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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E
COSMÉTICA

GLADYS PEREIRA LIMA CAMPOS - 2293976


NÁDIA RENATA LOPES DA SILVA - 2211135
MARIA GOMES LIMA MARÇAL - 2294923
ISABELA SANTOS FERREIRA – 2239371
ANSELMA DIAS LUZ SOUZA - 2236820

UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS TÉCNICAS


COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS

GOIÂNIA – GO
CAMPUS BUENO
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E
COSMÉTICA

GLADYS PEREIRA LIMA CAMPOS - 2293976


NÁDIA RENATA LOPES DA SILVA - 2211135
MARIA GOMES LIMA MARÇAL - 2294923
ISABELA SANTOS FERREIRA – 2239371
ANSELMA DIAS LUZ SOUZA - 2236820

UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS TÉCNICAS


COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS

Trabalho apresentado no curso Superior de


Estética e cosmética da UNIP para o Projeto
Integrado Multidisciplinar VII.

Orientadores: Profa. Camila Santos


Prof. Dr. Flávio Buratti.
Prof. Dr. Tércio Martins

GOIÂNIA - GO
CAMPUS BUENO
2023
RESUMO: O objetivo desse presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) é,
juntamente com os materiais disponibilizados pelo professor, pela faculdade e por
meios de pesquisas feitas na internet de fontes seguras falar um pouco sobre a
utilização de cosméticos associados às principais técnicas complementares e
holísticas e também discorrer um pouco sobre tais técnicas e a atuação do
profissional na área. Foram abordados temas relacionados como a história, usos e
tipos de cosméticos, além de combinar cosméticos e técnicas holísticas. A questão
proposta foi conhecer a relação entre a importância do uso de cosméticos em
combinação com técnicas terapêuticas holísticas e como isso ajuda a melhorar os
aspectos físicos e psicológicos relacionados à autoestima. São importantes para o
desenvolvimento dos profissionais de beleza no mercado atual, essas gamas devem
ser utilizadas para obter os melhores resultados na realização de procedimentos
estéticos. Os objetivos específicos abordados foram o histórico, aplicações, tipos e
relevância do método holístico, bem como seus conceitos, interações e benefícios. O
desenvolvimento da pesquisa consistiu em pesquisa teórica, qualitativa e
bibliográfica. Pesquisas bibliográficas de livros e artigos acadêmicos focalizaram
assuntos e títulos e visaram a análise com base em métodos já em uso. Essa
abordagem foi realizada por meio da coleta de artigos e tópicos encontrados, além
de livros e sites.

Palavras-chave: Cosméticos. Técnicas Complementares. Técnicas Holísticas.


Medicina Complementar e Alternativa.
ABSTRACT: The objective of this present Integrated Multidisciplinary Project
(PIM) is, together with the materials made available by the professor, the faculty
and through research carried out on the internet from safe sources, to talk a little
about the use of cosmetics associated with the main complementary and holistic
techniques and also talk a little about such techniques and the professional’s work
in the area. Related topics such as the history, uses and types of cosmetics were
covered, in addition to combining cosmetics and holistic techniques. The proposed
question was to understand the relationship between the importance of using
cosmetics in combination with holistic therapeutic techniques and how this helps
to improve the physical and psychological aspects related to self-esteem. They
are important for the development of beauty professionals in the current market,
these ranges must be used to obtain the best results when carrying out aesthetic
procedures. The specific objectives addressed were the history, applications,
types and relevance of the holistic method, as well as its concepts, interactions
and benefits. The development of the research consisted of theoretical, qualitative
and bibliographical research. Bibliographical research of books and academic
articles focused on subjects and titles and aimed at analysis based on methods
already in use. This approach was carried out by collecting articles and topics
found, as well as books and websites.

Keywords: Cosmetics. Complementary Techniques. Holistic Techniques.


Complementary and Alternative Medicine.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................6
2 A INTRODUÇÃO DE COSMÉTICOS E PERFUMARIA NA SOCIEDADE .................................................8
3 SAÚDE E A ADESÃO DE NOVAS TÉCNICAS PELA SOCIEDADE ........................................................16
4 AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS ..................................................19
5 DIFERENÇA ENTRE TERAPIAS INTEGRATIVAS, COMPLEMENTARES E ALTERNATIVAS ..................24
6 O QUE FAZ O PROFISSIONAL .........................................................................................................26
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO ......................................................................................................................27
8 UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS NAS TÉCNICAS COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS ........................29
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................30
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................33
6

1 INTRODUÇÃO

Este projeto integrado interdisciplinar VII é dedicado ao uso de cosméticos


no contexto das principais tecnologias complementares e holísticas, abordando
questões relacionadas como a história, usos e tipos de cosméticos. Além de
combinar cosméticos e técnicas holísticas.
A busca pela estética está muito presente nos dias atuais, o que permite o
surgimento e crescimento de novas técnicas. O surgimento das práticas
integrativas complementares consiste em um conjunto de práticas da Medicina
Tradicional Chinesa que, hoje é considerada pela OMS (Organização Mundial da
Saúde) como terapia complementar válida e destacada no mercado para fins
complementativos de tratamentos tradicionais existentes, de acordo com as
instruções fornecidas pelo médico.
É notório que a busca pela estética está muito presente nos dias atuais e
vem se transformando e se adequando para os mais variados públicos. Além da
medicina convencional (ou alopática), também existem diversas outras
modalidades terapêuticas que são consideradas parte da Medicina
Complementar e Alternativa (MCA). No Brasil, essas técnicas terapêuticas são
conhecidas como Práticas Integrativas e Complementares (PIC), que são
definidas pela Portaria nº971, de 3 de maio de 2006, pelo Ministério da Saúde.
O Brasil faz parte do top 3 no ranking mundial da indústria estética,
ocupando o terceiro lugar, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão, o que
mostra um crescimento significativo em todos os segmentos da área de estética
e cosmética, bem como sua crescente demanda de serviços e diversidade de
público (INÊS, 2016).
Segundo o Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa Odontológica (2015),
o setor da estética está em crescente desenvolvimento, o que ocasiona um maior
investimento em divulgações e lançamentos em convenções nacionais,
marketing, workshops, cursos de formação e aperfeiçoamento de profissionais na
área e palestras ministradas pelos mais destacados profissionais das áreas da
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saúde que abrangem médicos dermatologistas, cirurgiões plásticos,


endocrinologistas, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e esteticistas,
sendo referência em inovação na área. (LOPES; CARVALHHO, 2012).
Portanto, este estudo aborda a questão de conhecer a importância do uso
de cosméticos em combinação com técnicas terapêuticas holísticas e como isso
pode ajudar a melhorar aspectos físicos e psicológicos relacionados à
autoestima.
O objetivo deste estudo é, portanto, ilustrar o tema e a bordar sua
importância no desenvolvimento de profissionais de beleza no mercado atual.
Isso permite que a variedade desses procedimentos contribua significativamente
para alcançar os melhores resultados na realização de procedimentos estéticos.
Os objetivos específicos que este estudo deve abordar são facilmente
abordados no desenvolvimento de base bibliográfica. Tais objetivos são a história,
aplicações, tipos e relevância das tecnologias holísticas, bem como seus
conceitos, interações e vantagens.
O desenvolvimento desta pesquisa foi teórico, qualitativo e consistiu em
levantamento bibliográfico. Pesquisas bibliográficas de livros e artigos
acadêmicos focalizaram assuntos e títulos e visaram a análise com base em
métodos já em uso. Essa abordagem foi realizada por meio do registro de artigos,
temas, livros e sites que encontramos.
8

2 A INTRODUÇÃO DE COSMÉTICOS E PERFUMARIA NA SOCIEDADE

De acordo com a ANVISA (Associação Nacional de Vigilância Sanitária),


produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos são usados para limpar,
perfumar e aparência em várias partes do corpo humano, pele, sistema capilar,
unhas, lábios, genitália externa, dentes e mucosas da cavidade oral. Com o único
ou principal objetivo de alterar e/ou corrigir o odor corporal e/ou proteger ou
manter boas condições (CAPANEMA, L.X.L; VELASCO, L.O.M.; PALMEIRA
FILHO, P. L. e NOGUTI, M.B, 2007).
Da mesma forma, Garcia (2005) afirma que a indústria cosmética tem suas
origens no desenvolvimento do conhecimento no campo da bioquímica. Este
setor é um setor com muitas novidades, preservação e renovação das melhores
propriedades das fórmulas, seguindo tendências sazonais. moda e costumes. O
principal objetivo dos cosméticos na antiguidade era cobrir imperfeições, sujeiras
e odores no corpo.
Devido às mudanças nos cuidados pessoais e práticas de higiene, seu uso
é muito mais difundido e diferente do que no passado. A história começa há
30.000 anos na pré-história vezes com pintura corporal e tatuagens. Eles usaram
solo, casca, seiva de folhas esmagadas e orvalho (HEEMANN; GUARDA, 2012).
No que diz respeito aos historiadores da cosmética, o Egito afirma que
potes de cremes, incensos e óleos usados para adornar e tratar o corpo foram
encontrados no sarcófago de Tutancâmon (1400 Ac) (GALEMBECK; CSORDAS,
2012).
A última rainha do Egito, Cleópatra (69 aC), personificava a beleza eterna
com seu famoso banho de leite de cabra e maquiagem única. O uso do perfume
já era considerado rudimentar, com diversos aromas usados em diferentes
horários do d ia. O óleo de amêndoas substituiu o azeite de oliva, e a incorporação
do bórax facilitou a formação da emulsão e minimizou o tempo de processo,
surgiram as bases e nasceram as bases cremosas faciais (GALEMBECK;
CSORDAS, 2012).
Na Grécia antiga, as primeiras noções de beleza relacionadas à expressão
da beleza natural ou artística surgiram quando o filósofo grego Platão se
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perguntou: De acordo com a concepção de beleza do homem, mais ou menos


bela (Platão 428-347 a.C.). Para os gregos antigos, beleza e limpeza eram
qualidades importantes. Dele nascem perfumes, massagens, imersão e
procedimentos estéticos, entre outros. Aristóteles mais tarde distinguiu entre o
bem e o belo. Ele acreditava que a beleza é uma criação humana nascida do
equilíbrio perfeito de vários elementos e qualidades humanas. Para Aristóteles, a
beleza é inerente aos humanos, e a arte é, afinal, uma criação humana única e
não pode existir em um mundo separado do que os humanos são sensíveis
(RUSSELL, 1967).
Por volta de 400 a.C., foram encontrados na Grécia em livros sagrados e
Hipócrates que destacavam regras para banhos, higiene corporal e
procedimentos estéticos (HEEMANN; GUARDA, 2012).
Asclépio (século V a.C.), conhecido como o deus da medicina, usava em
seus pacientes vários dos remédios comumente usados hoje, como relaxamento,
dieta, hidroterapia e massagem, para promover procedimentos relacionados à
beleza. A obsessão com o corpo tornou-se clara. Os gregos conscientes do corpo
passaram por massagens " energéticas" para evitar o excesso de peso. Eles não
foram expostos ao sol porque a pele bronzeada não era considerada bonita. Eles
usaram máscaras de beleza de argila. Os registros descrevem seis tipos
diferentes dessas máscaras no mercado, com selos distintos indicando sua
origem (HEEMANN; GUARDA, 2012).
Usavam joias de ouro e prata e roupas bem feitas que faziam parte do
ideal grego de beleza. Sobre o uso da beleza para a sedução no século IV a.C.
Perfumar-se com os aromas de mirra, canela, cravo e sândalo, maquiar-se
também, aplicar carmim nas maçãs do rosto e escuro nos olhos. de cor e tons de
azul, e usou tinta nos lábios e unhas para deixá-lo mais suave. A depilação
também já era feita por questões estéticas e era feita com pastas especiais à
base de argila vegetal. A maioria das mulheres já realiza procedimentos para
prevenir rugas e suavizar, usando cataplasmas de cera quente para apagar rugas
e agentes cáusticos para suavizar a epiderme. antecessor dos cremes de pele
modernos. Durante o Império Romano, um médico grego chamado Galeno de
Pérgamo (129-199 d.C.) misturou cera de abelha, azeite de oliva e água de rosas
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para desenvolver o predecessor dos cremes modernos para a pele. (CONSELHO


REGIONALDE QUÍMICA SÃO PAULO/SP, 2012).

2.1 – História da cosmetologia

A história da cosmética traça a história da humanidade e sempre esteve


ligada à evolução cultural e científica. No antigo Egito, foram encontrados
recipientes contendo ingredientes para fins cosméticos. O início do uso de
cosméticos remonta há mais de30.000 anos, quando as pessoas esculpiam seus
hábitos diários em pedras e pedras, como preocupações com higiene e beleza.
Cosméticos e técnicas de beleza consideradas modernas, como o uso de
esfoliantes e cremes antirrugas, técnicas de depilação, métodos para remover
estrias, alongar cabelos, mel horar o mau hálito e amenizar odores corporais
desagradáveis, já eram conhecidos no antigo Egito (UNIP,2020).

2.1.1 – Conceitos

• Cosmética: A palavra cosmética vem da palavra grega kosmetés,


que significa escravo ou ajudante cujo trabalho é arranjar roupas,
perfumes e pinturas para amantes, e ixtens de beleza eram
chamados de kosmesis - aparência por meio de cuidados especiais,
tratamentos e uso de cosméticos e conservantes (cosméticos).
Desde os tempos antigos, a maquiagem tem sido usada
principalmente por mulheres. Na cirurgia estética, é frequentemente
usado em cosmetologia para remover artificialmente imperfeições,
deformidades, cicatrizes e sinais de envelhecimento (UNIP,2020).
Cosméticos são substâncias, misturas ou preparações destinadas
a melhorar ou proteger a aparência ou o cheiro do corpo humano.
No Brasil, eles costumam ser enquadrados em uma ampla classe
chamada de produtos de higiene e cuidados pessoais. Os
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cosméticos eram destinados principalmente a cobrir imperfeições,


manchas e odores no corpo, mas agora seu uso é muito mais
difundido. práticas assistenciais, ao contrário, por exemplo, dos
tribunais europeus do século XVIII (GALEMBECK;CSORDAS,
2012).

• Cosmetologia: A cosmetologia é a ciência que a poia a criação de


produtos de beleza e nos permite verificar suas propriedades.
Algumas das funções básicas dos cosméticos são: Limpeza – deve
ser feita em equilíbrio fisiológico sem desengordurar, alcalinizar ou
desnaturar as proteínas da pele; Correção – consiste em
restabelecer o equilíbrio alterado e restauraras propriedades
naturais da pele saudável; Proteção – Cuidar da pele e seus
anexos consiste em evitar lavagens irracionais ou impedir que
fatores externos como vento, sol e frio alterem as propriedades
naturais da epiderme (UNIP, 2020).

• Cosmético: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na


Resolução RDC nº 211 (ANVISA, 2005), define produtos de higiene
pessoal, cosméticos e perfumes como sendo compostos por
substâncias naturais ou sintéticas e destinados à aplicação externa
em diversas partes do corpo humano. Conclui-se que é uma
preparação que A pele, sistema capilar, unhas, lábios, genitália
externa, dentes e membranas sã o as mucosas da cavidade oral e
são as únicas responsáveis por limpar, perfumar, alterar a aparência
e/ou modificar o odor corporal e/ou protegê-las ou mantêlas. Ou
como o objetivo principal. Eles estão em boas condições (UNIP,
2020).
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• Cosmecêuticos: O termo cosmecêutico foi introduzido por Albert


Kligmanem uma conferência da Society of Cosmetic Chemists na
década de 1980para descrever cosméticos que têm efeito
terapêutico na aparência da pele, mas não necessariamente têm
efeito biológico nessa aparência, o que a classifica como droga. Em
outras palavras, os cosmecêuticos estão posicionados entre
cosméticos e farmacêuticos (UNIP, 2020).
É um cosmético que contém substâncias fisiologicamente ativas em
seus ingredientes e cujos efeitos foram medidos e comprovados por
meio de pesquisas. Possuem propriedades terapêuticas que
combatem doenças e problemas estéticos, atuando na derme
(camada mais profunda da pele).
As interações cosmecêuticas com o corpo são maiores que as
interações cosméticas e podem ser prescritas em formulações
farmacêuticas individuais específicas. Por isso, os cosméticos
devem ser utilizados com o objetivo principal de prevenir os danos
causados pelo sol, reduzir a formação de radicais livres, melhorar a
camada lipídica da pele, clarear manchas, reduzir rugas, prevenir e
combater o envelhecimento precoce. Atua como elo entre cuidados
e medicamentos contra a flacidez, celulite, gordura localizada
(CONTOX, 2019).
De acordo com os produtos pessoais, os cosmecêuticos podem ser
definidos como dermocosméticos, cosméticos funcionais ou
ingredientes bioativos. Alfa-hidroxiácidos, vitamina A (retinol),
vitamina E e vitamina C são os exemplos mais distintos de
cosméticos (CONTOX, 2019).

• Cosmiatria: É um ramo da dermatologia dedicado ao tratamento e


prevenção de problemas estéticos da pele. Em geral, é a ciência
que estuda a beleza humana com responsabilidade e ética.
Cosmiatria visa melhorar apele do rosto e de todo o corpo,
tornando-a mais jovem e saudável através da aplicação de
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cosméticos e novas técnicas terapêuticas (IBECO, 2021). Novas


substâncias e procedimentos estão sendo constantemente
descobertos, trazendo importantes avanços na medicina estética.
Hoje, existem diversos métodos com resultados muito satisfatórios
para reduzir rugas de expressão, estrias, celulite e outros
problemas que assolam a aparência das pessoas (IBECO, 2021).
Dentro da cosmiatria ou dermatologia cosmética possuem métodos
de tratamento que atendem às necessidades de cada indivíduo,
desde quem quer se prevenir até quem já tem problemas. Os mais
conhecidos são toxinas, lasers e peelings (IBECO, 2021). A toxina,
que é aplicação em determinadas regiões, é um dos procedimentos
mais procurados em cosmiatria. A partir dele é possível amenizar
bastante as linhas de expressão, mesmo as mais profundas como
os “pés de galinha” na região dos olhos (IBECO, 2021).
Já o peeling, aplicação de produtos químicos, tem por objetivo
suavizar manchas entre outras marcas da pele como acne,
proporcionando uma aparência rejuvenescida. Os lasers também
são usados com o mesmo propósito, mas cada um tem uma função
diferente (IBECO, 2021).

• Neutracêutico: O termo nutracêutico foi definido pelo médico


fundador e presidente da Fundação para Inovação em Medicina,
Stephen De Felice, nos anos 1980. Os nutracêuticos compreendem
uma área que faz intercessão entre as indústrias farmacêutica e
alimentícia e envolvem os suplementos que atuam na pele, de
dentro para fora, com propriedades antioxidantes e
rejuvenescedoras. Podem ser definidos como alimentos ou bebidas
compropriedades terapêuticas, de prevenção e tratamento d e
doenças e, principalmente, como auxiliadores na promoção da
saúde e melhora doestado nutricional. Podem ser compreendidos
como nutrientes isolados, suplementos dietéticos, alimentos
14

funcionais, produtos herbais, alimentos processados e cápsulas,


contendo vitaminas, minerais (UNIP, 2020).
O termo vem sendo utilizado no intuito de mostrar o alimento com
ação de medicamento. Na época de Hipócrates (460 – 370AC), ele
já afirmava: “Deixe o alimento ser o seu remédio e o seu remédio
seu alimento”. Provavelmente percebeu que a alimentação
adequada reduz o risco de doenças e promove a saúde, ou seja,
nutracêuticos são suplementos alimentares que contêm a forma
concentrada de um Composto Bioativo (CB), apresentado
separadamente do alimento e utilizado com a finalidade de
melhorar a saúde, em doses que excedem aquelas que poderiam
ser obtidas dos alimentos (CONTOX, 2019).
Nutracêuticos são também chamados de Alimentos Funcionais
porque são aqueles que melhoram ou afetam a função corporal,
além do seu valor nutricional normal, isto é, aqueles que, além da
função principal de nutrir, possuem também características
específicas que contribuem para redução do risco de doenças
(CONTOX, 2019).

• Nutricosmético: Os nutricosméticos surgem pela junção das


indústrias de cosméticos e de alimentos, caracterizando-se pela
melhora dos aspectos estéticos pelo consumo de alimentos ou
suplementos com propriedades antioxidantes. O objetivo principal
está relacionado à prevenção e aos cuidados com o
envelhecimento da pele, isto é, está baseado na “beleza de dentro
para fora”. São conhecidos como pílula da beleza, cosméticos orais,
e podem ser apresentados d as mais diversas formas, com
destaque para as formas farmacêuticas líquidas, cápsulas, tabletes
e balas (UNIP, 2020).
São os cosméticos que possuem em sua composição substâncias
bioativas, sendo sua eficácia medida e aprovada através de
estudos. Possuem propriedades terapêuticas combatendo doenças
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ou problemas estéticos, agindo na derme (camada mais profunda


da pele) (CONTOX, 2019).
A interação dos cosmecêuticos com o organismo é maior que a dos
cosméticos, podendo ser prescritos em formulações médicas
específicas e individuais. Portanto, os cosmecêuticos atuam como
o elo entre produtos de cuidados pessoais e farmacêuticos, tendo
como principais objetivos prevenir danos causados por raios
solares, reduzir a formação de radicais livres, melhorar a camada
lipídica da pele, clarear manchas, reduzir rugas, prevenir o
envelhecimento precoce, combater flacidez, celulite e gordura
localizada (CONTOX, 2019).
No seguimento de produtos pessoais, os cosmecêuticos podem ser
definidos como dermocosméticos, cosméticos funcionais, ou ativo
biológico. Os alfa-hidroxiácidos, Vitamina A (retinol), Vitamina E e
Vitamina C são exemplos mais característicos de cosmecêuticos
(CONTOX, 2019).
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3 SAÚDE E A ADESÃO DE NOVAS TÉCNICAS PELA SOCIEDADE

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015), a saúde e


a aparência da pele e corpo estão diretamente relacionadas com os hábitos
alimentares e com o estilo de vida que cada indivíduo leva. Renoldi (2014), diz
que o segmento da estética abrange uma área que proporciona ferramentas onde
o objetivo é a manutenção e/ou a melhoria da estética facial e corporal, de forma
complementar, levando em consideração esse o estilo de vida, que envolve:
como o indivíduo vive, o que ele ingere, o que ele pensa e sente, que seria o
segmento das Práticas Integrativas e Complementares, que vem com a proposta
de complementar os tratamentos convencionais já existentes prescritos pelos
médicos, mediante acompanhamento multiprofissional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as terapias
integrativas e complementares são um conjunto amplo de práticas de atenção
à saúde, que participam da própria tradição do país e estão integradas ao
sistema sanitário principal (RENOLTI, 2016).
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs, também conhecidas
como terapias holísticas, alternativas ou naturais), têm como proposta auxiliar os
mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde do
paciente e contribuem para a inserção social, na redução do consumo de
medicamentos, melhoria da autoestima e da qualidade de vida e, são, portanto,
técnicas e métodos que têm como objetivo promover a saúde e o bem-estar,
abordando o indivíduo como um todo (PNPIC, 2006).
Entre as técnicas das PICs estão: a fitoterapia, a acupuntura, moxabustão
e massagens; por outro lado também são abordados tratamentos como a
aromaterapia e o uso dos florais. Tais terapias também podem ser associadas
aos tratamentos estéticos que tenham como finalidade amenizar o quadro
principal (INÊS, 2013).
De acordo com o Ministério da Saúde (2012), as Práticas Integrativas e
Complementares fazem parte do que a Organização Mundial de Saúde 3
denomina de Medicina Tradicional e Medicina Complementar e Alternativa
(MT/MCA) e já recomenda aos seus Estados-membros a elaboração de Políticas
17

Nacionais voltadas à integração e à inserção da MT/MCA aos sistemas oficiais


de saúde, com enfoque na atenção primária à saúde, no Sistema Único de Saúde
(SUS) (PNPIC, 2006).
No Brasil, desde 2006, com a publicação da Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, tem-se buscado trazer a
inclusão desse sistema como forma de complementar os programas médicos
tradicionais complexos e alternativos através de recursos terapêuticos que
podem representar mecanismos naturais de prevenção de doenças e
manutenção de saúde (PNPIC, 2006).
Na estética, as PICs têm um papel importante para o tratamento das
disfunções estéticas, como a celulite, gordura localizada, cicatrizes e estrias,
devido ao fato de suas técnicas, em geral não serem invasivas, por apresentarem
pouca ou então nenhuma contra indicação, podendo ser aplicadas de uma forma
mais simples, segura e eficaz, promovendo assim o bem estar do indivíduo,
melhorando seu quadro de forma geral (JUSTO, 2015).
Além disso, essas PICs tem uma visão integral do indivíduo, abordando
aspectos relacionados ao seu estado psico-social e também ao seu lado
emocional, o que resulta em uma forma de tratar o indivíduo como um todo e não
apenas o aspecto estético, externo e superficial; tais práticas buscam então a
compreensão dos desequilíbrios estéticos de forma integral, bem como
ferramentas paliativas e/ou curativas como proposta (PNPIC, 2006).
Torna-se relevante o conhecimento da inserção das PICs no mercado da
cosmetologia e estética para verificar se os estabelecimentos estão oferecendo
esses serviços, observar quais as técnicas oferecidas, detectar se há procura e
quais as mais requisitadas, descobrir e verificar se há profissionais capacitados
para o desenvolvimento das técnicas, vislumbrando assim mais uma área de
atuação para o profissional de estética de forma segura (JUSTO, 2012).
Baseadas em conhecimentos tradicionais e práticas centenárias de
diversos países e culturas, elas são tratamentos que utilizam recursos
terapêuticos para prevenir doenças, como hipertensão, estresse, dores e
depressão. E além disso, as PICs também podem servir como tratamento
paliativo para diversas doenças crônicas (SACCOMANDI, 2012).
18

Nesse sentido, são terapias que consideram que os desequilíbrios do


corpo podem possuir mais de uma causa, podendo ser: física, emocional,
social e ambiental e, em conjunto, interferem diretamente na saúde e no
bemestar. A atuação dessas práticas para diminuir e/ou acabar com essa
discordância entre as partes, olhando para o indivíduo como um todo e
procurando equilíbrio (BOTELLO, 2007).
As técnicas naturais e holísticas são utilizadas de forma complementar
com tratamentos da medicina convencional para conseguir restaurar a
harmonia entre corpo, mente, emoções e espírito (RENOLDI, 2016).
19

4 AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES E HOLÍSTICAS

Podemos entender que a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma


ciência milenar que está baseada na observação dos fenômenos da natureza.
Nessa medicina não há como separar o corpo físico dos seus aspectos
emocionais e de todo ambiente que o cerca. Na MTC iremos ver o ser humano
como um todo.
O termo Medicina Integrativa ou Medicina Alternativa Complementar,
surgiu em meados dos anos 1970 e relaciona-se a um conjunto diverso de
práticas terapêuticas manuais e espirituais de cunho natural, sem a utilização
medicamentosa, em busca de um equilíbrio entre a m ente e o corpo por meio
de intervenções que induzem respostas naturais do organismo, enfatizando a
saúde (CORMELATO, 2018).
Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos baseados em
conhecimentos ancestrais. Por meio de uma visão holística, a Medicina
Integrativa possui um pressuposto da existência de uma energia vital que,
tanto quanto a funcionalidade fisiológica necessita ser estimulada (LIMA,
2009).
O autor ainda afirma que, o Doutor Andrew T. Weil, fundador e diretor
do Centro de Medicina Integrativa de Universidade do Arizona e um dos
pioneiros no método, a Medicina Integrativa tem como abordagem, o paciente
em tríplice aspecto (biopsicossocial), sendo ele integrado por corpo, mente e
espírito. Esta prática vem sendo compreendida com magnitude pois, além de
reduzir significativamente os custos com o tratamento das doenças, de
maneira que esta vem para promover a saúde, prevenindo de maneira eficaz
o surgimento das mesmas, também populariza tratamentos mais a cessíveis,
onde os resultados são tão bons quanto, ou até melhores que outras
abordagens medicamentosas. Os tratamentos costumam ser individualizados
para cada paciente, visto que, cada organismo tem sua particularidade. Por
isto, é importante salientar que a Medicina Integrativa não rejeita nenhum tipo
de tratamento abordado pela Medicina Convencional (LIMA, 2009).
20

A medicina Integrativa atingiu o Brasil durante a década de 1980,


chegando inicialmente nos grandes centros urbanos e trazendo consigo a
Medicina Tradicional Chinesa, a Ayurvédica e a Xamânica. Constata -se este
progresso por meio do surgimento de farmácias naturalísticas e do
reaparecimento do comércio de plantas e ervas medicinais, despertando a
curiosidade da imprensa que passou a abordar temas que retratavam os
efeitos curativos de práticas terapêuticas, proporcionando um crescente
avanço quanto à busca pelas mesmas (LIMA, 2009).
Além de ioga e meditação (que são mais conhecidos pelo público em
geral), existem ainda diversas outras terapias integrativas e complementares.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma gratuita e integral 29
técnicas à população brasileira, que são elas: Medicina Tradicional Chinesa
(Acupuntura), Termalismo, Antroposofia, Plantas Medicinais (Fitoterapia),
Homeopatia, Ayurveda, Arteterapia, Biodança, Meditação, Dança Circular,
Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Reiki, Yoga, Quiropraxia,
Reflexologia Podal, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Aromaterapia,
Apiterapia, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Ozonioterapia,
Imposição de Mãos, Terapia de Florais, Hipnoterapia e Bioenergética;
incluídas entre os anos de 2006, 2007 e 2008, e tais atendimentos começam
já na atenção básica, na porta de entrada do sistema. Segundo dados do
Ministério da Saúde, somente no ano de 2017, foram realizados no SUS cerca
de 1,4 milhão de atendimentos individuais para essas práticas, de forma
individual (LOPES; CARVALHO, 2012).
Os tratamentos alternativos mais procurados foram a medicina
tradicional chinesa – principalmente a acupuntura e a auriculoterapia -, a
yoga, a dança circular e a terapia comunitária. Mas é importante ressaltar que
as PICs não substituem o acompanhamento médico convencional e, como o
próprio nome sugere, elas são terapias complementares indicadas por
profissionais específicos de acordo com as necessidades do paciente e
utilizadas em conjunto de forma a complementar os tratamentos tradicionais
(INÊS, 2013).
21

4.1 – Terapias holísticas

A terapia holística, diferentemente das terapias que se concentram apenas


no problema ou nos sintomas da doença, analisa a pessoa como um todo, tanto
física, cultural, psicológica e socialmente. Holos significa " todo", "conjunto" em
grego. As terapias holísticas também são tratamentos que sempre olham o
indivíduo com o um todo, não separando em parte física e emocional (LIMA,
2009).

4.1.1 – Tipos de terapia

Alguns tipos de terapias holísticas são:


• Reiki Usui Tibetano - Mais conhecido como uma técnica de
imposição de mãos, atua principalmente no corpo energético do
receptor. É como se o praticante fizesse uma massagem na
aura do receptor, harmonizando os seus chacras (centros
energéticos), para assim restaurar a harmonia em seus corpos:
físico, emocional, mental e espiritual (BATELLO, 2007).
O Reiki é uma forma simples e prática de promover a
recuperação e manutenção da saúde física, emocional, mental
e espiritual, restabelecendo a harmonia e dissolvendo os
bloqueios energéticos, melhora o sistema imunológico,
tornando as pessoas mais resistentes às doenças, e aplicado
constantemente, ocasiona mudanças na estrutura química do
corpo, ajudando a restaurar os músculos, nervos, ossos, e a
regenerar órgãos, ajuda a liberar as tensões bloqueadas
atuando n a origem dos problemas, que na maioria das vezes
são criados por nossas emoções e atitudes mentais (BATELLO,
2007).
22

• Acupuntura – é uma técnica manual que trata -se da inserção


de agulhas sobre apele, visando curar dores, prevenir doenças
e promover a saúde (BATELLO, 2007).
A acupuntura tem como objetivo favorecer, através dos
estímulos produzidos pelas agulhas, que o organismo crie
condições internas para retorno de seu equilíbrio e alivio de
suas desordens, sem o emprego da ingestão de drogas. Isto
leva a outras vantagens que é a ausência de efeitos colaterais
(BATELLO, 2007).

• Auriculoterapia - Considerada uma variante da acupuntura*


onde os estímulos são aplicados em pontos da orelha, na
verdade é uma ciência mais próxima da reflexologia. Muito
popular por sua alta eficácia e segurança, possui variantes
como Calatonia Auricular*, que visam estimular uma maior
autoconsciência (BATELLO, 2007).

• Aromaterapia – Uma variante da fitoterapia onde os princípios


ativos das plantas, chamados óleos essenciais, são usados
como medicamentos e estimulantes para despertar os recursos
internos, o que é feito pela inalação de seus aromas ou uso de
óleos de massagem. Menos frequentemente, também é usado
vi a oral (BATELLO, 2007).

• Cromoterapia – O uso de cores adequadas para harmonizar


estímulos nas mais diversas formas, incluindo mentalização,
pinturas ao redor, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas,
água influenciada pela cor dos pratos, lâmpadas coloridas além
dos familiares que agora estão sendo substituídas. com fibras
ópticas especiais, "no banho" com cores para todo o corpo ou
área problemática e atualmente a tendência é utilizar nas
23

principais áreas energéticas chamadas "chakras"* ou pontos de


acupuntura* (punção cromática*). ) (BATELLO, 2007).

• Reflexologia Podal – é uma técnica oriental complexa que é


amplamente utilizada hoje. Ao pressionar certos pontos nas
solas dos pés, é possível irradiar a cura para outros órgãos e
áreas do corpo. Um massoterapeuta que tem o conhecimento
certo de como aplicar corretamente esta técnica oferece
grandes benefícios ao seu paciente através do toque
(BATELLO, 2007).
24

5 DIFERENÇA ENTRE TERAPIAS INTEGRATIVAS,


COMPLEMENTARES E ALTERNATIVAS

Existem diferenças entre as terapias alternativas (que são realizadas


para a substituição do tratamento convencional), as terapias integrativas e as
terapias complementares (que são utilizadas em conjunto com os tratamentos
tradicionais, servindo assim de auxílio e como complemento), sendo
necessária muita atenção e cuidado. Segundo Renolti (2016), a melhor forma
de entender qual é a diferença entre as terapias integrativas, complementares
e alternativas é conhecendo o conceito de cada uma delas:
• As práticas alternativas – são aqueles tratamentos que
substituem os convencionais, como, por exemplo: em pacientes
com câncer que, em vez de seguir todos os protocolos indicados
pelo médico oncologista responsável pelo tratamento, como a
realização de quimioterapia e de radioterapia, prefere se tratar
apenas com suplementos, chás ou outras alternativas que não
envolvam a utilização de químicos.
É importante ressaltar que muitas das práticas alternativas não
possuem comprovação científica e podem acabar se tornando perigosas
quando utilizadas sem a indicação e o acompanhamento multiprofissional.
• As práticas complementares – são aquelas que são utilizadas
em complemento ao tratamento, como por exemplo: um
paciente que pratica yoga (ou ioga) e meditação para auxiliar no
tratamento de hipertensão.
Pode ser também considerada como prática complementar a ingestão
de uma dieta balanceada e o uso de florais para ajudar no tratamento de
ansiedade ou auxiliar na perda de peso.
• As práticas integrais – acontecem de forma conjunta ao
tratamento médico tradicional, compreendendo uma abordagem
25

que envolve a atenção multiprofissional e o cuidado ao paciente


em todas as áreas: física, emocional, ambiental e social.
Nesse caso, a combinação do tratamento médico convencional junto
aos métodos complementares tem base em evidências científicas
comprovadas e de alta qualidade sobre segurança e efetividade de sua
melhoria conjunta.
26

6 O QUE FAZ O PROFISSIONAL

O profissional formado no curso de Terapias Integrativas e


Complementares, tem como objetivo trabalhar para promover a saúde e o
bem-estar dos pacientes, com enfoque no atendimento mais humanizado e
observando o paciente como um todo, dando atenção tanto ao físico quanto
ao emocional e ao sentimental, para que, ao utilizar equipamentos, técnicas
e atividades que venham a auxiliar diretamente na recuperação, tratamento,
e melhoria do equilíbrio das emoções, do corpo, da mente e do espírito do
paciente, esse profissional atue focado no autocuidado e sempre em conjunto
a uma equipe multiprofissional, visando a melhora da saúde e do bem-estar
do indivíduo. Ou seja, ele age de forma preventiva e busca orientar os
pacientes sobre como cuidar da sua saúde como um todo, se conhecendo e
sabendo lidar de forma adequada com as dificuldades e sofrimentos que o
paciente vem enfrentando (SOUZA, 2009).
Portanto, é um curso que forma profissionais capacitados para realizar
tratamentos de doenças e outras condições de saúde, como por exemplo:
ansiedade, hipertensão, depressão, emagrecimento, dores, estresse e
compulsões, por meio da utilização técnicas e conhecimentos em terapias,
tratamentos e técnicas complementares que são difundidos e conhecidos e
que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) (LOPES; CARVALHO,
2012).
27

7 ÁREAS DE ATUAÇÃO

Para que a aplicação dos protocolos das técnicas complementares e


holísticas seja realizada de forma segura, além de seguir os protocolos
de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e os
protocolos de Boas Práticas Laboratoriais, também é necessário um bom
profissional capacitado para utilizar tais técnicas e, para tal, se faz necessária
a formação no curso de Terapias Integrativas e Complementares; curso esse
que permitirá ao profissional um campo de atuação amplo na área (LOPES;
CARAVALHO, 2012).
Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, a chamada Medicina
Integrativa passou a fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de
2006, ofertando apenas 5 atividades. Após 10 anos, foram adicionados outros
14 procedimentos. Os pacientes podem hoje, contar com 29 diferentes
Práticas Integrativas e Complementares (PIC), sendo elas a yurveda,
homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas
medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação,
musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki,
shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia,
yoga, a piterapia, aromoterapia, bioenergética, cromoterapia, constelação
familiar, geoterapia, hipnoterapia,imposição de mãos (reiki), ozoniterapia e
terapia de florais. A partir de sua inserção, tornou -se evidente a admissão
dos pacientes usuários do SUS às práticas integrativas de cura para o
tratamento de várias doenças agudas e crônicas, dentre elas o câncer e o
diabetes (CORMELATO, 2018).
O profissional poderá trabalhar nos sistemas público e privado, com
políticas públicas de saúde do Governo Federal ou em consultórios, clínicas
e hospitais particulares que possuam um atendimento multiprofissional e uma
área para a utilização e aplicação das técnicas. e também pela formação
englobar disciplinas voltadas para o empreendedorismo, o profissional
28

formado no curso tem como opção abrir um próprio negócio e atuar como
autônomo no exercício das práticas (LIMA, 2016).
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é uma forte referência
quando se trata de inclusão das práticas integrativas e complementares nos
serviços de atenção básica a saúde da população, mas países como a
Inglaterra, o Japão, os Estados Unidos, a Holanda, o Reino Unido, a Espanha,
o Chile, o Canadá, a Austrália e o México também já adotaram as Práticas
Integrativas Complementares no oferecimento de tratamento em seus
respectivos sistemas de saúde, o que demonstra que é uma área em
crescimento exponencial e que ainda apresenta um grande potencial de
desenvolvimento nos últimos anos (RENOLTI, 2016).
Por serem técnicas efetivas e de baixo custo (o que são considerados
fatores extremamente relevantes para a área de atenção básica), tais
procedimentos têm ganhado notoriedade e vem sendo alvo de investimentos
dos setores da beleza estética e da saúde para desenvolvimento de novas
tecnologias para a aplicação de protocolo, o que permitiu a evolução para a
utilização de cosméticos associados a tais terapias, o que permitiu o
envolvimento da área de cosmetologia. Ou seja, tais procedimentos permitem
a realização de atendimentos de promoção, manutenção e recuperação da
saúde na rede pública e privada, de forma humanizada, com qualidade,
procurando reduzir os casos de necessidade de hospitalização de pacientes
e o consumo de medicamentos (SACCOMANDI, 2012).
O profissional formado que atua com as terapias integrativas e
complementares possui muitas oportunidades tanto na rede pública quanto
na rede privada: existem diversos concursos para quem almeja trabalhar
nesta área dentro do sistema de saúde pública e diversas unidades e
estabelecimentos particulares que oferecem atendimentos, tratamentos e
acompanhamentos multiprofissional com as PICs, e além disso também é
possível se deparar com oportunidades para atuação em clínicas de terapia,
casas de repouso, empresas de médio e grande porte, SPAs, centros de
estética e cosmética, dentre outras opções (JUSTO, 2012).
29

8 UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS NAS TÉCNICAS COMPLEMENTARES


E HOLÍSTICAS

Dentre os cuidados tomados na fase de desenvolvimento e produção de


cosméticos para a utilização nas técnicas complementares e holísticas, está a
preocupação com a reação do produto quando em contato com a pele. Os
cuidados são tencionados em propósito de reduzir as chances de reações
adversas do tipo de hipersensibilidade cutânea (ARÊAS, 2016).
Segundo Justo (2012), a utilização de cosméticos tem como objetivo
auxiliar em tais técnicas, promovendo facilidade na aplicação e no desenrolar do
procedimento, como por exemplo:
• Para a limpeza e higienização do corpo e/ou da área – são utilizados
higienizantes, sabonetes e álcool para a limpeza e higienização
antes da realização do protocolo;
• Na utilização de cremes cosméticos para massagem relaxante e
quick massage;
• Na utilização de produtos cosméticos a base de óleos essenciais e
florais;
• Na utilização de produtos cosméticos em procedimentos estéticos,
dentre outros.
30

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo discute as técnicas complementares e holísticas mais


importantes utilizadas na cosmética. Observou-se que a estética passou a ser
vista como um aspecto da saúde, assim definida, é necessário propor e
implementar diversos tratamentos deforma avançada e responsável.
A terapia holística é um tipo de terapia que trata problemas e doenças de
uma perspectiva humana global.
Este trabalho atendeu tanto ao objetivo pretendido quanto ao problema
declarado. O problema foi descobrir a relação entre a importância do uso de
cosméticos em relação aos tratamentos holísticos e como isso pode contribuir
para a melhora dos aspectos físicos e psicológicos relacionados à autoestima.
Pode-se dizer que combinar cosméticos com tratamentos pode facilitar o melhor
uso tanto de terapias físicas quanto psicológicas holísticas, como óleos e cores
essenciais ou não essenciais.
O objetivo geral proposto também foi cumprido, que era considerar a
importância do desenvolvimento do profissional de estética no mercado a tual,
para que sua abrangência pudesse contribuir significativamente para o alcance
dos melhores resultados na realização de procedimentos estéticos. Sem um
profissional capacitado, tanto a qualidade do trabalho quanto o resultado no corpo
do cliente ficam em risco, o que causa reprovação e degradação do setor estético
no mercado.
A proposta de levar em consideração a preocupação com o paciente como
um todo, dando importância tanto para a saúde física quanto para a saúde
emocional e sentimental do paciente ganhou tanto espaço que estabelecimentos
tanto da rede pública quanto da rede privada oferecem tais tratamentos.
Os objetivos específicos foram desenvolvidos com base em critérios
bibliográficos. Abrangeu a história, aplicação, tipos e relacionamentos de
tecnologias holísticas e seus conceitos, interações e benefícios.
Percebeu-se que há uma grande procura por tratamentos alternativos e
complementares ao tratamento médico tradicional e que o setor de estética vem
31

se desenvolvendo, se preocupando com a formação de bons profissionais da


área da saúde e estética para a aplicação dos protocolos e com o
aperfeiçoamento de técnicas complementares e holísticas, que proporcionem
resultados com o melhor potencial de ação possível para com o paciente em
tratamento, disponibilizando acompanhamento multiprofissional.
Amplamente difundidas no Brasil, as Práticas Integrativas e
Complementares (PICs) já fazem parte da área de atenção básica do Sistema
Único de Saúde (SUS), onde o sistema de saúde primária conta com 29
opções de diferentes técnicas. Técnicas essas que têm sido utilizadas por
pacientes do SUS nos mais de três mil municípios brasileiros que as oferece.
Ficou evidente através desta pesquisa que, apesar da possibilidade de
um possível agravo em muitos quadros de saúde, o paciente tem como opção
associar técnicas complementares e holísticas ao tratamento médico
tradicional com indicação e acompanhamento médico e que a utilização das
PCIs contém vantagens que auxiliam na manutenção e tratamento da saúde
do paciente de forma integral: saúde física, saúde emocional e saúde mental.
Por serem tratamentos complementares aos tradicionais, elas auxiliam na
diminuição do número de internações hospitalares, além de reduzirem o
consumo de medicamentos pela população.
São terapias que utilizam recursos, técnicas e produtos mais naturais,
buscando mais humanização no atendimento e na realização das mesmas,
sendo voltadas diretamente para a saúde e o bem-estar do paciente e sua
utilização e recomendação pode variar.
A utilização de cosméticos associados a essas técnicas pode promover
auxílio em tais técnicas e facilidade na aplicação e no desenrolar do
procedimento. Todavia é importante ressaltar a necessidade de sempre se
atentar a qualquer sinal de hipersensibilidade quando se inclui um novo produto
de uso tópico na rotina.
A busca por saúde e bem-estar faz parte da a essência do ser humano. A
necessidade de busca por práticas complementares tem ganhado muito espaço
no mercado e é visto como uma área promissora para a atuação do profissional
da estética e como uma promessa para o desenvolvimento de novas tecnologias
32

para a associação e o uso de cosméticos nas Práticas Integrativas


Complementares.
Com uma proposta de melhor aperfeiçoamento das técnicas e de melhora
complementar a tratamento convencionais, tais práticas podem ter um papel
importante também no tratamento de disfunções estéticas em geral por serem
não invasivas e por apresentarem pouca ou nenhuma contraindicação, podendo
assim ser aplicadas de forma simples, eficaz e segura, ocasionando o bem-estar
do paciente e apresentando uma melhoria em seu quadro geral.
33

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