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Almeida Meque Gomundanhe1

Introdução à Engenharia Ambiental

Lichinga

2015

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Mestre em Educação/Ensino de Química. Docente no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, no
curso de Química, na Universidade Pedagógica-Niassa.
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ÍNDICE
1. Introdução ............................................................................................................................. 4

Unidade 1: Engenharia ambiental .......................................................................................... 5

1.1.Porquê surgiu a Engenharia Ambiental? .............................................................................. 5

1.2. Objecto de estudo e objectivo da Engenharia Ambiental .................................................... 5

1.3. Definição de ambiente ......................................................................................................... 5

Unidade 2: Fundamentos da Engenharia Ambiental ............................................................ 6

2.1. Ecossistemas ........................................................................................................................ 6

2.2. Reciclagem de matéria e fluxo de energia ........................................................................... 6

2.3. Cadeias alimentares ............................................................................................................. 7

2.4. Sucessão ecológica .............................................................................................................. 7

2.5. Ciclos biogeoquímicos ........................................................................................................ 8

2.5.1. Tipos de ciclos biogeoquímicos ....................................................................................... 8

2.6. A dinâmica das populações ............................................................................................... 10

2.6.1. Comunidade .................................................................................................................... 11

2.6.2. Relações interespecíficas ................................................................................................ 12

2.6.3. Biodiversidade ................................................................................................................ 12

Unidade 3: Poluição ambiental.............................................................................................. 13

3.1. Definição de poluição ........................................................................................................ 13

3.2. Tipos de poluição .............................................................................................................. 13

Unidade 4: Meio aquático ...................................................................................................... 14

4.1. Alteração da qualidade das águas ...................................................................................... 14

4.2. Parâmetros indicadores da qualidade da água ................................................................... 14

4.3. Reuso da água .................................................................................................................... 15

4.4. Tratamento de esgotos ....................................................................................................... 15

Unidade 5: Dimensões e unidades da engenharia ................................................................ 16

5. Conclusão ............................................................................................................................ 17
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Bibliografia .............................................................................................................................. 18
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1. Introdução
Na actualidade, uma das grandes preocupações do mundo é a preservação do ambiental
porque diariamente o homem lança ao ambiente, grandes quantidades de poluentes e
contaminantes. Ou seja, a poluição e a contaminação ambiental são provocadas pelas
actividades humanas. E isso não só afecta a qualidade ambiental como também afecta a
qualidade de vida dos seres vivos.

Portanto, para a mitigação e controle dos impactos adversos dos poluentes e contaminantes é
necessários que se adopte técnicas.

O presente ensaio é composto por cinco unidades, nomeadamente: 1. Engenharia ambiental,


2. Fundamentos da Engenharia Ambiental, 3. Poluição ambiental, 4. Meio aquático e 5.
Dimensões e unidades da engenharia

 A unidade 1 “Engenharia ambiental” trata da razão do estudo da engenharia


ambiental, objecto de estudo, objectivo e a definição da Engenharia Ambiental.
 A unidade 2 “Fundamentos da Engenharia Ambiental” trata de ecossistemas,
reciclagem de matéria e fluxo de energia, cadeias alimentares, ciclos biogeoquímicos,
tipos de ciclos biogeoquímicos, sucessão ecológica, a dinâmica das populações,
comunidade, relações interespecíficas e biodiversidade.
 A unidade 3 “Poluição ambiental” trata da definição de poluição, tipos de poluição,
 A unidade 4 “Meio aquático” trata de alteração da qualidade das águas, parâmetros
indicadores da qualidade da água, reuso da água e tratamento de esgotos.
 A unidade 5 “Dimensões e unidades da engenharia” trata das dimensões e unidades
usadas na engenharia para efeitos da realização de cálculos.

E após o desenvolvimento dos conteúdos, apresenta-se a conclusão e a bibliografia usada


como suporte para a realização do presente ensaio.
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Unidade 1: Engenharia ambiental


1.1.Porquê surgiu a Engenharia Ambiental?

A abordagem dos assuntos relacionados com este ramo de engenharia começou no período da
revolução industrial, pois as actividades industriais causam vários problemas ambientais que
vão desde a contaminação das águas, ar, solo, flora, fauna e homem.

Então, a engenharia ambiental surge na perspectiva de fazer face a esses problemas


ambientais, recorrendo ao uso de tecnologias limpas. Essas tecnologias visam não só evitar,
mitigar os impactos ambientais decorrentes dessas actividades, mas também, controlá-los. Daí
que podemos afirmar que as acções desenvolvidas pela engenharia ambiental estão viradas à
protecção da saúde pública e da biodiversidade.

1.2. Objecto de estudo e objectivo da Engenharia Ambiental


Engenharia Ambiental é um dos ramos da engenharia que estuda as relações existentes entre
as tecnologias que ela concebe e a relação destas com o meio ambiente.
E ela tem como objectivo principal, proteger o meio ambiente garantindo desta forma a
manutenção do seu equilíbrio.

1.3. Definição de ambiente


A definição de conceito “ambiente” é muito amplo que envolve aspectos materiais (físicos),
biológicos e culturais do homem.

Nesta ordem de ideia podemos definir ambiente como sendo um sistema complexo que
permite a coabitação dos seres vivos e não vivos e do próprio homem, mas considerando a sua
identidade cultural.
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Unidade 2: Fundamentos da Engenharia Ambiental

2.1. Ecossistemas

O ecossistema é um assunto tratado na ecologia. Ele constitui um sistema que envolve


interacções entre as populações de diferentes espécies que vivem num mesmo local, e entre
estas populações e o meio material (não vivo). Por analogia, um ecossistema pode se
equiparar a um bairro ou quarteirão onde se podem encontrar as plantas, os animais e o
homem. E nenhuma destas três componentes (plantas, animais, homem) pode sobreviver sem
a outra e o meio material. Ou seja, para que as plantas sobrevivam precisam que o homem e
animais lhes forneçam o dióxido de carbono (CO2) para a produção da matéria orgânica
enquanto para que os animais incluindo o homem, sobrevivam, é necessário que as plantas
lhes forneçam o oxigénio (O2).

Esta relação de interdependência revela que num ecossistema, cada espécie é lhe reservada
uma função que se chama nicho ecológico. E esta função é determinante para a sobrevivência
de uma determinada espécie e consequentemente para a manutenção do equilíbrio do meu
ambiente.

Os ecossistemas podem ser de dois tipos, nomeadamente: terrestres (Ex.: florestas) e


aquáticos (ex.: rios, lagos, mares).

2.2. Reciclagem de matéria e fluxo de energia

Todos os seres vivos necessitam de energia para realização diversas actividades, tais como:
locomoção, movimentos, reprodução etc. E esta energia provém do processo de alimentação
realizada por esses seres vivos. O fluxo desta energia dentro do ecossistema, começa dos
níveis mais baixos para os mais altos. Os vegetais se encontram no nível energético baixo
garantem a sobrevivência dos sere que se encontram nos níveis altos, sobretudo os
consumidores primários (herbívoros). De salientar que no primeiro nível, a quantidade da
energia é elevada. Mas a medida que esta energia passa dum nível para o outro, dentro do
ecossistema, ela se perde. A redução sucessiva da quantidade de energia dentro de um
ecossistema pode causar a este um desequilíbrio e consequentemente colocar em risco a
sobrevivência dos seres vivos.
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E para que tal não aconteça é necessário que se criem condições para se permitir a reciclagem
da matéria e energia dentro do ecossistema. E esta reciclagem da matéria e energia é garantida
por ciclos biogeográficos que discutiremos com pormenor mais adiante.

2.3. Cadeias alimentares


Num ecossistema, todos seres vivos lutam pela sua sobrevivência. Eles precisam de alimentos
para garantir essa sobrevivência. E para que tal aconteça, cada ser se alimenta do anterior. E
esta ordem de alimentação que é obedecido pelos seres vivos denomina-se cadeia alimentar
ou trófica.

E geralmente, as cadeias alimentares começam dos vegetais (produtores) e passam pelos


herbívoros (consumidores primários) e carnívoros (produtores secundários) e assim por
diante. Durante a passagem de uma cadeia alimentar para a outra há transferência de energia.

2.4. Sucessão ecológica


Os ecossistemas ocupados actualmente pelos seres vivos incluindo o homem, não possuem as
características iniciais. Esta perda de características iniciais é o resultado do desenvolvimento
desses ecossistemas. Daí que a sucessão ecológica pode ser definida como sendo o
desenvolvimento do ecossistema com vista a garantir-lhe maior estabilidade. Esta estabilidade
é garantida pela aparição de novas espécies que se adicionam as já existentes no ecossistema e
consequentemente ocorre o aumento da biodiversidade.

Portanto, esta biodiversidade pode também trazer alguns problemas de sobrevivência à


algumas espécies devido:

 ao aumento de exigência nutricional: as espécies podem competir na aquisição de


alimento. Nessa competição, algumas espécies “fracas” podem desaparecer ficando as
mais “fortes”.
 a actividades realizadas pelo homem: com o aumento da biodiversidade, o homem
pode extrai do ecossistema, madeira para a construção da sua residência, extrair
algumas plantas para fins medicinais, etc,, fazendo com que a biodiversidade reduza.

O aumento da biodiversidade significa que as relações entre os seres vivos e o meio físico se
intensificam para se garantir a sua sobrevivência no ecossistema.
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2.5. Ciclos biogeoquímicos


No ambiente se não houvesse retorno da energia e matéria que são gastos por exemplo,
durante a passagem de uma cadeia alimentar para a outra, o mesmo entraria em colapso. Este
retorno é garantido naturalmente por processos que chamam ciclos biogeoquímicos.

Na verdade, os ciclos biogeoquímicos garantem a reciclagem da matéria e consequentemente


a manutenção da vida dos seres vivos na terra.

Em suma, os ciclos biogeoquímicos relacionam os seres vivos e não vivos. Durante esses
ciclos decorrem transformações químicas que se processam no ambiente.

2.5.1. Tipos de ciclos biogeoquímicos


De acordo com o elemento que circula através do ar, plantas, animais e solo, os ciclos
biogeoquímicos podem ser classificados em ciclo do carbono, nitrogénio, fósforo, do enxofre
e ciclo hidrológico.

a) O ciclo do carbono

Neste ciclo são envolvidos dois processos químicos, tais como: a fotossíntese e a respiração.
No primeiro processo químico as plantas utilizam as substâncias inorgânicas (CO2 e H2O) na
presença de luz solar para sintetizar compostos orgânicos, a glicose (C6H12O6) e liberta o
oxigénio que é usado pelos animais no processo de respiração. Já na respiração, verifica-se o
inverso.

6CO2 + 6H2O + Energia solar C6H12O6 +6O2 (fotossíntese)

C6H12O6 +6O2 6CO2 + 6H2O + 640 Kcal/mol de glicose (respiração)

Portanto, para se completar o ciclo ora em análise, o carbono deve passar de uma fase
inorgânica à fase orgânica e vice-versa.

Portanto, fotossíntese e respiração são processos de reciclagem do carbono e do oxigénio em


várias formas químicas em todos os ecossistemas.
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b) Ciclo do nitrogénio

Este ciclo envolve quatro fases a saber: fixação do nitrogénio atmosférico em nitrato,
amonificação; nitrificação e desnitrificação.

 Fixação do nitrogénio atmosférico em nitrato: ocorre a transformação de nitrogénio


em nitrato.
 Amonificação: o nitrato obtido na primeira fase é convertido do em amónia (NH3) e
sais de amónio (NH4+).
 Nitrificação: a amónia (NH3) e sais de amónio (NH4+) são convertidos em nitritos
(NO2) e os nitritos são convertidos em nitratos (NO3-).
 Desnitrificação: o nitrogénio gasoso retorna a partir do nitrato (NO 3-) e assim
sucessivamente.

c) O ciclo do fósforo

Este ciclo é o mais simples de todos porque são poucos compostos que na sua composição
entra o fósforo, daí que envolve poucas etapas.

O ciclo de fósforo decorre por meio do processo erosivo. Por meio deste processo, ocorre a
libertação do fósforo na forma de fosfatos e parte deste fósforo é perdida para os depósitos de
sedimentos profundos no oceano. Mas o fósforo perdido volta devido aos movimentos
tectónicos. E por meio da reciclagem, o fósforo, em composto orgânicos, é quebrado pelos
decompositores e transformado em fosfatos, sendo novamente utilizado pelos produtores. E
durante esta transformação, há perdas, porque os ossos ricos em fósforo são resistentes aos
decompositores e à erosão.

Em suma, podemos afirmar que o retorno do fósforo ao ecossistema é muito insignificante.

d) O ciclo do enxofre

Este ciclo envolve duas etapas, nomeadamente: a redução e a oxidação.

 Redução: nesta etapa o enxofre é reduzido a sulfuretos de hidrogénio (H2S).


 Oxidação: o sulfureto de hidrogénio (H2S) é oxidado à forma de enxofre elementar. E
desta maneira o enxofre retorna ao ambiente e reinicia o ciclo.
Mas quando mais oxidado, o enxofre elementar, transforma-se em sulfato.
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d) Ciclo hidrológico

Todos os seres vivos necessitam da água para a sua sobrevivência, mas esta cada vez mais
está escasseando na natureza.

Os seres vivos estão constantemente a perder a água por processos de evapotranspiração,


respiração, excreções urinárias e dejecções.

E como é que se faz o retorno da mesma ao ambiente?

O retorno deste precioso líquido faz através do ciclo hidrológico. Este é caracterizado por dois
fenómenos que são: evaporação e a precipitação.

 A evaporação: a água dos lagos, rios, solos e oceanos, passa do estado líquido ao
estado gasoso.
 A precipitação: a água no estado gasoso volta a superfície da terra em forma de neve,
granizo e quando ela chega à terra retorna a bacia hidrográfica por processo de
transpiração.

E para se evitar ter a água por este processo ciclo, é preciso que comecemos a fazer o reuso da
água que nós poluímos ou contaminamos através de processos de tratamento da mesma.

2.6. A dinâmica das populações


Uma população pode registar um crescimento ou diminuição dependendo das condições
oferecidas no ecossistema. Esta variação da população que se regista num determinado
ecossistema se chama dinâmica das populações.

A população é o conjunto de indivíduos da mesma espécie que dividem o mesmo habitat. E o


conjunto da população agrupada em uma certa área/habitat denomina-se comunidade.

Portanto, o aumento da população é determinado pela taxa de natalidade (TN) enquanto a sua
diminuição é determinada pela taxa de mortalidade (TM).

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Densidade populacional é o número de indivíduos, ou a quantidade de biomassa, por unidade


de área ou volume.

2.6.1. Comunidade
As espécies que constituem uma comunidade devem estar organizadas. As mesmas não
podem viver duma forma isolada, porque o equilíbrio de um ecossistema depende da relação
existente entre elas e das funções que cada uma delas desempenha nesse mesmo ecossistema.
Por isso, nenhuma espécie deve-se considerar mais importante que a outra. Mas é óbvio que
sobressaem mais as funções das espécies com o maior número de indivíduos que compõe a
comunidade.

Entretanto, dois ecossistemas podem se contactar criando uma zona de transição ou


intersecção que se chama ecótone. Ex.: Um ecossistema terrestre (floresta) e um aquático (rio,
lagos).

Na zona de intersecção que se encontra entre a floresta e o rio, há aumento da densidade das
espécies, pois tanto as espécies de um ecossistema como do outro se desenvolvem nessa zona.
O ecótone comporta-se como se fosse uma “fronteira”. Portanto, nessa zona abunda uma
grande biodiversidade e consequentemente maior inter-relacionamento e maior estabilidade
ambiental.

Mas algumas espécies podem desaparecer devido a disputa dos nutrientes existentes nesta
zona de intersecção.
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2.6.2. Relações interespecíficas


No nosso dia-a-dia podemos estabelecer muitas relações. Porém, essas relações podem ser
boas ou não. Isso não acontece apenas com o homem, mas com outras espécies que vivem no
mesmo habitat.

As relações podem:

 Não beneficiar à nenhuma das espécies que se encontra no mesmo habitat


(neutralismo).
 Beneficiar a todas as espécies que se encontram no mesmo habitat, mas duma forma
independente (cooperação).
 Beneficiar a todas as espécies que se encontram no mesmo habitat, mas duma forma
dependente (mutualismo).
 Beneficiar apenas um determinado tipo de espécies se encontram no mesmo habitat,
sem no entanto causar a morte da espécie beneficiador (parasitismo).
 Beneficiar apenas um determinado tipo de espécies se encontram no mesmo habitat,
causando morte na espécie beneficiador (predação).
 Beneficiar todas espécies através da união, sem no entanto se prejudicarem
(comensalismo).

Entretanto, é importante que num habitat haja um inter-relacionamento benéfico, sobretudo o


mutualismo de forma a se garantir o aumento da biodiversidade e como resultado disso, se
garanta um equilíbrio do ambiente e a sobrevivência do homem.

2.6.3. Biodiversidade
A biodiversidade significa, diversidade de seres vivos. Esta diversidade de seres vivos
desempenha um papel muito importante, pois garante o equilíbrio ambiental.
A biodiversidade é composta por diversas plantas e animais. Ela é muito importante ao
homem visto que a partir dela, o mesmo consegue alimento para o seu sustento, medicamento
para a cura de diversas doenças como, a tosse, asma etc.
Mas a extracção desta biodiversidade pelo homem sem a observância de regras, coloca em
risco a sobrevivência desta e do próprio homem, pois o homem através das plantas obtém o
oxigénio para a sua respiração.
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Para se fazer face a esta dilapidação dos recursos provenientes da biodiversidade, pelo
homem, é importante que se consciencialize o próprio homem sobre a necessidade da
preservação do ecossistema através do repovoamento da espécie vegetal.

Unidade 3: Poluição ambiental

3.1. Definição de poluição

A poluição é um processo que consiste na introdução ao meio ambiente, de substâncias


estranhas em concentrações que ultrapassam os padrões estabelecidos num determinado país
ou organizações internacionais.

3.2. Tipos de poluição


A poluição pode afectar a qualidade dos solos, das águas, ar e também pode se manifestar
pela produção de ruídos (sonora). Daí que, a poluição pode ser classificada em poluição dos
solos, das águas, atmosférica, sonora.

 A poluição dos solos é aquela causada pela prática de agricultura de regime intensivo,
uso excessivo de adubos e pesticidas de alto teor químico, irrigação mal conduzida e
lixeiras a céu aberto. Esta poluição provoca o empobrecimento e envenenamento dos
solos, como a poluição das águas e também a própria contaminação da cadeia
alimentar dos seres vivos, alcalinização, salinização.

 A poluição das águas é aquela causada pela descarga directa ou indirecta nas mesmas
de substâncias poluentes susceptíveis de alterar as respectivas qualidades, provocando
efeitos nocivos de difícil quantificação e qualificação. As causas deste tipo de poluição
são: as actividades agro-pecuária, a actividade industrial e as diversas actividades
domésticas.

 A poluição atmosférica é aquela causada pela emissão de índices elevados de gases


como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O),
clorofluorcarbonetos (CFC) prejudicando ao meio ambiente. Este tipo de poluição
causa a elevação de efeito de estufa e chuva ácida.
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 A poluição sonora: esta é causada por ruído e geralmente atinge os habitantes dos
aglomerados urbanos e residentes de determinadas áreas industrializadas, aeroportos,
portos, vias de comunicação. As causas desta poluição são: circulação automóvel
intensa, ruído de locais de diversão. E tem como consequências: traumatismos
auditivos, perda de audição, ocorrência de zumbidos, perturbação do equilíbrio, etc.

As fontes poluidoras podem ser esgoto doméstico ou industrial, efluentes gasosos industriais,
aterro sanitário de lixo urbano, fertilizantes.

Unidade 4: Meio aquático

4.1. Alteração da qualidade das águas

A água desempenha um papel primordial na nossa vida diária. Com ela nós podemos lavar a
loiça, tomar banho, regar as plantas, lavar os nossos carros, bebê-la, etc. Mas a mesma água
retorna ao meio ambiente com uma quantidade enorme de efluentes líquidos e resíduos
sólidos, que foram a ela adicionados durante sua utilização e por esta via alterar a qualidade
da mesma.

A qualidade da água pode ser afectada por via de poluição ou contaminação da mesma.
Entretanto, esses conceitos não significam a mesma coisa porque a poluição é um processo
que consiste na introdução ao meio ambiente, de substância estranhas em concentrações que
ultrapassam os padrões estabelecidos num determinado país ou organizações internacionais.
Já a contaminação é causada pelos microrganismos que causas doenças aos seres vivos.

4.2. Parâmetros indicadores da qualidade da água


Para se determinar a característica de qualidade da água é necessário que se conheçam os
indicadores. Esses indicadores podem ser físicos, químicos e biológicos.

 Os indicadores físicos são: a cor, turbidez, sabor e odor.

A água é considerada que tem boa qualidade quando não apresenta cor, sabor, cheiro e
nem desvia a luz. Se se verificar tudo isto na água, então podemos afirmar que ela
presenta impureza.

 Indicadores químicos são: salinidade, dureza, alcalinidade, corrosidadde, etc.


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A água que nós consumimos por exemplo, não pode ter o sabor salino e alcalino, deve
fazer espuma com sabão, não deve corroer os metais.

 Indicadores biológicos são as algas e microrganismos patogénicos.

A água que consumimos não pode ter microrganismos que colocam em risco a nossa saúde.

Esses indicadores são muito importantes, pois ajuda-nos a determinar o grau de poluição ou
contaminação da água.

4.3. Reuso da água


Tal como nós afirmamos no ponto 4.1, a água desempenha um papel primordial na nossa vida
diária. Com ela nós podemos lavar a loiça, tomar banho, regar as plantas, lavar os nossos
carros, bebê-la, etc. Mas a mesma água retorna ao meio ambiente com uma quantidade
enorme de efluentes líquidos e resíduos sólidos, que foram a ela adicionados durante a sua
utilização e por esta via alterar a qualidade da mesma. E depois de alterada a qualidade da
mesma, já não se pode bebe-la, tomar banho, lavar a loiça, regar as plantas.

Mas a mesma poderia ser reusada recorrendo-se as tecnologias desenhadas pela engenharia
ambiental para o tratamento. As tecnologias adoptadas para o tratamento dessa água devem
ser planificadas de modo a evitar-se riscos sobre a saúde humana.

4.4. Tratamento de esgotos


A água transporta uma enorme quantidade de substâncias tóxicas ou microrganismos, depois
de ela ser usada pelas indústrias, lavadores de carros, na cozinha, na casa de banho. E esta
água poluída ou contaminada pelas essas actividades dá-se o nome de esgoto.

O esgoto doméstico é composto por águas de banho, urina, fezes, restos de comida, sabões,
detergentes e águas de lavagem.

E para que a água não constitua um perigo ao meio ambiente e consequentemente a nossa
vida, é necessário que ela seja tratada convenientemente após a sua utilização. Ou seja, temos
que nos preocupar com o destino do esgoto porque é este destino que constitui o grande
problema ambiental ocasionada pelo lançamento diário de milhões de litros de água de esgoto
nos rios e mares causando a morte dos peixes, o mau-cheiro, a proliferação de mosquitos e de
agentes infecciosos.
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E os esgotos industriais, domésticos e sanitários podem ser submetidos a uma série de


tratamentos que visam reduzir a quantidade de poluentes ou contaminantes na água. Esses
tratamentos podem ser físico, químico e biológico.

 Tratamento físico: usa-se a filtração, decantação, etc.


 Tratamento químico: usa-se o cloro para desinfectar a água.
 Tratamento biológico: filtros-biológicos (bactérias) e a eficiência dessas bactérias,
depende do meio em que elas se encontram.

Mas para que o tratamento seja completo e sem causar graves riscos ambientais e sobre a
saúde humana, é necessário que se combinem essas todas formas de tratamento.

Unidade 5: Dimensões e unidades da engenharia


Geralmente os processos pertencentes as engenharias, química, ambiental, florestal etc.,
envolve cálculos que exigem por parte do engenheiro, o domínio das dimensões e unidades.

Tabela 1: Alguns exemplos de dimensões e unidades usadas na engenharia.

Dimensões Unidades
Comprimento Metro (m), Polegada,
Tempo segundo (s), hora (h)
Massa Quilograma (kg), Grama (g),
Temperatura kelvin (K), grau Celsius (°C)
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5. Conclusão
Num ecossistema se encontram a habitar várias espécies. E elas devem viver sempre em
interdependência de forma a garantirem a sua sobrevivência no mesmo. Ou seja, um ser vivo
não pode viver duma forma isolada.

O homem deve sempre lutar pela preservação do ecossistema onde ele habita para garantir a
sua sustentabilidade.

Entretanto, as actividades praticadas diariamente pelo homem, coloca em risco o equilíbrio


dos ecossistemas e da sua própria saúde. E para fazer face a esta situação, o homem deve
optar por reciclar toda matéria que usa no ecossistema através do uso de tecnologias
desenhadas pelo engenheiro ambiental.

A natureza tem o mecanismo próprio de reciclagem da matéria e energia que chama ciclos
biogeoquímicos. Esses ciclos permitem o equilíbrio dos ecossistemas e a sobrevivência dos
seres vivos que neles habitam.

Os ciclos biogeoquímicos garantem o equilíbrio ambiental.

O tratamento de esgotos é muito importante para a poupança do líquido preciso que se chama
água.
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Bibliografia
BÁEZ, Carlos Emilio Amos Unshelm. (2006). Seminario de Manejo Integral y Sostenible de
Residuos y Desechos Sólidos. MÉRIDA, ENERO.

BRAGA, Benedito et al. (2005). Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall.

DÍAZ, Javier Arrelanno. (2002). Introducción a la Ingenieria Ambiental. México: Alfaomega


grupo editor, S.A de C.V.

PESSOA, Fernando L.Pelligrini; Queiroz, Eduardo Mach; Costa, André Hemerly. (2001).
Introdução aos Processos Químicos. UFRJ: Departamento de Engenharia Química, Escola de
Química.

SÁNCHEZ, Luís Henriques. (2008). Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos.


São Paulo: Oficinas de texto.

SERRA, Carlos; Cunha, Fernando. (2004). Manual de Direito do Ambiente. Maputo: Centro
de Formação Jurídica e Judiciária.

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