixe-a simplesmente metáfora.

Por isso não se meta a exigir do poeta Disponível em: http://www.letras.terra.com.br.


Que determine o conteúdo em sua lata Acesso em: 5 fev. 2009.

A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia
entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura.
O trecho em que se identifica a metáfora é:

(A) "Uma lata existe para conter algo".


(B) "Mas quando o poeta diz: 'Lata'".
(C) "Uma meta existe para ser um alvo".
(D) "Por isso não se meta a exigir do poeta".
(E) "Que determine o conteúdo em sua lata".

ITEM 07

Aponte a opção que completa corretamente as frases abaixo: 

1. Este é o garoto ____ pai fui professor. 


2. Era uma grande árvore ___ sombra descansávamos. 
3. Você é a pessoa ___ recorrerei. 

(A) de cujo – em cuja – a quem 


(B) cujo – em cuja – que 
(C) a cujo – da qual – com quem 
(D) cujo o – cuja – a quem 
(E) do qual – sobre a qual – para quem

ITEM 08

Leia com atenção o seguinte trecho do texto para responder à questão:

“Então, os peixes jovens, já não era mais possível segurá-los; agitavam as nadadeiras nas margens
lodosas para ver se funcionavam como patas, como haviam conseguido fazer os mais dotados.
Mas precisamente naqueles tempos se acentuavam as diferenças entre nós…”

As palavras destacadas indicam, respectivamente,

(A) finalidade, oposição, comparação, conformidade.


(B) oposição, finalidade, conformidade, oposição.
(C) conformidade, finalidade, oposição, comparação.
(D) finalidade, comparação, conformidade, oposição.
(E) comparação, finalidade, oposição, conformidade.

ITEM 09
A diferença de sentido entre a fala de Mafalda e a do homem idoso decorre de dois aspectos textuais: a
conjugação do verbo chegar (chegou/cheguei) e o emprego do acento grave na fala do idoso, no segundo
quadrinho. Com base nisso, diga: qual é a diferença de sentido na fala de cada um deles?

R: Mafalda está agradecendo a chegada da primavera, já o idoso está agradecendo por ter
chegado com vida à primavera

ITEM 10

Qual a razão para o emprego do acento grave na fala do idoso, no segundo quadrinho?

R: O termo regente Chegar exigiu a preposição “a” e o termo regido está acompanhado do artigo
“a”.

ITEM 11

Observe as frases a seguir, quanto à regência, verbal ou nominal, adequada à norma padrão da língua.
Em seguida, assinale C para a correta e E para a errada.

a) (C) Poucos estudantes visam ao sucesso na carreira, pois poucos procuram estudar com empenho.
b) (E) No Brasil, muitos preferem vibrar com a conquista de um jogador de futebol do que valorizar um
estudante que ganhou várias medalhas em olimpíadas de conhecimento.
c) (E) Muitas pessoas se esquecem que é preciso valorizar quem mostra dedicação aos estudos.
d) (C) Depois de muito estudar e de obedecer à rotina de estudo estabelecida, Ivan estava apto para fazer
as provas internacionais.
e) (E) Poucos estudantes brasileiros chegam numa competição internacional e conseguem tantas
medalhas como Ivan, um jovem de 17 anos.

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