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1)
2)
A impronúncia é uma decisão em que o Juiz, à frente da falta de provas quanto à materialidade
ou indícios suficientes de autoria ou de participação, nega seguimento à ação penal,
encerrando o juízo de composição da culpa. Nesse diapasão, a impronúncia funciona como um
filtro intermediário da acusação, isto é, após o primeiro filtro (acolhimento da denúncia), evita-
se que o processo seja subordinado ao último filtro da arguição (quesitação dos jurados).
A absolvição sumária é cabível quando, de forma inequívoca, averiguar o juiz, a partir da prova
angariada na fase instrutória, qualquer das hipóteses acima delineadas. Dessa forma, uma vez
verificada alguma dessas hipóteses pelo juiz da 1ª fase do método do júri, deverá o próprio
absolver então o acusado. Vale ressaltar que para que o juiz absolva o réu fundamentado em
qualquer dessas hipóteses, deverá apresentar um juízo de convicção que o réu esta
concatenado em algumas destas hipóteses.
3)
Nos diz o artigo 410 do Código de Processo Penal que, quando o se convencido o juiz, em
contraste com a denúncia ou queixa, da existência de crime diferente dos referidos no art.74,
§1°, do CPP, onde são descriminados os crimes de competência do Júri Popular, e não for ele o
competente para julgá-lo, remeterá o processo para quem o seja.
a desclassificação poderá ocorrer também em sessão do plenário do Júri, cabendo ao Juiz
proferir a respectiva sentença, com a posterior remessa dos autos ao juiz competente,
segundo dispõe o artigo 492, §2° do Código de Processo Penal.
Na fase do art. 408 do Código de Processo Penal, o juiz poderá desclassificar crime para outro
da competência do próprio Tribunal do Júri e, nesse caso pronunciará o réu com base nessa
nova modalidade criminosa, ou desclassificá-lo para crime da competência do juiz singular (cf.
arts. 408, § 4º; 74, § 3º, 1ª parte; parágrafo único e 410, caput, todos do Código de Processo
Penal
4)
Uma vez que realizado o sorteio os jurados para compor o Conselho de Sentença as partes tem
o direito de rejeitá-los, no entanto há requisitos para tal, seguem abaixo descritos:
A recusa peremptória de jurados no Tribunal do Júri, se encontra prevista no art. 468 do CPP
(abaixo transcrito), se consiste na possibilidade tanto da defesa quanto da acusação recusar,
sem justificativa, até 3 (três) jurados sorteados quando realizado a formação do Conselho de
Sentença.
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a
defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três)
cada parte, sem motivar a recusa. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído
daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a composição do
Conselho de Sentença com os jurados remanescentes. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Do mesmo modo, dispõe também o art. 447 do Código de Processo Penal que:
“O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco)
jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de
Sentença em cada sessão de julgamento.”
Desses 25 jurados, tanto a defesa como a acusação poderão fazer as chamadas recusas, que
podem ser motivadas ou imotivadas (peremptórias), como já dito mais acima.
I – marido e mulher;
II – ascendente e descendente;
V – tio e sobrinho;
VI – Padrasto, madrasta ou enteado.
Nesse caso, o jurado não pode fazer parte do Conselho de Sentença em decorrência de uma
proibição de atuar ao lado de outra pessoa com quem mantém algum vínculo, na lide descrita,
permanecerá no Conselho o jurado que for sorteado em primeiro lugar, nos termos do art.
450, do CPP.
Também pode ocorrer a recusa motivada de um jurado por meio de uma avaliação individual
(sem considerar os outros membros do Conselho) do próprio jurado. O art. 449 do CPP trata
dessas situações, prevendo que não poderá servir o jurado que tiver funcionado em
julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa determinante do
julgamento posterior, no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de
Sentença que julgou o outro acusado ou tiver manifestado prévia disposição para condenar ou
absolver o acusado (por meio de postagens nas redes sociais como instragram e facebook ou
entrevistas).
Após a recusa feita pela parte, o Juízo deverá julgá-la. Caso não seja acolhida, o julgamento
prosseguirá, nos termo do art. 470 do CPP. De qualquer forma, deverá constar na ata a decisão
e seu fundamento, por outro turno, se acolhida a recusa, será sorteado novo jurado para
compor o Conselho.
Se, em razão da recusa por impedimento, suspeição ou incompatibilidade, não houver número
para a formação do Conselho de Sentença, o julgamento será adiado (art. 471 do CPP),
dificilmente ocorre esta possibilidade.
“A suspeição dos jurados deverá ser arguida oralmente, decidindo de plano do presidente do
Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for imediatamente comprovada,
o que tudo constará da ata.”
Desta forma, a recusa imotivada, não exige fundamentação e está prevista no art. 468 do CPP,
que permite à defesa e, em seguida, ao Ministério Público a recusa dos jurados sorteados,
limitado em 3 para cada parte.
5)
Com o advento da Lei 13.964 (lei sancionada com base no pacote anticrime Institui-se a letra
“e”, no inciso “I”, do art. 492, bem como dos parágrafos 3o, 4o, 5o e 6o deste mesmo artigo:
I - No caso de condenação:
(...)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou
superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com
expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos
que vierem a ser interpostos;
(...)
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo.
Assim sendo se torna esclarecido que é possível, e toda seu embasamento se encontra no
respaldo legal como pode ser visto acima.
6)
A grande diferença é que no Procedimento comum, objetivado aos crimes que não possuem
previsão legal própria, a certos tipos de procedimentos, se desenvolve de acordo com uma
sequência de atos, determinadas pela lei, nas hipóteses do art. 395, do CPP. A citação do
acusado, poderá ser real ou presumida, por edital, ou por hora certa. Após a citação, averígua-
se a apresentação de resposta à acusação, previsto no art. 396 e 396 – A, do CPP.
Já, no que tange ao procedimento dos crimes de responsabilidade cometidos por funcionário
público, o rito é diferenciado. Previsto no art. 513 a 518, o procedimento é iniciado com a
denúncia. Ademais, como aspecto peculiar, o procedimento em questão apenas abarcará
crimes funcionais afiançáveis, conforme prevê o art. 514, CPP. Para a aplicação do
procedimento, se faz necessário que o delito seja funcional, cometido por funcionário público
através do cargo em que ocupa.
7)
Conforme dispõe o art. 53 da lei 11.343/06, será permitido, em qualquer fase da persecução
penal:
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que
sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de
colaboradores.
8)
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
A regra prevista no artigo 301 do Código de Processo Penal começou a ser relativizada a partir
da Lei 9.034/95, que previu inicialmente o instituto da ação controlada. Ação controlada é uma
técnica especial de investigação; por meio da qual a autoridade policial ou administrativa (ex:
Receita Federal, corregedorias);mesmo percebendo que existem indícios da prática de um ato
ilícito em curso; retarda (atrasa, adia, posterga) a intervenção neste crime para um momento
posterior; com o objetivo de conseguir coletar mais provas; descobrir coautores e partícipes da
empreitada criminosa; Recuperar o produto ou proveito da infração; ou resgatar, com
segurança, eventuais vítimas. Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas):
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
(...)
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que
sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de
colaboradores.
9)
Para dar luz ao raciocínio em questão é necessário a análise da lei 12.850/13 que ilustra quais
os requisitos que devem ser levados em consideração na aplicação do procedimento da
delação:
Art. 4º. O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até
2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele
que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo
criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
III a prevenção de infrações pen ais decorrentes das atividades da organização criminosa;
Sendo assim é necessário a compreensão dos limites da aplicação o mesmo, se refere a sua
voluntariedade, não utilizando coação física, moral ou de nenhuma outra forma, temos
também que avaliar a situação do delator já que isso pode colocar em risco a sua vida ou
a de seus familiares, já que toda a organização criminosa estará contra este delator.