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CURSO DE TECNOLOGIA

DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

PROJETO INTEGRADOR I-B

DOCENTE: BRUNA NUNES DE OLIVEIRA

DISCENTES: TATIANE GIAMBASTIANI KOPEREK MARUM, FABIANE


SUAREZ BARANSKI, JULIANA HERNER DE SOUZA MACHADO E
DIOVANA TESSMANN FRANK

PELOTAS, JULHO DE 2023


Ética em Estética e Embelezamento

Atualmente, estamos vivendo em um momento de grande valorização da


estética, entretanto, devido a esse estereótipo da beleza, do corpo ideal, também está
descredibilizada, assim, se faz necessário compreender um pouco, sobre a ética na
estética.
A estética é um ramo da filosofia que tem por objetivo o estudo da
natureza, da beleza e dos fundamentos da arte.
A estética estuda o julgamento e a percepção do que é considerado
beleza, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como: as diferentes
formas de arte e da técnica artística; as ideias de obra, de arte e de criação; a relação
entre matérias e formas nas artes.
Já a ética pode ser definida como o ramo da filosofia que tem por objetivo
refletir sobre a essência dos princípios, valores e problemas fundamentais da moral, tais
como a finalidade e o sentido da vida humana, a natureza do bem e do mal, os
fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas consideradas
universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano. 2 POR EXT Conjunto
de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social
ou de uma sociedade: Parece que não há mais ética na política. (Dicionário Michaelis).
A ética é imprescindível ao profissional visto que “o fazer”, que diz
respeito à competência para o exercício da profissão e “o agir”, que diz respeito à
conduta profissional, estão integrados. Por ter como base uma filosofia de valores
combinadas com a natureza e o fim de todo o ser humano, o “agir” da pessoa humana
está condicionado às premissas básicas “o que é” o homem e “para que vive”. Dessa
forma, a capacidade técnica ou científica precisa estar em comunhão com os
princípios éticos essenciais (MOTTA, 1984).
A ética se fundamenta em três pré-requisitos: percepção de conflitos
(consciência); autonomia (condição de posicionar-se de forma ativa e autônoma entra
a razão e a emoção). Em resumo, ética são as boas ações de forma livre e
espontânea da pessoa (RICOEUR, 1990).
A ética profissional é muito importante pois, além de possuir
conhecimento técnico e legal acerca dos procedimentos que por ele podem ser
realizados, o profissional deve cumprir rigorosamente os cuidados no tocante à
biossegurança, vestir-se adequadamente, evitando trajes incompatíveis com o
ambiente de trabalho e possuir comportamento educado e gentil com o cliente e
demais pessoas que, de forma contínua ou esporádica, frequentem o local.

Ademais, em relação ao amparo e tratamento do cliente, é de suma


importância que o zelo e o respeito estejam presentes em todas as atitudes.

A ética profissional do esteticista é de suma importância para evitar


casos de procedimentos que, por desrespeito às condutas éticas, vem provocando
prejuízos materiais e físicos ao cliente.
O primeiro contato com os dados informativos e pretensões do cliente
é no preenchimento da ficha de anamnese. É quando, sob forma de entrevista, que
deve ser feita sem pressa, o profissional coleta as informações necessárias que,
analisadas, determinarão o melhor procedimento a ser realizado. Um dos fatores que
mais influenciam no alcance da anamnese acertada é o tempo que se dedica a ela.
Caso o profissional apresse a entrevista, poderá haver falhas relevantes que poderão
comprometer o objetivo a ser alcançado.
Outrossim, definido o procedimento a ser realizado, seu processo,
riscos, cuidados e resultados esperados devem ser pontuados de forma clara ao
cliente e suas possíveis dúvidas, sanadas, tornando assim de confiança o
relacionamento entre profissional e paciente/cliente (SOUZA, ARAUJO, 2015).
Além do mais, quando falamos em ética e profissionais da área da
saúde um grande leque se abre, e nele temos várias atividades, onde em algumas
são utilizados apenas cosméticos, noutras, produtos químicos, e ainda objetos
perfurantes e equipamentos.

Nesse sentido se faz importante a biossegurança que tem como


objetivo controlar e minimizar os riscos químicos e biológicos. Para tanto, destaca-se
a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), da higienização
das mãos, do descarte de materiais perfuro cortantes, da cobertura vacinal e do
processamento de dispositivos usados na prática.

Ademais, a biossegurança envolve também cuidados que incluem os


Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s), desinfecção e esterilização de todos os
instrumentos não descartáveis, sejam perfuro cortantes ou não, além de cumprir as
regras definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no tocante
ao armazenamento, controle de produtos e manutenção dos equipamentos
(TONETA, AGOSTINI, 2017)

Outrossim, diante da concorrência do mercado, e visando a satisfação


do cliente, bem como dos funcionários, fornecedores e sociedade em geral, a busca
por profissionais que atendam aos princípios éticos tem aumentado. Desta forma, o
profissional, no intuito de preservar sua integridade individual e da classe, deve
impugnar qualquer consentimento ou envolvimento em trabalhos e negócios
duvidosos.

Honestidade, competência e responsabilidade, são alguns elementos


da ética profissional empregados em qualquer profissão, entretanto cada profissã o
deve ter um Código de Ética próprio, contemplando direitos, obrigações, atividades,
responsabilidades, proibições e impedimentos, tendo em vista sua área de atuação,
pois além de exaltar a profissão, dá resguardo ao cliente em eventuais dúvidas

Dessa forma, podemos concluir que, o que se espera com a ética em


estética é uma conscientização ética dos profissionais, seja na ficha de anamnese,
na biossegurança, ou na conduta profissional, bem como na busca pelo
conhecimento, para que a profissão do esteticista seja respeitada e valorizada.
Referências:
ARRUDA, M. C. C. de; WHITAKER, M. C.; RAMOS, J. M. R. Fundamentos de ética
empresarial e econômica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

ASSOCEMSP. Associação dos profissionais de cosmetologia, estética e maquilagem


do Estado de São Paulo, Código de Ética dos Profissionais de Estética, São Paulo,
Disponível em:
http://www.sindestetica.org.br/wpcontent/uploads/2018/01/C%C3%93DIGO-DE-
ETICA-DA-PROFISS%C3%83O.pdf Acesso em 21 de agosto de 2018.

BALDUINO, P. M.; PALIS, F. P.; PARANAÍBA, V. F.; ALMEIDA, H. O.; TRINDADE, E.


M. V. A perspectiva do paciente no roteiro de anamnese: o olhar do estudante. Rev.
Bras. Educ. Med. 2012;36(3):335-342. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbem/v36n3/07.pdf . Acesso em 28 de julho 2018.

HEGEL, GEORGE W. F. Curso de estética: o belo na arte. São Paulo: Martins Fontes,
1996.

JIMENEZ, MARC.. Estética, o que é estética. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999.

MOTTA, N. S. Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984, p.69.

NEVES, T. P.; PORTO, M. F. S.; MARINHO, C. L. C.; BRAGA, A. M. C. B. O conceito


de biossegurança à luz da ciência pós-normal: avanços e perspectivas para a saúde
coletiva. Saúde Soc., São Paulo, v. 16, 2007.

RICOEUR, P. Éthique et Morale. Revista Portuguesa de Filosofia, tomo XLVI, fasc. 1,


Janeiro-Março 1990, [Publicado também em Lectures 1, Autour du politique. Paris:
Seuil, 1991]. Disponível
em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000108&pid=S0807-
8967201200020002700004&lng=pt
SOUZA, L. R. M; ARAÚJO, F. Q. Ética profissional no contexto da estética e beleza.
2015. p.19. Curso de tecnologia em estética e imagem pessoal. Universidade Tuiuti
do Paraná, Curitiba, 2015.

TONETA, P.; AGOSTINI, V. W. A preocupação com a biossegurança em clínicas de


estética e salões de beleza. Anuário de Pesquisa e Extensão da Unoesc Videira, v.2,
2017.

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