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ATIVIDADE DE ESTUDO 01
INTRODUÇÃO
Em virtude do acelerado processo técnico e científico no contexto da saúde, a dignidade da
pessoa humana, com frequência, parece ser relegada a um segundo plano. A doença,
muitas vezes, passou a ser o objeto do saber reconhecido cientificamente, desarticulada do
ser que a abriga e no qual ela se desenvolve. Também, os profissionais da área da saúde
parecem gradativamente desumanizar-se, favorecendo a desumanização de sua prática.
Desse modo, a ética, por enfatizar os valores, os deveres e direitos, o modo como os
sujeitos se conduzem nas relações, constitui-se numa dimensão fundamental para a
humanização hospitalar.
A humanização, então, requer um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que
norteiam a prática profissional, pressupondo, além de um tratamento e cuidado digno,
solidário e acolhedor por parte dos profissionais da saúde ao seu principal objeto de
trabalho – o doente/ser fragilizado –, uma nova postura ética que permeie todas as
atividades profissionais e processos de trabalho institucionais. Nessa perspectiva, diversos
profissionais, diante dos dilemas éticos decorrentes, demonstram estar cada vez mais à
procura de respostas que lhes assegurem a dimensão humana das relações profissionais,
principalmente as associadas à autonomia, à justiça e à necessidade de respeito à
dignidade da pessoa humana.
Assim, este estudo tem, como objetivo, refletir sobre considerações éticas que necessitam
fundamentar as ações de humanização, destacando a importância da dimensão humana
nas relações profissionais, a qual necessita estar na base de todo processo de intervenção
no campo interdisciplinar da saúde.
Para que os trabalhadores de saúde possam exercer a profissão com honra e dignidade,
respeitar o outro e sua condição humana, dentre outros, necessitam manter sua condição
humana também respeitada, ou seja, trabalhar em adequadas condições, receber uma
remuneração justa e o reconhecimento de suas atividades e iniciativas. Logo, fica evidente
que os profissionais, na maioria das instituições de saúde, estão aquém da reconhecida
valorização de si e do seu trabalho
É preciso reconhecer, entretanto, que muitas instituições, com os crescentes cortes de
verbas públicas, enfrentam dificuldades para manter-se. O quadro profissional limitado, a
deficiência de recursos materiais, as condições insalubres de trabalho e as novas e
contínuas demandas tecnológicas, com frequência, aumentam a insegurança e favorecem a
insatisfação no trabalho. O clima desfavorável tem contribuído progressivamente para
relações de desrespeito entre os próprios profissionais, bem como para a geração de uma
assistência fragmentada e, cada vez mais, desumanizada. Sendo assim, torna-se premente
que a filosofia institucional assim como as políticas públicas de humanização estejam,
igualmente, voltadas para a vida e a dignidade dos trabalhadores de saúde, quando o que
se pretende realmente seja a humanização do cuidado nas instituições de saúde.
Humanização, como espaço ético, requer, então, o fomento de relações profissionais
saudáveis, de respeito pelo diferente, de investimento na formação humana dos sujeitos
que integram as instituições, além do reconhecimento dos limites profissionais. Nesse
processo, o profissional, possivelmente, terá condições de compreender sua condição
humana e sua condição de cuidador de outros seres humanos, respeitando sua condição
de sujeito, sua individualidade, privacidade, história, sentimentos, direito de decidir quanto
ao que deseja para si, para sua saúde e seu corpo. O verdadeiro cuidado humano prima
pela ética, enquanto elemento impulsionador das ações e intervenções pessoais e
profissionais, constituindo a base do processo de humanização.
Quando se define a humanização hospitalar como expressão da ética, a filosofia da
instituição necessita convergir para a construção de estratégias que contribuam para a
humanização do/no trabalho, mediante o estímulo à participação e à comunicação efetiva,
com qualidade em todas as suas dimensões: na relação da administração com os
trabalhadores, dos trabalhadores entre si e desses com os pacientes. Por consequência,
faz-se necessário incentivar a horizontalidade nas relações, pautada na liberdade de ser,
pensar, falar, divergir, propor. É imprescindível reconhecer, ainda, que o exercício da
autonomia, ou seja, a relação sujeito-sujeito, não é um valor absoluto, mas um valor que
dignifica tanto a pessoa que cuida quanto a que está sob cuidado profissional
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se que o artigo busca refletir sobre as considerações éticas que necessitam
fundamentar as ações de humanização no âmbito hospitalar. Com isso, a ética requer a
implementação de um processo reflexivo sobre os princípios, valores e direitos. Entretanto,
é necessário distinguir o conceito de ética do conceito de moral, que muitas vezes são
confundidos.
ATIVIDADE:
1. De acordo com o que você aprendeu em nossa disciplina e com base no artigo proposto,
descreva quais as principais diferenças e semelhanças entre o conceito de ética e
moral e aplique esta diferença no âmbito hospitalar. Sua resposta deverá conter entre 5 e
15 linhas.