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Maior desigualdade
Maria Helena também destaca que se a retomada não for bem feita pode
aumentar a desigualdade escolar, um problema grave do sistema de ensino.
Atualmente, 85% dos 48 milhões de estudantes brasileiros estão em escolas
públicas. É esse grupo que está sendo mais afetado pela interrupção das
atividades presenciais. Nas escolas privadas, que contam com as ferramentas
necessárias para desenvolver atividades remotas, os avanços em direção a um
modelo de ensino híbrido foram intensificados. Há, também, apoio de
consultorias, prestadas por hospitais como Albert Einstein e Sírio Libanês, para
estabelecer protocolos de retorno personalizados. Na rede pública, porém, a
situação é diferente e bastante desigual. Além do ensino médio, os alunos de
alfabetização também formam um grupo com alto risco de sofrer graves
prejuízos com a interrupção das atividades presenciais. São estudantes que
precisarão de uma educação intensiva e de um plano individual de
recuperação. “O ano não está completamente perdido, os alunos estão
desenvolvendo habilidades socioemocionais e se familiarizando com atividades
remotas e interativas”, diz Maria Helena. “Daqui para frente, o grande desafio
da escola pública será garantir a conectividade”.
“Um legado da
pandemia será o ensino híbrido, a integração da tecnologia com a
aprendizagem presencial” Mozart Neves, professor da USP (Crédito:Leo
Caldas)