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14.133/21
Ela entrou em vigor na sua data de publicação, de acordo com o artigo 194, revogando,
com isso, os artigos 89 a 108 da lei antiga, que é a parte criminal da lei, passando-os para o direito
penal. A 8666, porém, vai ficar em vigor até 2023, posto que ainda estará em vigor por 2 anos após a
publicação da nova lei, já que há possibilidade de escolha do regime de contratação pela
administração, escolha essa que é discricionária, mas não cabe a combinação entre as duas leis,
porque isso significaria a criação de uma nova lei.
Ponto interessante: após a promulgação da nova lei, a 8666 apenas ficará vigente por 2
anos, ou seja, até abril de 2023. Ao longo desse período o administrador pode escolher qual regime
utilizar na administração, aquele preconizado pela 8666 ou aquele que será regido pela 14133, o
regime por ele escolhido será utilizado em todo o processo de licitação, até que ele seja finalizado.
Dessa forma, uma vez escolhido o rito antigo, ainda que o período de dois anos destinado à
continuidade da vigência da lei antiga se encerre, ela continuará valendo até o fim daquele contrato.
Ou seja: em casos excepcionais, é possível que a lei 8666 continue regendo alguns contratos
mesmo depois de ter sido revogada. Após abril de 2023 não caberá mais a opção, o administrador
deverá necessariamente utilizar a 14.133.
IMPORTANTE: as demais leis especiais que tratam sobre licitações e contratos continuam sendo
aplicadas nos seus termos.
Organização da lei:
Empresas públicas
Sociedade de economia mista
Suas subsidiárias
Isso porque elas são registas pela lei 13.303, que são as leis das estatais.
Casos em que ela serve de “tapa buraco” em ocasiões expressamente dispostas em lei.
Art. 186.
OBEJTO DA LICITAÇÃO
É o que se pode contratar, o que será licitado para, posteriormente, ser contratado. Está
disposto no artigo segundo da lei:
PRINCÍPIOS EXPRESSOS
LEGALIDADE Respeito ao procedimento formal estabelecido
IMPESSOALIDADE Vedação ao interesse pessoal, devendo buscar o interesse
coletivo
MORALIDADE Obediência à ética, boa fé e lealdade
PUBLICIDADE Os atos devem ser públicos e acessíveis ao público,
salvo os casos de sigilo
EFICIENCIA Diligência e racionalidade na atuação administrativa,
está ligada aos meios utilizados
INTERESSE PÚBLICO Atendimento a fins de interesse geral
PROBIDADE ADMINISTRATIVA Honestidade no desempenho das funções
IGUALDADE Tratamento isonômico entre os licitantes
PLANEJAMENTO Organização prévia, estudo técnico preliminar
TRANSPARÊNCIA Disponibilização da informação com qualidade, de forma
acessível. É um ponto específico da publicidade.
EFICÁCIA Atingir os objetivos definidos – busca pelo resultado, um
fim específico.
SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES Desconcentração de funções, vedando a concentração de
poderes
MOTIVAÇÃO Indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão. Justificativa.
VINCULAÇÃO AO EDITAL As partes não podem descumprir as normas e condições
do edital
JULGAMENTO OBJETIVO Deve-se levar em conta os critérios objetivos definidos
no edital
SEGURANÇA JURÍDICA Estabilidade e confiança na adm. Pública
RAZOABILIDADE Atuação ponderada, com equilíbrio entre meios e fins
COMPETITIVIDADE Consectários da isonomia, para garantir mais ofertas à
adm
PROPORCIONALIDADE Vedação à imposição de obrigações em medida superior
àquelas estritamente necessárias
CELERIDADE Procedimentos mais ágeis, a partir da inversão da ordem
procedimental em alguns casos
ECONOMICIDADE Ralação de custo-benefício
DESENVOLVIMENTO NACIONAL Busca de uma licitação que garanta um meio ambiente
SUSTENTÁVEL – LICITAÇÃO VERDE ecologicamente equilibrado, bem como o
desenvolvimento econômico
A lei fala sobre agentes públicos nos artigos 7 a 10, conceituando-os como todos
aqueles que estão envolvidos em processo licitatório, que irão desempenhar as funções
essenciais à execução dessa lei. Eles serão designados pela autoridade máxima do órgão.
Esses agentes designados não podem ter parentesco até terceiro grau com licitantes ou
contratados habituais da administração.
Agente público geral: são todos aqueles que vão atuar no processo licitatório, mas sem poder
de decisão. Serão escolhidos preferencialmente entre os servidores efetivos ou os empregados
públicos dos quadros permanentes.
Agentes de contratação: são os que participam do processo licitatórios com poder de decisão,
até a homologação, mas ele não homologa. Nesse caso, eles deverão ser servidores efetivos ou
empregados públicos dos quadros permanentes, podendo ser assessorados por uma empresa ou
profissional especializado, conforme dispõe artigo 8º, parágrafo quarto. Esse agente irá
responder individualmente pelos atos praticados, a não ser que ele tenha sido induzido ao erro
pela atuação da equipe. Ele substitui o papel da comissão de licitação na legislação anterior, ele
é quem conduz e, por isso, tem poder de comando.
Esse agente de contratação poderá ser substituído por uma comissão de contratação,
que vai contar com, no mínimo, três integrantes, que responderão solidariamente pelos atos
praticados, a não ser que registre em ata a sua não concordância com o procedimento adotado.
O artigo 9º traz as condutas que são vedadas aos agentes públicos, impedindo-o de
atuar na área de licitação e contratos quando:
As fundações públicas são sujeitas ao procedimento licitatório comum, que não será
aplicado apenas às sociedades de economia mista e empresas públicas.
Contratação Direta
Quando for possível a contratação direta, sequer será licitação, indo direito para
formalização do contrato. Essa não é a regra, é a exceção.
1) Fornecedor exclusivo;
2) Artista consagrado;
Na lei 8666, além do que está descrito neste tópico, havia também a exigência de
singularidade do profissional, algo que apenas ele faça. Na legislação atual não há essa
exigência expressa.
Serviço técnico especializado é aquele que não pode ser realizado por um
profissional qualquer, é necessário que seja feito por um profissional com especialização
específica.
A contratação de um escritório de advocacia para atuar na defesa de um processo
onde o ente federativo atua no polo passivo é possível e encontra respaldo nesse tópico da lei,
mas é óbvio, não pode ser em qualquer caso e qualquer escritório de advocacia.
4) Credenciamento;
Novidade na nova lei, embora o credenciamento já vinha sendo admitido pelo TCU
e pela jurisprudência dos tribunais superiores. Aqui não há propriamente uma disputa, a
administração já define o valor que será pago pelo serviço que ela está buscando.
Aqui tem que ter muito cuidado porque na lei anterior isso aqui era tratado como
dispensa. Respeitados os seguintes requisitos:
Caso se trate de consórcio público, os valores acima listados podem ser duplicados.
Importante: para se chegar no montante limite permitido por lei, é preciso levar em
conta o montante somado do ano e mesmo ramo de atividade, bem como o tipo de objeto. Isso
vale para o mesmo órgão.
Por ser esse caso uma exceção dentro do nosso ordenamento jurídico, é preciso
haver todo um procedimento formal que o possibilite de ocorrer. Assim, são os documentos que
precisam estar inclusos no processo:
O processo licitatório é feito para atingir uma série de objetivos que beneficiarão a
administração, são eles:
Formalismo moderado: os documentos serão produzidos por escrito, embora ainda tenham
lances verbais. A moderação se aplica aos casos em que quando houver o desatendimento a
algumas exigências que não afetem o procedimento, a empresa candidata não será eliminada
por isso. O formalismo ainda é presente, porém mitigado.
Fase preparatória
Parecer jurídico: ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para o órgão
de assessoramento jurídico da administração, que realizará controle prévio (prévio à
contratação) de legalidade mediante análise jurídica da contratação. O órgão de
assessoramento jurídico da administração também realizará controle prévio de legalidade
de contratações diretas, acordos, termos de cooperação, convênio, ajustes, adesões a atas
de registro de preços, outros instrumentos e deus termos aditivos.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Técnica e preço
Hoje, nenhuma das modalidades pode ser utilizada para qualquer objeto, a lei
unificou essa questão, não permitindo mais uma modalidade “universal”.
CONCURSO
LEILÃO
Ele poderá ser realizado pelo leiloeiro oficial ou a servidor designado para o
ato, sendo que o seu procedimento será regido por um regulamento específico. Quando
feito por leiloeiro oficial, a administração deverá selecioná-lo mediante credenciamento
ou licitação – na modalidade pregão – e adotar o critério de julgamento de maior
desconto para as comissões a serem cobradas, utilizadas como parâmetro máximo os
percentuais definidos na lei que regula a referida profissão e observado os valores dos
bens a serem leiloados.
Não será exigido aqui registro cadastral prévio, não haverá fase de
habilitação e deverá ser homologado assim que concluída a fase de lances, superada a
fase recursal e efetivando o pagamento pelo licitante vencedor, na forma definida pelo
edital.
DIÁLOGO COPETITIVO
É uma modalidade nova de licitação, trazida por essa lei para contratação de
obras, serviços e compras em que a administração pública realiza diálogos com
licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de
desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo
os licitantes apresentar proposta final após o encerramento do diálogo.
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
Melhor técnica e preço: sua utilização é permitida apenas quando o estudo técnico
preliminar justificar. Há uma ponderação entre técnica e preço, dando uma nota para a
técnica e uma nota para o preço, analisadas nessa ordem. Só vale na concorrência.
Maior retorno econômico: só se aplica aos contratos de eficiência, que são aqueles
firmados com objetivo de proporcionar maior economia ao contratante, analisando o que
será gasto com a contratação e o retorno que isso trará. Se a economia prometida pelo
licitante não ocorrer, esse valor será descontado do próprio licitante, de forma que a
administração não vai sair no prejuízo.
O diálogo competitivo é uma modalidade que não utiliza nenhum dos critérios
supracitados, pois possui um procedimento especial.
É a forma como os licitantes vão competir, o que também será definido pela
administração. Podem ocorrer de duas formas:
Lances intermediários: não é o mais baixo, mas é mais baixo que algum outro lance já
apresentado por aquele mesmo licitante. Ou seja, é como se ele desses dois lances, um
mais alto e um mais baixo, porém, não o mais baixo dentre todos os lances apresentados.
A vantagem disso é a possibilidade de a administração conseguir valores mais baixos,
ainda que não o mais baixo de todos. A administração pode determinar uma porcentagem
mínima para apresentação desse novo lance
AQUISIÇÃO DE BENS
8 DIAS ÚTEIS: MENOR PREÇO OU MAIOR
DESCONTO
15 DIAS ÚTEIS:
SERVIÇOS E OBRAS
10 DIAS UTEIS: MENOR PREÇO OU MAIOR
DESCONTO, PARA
SERVIÇOS COMUNS E DE
OBRAS E SERVIÇOS DE
ENGENHARIA
25 DIAS UTEIS: MENOR PREÇO OU MAIOR
DESCONTO PARA
SERVIÇOS ESPECIAIS DE
ENGENHARIA
60 DIAS UTEIS: CONTRATAÇÃO
INTEGRADA
35 DIAS UTEIS: CONTRATAÇÃO SEMI
INTEGRADA
Se a licitação for realizada pelo ministério da saúde, para o SUS, todos esses
prazos podem ser reduzidos à metade.
Garantias de proposta e execução contratual
Essa garantia pode ser exigida desde a fase de licitação, como requisito de
pré-habilitação, ou seja, presta garantia de 1% do valor apenas para participar do
procedimento licitatório, sendo devolvido ao final, com o valor corrigido, para aqueles
que perderam.
JULGAMENTO DA LICITAÇÃO
Propostas desclassificadas:
HABILITAÇÃO
Ela pode ser realizada por processo eletrônico, afinal, estamos em 2021!!!
Pode ser:
FASE RECURSAL
FASE DE ENCERRAMENTO
Credenciamento – art. 79
Pré-qualificação – art. 80
É chamar a iniciativa provada para que ela traga proposta de inovação para a
administração pública. Não é uma licitação, mas a partir dele a administração dá início ao
seu procedimento licitatório.
Objeto: aquisição e locação de bens; serviços e obras, desde que tenha os seguintes
requisitos, previstos no art. 85:
O SRP não obriga à contratação por parte da administração. Esse registro poderá se
manter pelo prazo de 01 ano e poderá ser prorrogado por igual período, desde que
comprovado o preço vantajoso (art. 84). Esse prazo não se estende à duração dos
contratos decorrentes desse registro.
Procedimento do SRP:
Caso um órgão queira participar desse procedimento, mas não está registrado
em ata, ele será chamado de órgão carona, não participante. Para que algum órgão seja
integrado nessa condição, devem:
Órgão federal não pode aderir à ata e órgão estadual, distrital ou municipal, mas o
contrário pode acontecer.