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FILOSOFIA - 11ºANO

ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA: ALGUNS CONCEITOS CENTRAIS

Argumentação: consiste num processo de defesa de um enunciado ou tese a partir de


uma sequência de razões relacionadas de modo a captar a adesão e ou convencer o
auditório. A capacidade argumentativa tem por funções fundamentais não só persuadir
ou convencer, mas também as de refutar e contra-argumentar. Para além da dimensão
teórica, ela tem também uma dimensão prática: fazer votar, agir, comprar… defender.

Argumento: é o conjunto articulado de preposições que se destinam a apoiar ou sustentar


uma delas, a conclusão a partir de outra ou outras, que se designam premissas, e que se
encontram logicamente relacionadas entre si.

Raciocínio: operação da razão mediante a qual se produzem, a partir de certas


proposições e relacionando-as, novas proposições. Partindo da verdade das premissas, a
razão infere por encadeamento das premissas, a verdade de uma conclusão.

Oratória/Eloquência: processo argumentativo ou técnica do discurso convincente ou


ainda “arte de bem falar e embelezar a expressão de modo a persuadir e convencer”,
independentemente da validade dos argumentos.

Retórica: tem como objeto de estudo do que torna a oratória eficaz. Estudo das condições
que levam à persuasão discursiva. A Retórica, com conotações pejorativas, a sua
importância foi de alguma forma recuperada no século XX, ao reconhecer-se a sua
utilidade no domínio da eficácia persuasiva bem-intencionada e na análise e
desconstrução da mal-intencionada.

Ethos: refere-se às provas ou técnicas que assentam no carácter moral do orador, elemento
importante da argumentação que se refere à confiança que temos, ou não temos, sobre o
emissor e/ou orador e que nos fazem inclinam a aderir ou rejeitar o que ele afirma.
São aspectos relevantes: a sinceridade, a idoneidade, a honestidade, a competência, a
transparência, a autoridade, etc..

Pathos: refere-se às provas ou técnicas que assentam em fatores emocionais. Verificam-


se quando um orador pretende ser persuasivo e procura suscitar no auditório estados
mentais de natureza sentimental ou emoções tais como a ira, a compaixão ou medo no
sentido de o persuadir e com isso atingir os seus objetivos. Com a mesma finalidade,
pode também suscitar a simpatia, a alegria ou a satisfação.

Logos: refere-se aos fatores racionais da mensagem e da argumentação retórica baseada


no discurso, pela sua solidez, pelo que esta demonstra ou parece demonstrar.

Falácia: a falácia consiste num erro de raciocínio por inobservância das regras de
inferência. As falácias podem ser formais ou informais. Parece válido / bom, mas não é.
Quando o erro é involuntário designa-se paralogismo e quando é intencional designa-se
sofisma.

Refutação: processo argumentativo que consiste em destruir ou contrariar a tese de um


adversário a partir do recurso a contra-exemplos mostrando que dela se podem concluir
resultados falsos ou absurdos, ou que ela contraria princípios estabelecidos e admitidos
por todos.

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