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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FILOSOFIA

ALAN GABRIEL DE OLIVEIRA AMARAL TOLEDO (202008001)

HUME

Trabalho avaliativo

ARACITABA

2021
Elencar cinco aspectos (palavras-chave) sobre o pensamento de
Hume.
I. Percepção

Hume como um empirista, afirmava que nossas ideias sobre a realidade se originavam
a partir da experiência sensível. A percepção é critério de validade dessas ideias,
quanto mais próxima a ideia está da percepção que a origino, mais nítidas serão. O
próprio Hume em seu livro Investigação sobre o entendimento Humano afirma:
“Caberá a nós, se quisermos sustentar nossa doutrina, indicar a impressão ou
percepção viva que lhe corresponda.” (seção II, 14).

II. Cético
Como diz Jens Kulenkampff: “Não é fácil responder à questão se Hume realmente foi
um cético. De um lado, ele parece defender uma série de teses céticas, como, por
exemplo, a de não haver prova para a realidade do mundo externo ou que a identidade
da própria pessoa, da qual nós temos certeza, não passa de simples ficção de nossa
fantasia.”. Hume negava o ceticismo como dogmatismo negativo, ele repudiava o
cético que tentava provar que não podemos possuir conhecimento. Hume ficou como
cético na história da filosofia pelo seu questionamento a dois princípios fundamentais
na tradição filosófica: a noção de causalidade e da identidade pessoal.

III. Hábitos

Os hábitos são repetições que fazemos por meio de nossas ações, sejam elas mentais
ou externas. Existem hábitos internos e externos, pois podemos tender a pensar
sempre de um modo por meio do hábito. Como também podemos agir sempre de um
modo por causa do hábito. O que nutre essa cadeia de repetições é a esperança de
que tudo será como na última vez, esperamos por uma sucessão semelhante de
quando vimos essa mesma ação acontecer. Hume não seria apenas um cético, mas
um empirista cético. A hipótese de que o futuro se assemelha ao passado não está
fundamentada em um argumento, mas deriva do hábito.

IV. Estética

As observações de David Hume sobre estética consistia em se haveria ou não regras


definitivas para o gosto. Ele então considera buscar uma regra para a aplicação de
um julgamento crítico da estética como algo natural. Entretanto, se considerar
somente a percepção do observador como base do julgamento estético, haveria
muitas discordâncias, pois os gostos variam em cada um, assim seria impossível de
definir uma regra para o gosto. David Hume se contrapõe a isto observando que nossa
liberalidade tem limites e que, principalmente na arte, não podemos dar o mesmo valor
a todos os julgamentos.
V. Moral
A moral de David Hume é como um instrumento voltado para uma finalidade e não é
dirigida pela razão. Deste modo, há uma duplicidade em sua moral, onde ele enxerga
o sentido de virtudes morais em sua utilidade social, a moral, na verdade, parece
possuir um fundamento racional e que salienta que não é a razão, mas o senso moral
é instrumento da avaliação moral e, o sentimento moral é a força motriz da ação moral.
Segundo Hume, a razão sozinha jamais poderia fundamentar a moral, pois ela
necessita de um sentimento básico de dor e prazer, relacionado não só ao nosso
interesse particular, mas também ao geral, que lhe dê um sentido prático relativo à
ética.

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